N/A: Bom, mais uma vez desculpas pelo atraso... Bom, não tinha planejado isso, mas vocês sabem... Natal, Ano novo... E Bem para recomepnsar tudo isso, e porque tb hoje é meu aniversário, eu estou publicando DOIS capítulos ^-^ O Tão famoso, capítulo 15 e o 16 ^-^(tavez eu demnore um pco, mas ele vai estar no ar, ainda hj)
Aconselho a vocês ouvirem Faint do Link Park nesse cápitulo, pq foi com essa msuica q eu escrevi^-^
Título: Luz e Sombra
Autora: Ligia Maria Araki
Disclaimer: Nao sao meus, e blá blá blá.... Aquela palhaçada de sempre...
e-mail: ligiaaraki@yahoo.com.br
Capítulo 15- Faint
As paredes pintadas em tons pastéis, somadas com os móveis simples e práticos que decoravam a sala de espera do Ministro da Magia, deveriam dar um clima agradável ao ambiente. A bela secretária escrevia no pergaminho, indiferente ao homen moreno sentado num sofá próximo a ela e tamborilando impacientemente os dedos no tampo de vidro da janela encantada para mostrar um lindo amanhecer de inverno.
Paciência com certeza não era a principal virtude da figura de cabelos negros que mal conseguia ficar numa mesma posição durante muito tempo.
- Senhorita, o Sr. Ministro irá demorar a me atender? - ele perguntava pela terceira vez à jovem secretária.
- Acredito que não demore muito, mas como o Sr. Smith é imprevisível, não posso lhe afirmar. - ela respondeu mecanicamente, voltando a sua atenção para os pergaminhos e penas espalhados pela mesa.
- Como é mesmo o seu nome, docinho? - ele perguntou com um tom de voz doce, que não lhe chegava aos olhos.
A moça que parecia fazer parte de uma agência de modelos levantou uma sobrancelha e o fitou com seus olhos cor de esmeralda.
- Como? - Anne perguntou, sem entender as intenções do moreno.
- O seu nome. - ele repetiu enquanto levantava e se aproximava da mesa, apoiando ali os pulsos.
- Tompson. Anne Tompson. - respondeu ela, sentindo o efeito da aproximação dele.
- Pois bem, senhorita Tompson. - ele se afastou, colocando as mãos nos bolsos - O senhor Ministro marcou uma reunião comigo exatamente às nove horas - ele olhou no relógio - e já se passaram quinze minutos. Portanto a senhorita poderia me dizer se o Sr. Baggins costuma demorar com certeza, porque eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui olhando para o seu lindo rosto de porcelana?
- Como disse ele é imprevisível, já chegou a ficar horas com o Ministro. - ela voltou ao seu habitual tom mecânico.
- Pois bem, se é assim...
Naquele momento a porta do gabinete se abriu, e dois homens saíram rindo e já se despedindo, numa língua a qual Sirius não tinha idéia de onde poderia ser.
- Sirius Black! Desculpe a demora, mas aconteceram alguns imprevistos... - o Ministro disse quando saiu da sala, mas tanto sua voz como suas expressões mostravam que ele não se importava muito com o fato.
- Tudo bem. - Sirius respondeu, contrariado. - Espero que o assunto que me trouxe aqui não tome mais do meu tempo ... - ele finalizou com sarcasmo.
- Não irá tomar, mas não garanto que será uma reunião agradável.- O Ministro disse, voltando para a porta de seu gabinete, indicando que Sirius entrasse.
Depois de acomodados, o Ministro, Richard Smith, começou:
- Bem, Sr. Black, o senhor sabe o quanto o novo conselheiro tem tentado organizar o Ministério, mas ele é novo no ramo, está empolgado...
- Smith, por favor, vamos ao ponto: Malfoy está bisbilhotando todo o Ministério, inclusive eu. Já soube de rondas dele pelo DPAC, e que andou questionando alguns de meus homens de confiança sobre assuntos internos. Seria bom lembrá-lo que o DPAC não faz parte do Ministério, isso sendo regulamentado pelo mesmo, e que o meu departamento age por conta própria, afinal, a função dele é justamente essa, prevenir "catástrofes", e para isso, ele TEM que ter existência própria. - ele disse, olhando firmemente nos olhos do Ministro.
- Sirius, não precisa ficar repetindo isso para mim, porque o DPAC foi fundado na minha administração, e não me agrada a presença do Malfoy nem pelos corredores do Ministério, mas ele esta aí, um degrau abaixo de mim, não posso simplesmente ficar questionando seus atos. A única coisa que posso fazer já estou fazendo.
Antes que o Ministro pudesse dizer mais alguma coisa, a porta do gabinete se abriu, e por ela se adentrou Lúcio Malfoy.
- A senhorita Tompson disse que o senhor Ministro já estava me aguardando. - ele mantinha o nariz fino empinado e um sorriso superior nos lábios.
No mesmo instante, o Ministro se levantou, mas Sirius não fez questão alguma das formalidades. Permaneceu sentado, como se nada estivesse acontecendo, tentando ao máximo conter sua antipatia para com o loiro de porte alinhado que se juntou a eles.
- Ora, ora, ora. - disse Lúcio se aproximando de Sirius. - Mas a que devemos essa reunião com a ilustre presença de Sirius Black? - o loiro terminou ironicamente, girando a bengala com cabeça de cobra por entre os dedos.
Sirius não disse nada, apenas o fitou com o canto dos olhos, uma ruga de tensão formando-se em sua testa.
- Sente-se, Lúcio. - o Ministro pediu, apontando uma cadeira com a mão para o homem. - Eu marquei essa reunião, pois eu gostaria de saber, e acredito que não sou o único, o por quê das intervenções no Departamento de Prevenção À Catástrofes. Como você já deve saber, esse departamento não faz parte do Ministério.
- Sim, Ministro, estou ciente disso. - Lúcio respondeu, indiferente.
- Então qual o motivo da perseguição? - Sirius murmurou, de cara fechada.
- Mas que blasfêmia! - Lúcio retrucou, numa falsa indignação. - Eu não estou perseguindo ninguém.- sua voz falsa irritava Sirius ainda mais. - O que o faz pensar isso?
- Bom, o fato de ultimamente eu ver você "passeando" pelos corredores do meu departamento, conversando com o meu pessoal, e hoje, para a minha surpresa, eu chego no meu escritório e vejo um pedido de relatório? Relatório do quê? Eu não tenho que dar satisfações do que meu departamento faz ou deixa de fazer! - Sirius declarou exasperado, apertando os punhos com tanta força que chegava a deixar marcas brancas nos nós dos dedos.
- Como assim, Sr. Black? Agora vai me proibir de andar pelo SEU departamento? - Lúcio respondeu num tom superior. - Tem alguma coisa a esconder? - a última frase saiu de uma forma inquiridora. Os olhos do loiro passaram de um cinza claro para um azul escuro, enquanto se encaravam.
- Ok, ok, ok, senhores, por favor! - o Ministro achou que estava na hora de interferir, antes que as coisas ficassem piores. - Por favor, Lúcio, você poderia se explicar? - Richard pediu, num tom pacificador.
- Senhor Ministro, o senhor já foi informado de que eu montei uma equipe para fazer uma auditoria em todo o Ministério, pois isso foi aprovado no mesmo dia de minha posse como Primeiro Conselheiro, e creio que o senhor já saiba os motivos de tais auditorias. Os meus "passeios" pelo DPAC são mera rotina de um trabalho que esta sendo minuciosamente elaborado. - ele explicava de uma forma convencional. - Estava apenas verificando a mesma coisa que verifiquei nos outros departamentos., Nada mais, nada menos, apesar que os custos no DPAC são bem mais altos. - Lúcio concluiu, com uma expressão falsamente inocente. Sirius deu uma gargalhada debochada.
- Claro que sim, Malfoy, eu acredito que suas intenções sejam as melhores possíveis. - Falou ironicamente . - Mas mesmo assim, eu não vou reportar nada para você e nem para ninguém. O que acontece no meu departamento é problema meu, eu resolvo como bem entender. -terminou, sério.
- Com certeza, eu realmente acredito em tudo isso.- Lúcio replicou sarcasticamente. - Mas acho que ultimamente sua competência, se é que um dia você teve alguma, está falhando. Gostaria de saber como você explicaria isso. - Lúcio terminou, entregando uma pasta para Sirius e outra para o Ministro, que instintivamente abriram-na e começaram a leitura.
Depois de ler o conteúdo, o Ministro fechou a pasta e dirigiu o olhar para Lúcio.
- O que significa isso?
- Senhor Ministro, - ele limpou a garganta, alinhando se na poltrona de um modo superior. - Eu comecei a desconfiar de muitas coisas sobre o departamento que o senhor Black dirige. Observei o orçamento astronômico que essa seção consome, e nos meus "passeios", como meu ilustre colega aqui chamou, descobri coisas interessantes. Confesso que no início o meu interesse era pessoal. Diria uma curiosidade, porque tenho um parente consangüíneo que trabalha lá, e posso afirmar que a vida que ele leva é incompatível com o salário pago pelo Ministério. Então, resolvi analisar também a vida financeira do senhor Black, dirigente do departamento, e de seu inferior direto, o senhor Lupin, e descobri o que está relatado nesses documentos. Com meus "passeios", descobri que eles estão desviando verbas, para seu próprio bem.
A atmosfera estava carregada. Sirius sentia o bombardeio invisível da tensão ao longo de seus terminais nervosos.
- COMO É QUE É? - Levantou indignado. - ANDOU INVESTIGANDO MINHA VIDA? COM QUE DIREITO?
- Ora, senhor Black, não é só porque você trabalha numa seção que investiga a vida das pessoas, que você estaria livre disso. - Lúcio respondeu com um sorriso superior.
Sirius o fitou por um segundo inteiro, depois se aproximou do Primeiro Conselheiro com uma fúria incontida.
- SEU DESGRAÇADO, VOCÊ SABE MUITO BEM QUE TUDO ISSO É MENTIRA! VOCÊ INVENTOU TUDO ISSO! - A face do loiro estava inabalável com a fúria do moreno, e Sirius já ia partir para uma agressão. Mas o Ministro o impediu quando bateu forte com as mãos na mesa.
- SIRIUS, POR FAVOR! - Richard interrompeu, severo. - Vamos resolver isso civilizadamente.
Sirius desvencilhou-se de Lúcio e começou a andar pelo escritório, enquanto Lúcio continuou sentando, impassível, no seu lugar., Não se abalando com o que havia acabado de acontecer.
- Ministro, - Lúcio recomeçou. - eu entendo perfeitamente que ninguém do Ministério pode interferir no DPAC, mas nessas circunstâncias, eu acho que o regulamento nos permite interferir... - mas ele não pode concluir seus pensamentos, pois Sirius o interrompeu antes disso.
- Claro... Que você forjou todos esses documentos. - Sirius falou irado.- É lógico que você armou toda essa palhaçada! Você tem raiva, Malfoy, que seu filho se juntou com Gina Weasley, mas você tem muito mais raiva, que ele tenha te traído. Tirar Remo e eu do departamento é apenas para que não venhamos a atrapalhar seus planos. - Concluiu, provocativo.
- Vocês podem analisar esses documentos, são apenas cópias, os originais estão bem guardados. Devo acrescentar que eu não trabalho sozinho, esses relatórios foram feitos por uma equipe do próprio Ministério, escolhida democraticamente, e ainda estou disposto a tomar Veritasserum se for o caso. - Lúcio terminou com sua voz arrastada e indiferente, ignorando as acusações feitas pelo moreno.
- Muito bem, Lúcio, acho que é só isso. - Richard falou dando a conversa por acabada. - Muito obrigado.
- Se precisar de mim, Ministro, estarei na minha sala. - Lúcio respondeu num modo formal, a frieza de uma tempestade de gelo em sua voz.
Despediu-se do Ministro com um aceno de cabeça, pegou a bengala ao lado da poltrona e se dirigiu até a porta.
- Senhor Black, foi um prazer revê-lo novamente, e tenho esperanças, que não será a última. - Finalizou ainda de costas, fechando a porta atrás de si.
Assim que Lúcio Malfoy saiu, o Ministro falou para Sirius.
- Sirius, diante de tais acusações e até mesmo supostas provas...- ele olhou para a pasta na mesa - ... Eu não queria fazer isso, mas serei obrigado a afastar você do DPAC por uns tempos...
- O QUÊ? - exclamou Sirius, indignado.- Richard, eu não estou acreditando. - Sirius falava, alterado. - Você não pode ter acreditado nas acusações daquele salafrário.
- Eu não acreditei. Sirius, ele fez acusações, e você conhece o regulamento. Eu terei que afastar você, o Remo e o Draco, até que nós averigüemos as acusações. Não queria fazer isso, mas tenho que seguir as regras... - Richard disse num tom ameno, tentando acalmar Sirius.
- Quantos dias ficarei fora? - perguntou Sirius tentando se controlar.
- Uns quatro dias no máximo. Não vai durar muito. Eu acredito em você, que vocês são inocentes. - Richard falou com sinceridade, soltando um suspiro. - Malfoy está galgando os degraus até o poder total e ele está fazendo isso com perfeição, induzindo a todos no Ministério. Com essa auditoria ele ganhou muitos pontos na última Assembléia.
- Tudo bem, Richard, eu me afasto pacificamente. Mas eu estou avisando, quando essa estória toda acabar, eu vou exigir que ELE seja afastado do cargo. - Sirius disse com a voz cheia de ódio, saindo da sala.
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Já se passava das sete da noite e Hermione resolveu ir do trabalho direto ao Ministério. Deixou o carro no estacionamento ampliado magicamente e entrou. Estava tensa, cansada e nervosa, pensara o dia todo em ir falar com Rony e não conseguiria dormir se não o fizesse. Seu trabalho naquele dia não rendera tanto. Rony de volta fez aflorar lembranças há muito esquecidas. Lembranças que pareciam mais sonhos do que momentos vividos por ela.
- Mione? -Sirius chamou, mas ela não deu a mínima atenção, perdida em seus pensamentos. - Mione? - ele tentou novamente, mas sem sucesso. Então resolveu cutucá-la. - Hermione?
- Sim? - disse saindo do transe.
- Você pode entrar agora.
- Obrigada.
Quando a porta da sala se abriu, ela viu Rony deitado com as mãos cruzadas sobre o abdômen, olhando para o teto com uma expressão vazia. Assim que a porta fechou atrás de si, abriu um sorriso para o amigo, a carga de tensão abandonando-a temporariamente.
- Rony? Está tudo bem? - ela sentou se na cama ao lado do ruivo.
- Eu gostaria de dizer que sim. - ele deu um sorriso triste e sentou-se ao lado da amiga.
Ela pegou na mão do ruivo e disse, confiante:
- Sabe... Minha mãe costumava dizer que se as coisas estão ruins, piores elas não vão ficar.
Rony não disse nada de imediato, apenas a fitou nos olhos, soltou um suspiro audível e então falou:
- Bom, do jeito que eu tenho sorte, é bem provável que piore. - tentou dizer em tom de brincadeira.
- Porque você não me conta o que está acontecendo realmente? - ela perguntou num tom que mostrava que ela o ajudaria qualquer que fosse o problema.
E assim ele fez. Contou tudo que lhe havia acontecido., Desde o momento que ele havia se tornado um Comensal, até chegar à sua "prisão".
- O que você acha que pode fazer agora? - Hermione perguntou.
- Bom, Sirius me ofereceu ajuda. Ele disse que se eu trabalhasse como informante nesse grupo de Comensais que está querendo assumir o poder, ele vai me ajudar a recuperar minha filha, e tentará conseguir com que eu não seja preso. - a voz de Rony era cansada. Ele estava passando por maus bocados. Em toda a sua vida, nunca vivera uma situação tão desconfortável, principalmente porque a vida da sua própria filha estava em jogo. Sabia que deveria ter envelhecido uns 10 anos nos últimos meses.
- E você vai aceitar?
- É a única luz que eu tive nos últimos meses, Mione. Não me importo de passar o resto dos meus dias na cadeia, contanto que Aimeé esteja de volta com Marie. Eu... Eu... Eu não posso suportar se alguma coisa acontecer a elas, e não tem um segundo que eu não pense nelas, principalmente em Aimeé. Mione, ela é uma criança nas mãos daqueles homens. Eu fui um deles, Mione, eu sei como eles são, e a vida de uma criança não é nada para eles, eu sei do que são capazes. Basta estarem de mau-humor para fazerem mal a ela. E é por isso que eu tenho que fazer de tudo, tudo o que posso para salvá-la, mesmo que isso custe a minha própria vida. - disse num tom desesperado. - Merlin, eu me arrependo tanto... Eu juro, se pudesse voltar atrás, as coisas não teriam sido desse jeito.
- Você realmente as ama, não é? - ela perguntou, com um sorriso fraternal.
- A minha vida mudou completamente desde que conheci Marie, ela me completava. Eu não me lembro de ter sido tão feliz. - ele deu uma pausa. - Aliás, eu me lembro... Meus primeiros anos em Hogwarts. - ele continuou, com um olhar nostálgico e triste.
Hermione pareceu ligeiramente desconfortável com a última fala de Rony. Não pelo fato dela não ter gostado dos primeiros anos em Hogwarts, mas pelo fato de isso fazê-la lembrar que as coisas não eram mais como costumavam ser. O trio, que era considerado "inseparável", estava separado depois de muitos anos. Harry se tornara uma pessoa fria, insensível e estúpida. Rony havia sumido, e ela se lembrava do quanto se sentiu perdida, quando se viu sozinha. Os amigos que ela pensou levar para a vida toda tinham se distanciado.
Rony percebeu o desconforto da amiga e resolve perguntar:
- Mione? O que, afinal de contas, aconteceu entre você e o Harry? - ela não respondeu de imediato, apenas fitou a parede do outro lado, descansando o rosto entre as mãos.
- Eu não deveria ter perguntado. - ele disse notando o silêncio da amiga.
- Ah! Rony... Eu acho que não saberia responder essa pergunta. Eu não sei em que momento eu errei. Aliás, eu não acho que tenha errado em alguma coisa. Ele se tornou tão frio, tão distante... Eu não queria que as coisas tivessem chegado a esse ponto. - ela respondeu finalmente, com um olhar triste, ainda fitando a parede.
- Ele disse que vocês estão trabalhando juntos. Aliás, isso me lembra uma outra pergunta: Porque você está trabalhando com os trouxas agora?
- Porque os trouxas sempre foram meu porto seguro, Ron. O que quer que acontecesse comigo no mundo bruxo, eu sempre tive a segurança de poder voltar para onde eu nasci. Os acontecimentos durante a guerra, e depois dela, fizeram-me ver que não daria mais para continuar onde eu estava. Eu estava sozinha, num mundo um tanto quanto preconceituoso sobre nascidos trouxas. Eu percebi que estava por conta própria, e por mais que eu fosse inteligente e me esforçasse, sempre teria alguém apontando para mim e dizendo: "Olha a sangue-ruim!". Eu não seria reconhecida pelo que eu sou. No mundo dos trouxas isso não acontece, lá eu sou Hermione Granger.
- Eu entendo. Eu me sentia seguro no mundo dos trouxas também. Mas voltando ao assunto Harry, eu entendo que ele esteja bravo comigo, mas você, Mione... Por quê? -ele perguntou, realmente com uma expressão que dizia não compreender o que tinha acontecido.
- Não sei, Ron... Acho que tudo começou quando eu terminei com ele e comecei a namorar você. A partir daí ele se tornou, aos poucos, o que é hoje. Numa pessoa sozinha, infeliz e fria. Não se importa com as coisas ruins e nem com as boas. Não se importa com os inimigos nem com quem gosta dele. - ela respondeu tristemente.
- E como está sendo trabalhar com o "novo" Harry?
- Uma porcaria. Na verdade ele está atrapalhando meu trabalho. - ela falou, levemente irritada.
- No que vocês estão trabalhando agora?
- Num caso de assassinato. Meu cliente está sendo acusado de uma coisa que ele não fez. O pior é que vai ser difícil provar isso, pois o depoimento dele leva as pessoas a acharem que ele é culpado. E temos uma testemunha de acusação, e o Harry só está piorando a situação. - ela informou, desolada. - Mas eu não quero falar sobre isso agora, esse assunto só me deixa irritada. Você vai aceitar a proposta do Sirius?
- É a única coisa que eu tenho em meses. Eu pretendo aceitar, e tentar fazer as coisas do jeito certo dessa vez. - ele não hesitou em responder, sabendo que o assunto Harry já estava encerrado.
Nesse momento, Sirius entrou na "cela" e falou:
- Hermione? Desculpe, mas eu não posso mais deixar você aqui dentro. Eu estou tendo alguns problemas e terei que encurtar a conversa de vocês. - Sirius falou num tom sério.
- Tudo bem Sirius, já estou saindo. - Hermione respondeu, compreensiva.
Depois que voltaram a ficar a sós, Hermione pegou as mãos do amigo, apertou firme e então falou:
- Rony, preste atenção: Eu quero que saiba que você não está sozinho nessa, e o que eu puder fazer para ajudar, farei. Assim que eu puder, volto para conversarmos sobre como você está indo. E por favor, não conte com o Harry para nada. Aliás, se você puder ficar o mais longe possível dele, seria melhor. - Hermione comentou séria.
- Por quê? - Rony inquiriu, confuso.
- Porque eu tenho a leve impressão de que ele fará tudo para atrapalhar você, assim como ele está fazendo comigo. Agora eu tenho que ir.
Hermione se levantou, assim como Rony, e lhe deu um longo e apertado abraço. Quando esse acabou, beijou fraternalmente o topo da cabeça do ruivo.
- Se cuida, Ron! - disse sorrindo.
- Pode deixar, você também. - ele falou, também sorrindo.
Assim que saiu, Hermione procurou por Sirius para agradecer, mas não encontrou ninguém. Ela pôde ouvir o barulho da porta sendo trancada atrás de si, e percebeu que por mais que parecesse que não, Rony realmente estava preso em uma "cela".
Começou a caminhar pelos corredores, olhando para o chão, perdida em pensamentos. Chegou no estacionamento, a neve ainda estava caindo, só que desta vez um pouco mais forte. Procurou nos bolsos do sobretudo as chaves do carro, distraída com seus pensamentos. Quando conseguiu, entrou e virou a chave no contato. Nada.
Tentou de novo, e mais uma vez nada.
À essa altura a mulher já estava esmurrando o volante, e dizendo mentalmente todos os palavrões que sabia. O carro estava dando problemas há algum tempo, provavelmente já era hora de trocá-lo. Em um curto espaço de tempo, era a segunda vez que foi deixada na mão. De repente, viu alguém bater no vidro de seu carro. Seu espanto foi tanto que ela quase quebrou a chave na ignição... Era Harry.
- Problemas com o carro? - veio uma voz indiferente.
- É o que parece. - ela respondeu mostrando que a pergunta dele era muito óbvia.
- Quer uma carona? - perguntou, com um sorriso enigmático.
- Não precisa. - Hermione negou, estranhando a atitude aparentemente "gentil" dele. -Eu chamo um táxi. - ela abriu a bolsa e pegou o celular, que por algum motivo mágico não funcionava.
Então ela desceu do carro, bateu a porta com uma força maior do que a necessária e saiu andando até a entrada do estacionamento.
- Ora, Hermione, são quase dez da noite. Onde você acha que vai chamar um táxi num bairro bruxo? - ele diz virando os olhos, com as mãos nos bolsos. - Eu posso levar você.
Ao ouvi-lo dizer isso ela olhou para trás e mais uma vez viu o olhar enigmático dele.
- Já disse que não precisa. Eu vou de Nôitibus, então.- e virou-se para continuar a caminhar. Ela não queria de jeito algum um favor dele. Estava achando realmente muito estranha a atitude dele de querer ser prestativo.
- Mione, você não pode. Não se você mora num bairro trouxa, imagina a cara do porteiro quando ver a senhorita Granger saindo de um ônibus roxo aparecendo do nada. Além disso, você não anda com sua varinha. - e se cansando dela querer fazer manha, ele se aproximou e a puxou delicadamente pelo braço. - Vamos. - a última palavra saiu tão enfática que soou como uma ordem que ela não deveria ousar retrucar.
- Como sabe que eu não ando com minha varinha? - ela perguntou, surpresa.
- Por que? Você por um acaso anda? - ele devolveu, indiferente. - Além disso, na minha real profissão, eu tenho que ser observador, e suas roupas não têm espaço para varinhas. - ele falou como se ela fosse uma idiota por não ter percebido isso antes.
Sem muita escolha, ela acabou indo com ele.
Assim que entraram no carro, Harry deu partida e virou-se para Hermione, dizendo com um olhar enigmático, pela terceira vez.
- Não vai colocar o cinto?
- Hum.... Claro, eu me esqueci. - ela lançou a ele um olhar desconfiado.
Quando Harry alcançou a porta do estacionamento, ele perguntou:
- O que você veio fazer aqui?
- Isso não é da sua conta. - ela retrucou, seca.
- Eu acho que a partir do momento em que você está no meu departamento, sim, isso é da minha conta. - respondeu lançando a ela uma expressão de poucos amigos.
- Quando você entrou no meu escritório não me lembro de ter ouvido nenhuma explicação. - ela devolveu no mesmo tom.
- Você veio ver o traidor? - ela mal teve tempo de terminar de falar quando ele fez essa pergunta.
- Não é da sua conta, já disse. - falou começando a ficar irritada.
Então ela notou que ele estava pegando um caminho estranho e lembrou-se que não tinha dito aonde morava.
- Potter? Para onde você está indo?
- Como para onde eu estou indo? Estou indo para sua casa, onde acha que estamos indo? - ele respondeu.
- Não lembro de ter dito onde eu moro.
- Não precisa. Eu sei onde você mora.
- Você sabe onde eu moro? - ela perguntou, surpresa. - Como você sabe em que lugar eu moro?
- Estava na sua ficha. - ele respondeu, simples.
- Minha ficha? - ela pergunta indignada. - Você tem uma ficha com meus dados?
- Claro, já que eu trabalharia com você, precisaria saber onde você mora, o que fazia da vida, o que comprava no supermercado, que carro tinha, essas coisas! - ele disse como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
- Eu não acredito! Você tem uma ficha com as coisas que eu compro no supermercado... - ela exclamou ainda não acreditando.
- Eu sei muito mais que isso. Eu sei o número de roupa que você usa, que você gosta de dormir com roupas largas e que gosta de lingerie pretas e vermelhas. - ele respondeu, dando um sorriso debochado.
- COMO VOCÊ SABE DESSAS COISAS? - ela perguntou, agora totalmente abismada.
- Eu não sei. Você acabou de confirmar. - ele respondeu com um sorriso superior.
Hermione não disse nada, apenas fez um barulho indignado. Como pôde ser tão idiota? Ele deveria saber muito mais que isso mesmo. Se bobear, até quanto ela tinha no banco, e o que ela havia comido no almoço, esse era o trabalho dele, não?
Então, eles chegaram a um farol que dava inicio à Via Expressa. Foi a partir daí, que Hermione realmente começou a ficar preocupada.
- Não precisa pegar a Via Expressa para chegar a minha casa, Potter. - ela informou num tom irritado, encarando o perfil dele. - Para onde você está me levando?
- Já disse, para a sua casa. - ele respondeu, com monotonia, olhando para frente, como se ela não estivesse ali.
Ela encostou-se no banco com raiva e cruzou os braços sobre o tórax, a respiração ofegante de raiva.
Eles ficaram algum tempo em silêncio, o farol ainda não tinha aberto, Harry engatou a primeira, e perguntou:
- Não vai mesmo dizer o que foi fazer no DPAC?
- Não. - ela respondeu simplesmente, olhando para o lado de sua janela.
- Ok, escolha sua. - dizendo isso, o semáforo abriu, e ele deu uma arrancada, cantando pneu.
Ele rapidamente mudou a marcha do carro, para segunda.
- Sabe, quando eu recebi o treinamento para o DPAC, eu aprendi muitas coisas.
Terceira.
- Uma delas, foi como fazer a coisa certa, para receber a resposta que eu quero. - Harry informou, num tom baixo e sério.
Quarta.
- Por isso, eu vou tentar mais uma vez. O que você foi fazer no DPAC?
- Não te interessa! Eu não vou dizer. - Hermione falou, começando a ficar assustada com a velocidade do carro. Ela segurou-se firmemente na borda do assento, seu olhar assustado corria por todos os lados da Via Expressa.
- Resposta errada mais uma vez. - ele falou olhando para ela e dando um sorriso bem sinistro, seus olhos com um brilho que Hermione há muito tempo não via.
Quinta.
Harry trocoubruscamente de pista, quase batendo no carro ao lado. Hermione olhava apavorada enquanto ouvia o homem berrando e fazendo gestos obscenos para eles. O carro estava incrivelmente acima da velocidade que a via expressa permitia.
- Potter, pára com isso! - Hermione ordenou, quase gritando.
- Eu paro, assim que você responder minha pergunta. - disse com um ar superior.
- PARE JÁ ESSE CARRO, EU QUERO DESCER! - agora Hermione havia perdido toda a pouca calma que ainda tinha e gritava dentro do carro.
Ignorando o ataque de fúria dela, Harry perguntou mais uma vez:
- Talvez se eu mudar a pergunta, você me responda. O que você conversou com o traidor? - ele perguntou novamente, os olhos fixos na estrada.
- EU NÃO VOU TE DIZER! PÁRA ESSE CARRO AGORA, EU NÃO QUERO FICAR MAIS UM MINUTO AQUI DENTRO.
- Hum... - o moreno murmurou com uma expressão de quem estava ponderando a idéia dela.
- Você ainda não respondeu minha pergunta... Tudo bem, você que está pedindo.
Harry pisou mais uma vez no acelerador, e Hermione ouviu o ronco que o motor deu. Ele deslizou por entre os carros, cada vez mais rápido, e cada vez que ele fazia isso, ele tirava um "fino" dos outros veículos. Ela apenas se agarrou no banco, e toda vez que ele mudava de faixa, ela fechava os olhos se xingando mentalmente por ter aceitado a carona, e como ele era louco. E talvez quisesse realmente matá-los.
- Então você está pensando em ajudar, o idiota traidor, é isso? - ele mudou novamente a pergunta.
- EU NÃO VOU RESPONDER NENHUMA PERGUNTA, ENQUANTO VOCÊ NÃO PARAR ESSE CARRO! - Hermione impôs, berrando.
- Uma pena, porque eu não vou parar o carro enquanto você não responder a minha pergunta. - ele diz irônico.
A cada pergunta, a cada resposta, Harry acelerava mais. Algumas vezes ele chegou a quase bater no carro da frente, só diminuindo a velocidade, quando estava em cima do outro carro. Ela pôde ouvir os outros carros buzinando, mas estava apavorada demais para se preocupar com eles. Quase não o viu usar o freio. Harry apenas diminuía a velocidade nas marchas, e Hermione percebeu aí que ele sabia o que estava fazendo, como se já tivesse feito antes. Ele tinha uma das mãos no volante e a outra no câmbio do carro. Mudava velozmente de marchas e, assim como mexia no câmbio, ele acelerava.
- Você realmente está disposta a ajudar o traidor? Eu gostaria de saber o por que. - voltou a falar. - Será que você esqueceu o que ele fez?
- EU NÃO ESQUECI O QUE ELE FEZ! MAS AO CONTRÁRIO DE VOCÊ EU CONSIGO PERDOAR AS PESSOAS E VER QUE ELAS MUDARAM! AGORA PÁRA ESSE CARRO, EU VOU DESCER!
- Então isso significa que você vai ajudá-lo? - Harry já havia saído da Via Expressa, mas ele continuava dirigindo da mesma forma, pelas ruas de Londres. Ignorando indicações de "Pare!" e semáforos vermelhos.
- VOU! AGORA PÁRA O CARRO, EU QUERO DESCER, VOCÊ ESTÁ LOUCO! - Hermione estava quase esmurrando-o dentro do carro. Só não tinha feito isso antes, pois tinha medo de que assim ele bateria o carro.
- Ainda não. - Harry não estava satisfeito com as respostas, ele queria saber mais. - Sobre o que vocês conversaram?
- MUITAS COISAS! PÁRA O CARRO! EU VOU DESCER COM ELE EM MOVIMENTO.
- Vocês conversaram de como vai ajudá-lo?
- SIM.
- E falaram sobre mim, também?
- FALAMOS! PARE JÁ A PORRA DO CARRO, POTTER! - ela estava berrando tanto que sua voz começou a ficar rouca.
- O que vocês falaram sobre mim? - Harry ficou um pouco irritado com a possibilidade deles terem falado sobre a sua pessoa. Tanto, que virou bruscamente uma esquina, fazendo o carro chacoalhar e mais uma vez, os pneus cantarem.
- NÓS FALAMOS O QUANTO VOCÊ É UM IDIOTA! SE VOCÊ NÃO PARAR JÁ ESSE CARRO, EU VOU PULAR DELE!
- Não precisa, já chegamos. - Harry deu um sorriso vencedor.
Assim que o carro parou na frente de seu prédio, Hermione apenas queria sair o mais rápido possível do carro. Mas ela estava tão nervosa, que se atrapalhou toda para se livrar do cinto, embolando-se toda com ele. Harry apenas riu do fato, realmente havia conseguido o que queria.
Hermione desceu o mais rápido que pôde do carro, fazendo uma tempestade e batendo a porta do carro com força. Quando ela sentiu que estava em solo firme, ela se sentiu um pouco aliviada, mas ainda estava tremendo. Ela só não sabia dizer se tremia de medo, pavor ou nervoso.
Então ela pôde escutar a voz de Harry atrás de si.
- Ora Hermione, vamos... Você está viva, não doeu tanto assim. - ele falou num tom debochado.
Ela perdeu toda a compostura depois de ouvi-lo falando aquilo, ainda mais naquele tom debochado. Sem se dar conta do que estava fazendo, partiu para cima dele, esmurrando-o.
- SEU DESGRAÇADO! - ela voltou a berrar. - EU TENHO VONTADE DE MATAR VOCÊ, O QUE VOCÊ PENSA QUE É? - cada vez que ela falava, batia mais nele.- COMO VOCÊ ACHA QUE PODE FAZER ESSE TIPO DE COISA? ACREDITE, EU PASSARIA O RESTO DA MINHA VIDA NA PRISÃO, MAS SE EU TIVESSE MINHA VARINHA COMIGO AGORA, EU LANÇAVA UM AVADA KEDAVRA EM VOCÊ!
A resposta dele foi apenas uma gargalhada. Ele tentava desviar dos tapas e chutes que ela estava dando nele. Não importando qual parte do corpo pegavam, ela queria fazer ele sentir dor sem ser importar com como faria isso.
- Hermione... - ele diz ainda rindo. - Eu consegui o que queria, e isso já me basta. - mais uma vez ele deu aquele sorriso vencido e superior.
- CONSEGUIU O QUE QUERIA? - Hermione continuava batendo nele. - OLHA SÓ COMO VOCÊ CONSEGUIU O QUE QUERIA, EU VOU MATAR VOCÊ! EU ESPERO QUE VOCÊ ENTRE NESSE CARRO NOVAMENTE E MORRA, BATA ELE E MORRA CARBONIZADO! TÃO QUEIMADO QUE NINGUÉM CONSIGA RECONHECER SEU CORPO.
Ainda sorrindo superiormente, ele segurou os braços dela, em cima de sua cabeça. Vendo ela assim tão irritada e berrando e batendo nele, Harry lembrou-se do quanto gostava dela brava. Ela mudava completamente. Seus olhos ficavam muito mais intensos, e parecia até que ela brilhava mais. Se alguém pedisse para ele descrever Hermione Granger, ele faria isso em apenas uma palavra: Brilho. E , eram nesses momentos de braveza que ele a via completa. Resumindo: ela ficava ainda mais bonita.
- Ok, eu já entendi o que você quer Hermione. Você está falando demais, está começando a me dar dor de cabeça. - e terminando de dizer isso, colou seus lábios com os dela.
Hermione ficou tão surpresa com o ato, que enrijeceu. O que ele pensava que estava fazendo? Aliás, como ele tinha coragem de fazer mais isso, depois de tudo que ele já havia feito? Ela não se lembrava de como era beijar Harry. Fazia tanto tempo, e ela também fizera questão de esquecer isso. Mas agora que estava acontecendo de novo, ela lembrou de como era intenso. Sempre fora intenso.
Ela se assustou mais ainda quando sentiu a língua dele invadindo sua boca. Não queria retribuir o beijo, e não faria isso, mas estava permitindo. Hermione estava estática, não se movia, mas sentia a língua dele dentro da sua, e por um instante, ela quase retribuiu. Não retribuiu, porque um filme começou a passar na sua cabeça, e Hermione se lembrou de tudo. Da época que eles namoravam, de quando terminaram, de quando ele começou a mudar, das visitas noturnas que ele fazia a seu quarto, do reencontro depois de anos...
E foi pensando nisso tudo, que Hermione se soltou dele, e o empurrou. Se antes ela estava brava, agora então, nem se fala. Ela deu um tapa na cara dele, tão forte, que fez um barulho enorme e com certeza ia deixar uma marca vermelha por muito tempo.
- Nunca mais - ela começou com uma voz séria e baixa. - faça isso.
E sem esperar uma possível resposta vinda dele, Hermione deu as costas e deixou um Harry com um sorriso superior para trás.
Continua=
N/A2: Bem, aqui está o capítulo 15 ^-^ Para quem quiser ver, a Mary Massafera, que escreve Espada dos Deuses, muito gentilmente fez duas cpaas para a minha fic. Uma capa especial pro Capitulo 15 (eu acho que virou mania fazer capas especiais para os capítulos que eu amis gosto.. ^-^) e uma que eu pretendo usar para como capa nova. Como o Fanfiction.net não aceita capas, eu vou colocar a URL aqui para vcs darem uma olhada.
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N/A3: Eu sei que alguns de vocês estranaharam a Via Expressa que eu coloquei na Inglaterra.... Seguindo a Billie, não tem Via Expressa na Inglaterra, mas por favor, finge que tem heheehhee. Chega de falação, vamos para o outro capítulo.
