Capítulo 8 – A Reencarnação de Bastet

...No salão comunal da grifinória...

... Eu não sei Harry, Hagrid não parecia muito seguro sobre isso, essa história de que alguém- Hermione que parecia muito preocupada interrompe a frase ao notar Brenda, Penny e Helena entrando no salão. Harry ao notar o olhar surpreso de Hermione se vira e fica olho no olho com Helena. Helena por sua vez, não sente nenhuma emoção vinda do namorado, o silêncio grita no salão e Helena se acovarda murmurando um boa noite e subindo as escadas sem nem ao menos olhar para trás.

Harry, você foi ver Helena hoje? – Hermione que observou a cena claramente pergunta. Harry fica boquiaberto tentando achar uma desculpa.

Uhhh cara. Essa doeu até em mim! – Rony fala depois de minutos quieto.

Eu não tive tempo! Você viu! Você passou o dia todo comigo! – Harry tenta achar um álibi em seu amigo.

Talvez vocês devessem namorar! – Hermione olha um tanto desapontada. – Pelo menos vocês se vêem o tempo todo, não é mesmo? Harry, Acorda! Lena salvou a sua vida! Quando você vai se tocar que isso não acontece todo o dia? – Hermione fala atônita. – Se ela olhar pra sua cara de novo, vai ser muita sorte sua! – Hermione se levanta e vai deitar. – Boa noite!

Rony fica com dividido entre dar razão para Hermione (que realmente tinha razão no seu ponto de vista) ou ficar ao lado do amigo, que parecia estar arrasado. Para não ter que escolher Rony simplesmente se despede do amigo e vai se deitar.

O garoto fica a pensar de frente para o fogo. Como deixou tal estupidez acontecer. Se sentia culpado por não ter ido nenhum minuto ver a namorada mas sabia também que não tinha como, usara até o horário de almoço para fazer a lição de poções. Mas Claro que também sabia que se ela não tivesse desviado aquele feitiço maligno com o próprio corpo, Harry não precisaria estar fazendo a lição de poções. Mas é óbvio que seria por ele estar morto e sendo cremado a umas, exatamente 2 horas atrás. E isso acabava com ele... Sem solução para seu problema, Harry deprimido vai dormir.

...Na hora do café da manhã no salão principal...

Eu quero ir pra sala! – Helena baixa a cabeça ficando desconfortável com a presença de Harry, Hermione e Rony à mesa.

Deixe de ser tola, você nem ouviu o que ele tem a dizer e depois ainda tem dez minutos, vai dar muito na cara! – Brenda segura a irmã pelo braço discretamente tentando ajudá-la. Helena fica ansiosa. Definitivamente não sabe como agir.

olá! – Harry senta a mesa em frente a Helena. De repente ela acha interessante a cor do seu suco de abóboras amarelinho.

Como está Lena? – Harry decidi agir normalmente, não fazendo um grande caso do acontecido.

Bem. – Ela responde fracamente, tornando a resposta quase inaudível. Harry fica sem graça e não sabe direito o que responder, olha pra Hermione que decide dar uma ajuda ao amigo.

Que noite aquela que nós passamos não é mesmo? – Ela fala daquela noite em que admiraram as estrelas debaixo do quarto da Ala Hopitalar olhando pra Brenda, Jake e Helena. – Seria legal se fizéssemos isso mais vezes não acham? – Ela fala tentando animar o trio que além de estarem sonolentos pareciam aborrecidos. O que Hermione fala, não só deprimi mais Helena ao se lembrar do ocorrido como também a faz sair da mesa imediatamente.

Lena! – Harry levanta e chama o seu nome mas é tarde demais.

...Na aula de Magia Egípcia, com o super gato, digo professor, Amon In Su...

Bem alunos, hoje trabalharemos com uma importante lição que nos levará ao fundo do nosso próprio espírito. Quantos de vocês já não tiveram a impressão de terem uma leve similaridade com a cultura de um outro país ou de uma outra região? – O professor que não usava camisa, com os cabelos negros e a altura dos ombros, olha de canto para a sala que continua enfeitiçada pelo seu poder de conhecimento. – Pois bem, hoje nós trabalharemos um pouco mais a fundo nisso, claro que com um pouco mais de cautela, primeiro vou mostrar como se faz uma hipnose através da magia egípcia e depois é claro, isso vai dar uma enorme lição de casa! – O professor sorri pros alunos que acham graça da piada. – Quem gostaria?

A Helena Professor! É a matéria favorita dela! – Sharon abre o bocão para se vingar de Brenda.

Tudo bem, Helena, por favor!

Helena achou melhor não dizer nada, já que era a matéria na qual ela era mais interessada, especialmente por causa dos seus sonhos e depois poderia se tornar amiga do professor conseguindo informações extras sobre o que ela precisa saber. Ela se levantou prontamente e foi até o professor. Em seguida ele com um toque de varinha fez seis classes vazias aparecerem do nada e colocou um colchonete para que Helena pudesse deitar. Helena olhou para o professor que fez a menção a cama e deitou-se de forma confortável.

Agora feche os olhos... – O professor passa os dedos suavemente sobre seus olhos. – Respire fundo... – Mais alguns segundos se foram. – Eu vou contar até dez, e você vai me contar tudo sobre sua vida passada de 3000 anos atrás. Um, dois, três...

Lutem pela Córcega, Essa terra precisa de paz! Acabem com isso! – Helena se via em um tipo de cavalo árabe meio amarelado. Na sua mão direita segurava uma espada e ao seu lado um moreno determinado guiava alguns cavaleiros. A luta era acirrada nos campos de batalha, mas Helena não desistia, passava pelas concentrações de luta como se estivesse invisível, queria chegar a determinado ponto e nada a impediria. Um templo com estranha caligrafia estava a frente de Helena, de repente ela se transforma em um gato negro e pula através da parede do templo.

Helena acorda. A sala está em silêncio observando abismada a Helena de Córsega, como assim será chamada. A bruxa olha apavorada para o professor que tem um sorriso surpreso no rosto.

Dispensados!

Helena já logo ia descendo do colchonete quando o professor chama a sua atenção.

Helena, fique. – Ele fica sério. Ele espera que os alunos saiam. – O que eu acabei de fazer com você é uma hipnose transgressora, que buscou uma memória do seu espírito de cerca de 1200, 1300 anos antes de cristo.

Todos viram o que eu vi? – Helena pergunta chocada.

O que posso dizer é que você narrou a história com uma vivacidade incrível. – Ele pára mais um instante para observá-la. – Sabe que muitos diziam que uma das principais esposas de Ramsés III, chamada Sureckmet era a reencarnação da Deusa Bastet. Essa é a deusa gata de Bubastis (cidade do Delta do Nilo), - Helena deixou um pequeno sorriso transparecer. – é guardiã das casas, feroz defensora de seus filhos, representando o amor maternal. É também a deusa de música e da dança, protetora de todos os gatos, mas inimiga das serpentes.

Quando o professor Amon In Su disse a palavra 'Serpentes' Helena ficou pálida e mal conseguia se sustentar de pé. Ela olhou indignada para o professor pensando: "Por que você parou a visão! Eu precisava disso!" não imaginou que ele soubesse oclumância.

Bem, se você quer saber a verdade eu não estava preparado para esse tipo de jornada. Isso é algo muito importante e que não deve ser assistido por pessoas que não estão propriamente estruturadas pra isso. Pra falar a verdade, nem sei se eu estou...

Então quer dizer que vamos continuar? – Helena olha para o professor num misto de felicidade e de admiração.

Helena, eu não sei se você entendeu, mas não é todo o dia que aparece um aluno aqui que foi... nem de perto... a reencarnação da deusa Bastet! Você não faz idéia de como a minha mente sobre você mudou.

O professor não nota, mas aquelas palavras tem um sentido totalmente inverso na cabeça da bruxa. Era como se ele estivesse se declarando pra ela ali mesmo. Ela sentiu um rubor subir até suas bochechas e sentiu que era hora de respirar ar puro.

Bem professor, é melhor eu ir... já faltei ontem e tenho medo de não conseguir pegar a matéria com o professor Snape. – Ela pega os livros decidida.

Qualquer coisa, me fala. Eu posso conversar com ele! – O professor avisa amigavelmente.

Pode deixar. – Helena estava quase ficando louca quando deixou a sala de magia egípcia.

Miauuuu! Miauuu! Miauuu! – Um grupo de sonserinos que tinham ouvido a história começam a tirar com a cara da bruxa.

Ótimo! A escola inteira já sabe! – E assim ela entra no outro corredor.