Alguém me interne no paraíso
Preciso urgente dar um tempo por l
O dia passa enquanto eu perco o juízo
Quem foi que inventou que era assim?
Sorrisos plásticos
Cumprindo seu papel
Enfeitando um rosto de pedra (...).
(I wanna Be. -Pitty.)
-Bem...-Inuyasha quebrou o silêncio.-Seja bem-vinda.-disse indiferente.
Ela não conseguia falar, a voz não saia e a imagem deles se beijando voltava... Mesmo que ela implorasse que não.Por que tinha que ser assim?Por quê?
- Você é muda?Não... Não... Eu escutei você falar já.-ele disse impaciente.
Kagome respirou fundo.As lágrimas queriam vir... Mas, ela não podia simplesmente, chorar na frente dele.Não podia, não queria...
-Será que dá para dizer algo?-ele perguntou suspirando.
Ela começou a tremer...
Já não bastava sua mãe e irmão terem morrido, agora seu avô estava em coma.E... Ela tinha beijado o próprio irmão, quer dizer, meio-irmão.Mas, mesmo assim era difícil, era complicado.Era triste.
-Pecadores...-ela murmurou.
Sim, só podia ser esse o nome daqueles que beijavam os próprios irmãos.Só podia!
Inuyasha se aproximou dela.E colocou a mão sobre sua testa.-Está com febre?Do que está falando?
Ela engoliu o seco.
Ele tinha esquecido dela?Esquecido do beijo?O que ele estava fazendo?
-Não...Não estou com febre.-falou tirando a mão dele de cima de sua testa.
Ele sorriu, um sorriso sem sentimento.Um sorriso triste e frio.-Seja bem-vida, minha irmã.-ele disse com a voz gélida.O que dava a impressão de que ela não era tão bem-vinda assim...
Ela não evitou, estava apenas, alguns centímetros dele.Aos poucos sentiu seu corpo ficar quente, sabia que estava corando.
-O jantar será servido ás sete.-ele disse a encarando.
Ela ficou um pouco confusa, mas, entendeu.
-Até, pequena.-ele disse sem esperar ela pronunciar algo, e saiu.
Ela caiu com tudo de joelhos no chão.
-Meu Deus!Ele é meu irmão...-ela falou desolada.-Como isso aconteceu?
Ela não evitou e começou a chorar.Estava sozinha e agora debaixo do teto do... ele assim, perto dela... Com ela podendo vê-lo sempre.Sentir seu cheiro, e assim, até toca-lo.Era impossível sobreviver.
Por que um cometa não caia em cima da sua cabeça?Ou o teto desabasse...
Tudo estava acabado.Simplesmente, acabado.
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A sala de jantar era muito ampla, as paredes eram creme, e havia duas janelas bem grandes que davam para ver o jardim.No teto dois lustres grandes, iluminavam o lugar, á noite.Já que, nem sempre a lua podia fazer isso, como hoje.E a mesa era bem grande, cabendo cerca de umas vinte pessoas, ou mais.
Kagome se sentou na ponta, observando a mesa, que estava cheia de vários tipos de comida.
-Rin-san... Você não vai se sentar, mesmo?-perguntou.
Rin deu uma risada.-Não.Mas, não se preocupe, se quiser minha ajuda, é só me chamar.-disse apontando para um pequeno sino no cantinho da mesa.
-Certo.-disse toda encabulada, e se sentindo desconfortável.Aquilo era realmente, estranho.Ela tinha uma vida tão simples, e ele era rico.Seu pai era rico?Alguém podia explicar de onde venho todo o dinheiro?
As portas duplas, que ficavam atrás, de onde Kagome estava sentada, se abriram.Kagome olhou de relance e viu Inuyasha entrar, todo imponente.Rin disse para eles a chamar se precisassem de algo, e saiu.
Kagome corou violentamente, enquanto, mesmo que não quisesse observava Inuyasha de longe.Ele se sentou do outro lado da mesa.
E sem ninguém dizer um "a"... Começaram a comer em silêncio.
Um silêncio que estava apavorando Kagome.E incomodando Inuyasha.
-Então...-ela precisava quebrar o clima tenso.-Quantos anos você tem?
Ele a olhou intensamente, a fazendo corar mais.Porém, ela agüentou firme, retribuindo o olhar.Mas, ela não conseguia dar um olhar que o fizesse tremer, como ele lhe dava.
-19.-ele respondeu e voltou a comer.
-Certo...-ela abaixou a cabeça.
O silêncio novamente...
Ele tinha só, dezenove podia morar naquela casa?Como podia jantar todos os dias em uma sala tão grande e não se sentir triste?Por que apesar, dele estar ali, Kagome se sentia triste, se sentia vazia?Ou seria, por causa, do que estava acontecendo em sua vida?
-Você não se sente só?-ela perguntou demonstrando, um bocado de curiosidade.
-Como?-ele disse sem a olhar, desta vez.
-Jantando todos os dias aqui, sozinho.-ela explicou melhor.
-Como pode saber se eu não janto com outras pessoas nos outros dias da minha vida?-ele perguntou á desafiando.-Pois, pelo que me parece... Você veio hoje para minha casa.
Ela o encarou com raiva... Ela não tinha sido grossa assim.Claro que talvez, não fosse certo perguntar aquilo, mas, ele precisava ser tão frio e grosso com ela?
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-O que você acha disso?-ele perguntou a encarando.
-Miroku... Eu não sei o que falar.-ela suspirou.-Hoje que ela foi morar com o irmão, não é?
-Sim, foi.-ele acendeu um cigarro.-Quer?-ofereceu.
-Você sabe que eu não fumo.-Sango respondeu.
Estavam no escritório dele.As cortinas estavam fechadas, e a lâmpada iluminava o lugar.
-Certo.-ele guardou o isqueiro e a caixa com o resto dos cigarros no bolso.
-Então, alguma pista nova?
-Nada.A única coisa é que pelo que me parece, mas, infelizmente, ainda não posso confirmar isso, é que o carro sofreu uma sabotagem.
-Sabotagem?-ela arregalou os olhos, assustada.
-Sim, foi isso.-ele disse tirando com cuidado o cigarro da boca, e a fumaça da boca.
-Mas, quem faria algo assim para eles?-ela perguntou assustada.
-Isso é o que eu queria saber.-ele se aproximou.
-Tenho tanta pena da minha amiga.-ela falou desolada, ele a abraçou, deslizou a mão pelas costas dela... E... Quando ele ia tocando em algo mais comprometedor... Ela lhe deu um tapa.-Seu tarado!
-Desculpe, não resisti.
-Certo...Mas, não faça mais isso.-ela pediu, mesmo sabendo que era em vão.
Eles se encararam, sem dizer nada.
-Quando vai me dar uma chance?-ele disse jogando o cigarro dentro do cinzeiro.
Ela sorriu.-Largar o fumo, já é um bom começo.-respondeu.
-E se eu largar...?-ele disse voltando a se aproximar dela.
-Ser menos, tarado também.-ela disse tirando o sorriso.
Mesmo assim ele não recuou.
Tocou a face dela com carinho.-Por acaso, eu alguma vez lhe disse o quanto eu te amo?-ele perguntou, enquanto, ela fechava os olhos para sentir o toque suave dele.
-Eu já te disse o quanto eu te quero?-ele perguntou aproximando seu corpo do dela.
Ela não tinha como evitar corou, como nunca havia corado.
-Quero tanto poder te tocar, sem receber um tapa, quero te tocar como se fossemos casados...-ele dizia em um tom provocante.
Ela o afastou com tudo.
-Eu sei disso.-ela falou ofegante.Não era bom, ele se aproximar desse jeito.Não era...
Ele a olhou confuso, mas, logo foi vencido.E se afastou, contornou sua mesa e se sentou em sua cadeira.-Certo, eu peço desculpas, eu não consegui evitar.
-Por favor, controle-se mais.-ela pediu ainda ofegante.-Me esqueça por um tempo.
-Como assim?-ele não queria ter escutado isso.
-Até resolver esse caso da família de nossa amiga Kagome, se não for por mim, faça por ela.-ela pediu.
Ele teria que fazer isso, já que era a pessoa que mais amava pedindo um favor... Pra que nada atrapalhasse em ele ajudar sua melhor amiga.Isso realmente era difícil de recusar.
Ela caminhou até a janela, mesmo, que com as cortinas a cobrindo, não desse para ver nada lá fora.
-Tudo bem.-ele respondeu, se levantando.
-Fico imaginando como Kagome está.-ela suspirou.-E você?-virou-se para encara-lo, que estava mais uma vez perto demais pro gosto dela.-Eu pedi para... Você se afastar de mim por uns tempos.
Ele a ignorou, e a abraçou, não da forma de antes.Um abraço como se fosse o último, forte e caloroso.
-O que?-ela estava confusa.
-Já que, é para eu te esquecer por um tempo.-ele sorriu.-E eu não sei se vai demorar ou não...-ele se afastou um pouco para encarar os olhos castanhos dela.-Eu precisava fazer isso.-ele beijou a face dela.-Sem perversão.
Ela deu um riso fraco.E o surpreendeu o abraçando de volta.
-Você vai resolver tudo isso, não vai?-ela perguntou sem olhar para ele.
-Eu espero que sim.
-Eu sei que vai, eu confio em você.-ela disse com sinceridade.
Ele não disse, mas, aquilo o deixava muito feliz.
-Mas...-eles se afastaram.-Eu fico imaginando, Miroku.-ele olhou para ela intensamente e sorriu.-Como Kagome está se saindo com seu mais novo irmão.
-É, eu também, fico...
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Ela levantou-se.E ele a olhou com surpresa.
-Se eu incomodo me avise.-ela pediu nervosa.-Eu não queria estar aqui!Não queria...
Ele fechou os olhos e contou até "dez" mentalmente.
Os olhos estavam cheios de lágrimas...
-Pois, se eu não estivesse eu não teria perdido minha família.Minha mãe estaria ao meu lado... Meu irmão também... E meu avô não estaria em coma.-as lágrimas rolaram por sua face.
Ele se sentiu obrigado a se levantar também.
-Desculpe, pela minha pergunta idiota!Não foi intenção minha, te zangar ou machucar...
Ele começou a andar na direção dela.
-Você sabe o que estou sentindo?Eu perdi todos que mais amava...-as lágrimas rolavam uma atrás da outras, e pequenos soluços podiam ser ouvidos.
-Eu sei.-ele respondeu com indiferença.
-Não, não sabe...-ela retrucou.
Ela não deveria estar chorando, não deveria... Ela não queria chorar na frente dele, do seu irmão mais velho.
-Eu sei, muito bem... Eu perdi minha mãe... Perdi meu pai, bem, que também era seu...-ele tocou a face dela.
-Não chegue perto de mim.-ela ordenou, recuando.
-Por favor, pequena...-ele agora, segurou na mão dela.Ela tentou soltar, mas, não conseguiu.-Vamos, irmã...
Irmã... Ele conseguia a chamar de irmã... E ela não conseguia o chamar de irmão depois, do que houve.
Era terrível.Por que para ele era tão fácil?
Ele a puxou contra seu corpo.O coração dela disparou.Seu rosto ficou rubro...
-Chore...-ele disse com carinho.Que desde de quando ela havia chegado ali, não tinha ouvido aquele tom de voz, saído dele.-Pequena, chore.
Ela não agüentou, segurou nas vestes dele e afundou o rosto no peito dele, chorando sem parar.
Era uma mistura de sentimentos, que ela não poderia afirmar ou negar nada.Culpa, raiva, amor, carinho, solidão, ódio, alegria, tristeza, saudade...Tudo se misturava cada vez mais.
Ela aos poucos foi parando de chorar, mas, ainda soluçava.Levantou um pouco a cabeça para encara-lo.-Como você consegue?
Ele a fitava com aqueles olhos violetas... Deixando as pernas dela bambas, ela quase caiu, quando ele a abraçou forte.
Aquela aproximação significava só uma coisa: Perigo!
Pelo menos, era assim que Kagome interpretou.
Sentir o perfume dele, a embriagava... Os braços fortes dele envolvendo seu corpo, a fazia se sentir tão segura... Enquanto, aqueles lábios... Não!Ela não podia admitir, nunca.
-Me diga, como você consegue!-ela pediu outra vez.
Ele ainda a segurava firme, com o braço esquerdo, enquanto, com os dedos da mão direita tocou os lábios dela.
Ele sentia o mesmo que ela?
O coração dela batia cada vez mais forte... Parecendo que ia dar um pulo e sair pela boca.
Ela não estava agüentando estar tão próxima dele.Porém, não conseguia nem se mexer.Seu corpo não lhe obedecia enquanto, suas pernas tremiam...
-Como?-ela perguntou triste, o som abafado por causa, dos dedos dele sobre seus lábios.
-Esqueça... Daquilo.-ele murmurou.-Finja que não houve nada.Que nunca houve um beijo...-ele disse se aproximando.
Cada vez mais ela sentia a respiração dele, bater em seu pescoço enquanto, seus corpos estavam praticamente colados.
Tão complicado para ele como para ela...
-Mas, como vou esquecer disso?-ela tocou a face dele.-Se no fundo, eu realmente gostei de te beijar.
-Eu também penso assim.
-E agora, estamos assim...
Ela não terminou.Seus lábios colaram nos dele, outra vez...E agora era muito pior, já que sabiam que eram irmãos.Mesmo que fossem só meio-irmãos, ainda era chocante.O que estavam fazendo?
Ela acariciou os cabelos negros dele, enquanto, ele aprofundava cada vez mais o beijo.
"Eles tinham nascido para pecarem juntos".
Não conseguiram evitar, e acabaram se beijando outra vez.Mesmo sabendo que mais do que nunca, isso não deveria ter acontecido.
Eles se encararam e mesmo que evitassem, seus olhos demonstravam angústia e malícia ao mesmo tempo.
-Kagome... O que fizemos?-ele perguntou ainda a abraçando.Estavam perturbados.
-Eu não sei...-ela respondeu encostando a cabeça no peito dele.-Eu só sei que pecamos.
Ele riu.-Pecamos?
Ela o encarou sério.-Antes, até poderia ser julgado como sem ser um pecado, mas, agora... Este foi um.Inuyasha... Somos pecadores.-ela concluiu.
-Pequena...-ele a apertou contra si, com mais força.-Eu não sei o que dizer.
Escutaram a porta se abrir e se afastaram com tudo, corados...
-Eu vim ver se queriam algo.-era Rin.-Nossa!Vocês estão com calor?Bem, talvez, seja por causa, que nunca abrem essas janelas para ventilar um pouco...-ela começou ao notar os rostos de ambos vermelhos.-Só quando Inuyasha não está...-ela riu.-Então, precisam de algo?
Kagome apenas sorriu.
-Não, obrigado Rin.-respondeu Inuyasha.
-Certo, será que por hoje eu poderia me deitar?-ela perguntou gentilmente.
-Tudo bem.-respondeu Inuyasha dando os ombros e se sentando novamente, em seu lugar.
-Obrigada, desculpe interromper sua janta.-Rin disse a Inuyasha.-Precisa de mim, Kagome?
Ela engoliu o seco, voltando a se sentar onde estava.-Não, muito obrigada, Rin.
-Então, tá.Boa noite.-disse fechando a porta.
Kagome e Inuyasha voltaram a se encarar ruborizados, depois, da porta ser fechada.E voltaram a comer em silêncio... Mesmo que no fundo tivessem gostado de provar o beijo um do outro, a culpa era muito ruim e ela incomodava demais.
"Eles nasceram para pecar juntos".
"E mal sabiam que não seria apenas, um pecado".
--Continua--
...
Olá!
Eu sei, eu demorei... O cap. tinha acabado fazia alguns dias, e resolvi postar neste domingo que passou, mas, não consegui entrar na net, fiquei morrendo de raiva.Só consegui entrar quando era segunda bem tarde, graças, ao meu irmão que arrumou a net para mim!Viva meu maninho!
Mas, nossa, eu ganhei tantos comentários, pelo menos, mais do que eu esperava!
Então, o que estão achando de minha história?Comentem!
Obs-Eu quase esqueci, mas, a M. Sheldon acertou, minha idéia foi tirada do mangá Tsumi ni Nureta Futari.Que aborda um tema muito parecido... Mas, só o tema, a história é completamente minha.
Agora vou responder os comentários:
Miaka.-Olá!Sim, a fic será muito dramática e intensa, assim espero.Pois, é um assunto um tanto polêmico, não é?Obrigada beijocas.
Lily.-Olá, obrigada amiga por ler minha fic.Espero que cada cap. seja melhor que o outro, e estou me esforçando para isso.Beijos
Cecília.-Olá!Muito obrigada, mesmo.Beijocas.
Dark-Nika.-Olá!Que bom que goste.Mesmo, obrigada.Claro que posso ler sua fic, só vou ajeitar algumas coisinhas e pronto!Beijos
Dark Angel.-Também espero que eles fiquem juntos, e muito.Beijocas.
Taiji Ya Sango-Chan.-Nossa obrigada.Fico feliz que goste de como escrevo.Muito!Muito!E estou me esforçando para melhorar cada vez mais.Beijos.
Morguene Evans.-Desculpe á demora desse cap. Mas, o próximo já está sendo feito e se não ocorrer nada que me atrapalhe, o próximo cap. será postado o mais breve possível, só não vou prometer nada.Beijocas.
Kassie-chan.-Desculpe á demora.Eu confesso nunca ter recebido um comentário de alguém com o nick: Kassie-chan.Mas, pode acreditar, estou muito feliz que agora esteja recebendo.Beijos.
M. Sheldon.-Olá!Nossa… Obrigada pelo elogio, estou até encabulada.Sim, eu tirei a idéia á partir deste mangá, escrevi lá em cima, notou?Claro que eu não vou fazer algo como a autora do Tsumi, ela fez algo bem mais pecador do que eu...Eu também gosto muito do mangá.Obrigada.Beijocas
Maria Gabriela.-Olá!Ai que triste, eu perdi seu e-mail, e não tive como te avisar que minha fic foi postada, por favor, me mande seu e-mail novamente, eu te peço... Claro se você agora não estiver para me matar, ou algo assim.Eu sinto muito, muito, muito mesmo.Eu disse que ia avisar quando postasse, mas, aconteceu isso.Por isso, me mande seu e-mail de novo.Eu estou desapontada comigo mesmo.Desculpa!Eu lhe peço... Eu realmente sinto muito.---- Fico tão feliz que tenha gostado do começo de minha fic.Por isso, quero tanto que leia ela, claro se ainda quiser, não é?Muito mesmo!Beijos.
Acho que é só.
Espero não ter esquecido de ninguém.
Muito obrigada.
Beijinhos
Dani
