N/A: Gente, eu gostaria de dizer que a partir de agora, as atualizações ficaram um pouco mais longas... É que eu não estou mais morando em Sorocaba, e sim em Assis, onde eu faço UNESP. E como a distância é muito longa, não são todos os finais de semana que eu consiguirei voltar para casa. Portanto, ficará difícil escrever e postar os capítulos. Mas assim que eu tiver um tempinho não deixarei de colocar capítulos novos, podem deixar! =)
N/A2: Como sempre, gostaria de agradecer a todas as Rewies! A Karol, que foi a única que me mandou uma resenha lá do site FanFiction Brasil. A Anna Potter, a Saori... Aliás, por que você não gosta do Rony em Saori? E Karen, sim muito Obrigada pelo comentário. Realmente é muito difícil e trabalhoso ser escritora... O mais chato são os bloqueios... Mas isso é uma coisa que eu ganhei de presente da Daphne, hehehe. Eta menina para sofrer bloqueios viu... Ah! E Paula Granger, fiquei muito feliz em saber que alguém recomendou minha fic para você, por mais que essa pessoa não tenha me escrito... E Por favor, assim que ler esse capítulo, me mande um e-mail dizendo o que achou!
Título: Luz e Sombra
Autora: Ligia Maria Araki
Disclaimer: Não são meus. São da J.K. Rowling, e eu só to pegando emprestado por um tempo.
e-mail: r.araki@uol.com.br
Capítulo 4- Revelações
Hermione caminhava pelo corredor do escritório que a levaria para sua sala. Quando entrou na mesma e parou incrédula com o que viu. Havia outra mesa ali. "Ah! Não... Agora Phillip foi longe demais" pensou.
Saiu e foi em direção ao escritório de seu "chefe", a secretária até tentou impedi-la de entrar na sala, mas foi inútil. Entrou mesmo assim e ficou parada mirando o homem a sua frente, com fúria. Phill estava ao telefone, e ao ver Hermione a sua frente sorriu. Aí sim ela ficou mais brava ainda.
-Hermione querida, em que posso ser útil?-Phillip diz colocando o fone no gancho.
-O que aquela mesa faz na minha sala?-Ela estava vermelha de raiva.
-Como assim? Aquela mesa é para o Harry.
-ELE VAI FICAR NA MINHA SALA?-A sua voz saiu mais alto do que planejava.
-Claro que sim.-Phillip ainda sorria, e Mione teve vontade de esganá-lo. - É seu parceiro, como espera trabalhar com ele, se não estiver por perto?
-Existem milhares de salas nesse escritório... Por que tinha que ser na MINHA sala?
-Hermione, afinal qual é o problema? Sei que não gostou de ter alguém para trabalhar com você, mas por que está tão nervosa?-Phillip pergunta estranhando a atitude da mulher a sua frente. Hermione nunca foi de ficar tão brava.
-Problema? Bem, tirando o fato que eu o odiei, não existe problema nenhum.- Ela agora caminhava de um lado para outro da sala.
-Mas não gostou por quê?- Phillip pergunta estranhando- É uma ótima pessoa. Um ótimo advogado.
-Ah! Ótimo advogado pode até ser, mas pessoa, ele dei...-Ela percebe a besteira que ia falar e conserta- Ótima pessoa com certeza não é.
-Então já que não gostou dele, pense pelo menos no ótimo advogado que é, e tente esquecer que ele não é uma ótima pessoa.
-Mas...-Phillip a interrompe antes de terminar.
-Mas nada. Você tem um trabalho para fazer e eu também estou muito ocupado, então se me dá licença...-Phillip fala sério. Hermione aprendeu que quando ele não estava sorrindo é porque a coisa era séria, então resolveu não discutir, e saiu do escritório.
Quando estava voltando para sua sala, passou na frente da sala de Mark, e resolveu parar.
-Mark! Você sabia que tem uma mesa a mais na minha sala?
-Não...-Mark olha-a confuso.
-Phillip mandou colocar lá para...para o Harry.
-Hum... Ele vai ficar na sua sala? Isso vai ser uma coisa interessante.-Mark diz debochado.
-Ora, pára de gracinhas. Não vai ser nada engraçado.-Ela senta-se na cadeira na frente do amigo.
-Bem, tente evitar ficar conversando com ele.
-Você tá achando o quê? Que eu vou sentar na frente dele e ficar jogando conversa fora? -A idéia de sentar na frente de Harry e perguntar "E aí, como vão as coisas?" lhe parecia absurda.
-Mas eu não disse que precisava fazer isso.
-Por que na minha sala? Vai tirar toda minha privacidade.-Hermione fala ainda irritada.
-Já falou com Phillip?
-Já... Não adianta. Ele vai continuar na minha sala.
-Então... Você terá que se conformar com isso.
-É eu sei... Mark? Será que eu posso me mudar para a sua sala?
-Ah! Não...
-E por que não?-Mione pergunta ofendida.
-Porque senão, a senhorita vai tirar minha privacidade.-Mark responde divertido.
Ela sorriu. Só ele para faze-la sorrir num momento desses. Quando estava saindo, ouve-o chamar.
-Mione? Qualquer coisa grita!-Ele diz prestativo
-Pode deixar... Você vai ouvir muitos gritos.-Ela fala ainda irritada.
No que entrou em sua sala, deu um suspiro cansado. Em cima de sua mesa havia várias pastas, vários papéis, sobre o novo caso. Com certeza iria ser um dia cansativo.
Harry só voltou para o escritório duas horas depois. Ele encontrou Hermione em volta de muitas pastas, livros e papéis. Não conseguiu deixar de sorrir. Lembrava Hogwarts, onde sempre a podia ver envolta a muitos livros, de uma certa forma, ela continuava a mesma.
-Você está atrasado!- Ela diz friamente.
-E daí?- Ele responde com desdém.
Mione não diz nada apenas lança um olhar assassino para ele. Harry olha para seu lado e vê uma mesa ali.
-Essa mesa... É para mim?
-É o que parece. Se não percebeu, eu já tenho a minha.
-Parece que o seu almoço não foi tão bom assim, não é?
-Por que diz isso?-Ela pergunta sem tirar os olhos da pasta que estava lendo.
-Mau humor...
-Ok, Potter, -Ela não estava mais lendo, e mirava o homem a sua frente com raiva- eu não fiquei feliz em saber que irei trabalhar com você.-Harry ia dizer alguma coisa, porém ela não deixou.-E eu penso que você também não ficou muito feliz em trabalhar comigo. Portanto, vamos fazer com que as coisas fiquem mais fáceis. Apenas sente naquela mesa e faça seu trabalho.
-Eu gostaria, mas fica difícil. Está monopolizando todas as pastas, arquivos, papéis...-Ele diz apontando para a mesa dela, cheia.
Hermione a muito custo levanta-se e praticamente joga uma pilha de pastas em Harry.
-Bom proveito.- Ela fala com um ar meio superior.
A tarde foi muito interessante. Quer dizer, interessante para não dizer silenciosa. Depois que Harry voltou do almoço e do pequeno diálogo que eles tiveram, nenhum dos dois disse mais uma única palavra. Eles estavam muito entretidos lendo aquele monte de coisas. Hermione não pode deixar de olhar, em um certo momento, para ele. Harry estava encostado na cadeira, muito sério, e tinha uma das mãos no queixo. Ele estava de terno. Um terno bege e uma camisa verde que combinava com seus olhos. Ela não se lembrava de um dia tê-lo visto vestido daquela maneira. Ficava imensamente mais bonito. Mas uma coisa ainda a intrigava. O que diabos ele estava fazendo ali? Afinal, pela última notícia que teve, Harry trabalhava num departamento do Ministério pouco conhecido. O que ele estava fazendo no meio dos trouxas? E desde quando ele entendia de direito trouxa? Eram muitas perguntas em sua cabeça, porém, Hermione sabia que talvez elas ficariam sem resposta.
Já era quase noite quando o telefone de sua sala toca. Era Mark.
-Hey! A senhorita não está pensando em dormir aqui no escritório né?
-Hum... Não, é que...-Mas Mark completa antes dela.
-Eu estava tão entretida com o caso que nem me dei conta das horas...
-Na verdade não era só o caso que estava me entretendo. Eu estava tentando buscar outras respostas...-Hermione olhou para o homem de olhos verdes, sentado à mesa na sua frente, querendo saber se ele prestava atenção no que ela estava dizendo.
-E descobriu o que ele está fazendo aqui?-Mark pergunta curioso.
-Não. Talvez eu nunca saiba.
-Você acha que ele pretende ficar muito tempo?
-Não tenho idéia. Eu espero que não.
-Vai para casa Mione. Jante, tome um banho, enfim, descanse. Ficar pensando não adiantará nada.
-É, eu sei...
-E o caso?-Mark pergunta mudando de assunto.
-Nada de interessante até o momento. É um caso muito simples.-Agora ela falava baixo-Não entendo por que Phillip achou que eu precisava de ajuda.
-Vai ver esse Halkins é amigo dele. Você sabe como ele é quando o processo é com os amigos dele...
-Um amigo acusado de assassinato?-Mione pergunta estranhando.
-Pois é. Ou vai ver ele realmente quer contratar esse Potter aí,para trabalhar aqui no escritório e ele está o "testando"...
-Testando? Não fale isso.-Hermione fala desanimada.
-Eu sei que não gostaria dele trabalhando aqui, mas como eu já disse antes, -Mark agora tinha um tom debochado- seria uma coisa interessante.
-Ok, Mark. Vou cuidar para que a próxima vítima seja você.
-Não, não, não. Você já o conhece. Me tire dessa. Bem, já estou de saída. Não vai embora?
-Claro, estou saindo agora.
-Então até amanhã.
-Até amanhã Mark.
Após desligar o telefone, Hermione se prepara para ir embora. Vira-se para Harry e pergunta, tentando parecer indiferente.
-Não vai embora?
-Daqui a pouco.-Responde sem tirar o par de olhos verdes da pasta que estava lendo.
Quando ela já estava quase saindo da sala, Harry a chama.
-Hermione? Se importa se eu levar isso?-Diz mostrando a pasta que estava lendo.
-Como quiser.-Ela responde indiferente.
Quando Harry saiu do escritório já se passavam das nove. Ele não foi diretamente para casa. Antes quis ver seu padrinho.
Quando chegou na frente da casa de Sirius, ficou indeciso se batia, ou se já ia entrando. Decidiu por aparatar no escritório de Sirius, se o conhecia bem, há essas horas, com certeza era lá que ele estava. Seu padrinho levou um tremendo susto com o homem que apareceu no meio de se escritório.
-Desculpe.-Harry começa.-Não sabia se batia, ou se já entrava... Sei que Jennifer dorme cedo.
-Não tem problema.-Sirius diz se refazendo do susto.-O que faz aqui uma hora dessas? Algum problema?
-Na verdade sim.
-E qual é o problema?-Sirius pergunta curioso.
-Tem Vodka?-Harry pergunta olhando no bar do seu padrinho, mudando de assunto.
-Tinha. Você bebeu toda a garrafa.
-O que você tem aí?
-O que você quer é uma bebida trouxa?-Bebidas trouxas eram mais fortes.
-Sim.-Harry ainda vasculhava o bar.
-Trouxa só Wisky. É o que meus amigos trouxas bebem. Você é o único que gosta de Vodka.-Sirius começou a se preocupar. Seu afilhado só bebia bebidas fortes quando as coisas o preocupavam, ou não iam bem. E já começou a ter uma idéia do que ele estava fazendo ali.
-Serve.-Harry diz pegando uma dose, pura sem gelo.
-Não deveria beber assim, Harry.-O tom de se padrinho era desaprovador.-Não faz bem. Pode virar um alcoólatra.
-Ninguém se importa com isso.-Disse indiferente.
-Eu me importo.-Sirius disse sério.
Harry não disse nada. Agora, olhando para o homem à sua frente, lembrou-se do que estava fazendo aí, e começou a ficar bravo.
-Você sabe exatamente qual é o caso em que eu estou trabalhando naquele escritório Sirius?-Harry agora estava sério e olhava para o copo que estava em sua mão.
-Tenho uma leve idéia.-Sirius diz, meio que na defensiva.
-Não, você não tem uma "leve idéia". Você sabe exatamente do que eu estou falando.
-Do que você está falando?-Agora sim ele falava na defensiva.
-Sirius, se fazer de idiota não é uma das suas qualidades.-Harry odiava quando o padrinho lhe escondia detalhes das "missões" que ele trabalhava.
-Não estou me fazendo de idiota.
-Sabe quem é Halkins?-Harry tentava descontar sua raiva olhando ainda para o copo.
-Um trouxa, acusado de assassinato, que na verdade um bruxo cometeu.
-Um bruxo né?-Harry tinha a voz baixa.
-Sim, um bruxo...
-Quem é o bruxo?-Harry agora olhava seu padrinho com fúria.
-Não sei... Quem é?-Sirius agora estava se fazendo de idiota mesmo.
Harry levantou-se da cadeira, e entregou a seu padrinho a pasta que trouxera do escritório de advocacia. Virou-se para o bar e desta vez não pegou uma dose de Wisky. Trouxe a garrafa junto com ele.
-O que exatamente eu tenho que olhar nesta pasta?
-Página 115.
Sirius começou a ler o conteúdo da pasta, e quando terminou fitou o afilhado.
-Sim, o que tem demais?
-Esse homem que foi assassinado,ele era um Comensal não era?
-Sim, era.-Sirius agora falava cautelosamente.
-Você leu com atenção o depoimento?
-Sim. Aqui diz que Joseph Soares estava andando num parque, à noite, quando viu um homem loiro brigando com John Wendell, o Comensal. O loiro com um graveto matou Wendell. Acontece que o único homem loiro encontrado no parque aquela noite era Andrew Halkins.-Sirius repete o que leu.
- Esse Joseph Soares é nossa testemunha chave para inocentar o Halkins, Sirius. Agora me diga o que você leu no final.-Harry ainda estava irritado.
Sirius largou a pasta em cima de sua mesa, foi até o bar, pegou um copo, e serviu-se do Wisky que Harry bebia.
-Joseph Soares não sabe dizer como, mas depois de matar Wendell, o homem loiro se tornou ruivo.-Sirius acaba falando vencido. Encosta-se em sua mesa, de frente para o afilhado.
-Você sabia disso, não sabia?-A voz de Harry era baixa.
-Sabia.-O homem mais velho confessa.
-E por que não me disse?-Sua voz ainda era baixa, mas agora ele falava pausadamente.
-Não achei necessário.-Sirius falava calmamente.
-Não achou necessário... -Harry ainda falava baixo, e seu padrinho odiava quando ele fazia isso, nunca escutava o que o moreno dizia.
-Não temos nenhum indício de que seja... seja o Rony, Harry.-Sirius falava amenamente.
-Ah! Não?-Harry fala ironicamente.-Quantos ruivos você acha que matariam um Comensal?-Harry agora praticamente berrava.-Vocês sabem onde ele se meteu depois da guerra?
-Em Luxemburgo. Mas não podíamos vigiá-lo, porque o país não tem Ministério da Magia. Aliás, quase não existem bruxos lá.-Sirius tentava acalmar o afilhado.
-Tem alguém atrás dele, agora que está na Inglaterra?-Agora o homem mais novo estava de pé, andando pelo escritório do padrinho.
-Não sabemos se é ele mesmo, Harry.
-E até descobrirem se é ele mesmo, vão deixa-lo sem vigilância?-Harry pergunta indignado.
-Não. Estamos tentando achá-lo.
-O que ele faz de volta aqui?
-Não sabemos se é o Rony!-Sirius estava perdendo a calma.-Não existem só os Weasleys ruivos. Mas tivemos informações que os Comensais que não estão presos,estão fazendo uma conspiração para voltar ao poder.
-E quem está no comando dessa Conspiração?-Harry pergunta.
-Lúcio Malfoy.
-Ah! Não acredito! Aquele idiota ainda não foi preso?
-Harry, sabe muito bem como Lúcio Malfoy é esperto. Sempre acaba se esquivando e saindo impune.-Sirius também não gostava da idéia de ver Lúcio solto.
-E se tem mesmo essa conspiração, então é lógico que o homem que matou Wendell é o Rony.-Harry estava bravo pelo padrinho tentar enganá-lo.
-Não é bem assim, Harry. O Rony agora tem uma família.
-Uma família?-Harry pergunta abismado.
-Sim, uma família. Uma mulher, jornalista numa importante emissora de Luxemburgo, e uma filha de cinco anos. Ambas trouxas. Não acho que ele iria querer perder a calma e o conforto de uma família. Mesmo porque, o que sabemos é que ele fugiu antes da Guerra terminar.
Harry não disse mais nada. Apenas sentou-se novamente e encheu o copo.
-Por que eu Sirius?-Harry pergunta sem entender, ao padrinho, com uma voz levemente magoada, a qual Sirius há muito tempo não ouvia.
-Porque você é meu melhor homem.-Sirius viu a cara feia de Harry quando disse isso.-Não estou dizendo isso para confortá-lo e aceitar numa boa esse trabalho. É a verdade, sabe disso.-Ele se sentou numa cadeira ao lado do afilhado.-Você precisa também enfrentar o passado para viver em paz. Eu só consegui viver em paz, quando enfrentei o passado.-Sirius fala com uma voz amena.
Ele não disse mais nada. Apenas olhou para o padrinho como se entendesse o que Sirius disse. O problema agora era, quando Hermione ler aquela pasta, o que ele diria?
N/A3: No próximo capítulo, Rony vai dar uma voltinha e acaba encontrando pessoas da sua família.O que Lúcio Malfoy faz na Florean Fortescue?
N/A4: Por favor, não deixem de me dizer o que estão achando... Vocês não sabem como fazem uma pessoa feliz com comentários... ^^
