Capítulo 10 – O Bem que Nem se Imagina

Naquela noite Helena dormiu mal. Não sabia se era por causa da briga com Harry ou se era por causa da sua nova descoberta mas não conseguia dormir em paz.

Chega! Do que adianta isso se nem dormir eu posso! – Helena se irrita e desce as escadas vagarosamente. Ao chegar no salão comunal encontra a lareira apagada e o lugar na penumbra, sendo iluminado somente pela luz da lua. Ela pára em frente a uma das janelas e olha atentamente para a esfera prateada que parece sugar toda sua atenção e a encher de felicidade por dentro. A bruxa fecha os olhos com um sorriso no rosto e abre bem os braços, quando ouve um barulho vindo das escadas.

Era Jake que tinha se estatelado no chão ao descer. Ele se levanta vagarosamente e mesmo com aquele movimento Helena parecia incapaz de tirar os olhos da lua brilhante.

Hel? O que é isso? – Jake pergunta olhando para a irmã que agia estranhamente. De repente Helena vira e seus olhos brilham exatamente como duas minúsculas luas, o que faz Jake soltar um gritinho. – Seus olhos brilharam! – O garoto despertara Helena.

O que? – Ela parecia um tanto sonolenta. – Não faça barulho!

Eu vi!

Shhh! Vamos dormir, isso já tá muito estranho pro meu gosto! – Helena abraçava o irmão que se tremia todo. – Não se preocupe, isso foi só um chamado.

Que chamado? – Jake estava muito assustado.

Agora você dorme que amanhã eu te explico, ok? – A irmã beija a testa de Jake e pede para que ele seja abençoado, depois sobe as escadarias na direção oposta e dorme o resto da noite como um anjo.

... Na sala de magia Egípcia...

Sinto em lhes informar, mas hoje o professor Amon In Su se encontra impossibilitado de dar aulas. No lugar vocês terão uma aula extra de poções. – Mcgonagall é fadada a dar a triste notícia.

... Nas masmorras...

A turma foi reclamando até as masmorras onde finalmente calaram-se com a presença do professor Snape. A aula foi turbulenta. Snape estava de péssimo humor e já sabia da história da regressão de Helena que é claro, fora comentada não só pelo professor Amon in Su, mas por vários outros professores devido a ambos notáveis feitos do professor e de Helena. As indiretas de Snape não pararam sequer um segundo:

Srta. Mcgold, eu sei que não estamos na Córsega, mas a srta. Poderia me informar em que lugar do Reino Unido eu poderia achar o Visco do diabo? – Snape tinha no rosto um sorriso sarcástico pois tinha certeza que a brilhante aluna de magia egípcia não saberia responder.

Bem...-

5 pontos da Grifinória. – Snape simplesmente declara em tom de voz alterado e satisfeito.

Nem dez minutos depois.

Srta. Mcgold... Em que animal posso garantí-la de que não é em um gato se encontra o bezoar? – Helena se levanta com o rosto coberto de determinação e deixa a sala furiosa.

Definitivamente aquele não fora seu dia, no salão comunal a maioria dos grifinórios pareciam sonserinos e até mesmo seus irmãos andavam mais afastados do que de costume.

Na verdade eu fiquei sabendo que ele saiu do colégio para uma missão urgente e misteriosa e foi brutalmente atacado, Dobby me contou ontem a noite. – Helena ouve Harry comentando algo com Rony e Hermione. Ela estava curiosíssima para ouvir a história mas ao dar de cara com Harry e seu olhar frio (de ciúmes) desistiu na hora.

Helena ficou pensando se ele falava do professor Amon In Su, realmente fechava, mas ficara preocupada pois o próprio professor a confidenciou não estar preparado pra tal regressão. Será que ele não havia sido repreendido por tentar ajudá-la? Agora finalmente seus sonhos ameaçadores faziam sentido e Helena ficava cada vez mais preocupada.

Mas enfim, um novo dia chegou, o sol estava alto, assim como o calor também, e Helena junto de suas amigas, penny, Sharon e Brenda foram para a sala de poções onde encontraram dois ou três alunos recebendo informações claramente maravilhosas vindas de Snape que não estava com uma cara melhor naquele dia.

Hoje vocês terão aula com o professor Amon in Su, ele já se recuperou, graças ao grande Slytherin, esse realmente deve ter me abençoado... – E ao ouvir isso as quatros garotas nem entraram na sala e foram direto para a sala de magia egípcia onde pela primeira vez encontraram o professor vestindo uma camisa de estilo egípcio marfim.

Podem entrar, - ele olha para os alunos amontoados na porta tentando espiá-lo. Um a um eles entram em silêncio na sala e sentam-se em seus devidos lugares. Quando o professor se levanta, ele mostra um de seus olhos que está com a pele levemente caída sobre o globo ocular o que realmente assusta alguns alunos já que achavam que ele simplesmente tinha decidido matar aula no dia anterior. – Bem, sinto muito que eu tenha faltado no dia de ontem, mas é que houve um imprevisto e eu tive que ir para a ala hospitalar, espero que não estejam assustados, não foi nada demais, só levei um tombo na escada e já vou me recuperar. – Ele tentou brincar com a turma e deu uma piscadela para Helena para motivar a garota que parecia inteiramente desconsolada com o acontecido.

Harry! Você viu aquilo? O professor piscou pra Helena na maior cara de pau! – Ron cochichou para Harry e deixou o amigo furioso.

Pára com isso Ron! – Harry gritou. A sala inteira caiu em risos, não houve um aluno, nem mesmo Helena, que não tenha dado um risinho disfarçado.

Ok meninos, conselhos amorosos depois da aula. – Amon In Su olhou bem para Harry com um ar preocupado, mas logo disfarçou e começou a aula. – Bem, continuando a aula passada, voltaremos ao tema de regressão egípcia, já que já tiveram uma demonstração gostaria que vocês fizessem um resumo da página 33, mas antes disso eu gostaria de fazer uma coisinha... – O professor estendeu a mão e nela tinha uma minúscula urna dourada que reluzia de acordo com os raios de luz que adentravam a sala. – Agora eu quero que vocês façam uma fila e olhem concentrados para a urna dizendo a palavra 'solte' com vontade.

E assim o fizeram, Suzan Bones, Ginny Weasley, Neville Longbottom, Benjamim Finnigan, Brenda Mcgold, e nada, quando chegou a vez de Harry ele simplesmente despejou as palavras com má vontade. Ele já estava quase se virando para sentar novamente quando notou que a urna estava aberta contendo um enorme bracelete com garras por todos os lados, sua cor dourado e preto dava um ar surreal ao objeto.

Muito bem Harry! – O professor sorriu calmamente e fechou a caixa novamente. – Agora o restante da classe, exceto Helena e Harry podem fazer um pergaminho de 15 cm sobre a página 33 do livro.

Muitos "ahhhs" misturados de "miuauuuss" foram ouvidos enquanto os três saiam da sala.

Muito bem Harry, Helena, eu quero que vocês fiquem exatamente aqui, pois tenho que pegar uma chave da sala interna. – O professor apalpou as vestes pensando na chave e gemeu.

Você está bem professor? – Helena olhou um tanto preocupada.

Nada que um pouquinho do elixir da Pomfrey não resolva. – Ele sai andando lentamente.

Helena se distraiu alguns segundos observando o professor e ao se voltar a Harry seu nariz estava a poucos centímetros da boca dele.

Eu acredito que tenha sido rude demais com você na outra noite... – Helena fala desviando o olhar de Harry.

Não mais do que eu... – Ele fala seco.

acho que não machucaria ninguém, se nós voltássemos a ser amigos, o que acha Harry? – Helena fala encarando os próprios dedos.

Bem... – Ele levanta o queixo de Helena e se aproxima dela calorosamente. – Eu não acho que devamos ser somente amigos! – Então ele a beija no meio do corredor. Os pensamentos de Helena continuam confusos e ela ainda está insegura sobre essa relação, mas aquele beijo a acalentava tanto e era tão doce que decidira tentar novamente.

Huum.. Huum... – Alguém limpava a garganta a poucos metros deles. – Desculpa interromper, é que realmente acredito que vocês irão gostar mais disso aqui! – O professor corria na frente deles para abrir uma espécie de porta encantada.

O que é isso professor? – Harry entrava irritado no pequeno quarto atrás da sala de Magia Egípcia.

Aqui Harry, é onde eu guardo minhas relíquias! – O professor falava sorridente. A sala era em um estilo egípcio antigo, tinha cortinas que oscilavam no teto em dourado e branco. Objetos por todo o quarto lembravam o antigo Egito com riqueza de detalhes, havia um altar animal, com águia, leão, gato, cachorro, entre tantos outros animais.

Um sinistro! – Harry apontou o cachorro preto que vira no altar. O professor dá boas risadas.

Não Harry, é o Deus Anúbis, apesar que ele realmente ilumina os caminhos na vida após a morte, mas não, ele não é exatamente um presságio de morte. Só se for da boa morte! Agora esta aqui... – O professor olha com uma certa preocupação para a serpente. – É o motivo da reunião.

Reunião? – Helena pergunta já se sentando em um banquinho. Amon In Su faz menção a Harry para se sentar também.

O motivo ao qual eu os trouxe aqui, foi essa minha última visita ao Egito ontem!

Você foi ao Egito? – Harry perguntou levemente incrédulo.

Sim, você não acha que depois da regressão de Helena, eu deixaria um feito desses passar sob os meus olhos, não é Harry? Eu fui lá e investiguei. – O professor pode notar o ciúmes de Harry corroendo seu espírito. – Achei três objetos que vão nos ajudar a desvendar esse mistério de vocês... O bracelete, uma lenda, e uma espada.

Professor, desculpe. Mas porque mistério 'de vocês'. - Harry pergunta curioso.

Harry, a lenda conta a história de um faraó e sua esposa preferida indo a luta contra a córsega, o povo Egípcio fala que mesmo sendo morto, o espírito de Ramsés III jamais descansaria enquanto não trouxesse paz ao mundo inteiro. Ele era realmente visto como um... deus-

Helena começa a gargalhar sem a menor vergonha.

Eu odeio soar debochada Harry, mas isso realmente é a sua cara! – Helena secava as lágrimas enquanto tentava se controlar para não rir mais do 'amigo'. – Mas professor, isso significa que Harry é...

Ramsés III. – O professor balança a cabeça positivamente com um sorriso no rosto.

Nossa Harry! Isso é maravilhoso! – Helena fica feliz ao saber mas logo se ajeita e diz num tom pouco satisfeito. – Que bom Harry. – Harry nota o embaraço de Helena que até a pouco estava brigada com ele e sorri numa mistura de graça e felicidade.

Mas e a espada? Como sabe que o bracelete é meu? – Harry estava começando a se interessar.

Ele viu que eu reconheci o bracelete do sonho quando a urna abriu, ele também entende de legilimencia! – Helena sorria.

Não só por isso, deixe-me pegar a espada. – Amon In Su se estica e puxa uma espada enorme que era quase do tamanho de Helena. – Vêem? Aqui há uma inscrição... – Ele deixa os alunos observarem por um instante.

E o que isso quer dizer? – Potter passa seus dedos sobre a espada.

Àquela consagrada a Bastet, que assim viva sua vida por amor aos nossos filhos! – O Egípcio descansa a espada no meio dos três.

E a lenda? – Helena pergunta quase se esquecendo.

A Lenda teremos que deixar para outro horário, é algo muito delicado para ser tratado assim, embora vocês sejam fortes como leões, temo que devamos discutí-la com calma. – O professor os acompanha até a sala para terminarem o resumo.

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E aí galera gostaram? Espero que sim! Já comecei a escrever o cap 11, espero que estejam tão animadas como eu! Pena que não tenho muito tempo e só vou poder publicar no final de semana! Bjoks, e PLEASEEEEEEE não se esqueçam de deixar reviews pra tia aqui, ok? Fiquem com Deus!

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