- Não pode ser...Não pode...Não.. - Sakura chorava que nem uma desalmada em cima da sua cama no quarto do hotel.

- Então, prima? O que se passa?

- O Shaoran...O Shaoran... - Sakura abraçou Tomoyo sem conseguir parar de chorar.

- O que aconteçeu.

- Ele...Ele acabou comigo. Acabou tudo, Tomoyo!

- O quê? Mas porquê?

- Nem eu sei. Ele só me mandou aquele mail e não deu razão nenhuma.

- Tem calma.

- Eu sabia! - Disse Chiharu entrando no quarto. - Eu sabia que aquele...

- Chiharu, não piores as coisas... - Disse Sakura, desanimada. - Quando voltarmos...Esclareço tudo com ele.

- Isto não pode ficar assim! O Li vai ouvir das boas! Eu nem vou contar ao resto da malta!

- Não o faças! Preciso de falar com ele. Tenho a certeza que o Shaoran nunca faria isto. Nunca!

- Ai, Sakura! Deixa de ser ingénua!

Shaoran estava a dar uma volta até que encontrou Masaru e Yoko.

- Oi, amorzinho! Como estás?

- Tudo bem. Não me chames...

- Então, a tua namoradinha deve estar lá em Londres a curtir...Nem sequer te escreveu. - Interrompeu Masaru.

- Como é que sabes? - Shaoran fulminou Yoko como olhar.

- Cá para mim, ela deve ter arranjado um inglês todo jeitoso...

- Mentira! A Sakura nunca me faria isso!

- Ah pois! Deve gostar tanto de ti que nem sequer te escreve!

Masaru estava certo numa coisa: Sakura não lhe tinha escrito, apesar de lhe ter prometido. O que se passaria?

Porém não reparou no olhar malicioso de Yoko. Ele nem imaginava o que ela tinha feito.

Passeando no parque, Sakura não conseguia deixar de pensar naquele malfadado mail. Porquê? Por que é que Shaoran acabara com ela assim sem mais nem menos? Depois de tudo o que tinham passado juntos…

Já não gostava dela? Arranjara outra? Porquê?

Uma voz familiar interrompeu-lhe os pensamentos.

- Olá, Sakura. Tudo bem?

- Olá, Eriol.

Desde que chegara a Londres que conheceu Eriol. Até se davam bem. Embora o conhecesse à pouco tempo, já o considerava um amigo. Por isso, não hesitou em desabafar.

- O que esse teu namorado fez, foi muito baixo. Ao menos podia dar-te uma explicação.

- Pois é. Mas isso não é nada dele. No fundo sinto que ele nunca faria uma coisa dessas…Apesar disso, fez. Não percebo. Depois de tudo o que passámos…

- O que passaram?

- É uma história muito comprida. Um dia destes conto.

- Está bem. Olha,não fiques assim. Não gosto de ver as pessoas tristes. Queres dar um passeio comigo? Para ver se esqueces os problemas…

- Ok. Obrigada.

E assim fizeram. Não queria sofrer mais. Quando voltasse, falaria com Shaoran. Tinha de esclarecer aquele assunto de uma vez por todas.