Título: Luz e Sombra
Autora: Ligia Maria Araki
Disclaimer: Não são meus. São da J.K. Rowling e seja quem tenha os direitos sobre os personagens! Eu não pretendo ganhar dinheiro algum. Só estou pegando emprestado.
e-mail: r.araki@uol.com.br
Capítulo 11-O Primeiro Conselheiro.
Um par de pézinhos caminha apressadamente pelos corredores de sua casa. O menino de 5 anos estava impecavelmente vestido com o uniforme da sua escola, a mais tradicional escola bruxa para crianças até 10 anos, a mesma escola que seu pai estudou quando tinha a sua idade. Era bem parecida com escolas trouxas.Lá ensinavam a ler e a escrever... a diferença é que lá também se ensinava a controlar a magia dos seus alunos que ainda não tinham idade suficiente para usar uma varinha.
O menino loiro parou na frente de uma grande porta, que estava encostada. Empurrou a mesma e entrou no grande e luxuoso quarto. Caminhou até a cama, onde ele pode ver que havia alguém deitado, e, pelo que conhecia da rotina da casa, tinha certeza que a pessoa deitada era o seu pai. Começou a subir na mesma mas lembrou-se da última vez que havia subido na cama de seus pais com sapatos e, a recordação de sua mãe gritando não era uma coisa que ele esqueceria tão cedo. Então, sentou-se no chão, tirou os sapatos pretos e voltou a subir na cama. Quando finalmente conseguiu, afinal o móvel realmente era grande, começou a pular sobre a mesma, coisa que ele adorava fazer.
Draco Malfoy começou a sentir o sobe e desce de sua cama e já sabia que seu filho a estava fazendo de pula-pula, como o pequeno gostava fazer. Como que o garoto, àquela hora da manhã, tinha disposição para pular?
-Papai? Pai, acorda! Você não vai me levar para a escola hoje?- O garoto diz pulando.
-Não Christian, hoje sua mãe fará isso.- Draco diz colocando um travesseiro na cabeça.
-Você vai ficar em casa de novo?
-Vou.- Draco estava começando a se irritar com aquele sobe e desce.- Christian, será que você pode parar de pular na cama enquanto eu estou tentando dormir?-Agora o loiro havia se virado e estava olhando o filho pular na cama e o mesmo sorrir para ele.
-Não seja chato Draco.- Agora Gina saía do closet e caminhava para perto da penteadeira.- Christian adora pular na cama e você nunca reclamou.
-Eu nunca reclamei porque ele nunca pulou na cama comigo deitado em cima dela.- Draco responde de mau-humor.
Gina parou de frente para cama com uma sobrancelha erguida. Bem, isso era uma tremenda mentira, afinal, quem ensinou essa brincadeira, que as vezes a irritava, para o filho havia sido o marido. Todos os dias depois que ele chegava do trabalho, pegava o filho no colo e ficava até a hora do jantar brincando com ele sobre a cama. Às vezes pulando, às vezes fazendo cócegas, enfim, quem visse essa cena com certeza jamais diria que o loiro que estava se divertindo na cama com o filho era Draco Malfoy.
-Draco, você não vai ficar de novo em casa, vai? Ontem passou o dia todo na cama e hoje também não vai trabalhar?- Gina tinha as mãos na cintura, numa pose clara de quem não estava aprovando a atitude do marido.
-Vou. Vou ficar o resto da semana em casa me recuperando da experiência horrível que foi passar a noite numa cadeia trouxa.- Malfoy faz cara de coitadinho, colocando novamente o travesseiro no rosto.
Gina apenas solta um suspiro cansado e olha para o filho que ainda estava pulando na cama.
-Christian, não vá amassar o uniforme.
-Tá.- O pequeno diz sorrindo, mas ainda pulando.
Draco ainda agüentou um tempo o sobe e desce, até que sua paciência matutina chegou ao limite. Sentou-se na cama, pegou o filho e o sentou na nela.
-Fica sentado quietinho. Para de pular garoto, você não é um sapo e, se continuar pulando, transformarei você em um.- Draco diz irritado.
Christian sentou e fez uma cara emburrada mas resolveu obedecer ao pai. Pelo tom de voz ele não estava afim de brincadeiras. Ele ficou sentado, mas olhou para a mesinha de cabeceira e viu a varinha de seu pai lá. Bem, ele sabia que não deveria ficar brincando com as varinhas dos pais, mas ele estava cansado de esperar até ser "maior", como todos diziam, para começar a fazer magia. Então, ele foi engatinhando até a mesinha e quando estava quase pegando a varinha escutou a voz de seu pai:
-Nem pense nisso Christian!- Draco olhava sério para o filho e a sua voz tinha um tom de advertência.
Dando um suspiro vencido, o garoto voltou a engatinhar para perto do pai e sentou. Estava começando a ficar entediado pelo fato de não poder fazer nada. Foi quando ele viu uma coruja entrar pela janela trazendo o Profeta Diário. O rosto do menino se iluminou quando a coruja deixou o jornal cair perto dele.
-Pai!- Christian sacode o loiro.- Você quer ver o que eu aprendi? Eu já sei todas as letras do alfabeto.- Termina orgulhoso.
-Sabe?- Draco diz de olhos fechados.- Então me mostra.- " Bem, quem sabe assim pelo menos ele fica quieto?" Pensou Draco.
-Certo, L...- Christian começou pegando o jornal.-U...C..
Enquanto Christian falava as letras que tinha na primeira página do jornal, Gina gritava de dentro do banheiro:
-Draco, não vá se esquecer que hoje nos temos um jantar na casa dos meus pais.
-Eu tenho mesmo que ir?-Draco pergunta.
-Tem.- Gina diz enfática, colocando sua cabeça para fora do banheiro com uma expressão clara que, se ele ousasse recusar ou discutir isso, teria sérios problemas.
-Ok.- Ele responde contrariado.
-E..I...R…O.- Christian termina.
-Muito bem Christian.- Malfoy diz voltando atenção para o filho.- Daqui a alguns anos você poderá ler o jornal para o papai.- Draco diz sorrindo orgulhoso para o filho.
Mas Christian não estava olhando para o pai. Ele ainda olhava atentamente para o jornal com uma expressão intrigada, achando estranho o que via nele.
-Pai.- Agora ele olhava para o Draco.- Meu nome está no jornal.
-Está?- Draco diz achando graça. Com certeza o filho tinha se confundido.
-Está sim, olha: M...A...L...F...O...Y. Não é um dos meus nomes? E ainda tem a foto daquele homem que o senhor não gosta.
Depois do que o filho disse, Draco sentou novamente na cama e, pegando o jornal da mão do filho, ele pode ler a manchete principal que dizia: LÚCIO MALFOY NOMEADO PRIMEIRO CONSELHEIRO. E embaixo tinha uma foto da posse de Lúcio. Subitamente Draco ganhou um olhar frio que ele sustentava sempre que o assunto era seu pai. Levanta da cama e vai em direção ao banheiro.
-Olhe isto Gina.- Diz, entregando o jornal a esposa.
Gina pegou o jornal da mão do marido e depois de ler perguntou despreocupada:
-E daí?
-Como assim e daí?- Ele pergunta indignado com a despreocupação da esposa.
-Tá, seu pai é o novo Primeiro Conselheiro, isso não significa nada. Ele continuará na casa dele e você aqui, e vai ficar como sempre esteve.
-Não senhora. Isso é uma coisa para nós nos preocuparmos. Sabe o que significa isso? Que ele está chegando ao poder e não será pelo lado da Magia Negra e sim pelo modo mais convencional, isto é, sem aparentemente chamar atenção.
-Draco, seu pai foi só nomeado Primeiro Conselheiro, você não está precipitando as coisas? Talvez ele nem consiga chegar ao poder e...-Mas Draco interrompe a esposa antes que ela terminasse.
-Essa é a forma que ele está usando para chegar ao poder. Eu disse para você que nós estávamos trabalhando na investigação de Comensais que estavam tentando voltar ao poder mesmo sem Voldemort, e que o cretino do meu pai estava na liderança. - Os olhos dele estavam num tom escuro de azul, como eles sempre ficavam quando o assunto era Lúcio
-Draco...-Gina começa, mas ela nem teve tempo para terminar porque o marido saiu do banheiro e se dirigiu ao closet procurando uma roupa. Ele tinha que ir imediatamente ao Ministério saber mais informações.
Christian ficou parado entre a porta do banheiro e a entrada do closet de seus pais, apenas observando a cena. Toda vez que o assunto era seu avô paterno, seu pai ficava extremamente estranho e não parecia o pai que ele estava acostumado.
-Mamãe?- Christian arrisca a perguntar.- Papai está bravo por causa do vovô?
Antes que Gina pudesse responder ao filho, Draco diz:
-Eu já disse que aquele homem não é o seu avô.- Draco aparece na entrada do closet, já completamente vestido e olhava o filho friamente, falando com uma voz que parecia aço.
Christian dá um passo para trás com medo. Seu pai nunca falava assim com ele, e virou-se para sua mãe, olhando-a claramente assustado.
-Draco querido, você está assustando o menino.- Gina sussurra colocando uma mão em seu ombro e tentando acalmar seu marido.
Draco olha para o seu filho, solta um suspiro e agacha-se para ficar na altura dele.
-Christian,- Draco fala com uma voz mais amena.- eu já disse para você que aquele homem do jornal não é seu avô...-Ele ia continuar falando mais o filho o interrompeu.
-Mas ele não é seu pai? Então, o pai da mamãe é meu avô e o seu pai também tinha que ser meu avô.-Christian ainda estava longe do pai.
-Sim, mas é completamente diferente porque o seu avô Arthur é o que se pode chamar de verdadeiro avô. Acredite, agora você não tem idade suficiente para entender, mas quando crescer não vai querer chamar aquele homem de "Vovô".
Christian acenou ao pai mostrando que havia entendido o que o loiro dissera. Draco sorriu para o filho, mas seus olhos acinzentados ainda tinham preocupação e raiva. Ele virou-se para a esposa e disse:
-Eu vou até o Ministério saber como foi que isso aconteceu. Deixa que eu levo Christian para a escola.
Gina assentiu, deu um beijo rápido no marido. Depois abaixou, dando também um beijo em seu filho, desejando boa aula, e dizendo que mais tarde ela o pegaria.
-Venha,- Draco diz pegando o filho no colo, colocando-o nas costas, na brincadeira que ele sempre fazia e tentando acalmá-lo pois ele ainda parecia assustado.- você não queria tanto que eu te levasse para escola? Então vamos para a escola.-Termina levando seu filho para fora do quarto.
Christian se acalmou e começou a rir e dar soquinhos para que seu pai lhe soltasse.
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O dia de Hermione começou como todos os dias que precediam a um julgamento. Era hora de revisar o processo, sua defesa e terminar o que foi deixado para última hora. Geralmente nesses dias ela chegava mais cedo e, desta vez, não foi diferente. Quando Harry chegou, ela já estava no escritório.
-Que bom que você chegou no horário. Temos muita coisa para revisar antes de amanhã.-Ela diz sem parar o que estava fazendo.
Harry não disse nada. Apenas encostou-se ao batente da porta, olhou para o que ela estava fazendo, claramente contrariado, e, dando um suspiro cansado, diz:
-Você ainda não desistiu dessa idéia ridícula de ir para o tribunal?
-Não.- Ela parou o que estava fazendo e agora mirava os olhos verdes, muito séria.
-Hermione, pelo amor de Deus!-Harry diz exasperado.- Isto não vai dar em nada, eu já disse, aceite o maldito acordo!
-Não. Aliás, eu acho que você deveria ficar feliz em ir para o tribunal, afinal, ficou tão interessado na Katherine, poderia ficar mais tempo perto dela.-Mione diz irônica.
-Não será preciso.-Harry diz entrando na sala e dirigindo-se para sua mesa.- Acredito que vou ficar bastante tempo perto dela hoje.
Hermione levantou uma sobrancelha confusa. O que ele queria dizer com isso? Mas ela não iria perguntar pois isso não era da sua conta, e voltou a fazer o que tinha parado.
-Sabe, -Harry continua.- eu não entendo o porquê de você competir com ela.
Mione parou novamente o que estava fazendo e olhou-o, esperando o que ele diria depois.
-Acho que essa competição toda é uma perda de tempo, afina, ela ganha de você em muitos quesitos.-Agora Mione cruza os braços e olha seriamente para ele, apenas esperando ele terminar de falar. "Ouvir isso vai ser muito interessante."- ela pensou.-Por exemplo, ela é muito mais inteligente que você, uma vez que percebeu que seria perda de tempo ir para julgamento num caso praticamente perdido. Devo acrescentar que tem muito mais classe que você, e também é muito mais bonita, embora quanto a isso, infelizmente, não há muita coisa que você possa fazer.-Harry termina maldoso.
Hermione não disse nada apenas dá um sorriso enigmático. Se ele achava que dizer aquilo a abalava, era um erro muito grande. Ela sabia que era melhor que Katherine e não iria ser ele que iria mudar sua opinião.
-Você espera que eu comente sobre isso?-Ela diz séria mas com o sorriso ainda nos lábios.
-Não, afinal eu sei que não tem como você comentar algo que é a mais pura verdade.- Harry diz olhando sério para ela.
-É, realmente vocês dois formam um belo casal.-Hermione diz irônica, voltando sua atenção para os papéis.
-O que você quer dizer com isso?- Harry diz sentando-se.
Mais uma vez ela deu um sorriso enigmático e olha para ele. Queria muito dizer: "Vocês formam um belo casal porque ambos não prestam." Mas ela, de forma alguma, iria descer ao nível de Harry. Ela era muito melhor do que ele.
-Nada. Absolutamente nada.
Continua =
N/A: Olá pessoas!!! Bem,este foi o capítulo 11. Eu sei que ele não ficou muito grande, mas é porque no cápitulo 12 teremos um pouco mais sobre Harry e Hermione, então, as pessoas que não gostam do casal, já estão avisadas. Mas eu acho que mesmo assim vocês deveriam ler pois ficou muito meiguinho...heheehehe Eu achei pelo menos^^.
N/A2: Este também é um capítulo em comemoração a minha amiga Xãn! Sim, minha amiga Xãn passou em Arquitetura no Mackenzie!!! VANESSA BUCELLI RODRIGUES DA SILVA, PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!! EU FIQUEI MUITO MUITO MUITO FELIZ QUE VOCÊ TAMBÉM TENHA PASSADO!!!!!!
N/A3: Agradecimentos para: Luiz Felipe, Jasmin Tuk (Moça... eu jurava que tinha mandado todos os capítulos para você...), Carolina M. Da Silva ( eu ainda tenho que responder aquele seu e-mail sobre HP e a Ordem de Fênix, eu não esqueci, viu!!!!!), a Drica, a Anne minha companheira de madrugadas na net, a dely_li, dani.haack, Saori, Poly Malfoy, Karol Potter, Fernanda Granger, e a sad_star.
N/A4: Próximo capítulo sem previsão... Eu sei, eu sei, eu estou de férias, não estou fazendo nada, mas eu tenho um problema com bloqueio! Faz uma semana que eu estou de férias e eu só consegui escrever DUAS linhas do capítulo 14! Mas eu pretendo termina-lo ainda essa semana...
