Capítulo 4 – Toda a verdade
Helena vai para a sala de astrologia com a tabela em mãos, onde encontra todos os alunos dentro da sala de aula apreciando a intrigante maquete do sistema Orion feito pelos gênios Penny e Sharon.
Onde você foi? – Brenda pergunta pra irmã um tanto zangada. Helena estava com um ar seco.
Depois eu falo.
E a aula continuou intrigante devido ao primeiro dia de aula depois das férias. Além da insistência da irmã em contar o que houve antes da aula acabar, também teve que enfrentar os olhares rancorosos de Hermione junto a indiferença de Harry. Mas tantas lágrimas já haviam caído que Helena não conseguia mais nem chorar.
Eu preciso ver Dumbledore. – Helena continua seca depois que o sinal toca.
Porque você veria o diretor? – Penny acha estranho Helena falar do diretor como se fosse mais um coleguinha.
Bem eu fui acusada e agora tenho o direito de me defender. – Helena deixa as amigas e vai em direção à sala do diretor. Por coincidência o mesmo se encontrava no mesmo corredor. Helena começa a se aproximar do professor barbudo que conversava com um dos quadros. O coração aperta, ela se acorvarda, mas não tem mais jeito, ela já traçou mais da metade do caminho, se voltar, Dumbledore vai desconfiar. Mas mesmo assim, Helena decidiu tentar.
Sabe Helena! – Dumbledore fala alto para chamar sua atenção. – Nem sempre é preciso percorrer por um caminho inteiro para completar o seu destino. Às vezes uma pontinha basta.
Helena gela por dentro, como haveria Dumbledore de saber que ela estava ali e que ela tinha algo para lhe contar?
Interessante diretor, pensarei com carinho em sua mensagem. – Helena dá um sorriso sem graça e dá as costas.
Eu – Dumbledore fala chamando sua atenção de novo. – sou o único que realmente acredita em sua inocência Lena. Se tem algo a contar, é melhor que seja pra mim. – O diretor olha por sobre os óculos de meia lua.
A moça fixa os olhos no diretor, algo dentro dela desmorona e ela se abraça no diretor como se abraçaria no próprio pai. Ela chega bem perto de seu ouvido e sussurra:
Foi ele quem pôs o vidro na minha mala. – Helena deixa uma lágrima cair. – Quem acreditará em mim? – Helena conta a história para Dumbledore nos mínimos detalhes.
Nós precisaremos de provas sólidas, especialmente se o que você diz é verdade. – Dumbledore observa o gesto positivo de Mcgold.
... à noitinha no salão comunal da grifinória...
Posso falar com você Helena? – Harry parecia tenso. Helena fica receosa, gostava muito de Harry, mas jamais se permitiria ser humilhada de novo.
Por que você não fala? – Helena se faz de durona.
Em particular. – Harry faz as honras e Helena passa a sua frente em direção a porta. Eles saem e Harry começa a se desculpar.
...no corredor...
Olha Lena, não sei o que deu em mim... desculpa, não devia ter me precipitado. – Harry passa a mão nos cabelos, parece arrependido.
Do que você está falando? – Helena se irrita.
Das cabeças na sua mala. – Harry ainda explica.
Eu trouxe pra cá, com as minhas mãos! Hermione estava certa! Eu sou a vilã e- Helena é interrompida por um puxão de Harry.
... Dumbledore falou comigo e me contou tudo que aconteceu... – Harry fala com o rosto bem próximo de Helena que o encarava tentando detectar mentira em seus olhos.
Quando? – pergunta desconfiada.
Hoje de manhã cedo antes das aulas fui conversar com ele. Isso estava me perturbando. – Harry passa a mão na cabeça mais uma vez, parece nervoso. Helena pra descontrair bagunça mais ainda o cabelo de Harry. Ela estava aliviada, Dumbledore nem sabia de nada aquela hora.
Então, é isso? – Helena sorria.
Isso? – Harry fica indignado depois de toda perturbação pela qual passou. – Eu quase morri de preocupação por você! Não sabia o que iria fazer se você fosse culpada de algo tão terrível... – Harry chega perto dela, por um lado Helena quer muito beijar Harry mas não tinha coragem de beija-lo e Harry também dava cada fora que só vendo. Mas assim que o Mills entra no corredor Helena ganha certeza e beija Harry Potter.
Harry na mesma hora abraça Helena com vontade, seu beijo era macio, doce e acolhedor. Ele então segura seu pescoço com jeito como se a beijasse a anos. Helena fica tão envolvida com o beijo de Harry que se esquece de observar Mills que vira chegando no corredor pouco antes de decidir beijar Potter. Ela interrompe o beijo.
Eu não acho que devamos-
O que exatamente você quer dizer com isso? – Harry fica indignado. – Que me usou só pra deixar Mills com ciúmes?
Quem? – Helena olha fingindo indognação. Mas não podia negar que o comprido tinha seu charme quando ficava bravo. – Você acha que eu não tenho orgulho? Você acha que iria me vender por tão pouco? E eu achando que podia confiar meus sentimentos à você! Que estupidez! – Helena finge uma fúria incontrolável e entra pra dentro do salão.
...de volta ao salão comunal...
O que houve Lena? – Brenda que já estava desconfiada da irmã quieta demais já pergunta ansiosa.
Vamos pro quarto agora! – Lena sussurra.
Lena, espera. – Harry segura Helena por um braço. – Eu não quis dizer aquilo, foi realmente estúpido. – um momento de silêncio ocorre entre olhares apaixonados. – A gente pode conversar mais tarde?
Helena cora. Harry não era mais um daqueles seus namorados idiotas que fazia sofrer por não ter certeza de seu amor, ele era Harry, só o Harry. O seu melhor amigo em Hogwarts. Jamais lhe faria mal de propósito.
Está bem. – Helena dá um sorriso tímido e sobe junto de Brenda.
... no quarto...
O QUE-
Calma Brenda que eu te trouxe aqui exatamente pra te explicar. Aconteceu muita coisa hoje! – Helena senta na cama com a irmã e conta tudo.
Então você beijou o Harry porque viu o Mills? – Brenda fica indignada.
EEEEEEhhhhh! Pera lá! Harry também não é um anjo de candura! Olha quem ele ouviu quando eu fui incriminada? Aquela vaca sem sal! – Helena fala cheia de razão.
Eu não acredito em você! – Brenda continua indignada.
Olha, é melhor deixar rolar, eu além de gostar muito do Harry preciso esquecer o Josh. – Helena fala friamente.
Por falar em rolar... como foi o beijo? – Brenda pergunta curiosíssima para a irmã. As duas conversam até o sono chegar.
