Apenas, pecadores...

Cap.11.-Descorbeta

Ando meio desligado eu nem sinto meus pés no chão

Olho e não vejo nada eu só penso se você me quer

Eu não vejo a hora de lhe dizer aquilo tudo que eu decorei

E depois o beijo que eu já sonhei você vai sentir, mas

Por favor, não leve a mal eu só quero que você me queira.

Não leve a mal, não leve a mal.

(Ando meio desligado.-Pato fu)

Kagome não conseguia parar de sorrir, hoje era o grande dia.Seu avô entraria pela aquela porta, apesar, de estar em uma cadeira de rodas... Mas, isso podia reverter-se em breve, disse Sesshoumaru.Era apenas, uma uma boa fisioterapia, ele estaria bem logo.

Fosse nesse instante, em qual ela pensava no avô, que o mesmo apareceu junto a Sango e Miroku... Ela não podia se conter.Fora tão idiota, em não ir visitílo.Ainda nem tinha ido ao cemitério ver seus parentes.

Mas, era algo que não tão cedo ela faria.

Pois... Ela nunca ia conseguir, realmente, acreditar na verdade.

Pelo menos, era isso que ela pensava.

O avô lhe deu um sorriso sério.

E ela correu para abraçílo, era bom ver alguém com quem convivia antigamente todos os dias, um abraço forte e carinhoso.

Que demonstrava nada menos que saudades.

Ela não evitou deixar algumas lágrimas de felicidade caírem de seus olhos azuis.

-Que saudade-ela exclamou.

Ele acariciou a face e os cabelos da neta, depositando-lhe um beijo na testa.Era muito bom estar de volta.

E ele sabia muito bem a quem culpar... Muito bem.

Maldito!Mas, era melhor não pensar nisso agora.Era melhor ficar calmo e respirar fundo.

-Essa é Rin.-disse Kagome apontando para a moça de cabelos compridos e castanhos, com os olhos da mesma cor e um sorriso delicado na face.

-Ol� prazer, senhorita.-ele a cumprimentou.

-Prazer.-Rin falou sorrindo ainda mais.

Jii-chan desviou o olhar e foi nesse momento que ele o viu.Os cabelos pretos e longos não falavam nada demais.Porém, aqueles olhos violetas como os de Nayumi, só podia ser o pequeno Inuyasha.

Aliás, o "grande" Inuyasha.Que não era mais aquele menininho de anos atrás, e bota tempo nisso.

A última vez que o viu ele mal sabia falar, exatamente.

-Olíexclamou chamando atenção do garoto, que parecia estar na lua.O rosto sério e aparentando não estar nada feliz, só fez Jii-chan rir em pensamento.

Parecia com a mãe, quando estava brava com alguma coisa.

A mãe dele apesar de tudo, sempre foi uma boa menina.Mas, agora não era hora pra pensar no passado.

-Oi.-Inuyasha murmurou, o que mais pareceu um resmungo, ainda feito com má vontade.

Jii-chan riu, pois, Inuyasha lembrou-se uma só pessoa, seu pai.Um menino bom, porém, ás vezes, importuno e mal-educado.Ainda bem que as coisas mudam...

Nem sempre pra melhor, vocês não acham?

-Vamos almoçar.-sugeriu Rin.

-Vamos, por favor, estou morrendo de fome.-falou Miroku.

-Eu imploro, estou cansado da comida do hospital...

-Mas, como?Você ficou lá acordado de ontem para hoje, apenas.-Sango disse com um sorriso travesso, cheio de humor.

Um humor, uma alegria que era bem-vinda.Nesses dias tão corridos e cansativos, que ela e Miroku haviam tido e com certeza teriam mais.

Não evitou pensar na menina de cabelos brancos.

Na explosão...

No medo da morte.

Acho que todos nós temos medo dela.

Enfim, todos caminharam para a sala de jantar, onde Ayame estava terminando de por a mesa.

-Olíela exclamou feliz.

E todos também disseram "olá".

Todos se sentaram, e o almoço começou.Rin e Ayame, ah Kouga também, por aparecer na hora, acabaram almoçando com todos.

Brindaram a vinda de Jii-chan.Porque ele havia vivido novamente.

Sim, vivido.

Não importa a sua idade.

Você sempre pode começar, mais uma vez.

Não importa quando, ou como.

Você tem esse direito, de pode mudar... De mudar-se.

De recomeçar.

Como temos sorte...

Vocês não acham?

Continuando...

Todos almoçaram e foram para a sala de estar.

Onde se sentaram e começaram a conversar.

Porém, uma certa pergunta de Jii-chan, fez todos se calarem...

-Você foi me visitar no hospital, Kagome-ele perguntou com um sorriso, de alguém que está aprontando, como de um garotinho preste a fazer alguma graça.

Todos apenas olharam para Kagome, pareciam temerosos.

Ela suspirou.

-Não.-murmurou, um murmuro que todos precisaram fazer esforço para poderem ouvir.-Eu não tive coragem, nem para visitar minha mãe e meu irmão no cemitério.

-Eu sei.-Jii-chan a surpreendeu.-Venha até aqui.-pediu.

Ela se levantou se onde estava e caminhou até ele.

Ele segurou o queixo dela.-Você é minha neta, eu te entendo... Sei como é difícil o que está passando.

Ela sorriu e o abraçou.

Jii-chan olhou ao seu redor, e confessou em pensamentos...

Que não gostou nada do olhar do irmão de Kagome sobre ela...

Era um olhar de alguém perdidamente...

Confuso...

Um olhar de desejo.

Cheio de paixão.

E ele sabia que isso não era nada bom.

Nada bom, mesmo.

Porém...

Não foi isso o mais preocupante.Ele viu no pescoço de Kagome, uma marca, meio rosada, meio arredondada, com a "borda" avermelhada.

Ele sabia o que era aquilo...

Era um famoso "chupão"...

Digamos que já tinha passado por uma experiência do tipo.

Entretanto, não gostou.Na verdade, odiou o que viu.

Pois, ele sabia quem tinha o feito.

Era só raciocinar e ver, o olhar transbordando de desejo de Inuyasha.

Aquele fedelho!Pensou irritado.

Suspirou.E enfim, se afastou do abraço.

-Acho que vou descansar... Estou um pouco cansado.-ele falou.

-Claro, venha vou te levar para o seu quarto, fica perto do meu.-Rin falou com um sorriso nos lábios, saindo já da sala de estar.

Miroku conduziu a cadeira de rodas, onde Jii-chan estava sentado e Sango o acompanhou.

Ayame e Kouga resolveram voltar aos seus afazeres, ele beijou de relance ela e saiu da casa, enquanto, ela se dirigiu à cozinha.

Kagome e Inuyasha se viram sozinhos.Encararam-se e o silêncio predominou.

-Que bom, que o avô está bem.-ela murmurou timidamente.

Ele caminhou até ela afastou-lhe o cabelo, que andavam ultimamente sempre de lado pra que ninguém pudesse suspeitar de sua "travessura".

E tocou a marca.

-Ela está sumindo.-ele disse entristecido.-Ela está nos deixando.-reclamou.

Ela o encarou.

-Porque... Porque já é a hora de pararmos de sermos bobos, e encararmos a verdade.Pararmos de mentir, dizendo que podemos viver nessa mentira.Vermos que somos pessoas civilizadas e que nosso romance é uma farsa.-ela disse tentando ser fria.

Mesmo com ela lhe falando isso, ele a abraçou bem forte.

Pois, como ia negar?

Ele precisava dela.

A cada minuto, segundo, instante...

Ele queria tê-la só pra ele.

Não queria dividi-la com ninguém!

Se ele era egoísta?

Se ele era ciumento?

Nesse momento, ele afirmaria com prazer.Nem tentaria negar, o óbvio.

Pois, se ele seguisse mesmo o pacto, a promessa... Conforme dito.

Conforme deveria ser.

Em que quando a marca sumisse, eram pra eles viverem normalmente, onde nem ele e nem ela haviam se envolvido.

Negando esse fato.

Ele afirmaria que a desejava se assim fosse preciso... Pois, ele estava a perdendo...

-Amo... Amo você-ela exclamou o abraçando também.-Mas... –ela o afastou.-Eu não posso amar você.Então...

Ele a segurou pelo braço.E a puxou.Queria sentir o beijo dela, e realmente, o sentiu.

A beijou...

Não foi o beijo mais apaixonado e sensual do casal...

Mas, com toda certeza havia algo, em que nenhum outro tinha.

Havia saudades!

Havia medo, de tudo.De se perderem, de serem descobertos.

Medo do que poderia acontecer daqui pra frente.

Eles sabiam que... Era errado.

Era pecado.

Eles se afastaram...

-Eu sei que temos pouco tempo, mas... Eu acho melhor não ficarmos mais juntos.-ela respirava bem rápido, estava sem fôlego, e um rasgo se fazia em sua alma.A dor no seu coração foi a maior, a pior que podia se sentir.Talvez, não se comparasse com a perda de seus entes queridos.

Mas, era horrível sentir aquela dor.

Ele segurou a face dela, entre as mãos.-Eu sei que é errado... Nem sei o que estou dizendo... Mas...

Ela tirou as mãos dele de seu rosto.-Melhor não dizer, então.-ela queria afastílo, para que no fim sofressem menos, era isso que ela achava, pelo menos.

-Não tente ser fria comigo.-ele aumentou o tom de voz.E a puxou novamente para perto de si.

-Alguém vai nos ver...-ela avisou.

-não me importa.

Ela corou.

Ele acariciou a face dela, e depois seus cabelos.

Beijou-lhe a testa, a bochecha, e sua boca.

Não parecia suficiente vê-la ali, sabendo que eram irmãos.Podiam fingir... Podiam...

Mas, ninguém poderia negar essa verdade.

Colocou a mão por dentro da blusa dela, massageando as costas dela.Ela sentiu um arrepiou correr pelo corpo.

Queria que ele parasse...

Mas...

Ele depositou beijos no pescoço dela, não iria marcíla outra vez.Não podia adiar essa tortura, de tê-la e não tê-la... Querê-la e não podê-la ter.

Era uma tortura.

-Eu quero você... Eu desejo tê-la em meus braços sempre.-ele se confessou.

Ela o encarou por alguns minutos e o beijou.

-Eu preciso de você.-ele murmurou entre mais e mais beijos.-Porque...

Ela afastou-se.Queria encarílo e ouvi-lo falar o porquê...

-Porque eu...

A campainha tocou.E eles se afastaram.

E cada um foi pro seu canto ignorando completamente a campainha.

Rin saiu de seu quarto e foi atendê-la.

Era o carteiro.

Não entendeu o porquê dele não deixar na caixa de correio, o envelope que segurava.

-É para o Jii-chan.-ele disse sorrindo.

Rin pegou o carimbo e preencheu o que devia preencher.Devia ser algo do hospital, porque quem saberia que ele estava ali, tão cedo?

O carteiro se despediu, claro, depois de levar uma gorjeta "suculenta" no bolso.E Rin foi até o quarto do Jii-chan entregar o envelope.

Que podia ser algo do hospital, ou até quem sabe algo sobre sua filha...

Quem sabe?Só lendo mesmo.

Ela até teve a reles curiosidade de dar uma espiada, mas, ela não o fez.

Ela era alguém muito educado para fazer esse tipo de coisa.

Ela bateu na porta do quarto.

E Sango a abriu, pelo jeito, eles já estavam se saída.

Despediram-se deles, e saíram do quarto.

-É para o senhor.-ela avisou, deixando o envelope na cômoda, ao lado da cama.-Qualquer coisa, toque o sino.-ela alertou apontando para um pequeno sino, do lado do despertador.

-Certo.-ele se ajeitou na cama.

-Durma bem.E me chame, se precisar.-ela acenou e saiu, encostando a porta atrás de si.

Jii-chan estava cansado, porém, sem sono.

Sentou-se com muita dificuldade sobre a cama, ainda não conseguia sentir suas pernas.

E isso era tão frustrante.Sempre foi alguém tão ativo...

Ele olhou para o envelope ao seu lado e resolveu ver o que era...

Podia ser algo importante, para até conseguirem tão rápido o local onde estava hospedado.Mas, logo voltaria pro seu templo...

Não via a hora.

Nada melhor do que seu verdadeiro lar.

Abriu o envelope sem muito entusiasmo...

E dentro deste havia outro envelope.

E uma carta...

Resolveu a ler.

Jii-chan... Tenho certeza que vai reconhecer minha letra.Sua memória é muito boa.Mas, a minha também não é ruim.Mas, isso não é importante.

Não agora, pelo menos.

Fiquei sabendo do triste fim de sua filha e de seu neto.E claro, da sua situação.

Mas, quando você receber essa carta, estará curado.Você é um velho muito forte, isso é bom ou ruim?

Que seja...

O que eu quero te contar, você mesmo vai ter que descobrir.

Olhe o que está no outro envelope.

E tire sua própria conclusão...

Você acha isso certo?

Bem, é só isso que eu quero dizer...

Até.

Daquele que você deve lembrar até hoje, Akuma.

Jii-chan ficou chocado ao ler isso...Não era possível!

Ele... Era ele!

Mesmo tremendo e sentindo uma forte dor no peito, abriu o outro envelope.

E lá estava... O puro pecado.

Ele e ela...

Inuyasha e Kagome...

Olhando-se e dando as mãos, sentados no banco do jardim.

Como se fosse um casal apaixonado.

Por Deus... O que eles pensavam que estavam fazendo?

Jii-chan sentiu a dor aumentar, junto com uma forte enxaqueca.

Eles eram...

Pecadores...

Continua

Finalmente,acabei!

Esse cap. Demorou mt.Eu comecei na nova escola, tanta lição-quero avisar que talvez, os cap. Demorem –infelizmente.Não vou desistir da fic, então não se preocupem.

Quanta lição

Ahahaha

Infelizmente, eu não vou responder aos comentários, desculpe!

O próximo eu vou sim!Estou com um pouquinho de pressa... Desculpem-me.

Desculpe mesmo.

Mas, eu agradeço do fundo do meu coração.Amo todos vocês.

Muito mesmo!

Desculpe mesmo, eu prometo que da próxima vez eu comento sim.

Agradeço por todos os 122 comentários

E desculpem a demora.

Não vou dizer que vai ser rápido mas, vou tentar.

Muitos beijos

Dani

Espero que tenham gostado desse cap. Apesar da demora.