Apenas, pecadores...

Cap.4.-A marca do pecado

Às vezes se eu me distraio.

Se eu não me vigio um instante.

Me transporto pra perto de você.

Já vi que não posso ficar tão solta.

Me vem logo aquele cheiro.

Que passa de você pra mim.

Num fluxo perfeito.

E enquanto você conversa e me beija.

Ao mesmo tempo eu vejo.

As suas cores no seu olho tão de perto.

Me balanço devagar.

Como quando você me embala.

O ritmo rola fácil.

Parece que foi ensaiado.

(Equalize. –Pitty)

Todos acompanhavam Inuyasha e Kagome, que ainda a segurava pelo se não quisesse que ela fosse para perto de ninguém que estava ali.

-Inuyasha.-chamou Rin.Mas, ele pareceu não ouvir.

-Bem, está é a cozinha, ali na frente é a sala de jantar.-dizia Kagome sorridente, como se Inuyasha não a estivesse segurando, como se seu pulso não estivesse vermelho e uma pequena dor tivesse surgido, no local onde ele apertava com tanta força.

Todos os outros, três, acenavam... Quando ela apontava alegremente para os locais por onde passavam.

-Está é a sala de estar, e ali a sala de tv. -ela falava com um sorriso.

-Até quando ele vai a segurar?-perguntou Houjo em um murmuro para Sango, que balançou a cabeça negativamente.-Será que não está doendo?-perguntou outra vez, no mesmo tom.

-Acho que não, Kagome, diria.-respondeu Sango, também murmurando, mas, ela sabia que tudo aquilo era muito estranho.-Ele só é um pouco ciumento.Deixe que tudo se acalme.

-Inuyasha.-falou Miroku, e este o olhou.-Nós já vamos.-falou dando um sorriso.-Mas, será que antes, eu poderia dar uma palavrinha com sua irmã, em particular.

Inuyasha bufou, soltando Kagome, que estranhou tudo.-Bem... Bem...Ela é toda sua... Rin mostrará a saída depois.-disse rude, saindo dali.

-Bem, venha comigo, senhorita Sango e senhor Houjo.-disse Rin.E os dois olharam de esgueira para Miroku, que tinha um sorriso qualquer na face e para Kagome que também sorria.-Estaremos na sala de entrada.-avisou Rin.

Quando não havia mais ninguém na sala de estar, Miroku começou a falar.-Eu quero falar sobre tudo.

-Por favor, sente-se.-ela pediu, enquanto sentava-se e apontava para uma poltrona para que ele fizesse o mesmo.Este obedeceu.

-Eu descobri algo.-falou olhando fixamente, para o rosto dela.-Minhas suspeitas foram confirmadas.O acidente foi proposital.

Kagome soltou uma exclamação.-Proposital?

Ela sabia que isso era uma possibilidade... Mas, no fundo acreditava não ser.

-Sim, foi.-respondeu Miroku.-E eu já tinha lhe avisado sobre isso.

-Certo.-ela disse trêmula.

-Uma sabotagem, muito bem feita por sinal...-Miroku falou pensativo, tirando um cigarro do bolso e o acendendo.

-Quem fez isso e por quê?-Kagome perguntou, as lágrimas nascendo outra vez...

-Eu não sei o nome, mas, consegui descobrir o sobrenome.E por quê?Bem, eu realmente, quero saber.

Kagome se levantou bruscamente.-Quem foi?Diga-me!-ordenou.-Quem foi o desgraçado que fez isso?

Miroku olhou para a amiga, era tão estranho lhe ver nervosa assim... Não aquele nervosismo por uma besteira e nada, mas, sim, sério.Um ódio... Que ele nunca tinha visto nela.

Sorriu.-Acalme-se, a única coisa que não vai compensar agora é ficar nervosa.

Ela relaxou, e voltou a se sentar.-Eu não agüento.Se fosse um acidente normal... Mas, não foi.-lamentou

-Eu sei é difícil.

Kagome deixou que uma lágrima rolasse por seu rosto.-Qual é o sobrenome dele?

Miroku não evitou dando um sorriso maroto.-Akuma...

Kagome o olhou surpresa.-Akuma?-repetiu.

-Sim, Akuma Takedo.

-Mas, por que esse cara fez isso?

Miroku suspirou.-Eu não sei lhe dizer certamente, porém, tenho certeza que foi por vingança.Seu pai era um homem muito respeitado... Posso lhe citar mil motivos, mas, não sei por onde começar.

Kagome olhou alguns segundos para Miroku, depois, abaixou a cabeça.-Sabe algo mais concreto?

Miroku se aproximou sentando ao lado dela.-Sim.-ele colocou a mão no ombro da amiga, que voltou a olha-lo.-Eu não sei o que dizer... Mas, tenho certeza absoluta que tem haver com alguém chamado... Nayumi.

-Nayumi?-Kagome repetiu sem entender muito.

-Sim.-confirmou.-Eu estou me esforçando.E aconteça o que acontecer eu vou resolver isso.

Kagome acenou um "sim" com a cabeça.-Se cuide...

Ele se levantou.

-E o vovô...?-ela enfim, perguntou.Queria saber dele... Mesmo que doesse, mesmo que soubesse...

Os olhos azuis de Miroku brilharam demonstrando uma tristeza.-Ele continua... Igual.-suspirou tristemente.-Eu já vou.

-Seria uma desfeita se eu não acompanhasse vocês até a porta?-perguntou melancólica.

-Claro que não.Até, Kagome.

-Até.

Kagome viu Miroku sumir ao virar em um corredor, deslizou do sofá até o chão.Não que fosse horrível morar ali... Mas, junto de Inuyasha e com tudo aquilo que lhes juntaram...

-Eu não vou chorar.-ela afirmou segurando as lágrimas...

Alguém com o sobrenome de Akuma Takedo havia matado seu irmão e sua mãe, além, de ter deixado seu avô em coma.E tudo isso envolvia uma mulher chamada Nayumi.Ela queria que tudo aquilo fosse um pesadelo e logo ela fosse acordar.Mas, ela sabia...Não era e nunca seria.

Tinha perdido todos que amava...

E tinha pecado...

Era o fim!

Sem resistir mais, começou a chorar, bem baixinho... Não queria que ninguém a visse assim.Tentou se levantar, mas, de repente toda a sua força sumiu.

Uma lágrima atrás da outra...

Viu Inuyasha se aproximar, e tocou no seu pulso, que doía um pouco, mas, agora não se antes não se importou.

Ele se agachou na sua frente.

-Saia daqui.-ela ordenou com a voz chorosa.

Ele não disse nada, apenas, segurou o pulso, o qual apertou com tanta força.

-Larga.-ela ordenou outra vez.-Está doendo.

Ele levou o pulso dela até seus lábios e o beijou.

Kagome não sabia porque mais começou a chorar mais.

Ele depositou outro beijo no mesmo lugar.-Eu...-beijou mais uma vez.-Sinto muito.

Ela o olhou atônita.-Sente?

E sem responder, ele a abraçou, sem ao menos saber o porquê de se desculpar ou por estar a abraçando.Ele havia escutado tudo... E no fundo, sentiu algo.Um medo, um arrependimento, uma tristeza...

Mal percebeu quando a levantou no colo, e subiu as escadas a levando até o quarto desta.

Ela se agarrou nas roupas dele, chorando sem parar, chegando a soluçar.Ele passou pela porta... E a encostou, sem perceber quando esta se entreabriu.

A colocou sobre a cama.

-Eu...

Ela o observou, aqueles olhos violetas tão misteriosos...

Ele limpou as lágrimas dela.

-Eu posso te ajudar.

Ela ficou confusa.

-Nayumi... Eu sei quem era Nayumi.

Ela arregalou os olhos.-Quem?

Ele engoliu o seco, afastou algumas mechas do rosto dela.-Nayumi Higurashi... Era minha mãe.

Kagome se sentou.-Como assim?

-Isso que escutou.Nayumi Higurashi.Eu tenho quase certeza que é essa Nayumi que seu colega Miroku estava se referindo.

-Eu... Não consigo entender nada.

-Eu muito menos, minha mãe faleceu já se faz dez anos.

-Dez?-ela perguntou surpresa.

-Sim.

Tudo estava se complicando cada vez mais...

-Deixe tudo se acalmar.-ele disse carinhosamente, e Kagome gostou de ouvir esse tom de voz saindo dele.

-Acho que você está certo... Mas, é tão difícil.

Ele foi se aproximando dela aos poucos, tocou lhe com carinho sua face.

-Sim, tudo é difícil, difícil demais para meu gosto.-ele falou pensativo, entorpecido com o perfume dela, e tentado a beija-la outra vez.-Espero que eu tenha lhe ajudado.

Kagome não escutou nada... Fechou os olhos e o puxou para si.Era como se ao mesmo tempo em que pecasse, a culpa apagasse o medo, e o desejo era finalmente, saciado.

Ele a abraçou bem forte... Juntando seu corpo ao dela.

-Isso é errado.-ela murmurou, as lágrimas já haviam sumido.

-Eu não consigo me controlar.-ele respondeu, a beijando outra vez.

E ela sabia que nem ela conseguia se conter.

Sim, eram irmãos, mas, parecia que a cada momento tudo se complicava mais, tantos mistérios, e tantos desejos...

Ela afagou os cabelos dele, enquanto, as mãos dele deslizavam pelas costas dela.

Era completamente proibido...

Era algo que nunca deveria ocorrer.

-Eu vou te proteger...-ele murmurou entre mais beijos.

Ela sentiu um arrepio a ouvi-lo dizer aquilo.

-Não importa o que aconteça, eu vou te proteger...-ele falou suavemente, enquanto, sua mão deslizava das costas para as coxas dela.

Era um misto de sentimentos, tão difíceis de descrever.Era um pecado tão gostoso de pecar, sim, tinham que admitir.

-O que estamos fazendo?-ela se perguntou.

Mas, ele não respondeu, beijou de leve o pescoço dela.

-Fiquei com medo.-ele disse.

Ela o olhou intrigada.

Ele levou as mãos até a blusa dela, aos poucos, desabotoando tal...

-Do que?-ela perguntou curiosa.

Ele parou de desabotoar a blusa dela, a encarou, aqueles olhos violetas trocaram palavras com os castanhos de Kagome...

Ele suspirou, beijou a face dela, e acariciou esta.-Eu tive medo, não sei porquê... Mas, quando te vi junto a aquele garoto...

-O Houjo?-perguntou.

-Sim, este.Eu fiquei com medo que ele te roubasse de mim.

Kagome corou.-Desculpe...-murmurou afastando ele de si.-Eu não posso ser sua.Sou apenas, sua irmã, meia-irmã... Só isso.

Ele respirou fundo.-Eu não quero que você seja só isso.

Ela começou a abotoar a blusa.Ele suspirou outra vez, e agarrou os pulsos dela.

-O que acha que está fazendo?-ela perguntou brava.

-Nada.-ele respondeu aproximando seus lábios do pescoço dela.

---

Rin caminhou até o quarto de Kagome, o que de tão grave o tal de Miroku havia dito á esta, para que se trancasse no quarto?

-Coitada...-murmurou.

Era tão triste... Rin lembrava que também perdeu seus familiares, muito pequena.E sabia a dor disso.

-Desculpe...-Escutou alguém murmurar.-Eu não posso ser sua.Sou apenas, sua irmã, meia-irmã... Só isso.-era Kagome.

-Eu não quero que você seja só isso.-era a voz de Inuyasha.

-O que acha que está fazendo?-escutou ela perguntar brava.

-Nada.-ele respondeu.

O que significava isso?

Viu a porta do quarto de Kagome, entreaberta e se aproximou.Cautelosamente olhou para dentro do quarto...

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Inuyasha beijou de leve o pescoço de Kagome.

Ela não conseguiu afasta-lo.Não conseguia, era tão difícil.Sentia que ele não lhe segurava forte, poderia escapar, mas, não... Ela não conseguia.Tê-lo tão perto de si era assustador e ao mesmo tempo reconfortante.

Ele fez mais pressão com os lábios sobre o local do pescoço dela que beijava, deu algumas mordiscadas de leve.

-Eu não entendo.-ela murmurou.

Ele não falou nada, apenas, se afastou.

-Venha aqui...-ele a chamou levantando da cama.

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O que Inuyasha estava fazendo?

Rin queria entender, e pelo jeito Kagome também.Será que ele estava enlouquecendo de vez?

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Ele caminhou até a penteadeira, e ela o acompanhou-o. Quando estava na frente do espelho, ele a fez se sentar na cadeira de frente para a penteadeira e espelho.

Ele afastou os cabelos dela.

E foi ai que Kagome viu o que Inuyasha fez consigo.Uma marca roxa, não vermelha e sim roxa, se encontrava no lugar onde ele tinha a beijado no pescoço.

-O que é isso?-ela perguntou assustada.

Ele se agachou perto dela.-Isso...-murmurou.-É a prova de que você é minha.-disse aproximando seus lábios do dela.

Prova?Ela não era dele.

Não... Não...

Mas, senão, era... Por que estava o beijando?Tudo era tão complicado.

Por que ele a fazia pecar?

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Rin se afastou aos poucos, e foi até seu quarto.-Por Deus...!-exclamou.

Sentou-se na cama, confusa.

-O que esses dois pensam que estão fazendo?-perguntou-se.-Eles não podem... Eles são irmãos.Não!O que Inuyasha acha que está fazendo?-estava atordoada.Fechou os olhos...-Espero que ninguém saiba disso... Ninguém.

--Continua--

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Olá!

Demorei... Mas, acho que esse cap. compensou, nem sei o que dizer... Eu gostei de escreve-lo.

E vocês gostaram dele?

Não sei... Quero saber.

Quero muito saber.

Agora irei responder os comentários:

Juli-chan.-Olá!Tomara que tenha gostado desse cap. como o outro.Tomara mesmo!Beijocas.

Juliana-chan.-Também sinto dó deles.Muita , lendo e comentando.Beijos.

Yuki.-Desculpe a demora.O que achou?Inuyasha é realmente, muito teimoso.Mas, e agora?E Rin... Por Deus!Continue lendo.Beijocas.

Dark Sofy.-Olá!Bem, tudo bem, pelo menos postou no cap. anterior.Fico feliz por isso.Sobre não achar um pecado.Eles acham e isso complica um pouco.Claro que não importa o que a sociedade pensa, mas, é muitíssimo difícil viver em uma sociedade que não lhe aceita.Adorei sua opinião continue me mandando amei sua idéia.Mas, não foi Inuyasha flagrando um beijo de Kagome com Houjo e sim, Rin flagrando de nossos pombinhos.O que achou?Eu gostei de escrever isso.Beijocas.

Lily.-Espere e verá.A fic não vai ter milhões de cap., mas, o suficiente para tudo se resolver.Fico feliz que comente na minha fic, muito mesmo.Beijos.

Maria Gabriela.-Olá!Mais um cap. amiga.E desta vez o que achou?Diga-me!Beijocas.

Bem, acabou.

Obrigada por tudo beijos para todos.

Dani