N/A: Muito bem, como recebi vários pedidos para continuar a postar os capítulos aqui está mais um. Gostaria de agradecer a Vanessa, a Anna Potter, a Saori, a Amelia Ebherrardt pelos comentários e em especial a Annalet que foi muito legal em me dar boas vindas! Muito Obrigada a todas. Ah! Brigada Daphne pela propaganda! E KK-Watson, você é a primeira que me diz que gosta do casal. Não sei qual é o problema da Mione e do Harry juntos... Eu acho tão meigo... Continuem dando a opinião de vocês. =)
N/A2: Nesse capítulo, eu tento falar sobre o Rony. Eu não gosto muito de escrever sobre ele, porque para falar a verdade não gosto muito dele. Foi bem complicado, e acho que esse capítulo não saiu tão bom por isso.
N/A3: Por favor, mandem Reviews, e-mails... Qualquer coisa!!!!! Como não ganhou dinehiro com fics, elas são o meu "salário"!
Título: Luz e Sombra
Autora: Ligia Maria Araki
Disclaimer: Não são meus. São da J.K. Rowling, e eu só to pegando emprestado por um tempo.
e-mail: r.araki@uol.com.br
Capítulo 3-Ronald Weasley
Luxemburgo, ou melhor, Grão Ducado de Luxemburgo. Exprimido entra a França, Alemanha e Bélgica, é um pequeno e independente território. Foi criado pelas grandes nações, atendendo a conveniências políticas e geográficas de um certo momento da história. Havia sido invadido pela Aústria, Espanha, França, Holanda e Alemanha. Um país de riquezas minerais, agora esgotadas. No momento, o que realmente faz dinheiro naquele lugar é o setor bancário, os paraísos fiscais. Um lugar rico, precisava procurar muito para achar um bairro pobre ou um carro velho.
Mas não foi por causa de nenhuma dessas coisas que Ronald Weasley escolheu morar em Luxemburgo. Ele optou pelo país, pois como o mesmo era pequeno, quase não haveriam bruxos. E estava certo. Os que existiam ali eram pessoas muito velhas, e que quase perderam todo o contato com o Mundo Bruxo. Para se ter uma idéia, não havia comércio bruxo no local. Quem quisesse ir a um, teria que se deslocar até a Alemanha, ou a França.
Logo que saiu foragido da Inglaterra, ele passou por muitos países, Espanha, Portugal, França, Irlanda, até que chegou onde estava agora. E achou o lugar perfeito. Viver entre os trouxas nunca foi uma coisa que Ron quisesse, aliás ele sempre achou as manias do pai por coisas trouxa boba. Mas foi graças a essa mania "boba" que ele conseguiu sobreviver entre eles. Seu pai... Como será que ele estaria? E sua mãe? Seus irmãos... Gina... Tinha muita saudade deles.
Enquanto estava na Irlanda, ele trabalhava como garçom em um restaurante muito refinado. E com o dinheiro que ganhava nele, mais as gorjetas, pagou um pequeno curso de administração, afinal, precisava ter uma profissão um pouco melhor. E graças a esse curso, agora ele trabalhava em um Castelo Medieval em Viaden, um ponto turístico, na fronteira com a Alemanha. Ele morava na capital do país, e a viagem até Vianden não era longa, afinal, o Grão Ducado não era extenso. Rony era o gerente administrativo do local.
Uma vez, Marie, uma jornalista que trabalhava para a Rádio Television Luxembourg, foi até o Castelo fazer uma reportagem sobre um evento qualquer que aconteceria no local. E ele se encantou com ela. Começaram como muitos casais. Eles saíram algumas vezes, namoraram, noivaram e agora estavam casados. Rony amava Marie com todo seu coração, e só de pensar em perde-la já lhe dava desespero. Com dois anos de casados nasceu à pequena Aimeé, que agora estava com 5 anos.As duas eram a paixão da sua vida. Nenhuma delas jamais soube que era um bruxo, e ainda mais um Comensal da Morte.
Uma família... nunca pensou que teria uma, quando saiu fugido da Inglaterra. E agora ele tinha, onde recebia muito amor e carinho. Ele não se achava merecedor de tudo isso, afinal, ele era um traidor. Traiu sua família, e principalmente seus amigos. Harry... Mione... Como se arrependeu de ter ido para o outro lado.
A verdade é que ele havia se cansado. Ele sempre estava em segundo plano. Primeiro era em casa, onde tinha muitos irmãos e ele era sempre excluído. Pelo menos achava que era. Depois na escola onde o "famoso" Harry Potter sempre tinha as atenções. Ele conseguiu até Hermione que era o seu "amor de adolescente". Ele era o "bichinho de estimação" dele, sempre o motivos de chacota, por isso. Não só por Draco Malfoy, mas no fundo era o que todo mundo pensava. A falta de dinheiro, uma coisa se somando a outra e Rony decidiu que assim que pudesse se juntaria ao outro lado. Ele queria provar que era muito mais do que todos pensavam dele, queria provar que o subestimaram.
Então um dia, no Beco Diagonal, estava comprando seu material para o último ano em Hogwarts, quando passando em frente a da Travessa do Tranco ele viu o Sr. Malfoy, e pensou que essa era sua oportunidade para se juntar ao outro lado. Entrou e esperou próximo a uma escada Lucio passar. Mas esse parou e começou um diálogo com um senhor que durou muito tempo. Rony estava quase desistindo, quando viu Lucio Malfoy caminhando até ele.
-Ora, ora, ora... O que um Weasley faz num lugar como esse?-O homem mostrava superioridade na voz.
-Gostaria de falar com você, Sr. Malfoy.-Rony tentava falar com uma voz firme.
-Falar comigo? Garoto idiota, não tem nível para falar comigo.-Lucio fala com o mesmo tom da outra frase, e continua andando.
Rony ficou muito bravo por ter sido ignorado, e diz com uma voz determinada.
-Tenho certeza que ira lhe interessar muito.
Lucio nunca ouviu um dos filhos Weasley falar com ele.
-Seja breve.-Fala com desdém.
-Sei que o senhor é um Comensal e eu quero me tornar um.
O Sr. Malfoy apenas olhou para aquele ser a sua frente e caiu na risada. Um Weasley Comensal da morte? Só podia ser piada.
-Você? Um Comensal da Morte? Não seja ridículo garoto.-Lucio fala, continuando a andar.
-Tem certeza que eu estou sendo ridículo?-Agora o tom de Ron era ameaçador-Eu sou amigo de Harry Potter. Eu sou a última pessoa no mundo que alguém iria suspeitar. O que acha que Voldemort irá pensar quando souber que você menosprezou alguém como eu para ser um Comensal?
Pelo tom que ele usou, sobretudo, por ele ter dito o nome de seu Lord, foi que Lucio Malfoy parou e resolveu ouvir o que o jovem a sua frente tinha para falar.
-Por que quer se tornar um Comensal da Morte?-Sr. Malfoy pergunta intrigado.
-Porque eu cansei de ser o "idiota" do Rony. Eu quero provar que de idiota eu não tenho nada. Quero provar que sou muito mais do que todos pensam...-A voz de Rony era tão determinada, que Lucio acabou ponderando a idéia.
-Muito bem... Eu entrarei em contato.-Vira-se e continua seu caminho.
Ron achou que tivesse se precipitado, e arrependeu-se por um instante do que tinha feito. Mas quando voltou a Hogwarts, Hermione terminou com ele, e Rony sabia que era por causa de Harry, e sua ira com o melhor amigo voltara. Ele sabia que os dois não estavam namorando novamente,e que assim que eles terminaram, Harry voltou a ser o mesmo de antes. Mas cada vez que os via juntos, a cada vez que os via rindo, conversando animadamente, ou até tirando sarro, afinal eles eram amigos e achavam que tinham esse direito, de algo que ele tivesse feito, a raiva aumentava e ele ficava cada vez mais decidido a ir para o lado das trevas.
Ele estava quase achando que o Sr. Malfoy não tinha levado mesmo a sério o que dissera, quando no final do sétimo ano, recebeu uma coruja. Nela dizia que se não tivesse se arrependido era para começar a se preparar que em breve ele se encontraria com o Lord.
Enquanto a maioria dos seus amigos, se preparavam para entrar na Academia de Aurores, Rony apenas tratou de arranjar um emprego no Ministério. Todos pensavam que era por que ele não queria lutar na linha de frente da guerra. Mas Ron sabia que não era nada disso. Para que se tornar um Auror, quando iria se tornar um Comensal?
Esse "encontro" entre Rony e Voldemort não demorou a acontecer. Ele recebeu mais um comunicado dizendo o local e o horário em que ele deveria estar. Rony deu a desculpa de ter que viajar a "serviço do Ministério" e lá se foi para o destino pelo qual se arrependeria tanto.
Nunca sentiu tanto medo na sua vida, quando ficou frente a frente com Lord Voldemort. O mesmo não parecia convencido ao motivo pelo qual, Rony queria se tornar um Comensal. Mas quando ouviu a determinação na voz do jovem, acabou cedendo. Ron ganhou uma marca no braço como a de todos os Comensais, e o Lord das Trevas disse que, no momento, apenas trabalharia como um "agente duplo". Iria entrar para a Ordem e trazer informações para ele.
E assim ele fez, até que começou a ficar cansado, pois parecia que ali ninguém confiava nele, e sempre estavam pedindo um "voto de confiança". Voldemort deu a ele esse voto. Ron deu graças a Deus pelo Lord não ter pedido para que trouxesse Harry Potter até ele. Sim, estava com raiva do "amigo", mas não queria-o morto.A missão foi bem diferente.Iria atacar Hogsmeade junto com os outros Comensais, e foi aí que todos descobriram que ele mudara de lado.
Desde que atacou o vilarejo bruxo, ele acabou entrando na "linha de frente" dos Comensais, e atacou muitos outros lugares. Matou muito mais pessoas. Foi quando numa dessas batalhas ele acabou ferindo a Gina, sua irmã. Ele ficou tão chocado, afinal, ela era sua irmã caçula, a pessoa que ele mais amava, e ele quase a matou. Foi aí que ele realmente se arrependeu, desapareceu, e começou a fugir. Voldemort não se importou. Achou que ele tinha morrido, ou sido capturado. Estava preocupado com outras coisas. O ataque a Hogwarts, a batalha final.
Agora Ronald Weasley caminhava pelo Boulevard F. Roosevelt com sua filha no colo. Iria deixá-la na escola e depois seguir para Vianden. Ele não gostava muito de trabalhar naquele castelo, ele lembrava Hogwarts, mas o salário era bom, e agora que tinha uma família, tinha que se preocupar com isso.
-Tchau papai.-Amieé falou com sua vozinha melodiosa.
-Tchau querida. Comporte-se hein? Mais tarde mamãe vem te buscar.-Ron fala carinhoso.
Ele esperou até que a menina entrasse na escola, virou as costas e seguiu seu caminho.
Tarde, naquele mesmo dia, recebeu um telefonema urgente, dizendo que sua mulher o esperava em casa. Ele saiu correndo e quando chegou, viu sua esposa sentada no sofá chorando, e a casa toda revirada. Parecia que um furacão havia passado por ali. Policiais caminhavam e faziam perguntas, mas Rony não ouviu nenhuma delas. Apenas olhava para a parede, onde tinha a marca negra. Caminhou até sua esposa e perguntou:
-O que houve?-Rony pergunta abraçando a mulher.
-Oh! Ronald.... Eles levaram nossa filha...-A mulher chorava abraçada a ele.-Eu tentei lutar, mas não pude....
Rony fechou os olhos. Sabia exatamente quem levou sua filha. Voldemort estava morto, mas os Comensais estavam querendo voltar ao poder. Eles o acharam em Luxemburgo, mas Ron disse que estava fora do plano, e não queria mais nada com eles. Claro, não aceitaram a resposta e disseram que ele teria que cooperar por bem ou por mal. Como vingança tinham levado sua filha.
Depois que todos os policiais tinham ido embora, Rony virou para a esposa e disse, muito sério:
-Marie? Achou que precisamos conversar. Tenho que lhe contar algumas coisas sobre o meu passado...
E Ron contou tudo. Desde Hogwarts, até quando ele chegou no país. Ela não acreditou em uma só palavra, então ele foi até o quarto do casal, e trouxe de lá sua varinha. Fez uma pequena magia, e Marie apenas olhou chocada para ele.
-Você nunca viu essa marca na parede antes?-Ron pergunta.
-Não... Quer dizer, ela não me é estranha.-A mulher responde ainda chocada.
Ronald apenas tira o paletó, e abre a camisa, mostrando para a mulher a sua frente, a marca em seu braço.
Marie agora estava furiosa, corre em direção ao marido lhe dando socos.
-Seu desgraçado... Eu achava que isso aí no seu braço era uma tatuagem! Eles levaram minha filha por sua causa! Só porque você foi um bruxo, lutou do lado errado, eles levaram minha filha... Eles levaram meu bebê...-Diz em prantos.
Ele não diz nada, apenas abraça sua esposa.
-Me desculpe.... Marie... Me desculpe....-Rony falava desesperado.-Eu não sabia que eu iria conhecer você... Eu amo você.-Agora Rony fazia com que sua esposa o olhasse.-Eu amo nossa filha, nunca achei que fosse merecedor de uma família, e agora que eu tenho uma, eu não podia entrar no plano deles... Vocês são as coisas mais importantes que eu tenho...
Marie se solta dele, e olhando para ele como se fosse um estranho e com repugnância e diz:
-Eu não o conheço. Não sei quem você é...-Mas Rony a interrompe
-Marie... Meu amor, por favor...-Ele tenta se aproximar, mas a mulher começa a fugir dele.- Não diga uma coisa dessas.... Eu vou trazer nossa filha de volta.-A última frase era determinada.
-Ah! E acha que vai enfrentar todos aquele malucos sozinho? Você é um só, e...e... eles são um bando. Um bando deles entrou aqui hoje e levou minha filha!-Marie agora berrava.
Ele a olhou sério, e com uma voz firme diz:
-Eu vou trazê-la de volta. Nem que eu tenha que morrer para isso.
-É bom mesmo Ronald Weasley! E quando trouxer, pode esquecer que tem uma família!-A mulher termina com uma voz letal, vira-se e vai para o quarto batendo a porta com um estrondo.
Rony apenas senta no sofá e começa a chorar desesperado. Perdera tudo. Tudo que mais prezava, que mais amava por um erro do passado. Mas iria tentar consertar. Iria trazer sua filha de volta.
Continua =
