N/A:Estou publicando a fic exclusivamente aqui antes, a pedido do meu chefinho lindo, o Guitar -
Título: Luz e Sombra
Autora: Ligia Maria Araki
Disclaimer: Não são meus, e blá blá blá.... Aquela palhaçada de sempre...
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Capítulo 18 - O que importa é a reunião mensal
A claridade entrava pelas janelas. O edredom parecia não aquecer o corpo deitado sobre a cama, fazendo-no se encolher. Mexeu-se novamente, procurando se esconder da claridade. Queria dormir muito ainda, mas a luz que adentrava o quarto estava incomodando, sem contar o frio que sentia.
Então resolveu abrir os olhos, buscando entender o que se passava e levou um susto quando viu um homem sentado no lado esquerdo da cama, sem camisa apenas com as calças. Demorou alguns segundos até entender que aquele homem era Mark.
- Bom dia! Eu estava prestes a lhe acordar. - Mark disse com uma voz estranha, colocando a camisa de costas para ela, evitando virar o rosto para trás.
- Que horas são? - ela perguntou sonolenta e meio aérea por causa da ressaca.
- Não sei ao certo, mas estamos atrasados. - Mark disse ao colocar os sapatos.
Hermione estava no meio de um espreguiçar longo, quando de repente parou; flashes da noite anterior inundando sua cabeça. Mark na porta de sua casa, Mark filosofando, bebida, música, e... prendeu a respiração. Aquilo definitivamente não acontecera.
- Eu acho que seu aquecedor quebrou. - Mark disse, ainda de costas para Hermione.
Ela não respondeu, estava praticamente em estado de choque. Aquilo simplesmente não poderia ter acontecido. Encolheu-se ainda mais em baixo do edredom, como se aquela sensação estranha de alguma forma fosse melhorar, mas não nada disso aconteceu. Aliás, ela só piorou ao constatar que estava nua.
Colocou a cabeça para fora das cobertas e viu Mark em pé, já vestido, camisa para fora da calça, blazer e gravata na mão.
- Hum.. Olha... eu... eu... eu preciso ir para casa, tomar um banho... e... sabe... trocar de roupa... Mione também não olhava para ele, apenas acenou afirmativamente com a cabeça.
- Talvez eu me atrase, então, bem, caso isso aconteça, você poderia avisar Phillip que vou demorar? - Mark disse com voz um pouco formal para os padrões dele, o que fez Hermione se sentir ainda pior.
- Ok - Ela respondeu simplesmente. - Você sabe, hoje é dia da reunião Mensal... - Mark disse indo em direção a porta.
No momento em que ele saiu, Hermione teve certeza: aquele era um daqueles dias bons para dormir o dia todo, esquecer os problemas; sumir.
Lúcio Malfoy convocara Boreman e Rony para um café da manhã; Karkaroff estava em outra missão, por isso não fora ao encontro anterior e, pelo mesmo motivo, não fora convidado para o que estava prestes a ocorrer. Assim que o loiro chegou na varanda de casa, encontrou Boreman e Ron lhe esperando.
- Nosso tempo está se esgotando. - Lúcio falou diretamente. - Assim como minha paciência. O esquema já está armado para derrubar o genro do nosso querido Ministro. Não sei como, mas temos que agir rápido. Muito rápido.
- Eu estava pensando nisso hoje, Malfoy... - Boreman falou, entretido com seu copo de suco, em sua mão. - Weasley é nosso homem nas negociações, se ele não está negociando, o que faz aqui?
Malfoy olhou de Boreman para Rony, porém deteve mesmo sua atenção no último. Ele mantinha uma postura diferente naquela manhã, com um olhar estranho, seguro e prepotente, muito diferente do que ele viu quando o Weasley foi lhe procurar... seu olhar era como se fossem iguais e Lúcio não estava gostando nem um pouco daquilo.
- Primeiro quero saber se sua mente imprestável já pensou em procurar outro contato e quanto tempo isso leva. - Malfoy disse direcionando um olhar frio a Boreman.
- Veja bem, Malfoy. Eu achei que você fosse um homem de negócios, mas vejo que me enganei. Parece que por mais que eu vá atrás de traficantes, ladrões, contrabandistas, a coisa sempre dá errado quando chega sua vez... - Boreman disse encarando o loiro.
- Esse é o problema de lidar com trouxas. Cheios de frescuras e você ainda faz o favor de arranjar os piores, realmente dificulta muito. - Lúcio disse irritado.
- Se me permitem - Rony interrompeu a discussão patética, causando espanto em Lúcio e Boreman. O ruivo havia tomado uma postura reservada, quase receosa, no começo. Agora, parecia ser outro homem falando. Um homem determinado, sem receios, altruísta. - Ficar discutindo de quem é a culpa não vai mudar a situação. Sinto informar, mas os dois erraram.
Se antes eles estavam espantados com a atitude do ruivo, agora então nem se fala. Olharam para Rony com interesse, não em saber onde haviam errado, mas em saber de onde vinha tamanha ousadia para tal desafio.
- Erro um: - Rony continuou falando, sem importar-se com os olhares que recebia. - se não gosta de trouxas, se não os suporta, então nem tente negociar com eles.
O ruivo agora olhava para Malfoy.
"Está negociando com gente perigosa e aceitando ou não, superiores a você, afinal, eles tem o que você quer, não o contrário. Portanto não chegue achando que é o 'Dono do Mundo', que o máximo que vai conseguir agora, é o que temos, ou seja, nada."
Lúcio Malfoy olhava abismado para Rony. O 'garoto' estava tentando dar uma lição moral nele? Era isso? Rony não pareceu se importar e agora falava olhando para Boreman.
- Erro dois: não é só porque estamos atrás de algo, e com certa urgência, que temos que pegar o primeiro idiota que aparecer. Não sei se conhece o significado da palavra, mas existe uma coisa chamada pesquisa. - Rony disse a última palavra mais pausadamente. - Por Merlin, primeiro vocês acham um cara que se acha o Don Juan, depois um cafetão?
- Como sabe do nosso primeiro encontro? - Boreman perguntou surpreso.
- Eu sei de muito mais, ando "pesquisando" há muito tempo.
- Deixe-me ver se entendi.
Malfoy estava olhando diretamente para o ruivo.
"Além de estar nos 'espionando'," Lúcio imitou Rony falando a última palavra pausadamente."Está querendo nos dar lição de moral?" No final, Malfoy olhava com desdém, como se estivesse em frente ao ser mais ridículo da face da terra.
- Não, longe de mim, se sua mãe não fez isso, por quê eu faria? - Rony respondeu ironicamente.
- E sugere o que agora? Que deixemos isso em suas mãos? - Boreman riu, achando a idéia por demais estúpida.
- Quando descobri qual era a razão desses encontros com trouxas, logo suspeitei o que vocês fossem querer... - Rony disse ignorando o que foi dito por Boreman. - Então, conversando com umas pessoas aqui, outras ali, acabei descobrindo nomes. Os melhores no que fazem, para ser mais exato. Roubos, contrabando, drogas, armas químicas, biológicas, enfim, essas coisas. Depois de ontem esta lista diminuiu para duas pessoas. Uma delas está presa, portanto, descartada, o que nos deixa com apenas a outra opção. O melhor deles na verdade. - Rony terminou falando calmo e confiante.
"E acha mesmo que vamos confiar em você para resolver isso?" Rony falou com uma voz superior; fuzilando o companheiro com o olhar.
"E no mais, não é para isso que vocês fizeram questão da minha presença, não foi? Além disso, eu quero que isso termine o mais rápido." A última frase foi dita como se tivesse a intenção de lembrar Malfoy de algo.
- Muito bem, quem é o contato? - Lúcio perguntou enfim.
- Deaba Steffaneli. - Rony disse, tirando um papel do bolso.
Os dois homens trocaram olhares significativos antes de começarem a rir.
- Uma mulher? - Boreman falou quase gargalhando.
- Nunca subestime os poderes de uma mulher... ainda mais se for da máfia siciliana. - Rony disse com um ar superior. - Querem armas químicas? Destruição em massa? Então essa é a mulher.
- E como você tem tanta certeza assim de que ela é a melhor? - Malfoy perguntou desconfiado.
- Porque ela é siciliana. Não sei se seus conhecimentos permitem que você entenda isso Malfoy, mas os mafiosos sicilianos são os melhores. E os mais violentos também. Ela é boa, simplesmente porque é a fornecedora dos principais grupos terroristas do mundo. - Rony falou.
Lúcio trocou um olhar com Boreman e parou para pensar um instante. O tempo estava se esgotando, o golpe que ele planejara dar em Jonattan Willians estava muito perto de acontecer e ele não poderia perder tempo. Na verdade ele não tinha escolha a não ser confiar no ruivo.
- Muito bem. - Malfoy fala vencido. - Vou deixar você tomar das negociações dessa vez, mas não se esqueça, eu tenho algo que você quer e não me importo nem um pouco com esse algo.
Rony fingiu não ter ouvido a ameaça e virou-se para Boreman antes de falar:
- Este é o telefone da Stra. Steffaneli. -ele entregou o papel para Boreman. - Ligue e diga que quer marcar um encontro. Provavelmente irão desligar o telefone na sua cara. Então você vai comprar um salmão. Você sabe o que é um salmão, não é? - Rony perguntou como se o homem fosse um idiota mental.
- Claro que eu sei. -Boreman responde irritado.
- "timo, então compre o maior salmão que você encontrar, inteiro, com cabeça e tudo mais. Coloque o telefone do meu celular na boca dele e envie para este endereço. - Rony disse, apontando para o endereço no papel.
- Para quê precisa mandar um peixe? - Boreman perguntou confuso.
- É o código para que eles nos recebam. - Rony fala como se ele realmente fosse um idiota.
- Mas um peixe? - Borman pergunta incrédulo. - Por que tem que ser um peixe?
- O pai de Deaba era pescador na Sicília. Todos que querem falar com ela, seguem o ritual.
- Trouxas... - Lúcio fala entediado. - Sempre com essas manias esquisitas e idiotas.
- Mas por que ele mesmo não pode comprar esse maldito peixe? - Boreman questiona com desdém.
- Não discuta Boreman, apenas faça. - Lúcio disse em tom imperativo. Boreman tomou o restante do suco num gole só, levantou-se e saiu sem se despedir.
- É bom que isso dê certo. - Lúciu levantou da mesa, encerrando a reunião. - Para o seu próprio bem.
- Eu ainda não terminei. - Rony diz calmamente tomando um gole do seu chá.
Lúcio não disse nada, apenas se virou e olhou para o ruivo.
"Eu tenho uma informação que pode lhe interessar."Rony continuou.
- E o que é? - o loiro perguntou cansado.
- É sobre seu filho. - Rony fala calmamente.
Rony observou atentamente a postura fria de Malfoy, acreditando que ela mudaria. Mas, tirando o rápido brilho de ódio que passou pelos olhos acinzentados, ela permaneceu impassível.
Malfoy continuou olhando para o ruivo, esperando que ele fosse continuar falando, mas como ele não o fez, decidiu falar, já sem paciência:
- Então?
- Eu quero algo em troca.
- O quê? - Lúcio levantou uma sobrancelha desconfiada.
- Quero ver minha filha.
Lúcio riu da petulância e disse:
- Esqueça.
- Acredite, isso realmente vai lhe interessar...
Malfoy parou e ponderou por um instante, de costas para Rony. Então virou-se e perguntou:
- Desde quando pode tentar negociar comigo?
- Desde que eu me tornei um Comensal. - Rony respondeu sério.
Lúcio ainda ficou observando-o atentamente, até que resolveu falar.
- Muito bem. Se sua informação for realmente tão valiosa, eu o deixo ver sua filha.
- Existe um grupo no Ministério que está investigando você. Seu filho está nesse grupo. - Rony falou calmamente, enquanto limpava a boca com um guardanapo.
O ruivo pôde perceber que Malfoy ficara interessado, embora sua postura não tenha mudado muito.
- Entre. Vamos conversar no escritório.
Hermione permaneceu deitada até ouvir a porta da frente de seu apartamento fechar; então, se levantou indo para o banheiro falando com raiva.
- Merda, merda, merda!
No meio do caminho, realmente constatou que seu aquecedor estava quebrado; sentia o ar frio que se espalhava pelo apartamento, por isso, ela praticamente correu até o banheiro.
Ligou a ducha quente e ficou um bom tempo embaixo da mesma, ainda de olhos fechados.
Por que ela fizera aquilo? Mark era seu amigo, apenas isso. Dormir com ele foi a coisa mais estúpida que fez na vida.
Sua cabeça doía muito e ela ainda se sentia meio tonta por conta do vinho, sem contar que sentia a boca seca.
Bebeu uma quantidade grande de água do chuveiro, não se importando com o fato de ela estar quente. Sua mente foi invadida por lembranças daquela noite. Mãos, gemidos, sussuros... Como fora tão idiota?
Não que não tivesse sido bom, muito pelo contrário, para quem não tinha um contato assim íntimo há meses, realmente fora muito bom, mas em anos de amizade aquilo nunca jamais sequer passara por sua mente. Aliás, nunca acontecera nada que desse a entender que um dos dois quisesse algo a mais. Nem um gesto mais ousado, nada. Claro que já haviam dividido a mesma cama e uma vez ou outra, trocado selinhos, mas tudo na mais pura inocência. Coisa de amigos. Mas em momento algum ela pensou em Mark de outra maneira, senão como amigo. Por mais que não quisesse admitir, ainda sentia algo por outra pessoa...
E agora, como seriam as coisas? Como conversaria com Mark? Como olharia para ele? Será que aquilo arruinara sua amizade? Pensar nisso deixou ela subitamente triste e melancólica. Teve que lutar contra as lágrimas em seus olhos; não suportaria que acontecesse novamente. Perder mais um amigo... não! Por que aquilo estava acontecendo? Por que tinha que passar por tudo de novo? O que será que Mark estaria pensando agora? Pelas atitudes desta manhã, sabia que ele também deveria ter se arrependido. E se ele estava arrependido, porque foi então que fez o que fez a noite passada? Não era capaz de responder apropriadamente a isso, já que ela mesma se encontrava na mesma posição.
Deu um suspiro cansado. Culpar Mark não adiantava. O que um não quer, dois não fazem....
- Merda! - Hermione exclamou mais uma vez encostando a cabeça na parede do banheiro. Os frios azulejos trouxeram-na de volta ao mundo real, e só então notou que estava muito atrasada para a reunião mensal que teria pela frente.
Desligou o chuveiro e assim que saiu do banheiro para seu quarto, lembrou-se do maldito aquecedor quebrado. Trocou-se o mais rápido que pôde, recordando as coisas que deveria levar para a reunião mensal - ainda tinha isso.
Uma vez por mês, os sócios e os principais funcionários se reuniam para prestar contas do que andavam fazendo. E ela teria que falar sobre o caso Halkin. Com certeza naquela reunião estaria Mark e a última coisa que ela queria naquele momento era olhar para ele. Não sabia explicar se por medo, vergonha, arrependimento... ou tudo junto
Pegou tudo que precisava no quarto e foi para sala, procurando as chaves do carro, o qual já consertara. As encontrou em cima da mesinha de centro, mais especificadamente, ao lado de uma garrafa de vinho vazia. Olhou pela sala bagunçada lhe pareceu que por todos os lugares estavam espalhadas lembranças da noite passada. Isso a deixou pior do que já estava. Fechou os olhos por alguns segundos. Tudo que queria era voltar para cama e dormir para sempre, mas ela não tinha tempo para lamentações agora; já deveria estar na reunião. Além do mais, não poderia voltar atrás, o estrago já estava feito.
Harry não deveria participar da reunião mensal - afinal não era sócio nem funcionário efetivo -, mas Phillipp telefonara falando sobre a tal reunião e pelo tom dele parecia algo importante, insistira que Harry deveria participar e por isso, aliestava ele.
Depois que saíram da boate de streap-tease, Sírius, Draco e ele pararam em uma lanchonete 24 horas para discutir os acontecimentos. Um pouco depois, Rony apareceu, mas Draco e ele foram dispensados no momento em que o traidor chegara. Sirius queria conversar a sós com Rony, o que deixou Harry um tanto irritado. Há semanas Rony trabalhava para eles como agente duplo. No entanto, a confiança de Harry nele não aumentara um dedinho sequer, ao contrário, cada vez mais tinha a certeza de que assim que a oportunidade surgisse, Rony daria o golpe de misericórdia.
Essa era a outra face de Rony. Aquele amigo que antes daria a vida por uma amizade tornara-se uma pessoa fria, calculista, meticulosa e principalmente egoísta. Isso fazia Harry não se sentir seguro ao companhar uma pessoa com tal caráter missão. Missão esta, muito importante porque, se os planos de Malfoy fossem o que o DPAC desconfiava, todo cuidado será pouco. Essa ligação entre ele e mercenários trouxas não poderia ter bons resultados. Lúcio Malfoy não é um tipo de bruxo que gosta de se "rebaixar" e se envolver com trouxas, a não ser que seja por algo que o interesse muito e que não houvesse outra opção entre o múndo mágico.
Quando chegou em sua casa, de madrugada, encontrou Susan esperando por ele, como ela dissera que faria. Ele quase não dormira àquela noite e hoje seu dia seria cheio.
Assim que alcançou o andar em que ficava o escritório, saiu do elevador ajeitando a parte superior do terno. Andou pelos corredores e seguiu diretamente para a cozinha. Tudo que queria era uma enorme xícara de café quente bem forte.
Enquanto preparava a bebida, pôde ver que Susan -a "secretária" de Phillip - estava no canto esquerdo do local, muito próxima a ele, conversando com uma estagiária e com um outro rapaz. Por mais que não quisesse, acabou escutando a conversa deles.
- Então, Susan, - a loira, estagiária, falou. - está sabendo da última?
- Não, mas aposto que você vai me contar agora - Susan disse jovialmente.
- Sabe o Colin? O advogado novo que acabou de entrar no escritório?
- O loiro, alto, com cara de bobão? Sei.
- Esse mesmo, então, ele mora no mesmo prédio que a Granger - aliás, no mesmo andar que ela - e você sabe quem ela viu saíndo do apartamento dela hoje de manhã, com cara amassada e todo desarrumado?
- Também não sei, mas aposto que você vai me contar - Susan disse sorrindo.
- Mark Rudson. - Harry que antes estava ouvindo sem interesse o diálogo, aguçou os ouvidos ao ouvir a menção do nome de Hermione.
- Sim, e daí? - Susan perguntou sem entender.
- Como assim "e da"? - agora era o rapaz quem falava. - Todo mundo aqui na firma sabe o quanto eles são "amigos". Sabe, aquela amizade colorida... - Harry se embaraçou com a xícara e derrubou um pouco de leite no balcão; Susan lhe lançou um olhar breve.
- Nossa, por favor, gente.- Susan falou indignada, retomando o assunto. - vocês acabaram de dizer que eles são amigos, o que tem demais ele estar saindo do apartamento dela, hoje de manhã?
- Ai, Susan, por favor, não seja tão ingênua. - agora a loira falava com um leve tom de irritabilidade - Todo mundo sempre suspeitou que eles tivessem um caso.
- E qual o problema dele estar saíndo do apartamento dela? Não vejo nada demais nisso. - Susan perguntou, ainda sem entender.
- Não é só por isso, - a loira continuou falando - é porque Colin ouviu risadas e música alta ontem à noite toda, no apartamento dela. Ele até pensou em pedir para abaixar o som, mas ficou com medo de estar interrompendo algo...
- E...??? - Susan perguntou.
- Como assim "e...?" - a loira perguntou, irritada por Susan questionar tanto e por fazer se de desentendida - E que eles têm mesmo um caso! - A estagiária terminou, como se aquilo fosse a descoberta do ano. Harry ficou paralisado do outro lado do grupinho.
- E ainda sim vou perguntar: E daí? Isso é importante em quê? Eles dormiram juntou, ou não, eu acho que é problema deles. - Susan falou, fazendo pouco caso da notícia.
- E daí? E daí... que a Granger dormiu com um colega de trabalho, é isso, deu pra entender agora ou vai querer que eu desenhe? - a loira falou exasperada e continuou ao ver a expressão interrogativa de Susan: - Ah!!! Deixa pra lá.
Depois que os dois se foram, Susan se aproximou de Harry - que mexia o açúcar no café -, enquanto olhava a cidade pela vidraça.
- Hey, Gostosão! - ela sussurrou para que só ele escutasse.
- Olá, você. - Harry disse sorrindo levemente.
- Você escutou as novidades? - Susan falou encostando as costas para o balcão, ficando de lado para ele.
- Não, quais? - Harry se fez se desentendido.
- Ah! Não venha com essa pra cima de mim. - Susan diz batendo no braço dele. - Eu sei muito bem que o senhor ouviu.
- Não, não ouvi. -Harry evitava olhar para ela, ainda mexendo inutilmente com uma colher, seu café.
- Sua amiguinha... - Susan resolveu ceder e falar para ele - parece que teve uma noite animada...
- Ah! É? - Harry falou por falar.
- Sim, parece que o tal Mark dormiu na casa dela e teve festa e tudo mais... -Susan agora que falava desinteressadamente.
- O que ela faz ou deixa de fazer, é problema dela. - Harry falou indiferente.
- Será mesmo? - Susan perguntou com um olhar enigmático.
Mas Harry não pôde responder, pois naquele exato momento Hermione entrou na cozinha, cessando os barulhos das diferentes conversas. Parecia que todos a olhavam dizendo "eu-sei-o-que-você-fez-ontem". Tentou ignorar os sussurros que ouvia, ela se dirigiu à máquina de café.
- Bom dia. - Ela disse para Harry e Susan por pura educação, ao se aproximar dos dois.
Harry nem se prestou a responder, seus olhos ganhando um tom escuro de verde. Já Susan falou com um tom falso:
- Bom dia! Está um lindo dia hoje, não?
- Sim, Susan... um belo dia. - Hermione respondeu educadamente, recebendo em retorno um sorriso da colega de trabalho.
Hermione aproximou se da máquina de café, Susan estava prestes a dizer alguma coisa, mas mudo de idéia ao olhar o relógio:
- Nosso Deus, a reunião! Tenho que preparar a sala, Philip vai me matar se chegar e não estiver tudo pronto. A gente se vê na reunião.
Harry e Hermione observaram enquanto ela se afastava. Depois, Harry ficou olhando Hermione preparar o café, ele tinha um olhar estranho; parecia raiva. Hermione, que estava sem um pingo de paciência naquela manhã, falou irritada:
- Algum problema?
- Nenhum! - Harry respondeu estupidamente se afastando.
Hermione entrou na sala de reuniões e teve a mesma impressão que tivera ao entrar na cozinha: todos a olhavam de um modo diferente.
Sentou-se em seu lugar habitual, ao lado da cabeceira onde sentava se Phillip e, do lado oposto, ela percebeu a presença de Harry. Pensou em questionar o motivo por ele estar ali, mas sentia toda a tensão causada pelos olhares dos colegas de trabalho; era melhor ficar quieta.
Achou que seu dia tivesse começado suficientemente ruim e, ver Harry ali, percebeu que poderia ficar muito pior.
Phillipp entrou e todos se levantaram, então ele fez sinal para que se acomodassem. Estava de pé, em frente a todos os membros do escritório.
Um olhar observador percorreu por toda mesa. Então ele percebeu uma cadeira vazia ao lado de Harry. Sentou-se já inclinando para o lado de Susan, perguntando em voz baixa:
- Onde esta o Mark?
Por mais baixo que ele tivesse falado, parecia que a simples menção do nome do colega, era algo tal qual um imã, que atraía a atenção dos ouvidos alheios.
Susan deu um olhar interrogativo para Hermione, que olhou da secretária para Philipp. Este a encarava, esperando uma resposta. Sentiu os olhares virando-se para ela, devido à demora de uma resposta.
- Hum... - Mione respondeu constrangida - Mark talvez se atrase um pouco...
- Tudo bem, poderemos começar sem ele - Phillip disse sorrindo, já abrindo a pasta e tirando um monte de papéis, que logo passaria a Susan antes que ela distribuísse entre os presentes.
A reunião começou, mas Hermione não prestou atenção ao que estava sendo dito. Sua cabeça estava cheia e, por mais que não quisesse, só conseguia pensar em um assunto. Então ela, sem querer, olhou para Harry. Adoraria saber o que o moreno fazia ali, sendo que ele nem era alguém importante no escritório. Depois seus pensamentos vagaram para - o que deveria ser - uma coisa que ela deveria estar tentando esquecer.
Simplesmente não sabia como reagiria quando Mark chegasse. A verdade é que ela gostaria de saber como ficaria a amizade deles agora. Ainda sentia os olhares que a fitavam, como se realmente todos soubessem o que aconteceu. Logo afastou essa hipótese dos pensamentos; seria impossivel. Como alguém ali saberia?
De repente, se ouviu alguém batendu à porta. Então a mesma se abriu e por ela entrou Mark.
- Desculpem o atraso. - ele disse enquanto fechava a porta, estava um pouco ofegante.
- Tudo bem Mark, sente-se. - Philiph disse em um tom tenso. Já estavam discutindo há mais de uma hora e nada fora decidido.
Mark sentou-se em seu lugar, quase em frente à Hermione. O fez sob o olhar atento de todos, que pareciam esperar algo dele.
Harry olhava pelo canto do olho o que acontecia entre os dois. Olhares, gestos...tudo lhe prendia a atenção. Constatou que Hermione realmente estava estranha aquele dia, um tanto quanto nervosa, a julgar pelo modo que ela mexia as mãos. Ele a conhecia muito bem e sabia que algo a estava incomodando. Notou que em nenhum momento Mark dirigiu o olhar para ela.
Isso só fez Harry ter certeza de que as fofocas feitas pelos colegas durante o café eram realmente verdadeiras. Hermione estava mesmo estranha aquele dia e, pela primeira vez, teve certeza absoluta de que não era o culpado.
Mark parecia bem tenso, tão tenso que Harry podia sentir. Todos os outros pareciam não prestar atenção na reunião ou, se prestavam, eles a dividiam entre Hermione e Mark.
Quando encontravam o olhar, coisa que quase nunca acontecia, os dois pareciam estar querendo se comunicar. Harry daria qualquer coisa para saber o que estavam tentando dizer um para o outro.
A tensão na sala pareceu aumentar quando chegou a hora deles falarem. Enquanto Mark falava, Hermione pareceu achar a mesa muito interessante. Quando chegou a vez dela, Mark fingiu estar anotando algo num papel, que parecia ser muito importante.
E assim foi durante toda a manhã. Mark perdido em seus pensamentos e Hermione nos dela. Quando a reunião acabou, passava um pouco da hora do almoço. Todos começaram a levantar, Mark deixou que todos o fizessem, arrumando arrumava lentamente sua pasta e, ao perceber que só Hermione ainda estava na sala, tomou a iniciativa de ir falar com ela.
- Nós precisamos conversar. - a voz dele parecia ansiosa.
- É, eu sei. - ela disse sem olhar para ele.
- Talvez pudéssemos almoçar juntos... - ele disse, como se estivesse convidando a primeira garota para sair.
- Tudo bem. - ela respondeu simplesmente, de cabeça baixa, enquanto terminava de arrumar alguns papéis na maleta.
Os dois perceberam que quem permanecia na sala de reuniões os observava. Antes de sair da sala, ela viu que Harry a olhava penetrantemente.
O caminho para o restaurante foi feito em silêncio.
Já estavam sentados numa mesa há alguns minutos e não tinham sequer engatado um diálogo com uma frase completa, mantinham a conversação apenas com algumas perguntas corriqueiras e respostas em monossílabos. A única coisa que mudara naquela situação foram os pedidos, que Hermione nem sabe porque fez, já que não estava com a mínima fome.
- Então... - Mark começou incerto, percebendo que ela não tocaria no assunto.
Hermione olhou rapidamente para ele e depois abaixou o olhar para a mesa. Subitamente, sentiu os olhos encherem de lágrimas e teve que fazer um esforço enorme para segurá-las.
- Mione é o seguinte, - Mark começou escolhendo as palavras - sobre o que aconteceu ontem-
Ele não terminou pois Hermione o interrompeu.
- Foi um erro. - ela olhava para ele. - Mark, não leve a mal, não é que eu não goste de você, é só... - foi a vez dele interromper.
- Não gosta dessa maneira. - ele disse em um sussuro. - Eu sei. Você tem sido minha amiga por tanto tempo, minha melhor amiga, e eu realmente amo você. Como amiga, mas amo. E a noite de ontem, Nossa! Foi maravilhosa, mas não acho que deveria acontecer novamente, eu não quero perder sua amizade, eu não posso perder você como amiga, não posso...
- Eu sei. - ela fala, um pouco menos tensa. - Eu também amo você Mark, mas não vejo como isso ir para frente. Você é meu único amigo agora, -os olhos dela estavam cheios de lágrimas - e depois de ontem, fiquei com medo de perder sua amizade, me senti novamente sozinha e as lembranças do que já havia acontecido... -ela não evitava mais segurar as lágrimas.
Mark, que estava sentado na frente para Hermione, mudou de cadeira e sentou-se ao lado dela, a abraçando.
- Você não vai me perder. Eu nunca vou deixar de ser seu amigo, não vou fazer igual aos outros. Eu prometo. - ele disse acariciando os cabelos dela - Nós vamos continuar daqui pra frente como sempre foi, não vai mudar nada. Pelo menos não da minha parte. - Mark levantou o rosto dela, enxugando as lágrimas.
Então ela sorriu pela primeira vez no dia, desde o momento em que acordara.
- Eu estou muito aliviado. - Mark diz voltando para seu lugar. - Queria mandar todo mundo à merda, naquela reunião hoje.
- Eu também! - ela disse muito aliviada agora - Não sei porque, pode ser coisa da minha cabeça, mas senti que todos nos olhavam como se soubessem o que tinha acontecido. - Hermione disse tomando um gole de água.
- Bom, então eu estava com o mesmo problema, porque tive a mesma impressão.
- Você acha que alguém sabe? - ela perguntou receosa.
- Não acredito nisso. - Mark falou, pensativo. - A não ser que você tenha contado para alguém.
- Eu não falei nada! Para quem eu falaria? - Hermione negou abismada.
- Para ninguém, por isso eu estou achando estranho. Não tem como as pessoas saberem... - ele disse com uma expressão confusa - estou muito aliviado que a gente conversou e agora vai ficar tudo bem, sabia? - Mark falou sorrindo e pegando na mão dela.
- É, eu sei, - ela responde - eu também estou feliz que tudo vai continuar como seempre foi.
- E veja pelo lado bom, - ele disse soltando a mão dela com uma expressão debochada. - agora sabemos tudo sobre o outro. Quando alguém perguntar, você vai poder dizer que eu sou ótimo na cama. - ele terminou piscando. Agora sim Mione parecia ter tirado um peso enorme de suas costas. Demoraria um pouco mas, no final, as coisas voltariam a ser como eram. Ela soltou uma longa gargalhada antes de dizer:
- Nos seus sonhos.
Harry chegara muito cedo ao tribunal àquela tarde, para a escolha dos jurados. Não tinha nada melhor para fazer, então ficou por lá, esperando a hora da audiência chegar.
Era bem verdade que queria pensar em um lugar em que as pessoas não o notassem. Um lugar em que ele poderia passar desapercebido e um fórum cheio de pessoas circulando, preocupadas com outras coisas, era ótimo para isso.
Desde sua conversa com Susan essa manhã, não tinha outra coisa na cabeça a não ser o que ela lhe contara e o que ouviu dos dois fofoqueiros do escritório. Estava com tanta raiva, que estava sendo difícil não descontar nos outros.
Talvez fosse o fato de que sua amiga estava seguindo em frente, que ela não sentisse a mínima falta dele, enfim, o simples fato de ela estar feliz o deixava irado.
Hermione deveria estar sofrendo, vivendo uma vida miserável, não com um emprego num importante escritório de advocacia, morando num apartamento próprio, . A bem verdade é que a vida dela deveria estar uma merda, como estava a dele.
Mas será que se a vida de Hermione estivesse assim, ele se sentiria melhor? Não, ele sabia que não. Mas o fato dela não estar nem triste por não serem mais amigos o deixava bravo.
Ele poderia listar muitos defeitos que Hermione tinha. A mania dela de querer achar resposta para qualquer problema dentro de um livro, quando estudavam em Hogwarts, odiava a obsessão dela pelas regras. E quando no terceiro ano, ela havia contado para a Professora McGonagal sobre sua Firebolt? Nossa, nunca se lembrara de ter sentindo tanta raiva. Bem, talvez quando eles terminaram, mas aquela com certeza fora a primeira vez.O jeito prepotente e presunçoso que ela tinha, também o irritavam.
E porque ela sentiria sua falta, se tinha o "Mark-eu-ajudo-em-tudo"? Pensar naquele homem fazia Harry ficar muito pior do que ele já estava. Era um idiota, um panaca, que não sabia nada. Não deveria saber metade das coisas que ele sabia sobre ela.
Ele não deveria saber que ela não é uma pessoa que gosta das manhãs. Muito pelo contrário, acordar cedo sempre foi péssimo para Hermione. Mark não sabia que ela gostava de batatas, de qualquer tipo de prato feito com elas. Que gostava de sentar embaixo de uma árvore para simplesmente pensar na vida. Que tinha medo de chuvas muito fortes. Que gostava da cor preta, que adorava ler sobre qualquer assunto que fosse, que coisas simples e banais a deixavam extremamente irritada e que tinha mania de comprar sapatos, quaisquer que fossem o modelo desde que fosse algum que não tinha em sua imensa coleção. Harry sorriu ao lembrar disso. Mark Rudson jamais conheceria Hermione Granger como ele conhecia.
Sem contar o fato de que Harry jamais entenderia o porquê de ela ser amiga dele. Um idiota, que fazia piadas sobre qualquer coisa e se achava o cara mais gostoso do mundo, que tinha a mania dele de querer se vestir com todas as peças combinando. E ele nem mesmo sabia como preparar um caso! Ficava dando em cima de Hermione o tempo todo com aquele estúpido bom humor que ele tinha. Como alguém podia ser tão idiota assim? Mas afinal, o que queria? Que ela o estivesse esperando até hoje, como uma mulher apaixonada e devota? Não, Hermione jamais faria isso... Estava tão perdido em pensamentos, que nem notou quando Hermione se aproximou.
- Nossa! Acho que hoje vai chover ou nevar muito, você já está aqui. Harry se segurou para não dizer uma só palavra. Não estava com paciência no momento para discutir com ela.
- Sim, então, já que estamos todos aqui, que tal não perdemos mais tempo e ir logo falar com Halkin? - Harry disse grosseiramente, levando-se e começando a andar, deixando-a para trás.
Harry e Hermione entram em uma pequena sala do fórum destinada aos réus, encontrando um homem sentado em frente ao único móvel na sala: uma mesa. Estava com a cabeça baixa, as mãos entrelaçadas sobre o tampo da mesa, em sinal de nervosismo e ansiedade.
Um homem de cabelo castanho-escuro com um toque avermelhado com tufos grisalhos e distintos começando a aparecer nas têmporas. Os círculos escuros ao redor dos olhos denunciavam noites insones e dias e mais dias de preocupação.
Rotinas judiciárias nunca foram seu campo de interesse e agora ele lamentava amargamente por nunca ter estudado realmente esse assunto. A falta de informações sobre o que aconteceria pioravam seu estado. Tudo o que ele podia fazer era seguir as sugestões de seus advogados. Embora fosse inocente, temia muito a possibilidade de ir para a prisão. Na delegacia onde aguardava o julgamento, ouvia freqüentemente sobre casos em que pessoas inocentes passaram anos e anos na prisão federal, fora os casos de prisão perpétua. Esses pensamentos faziam-no sentir um arrepio na espinha. Não podia ir para a prisão e já estava sendo difícil aguardar o julgamento na cadeia local. Pensar que há meses não via seus dois filhos.
Sua esposa mal o visitava e quando o fazia a expressão de dúvida apresentada pelo olhar dela o amedrontava. Embora ela sempre afirmasse que nele acreditava, ele podia notar o olhar interrogativo dela, quem não apresentaria um olhar duvidoso como esse? Todas as provas apontavam contra a inocência dele.
A verdade era que nunca, na vida ele ficou tão feliz por ser um simples zelador de um prédio. Um prédio onde os moradores eram podres de ricos, diga-se de passagem, pois, foi graças a isso que ele agora tinha ajuda de Phillip.
Andrew Halkin não tivera sorte na vida, mas ele não reclamava de ser zelador. Tinha um lugar para morar, recebia seu salário, e vivia sua vidinha.
Era verdade que muitas vezes tinha que agüentar a prepotência e a falta de educação dos moradores, sem contar as crianças, que conseguiam transformar a sua vida num inferno, mas era feliz...
Phillip Falcon, gostava muito de Andrew. Os dois tinham praticamente a mesma idade e estavam sempre conversando. Muitas vezes Phillip visitava Andrew para apenas sentar e beber alguma coisa, enquanto conversava com o amigo. Phillip era uma pessoa maravilhosa e muito bondosa. Nunca tratou Halkin como se fosse superior a ele e sim, como se fosse um igual. Não se importava de ir à casa do zelador e tomar café em uma xícara que não fosse tão refinada como as que ele tinha em casa. Não se importava de sentar na sala de visitas de Andrew, que não tinha o mesmo conforto que a sua, afinal, não estava lá por causa do "luxo"; estava lá para visitar um amigo. E sim, eram muito amigos. Andrew nunca tratou Phillip como: "Sr. Falcon", como os outros moradores. Era sempre Andrew e Phillip.
E não era estranho que por causa dessa "amizade" que ele estava preso agora. Tudo porque Phillip receberia alguns amigos e parentes em sua casa e seu whisky acabara . Então pediu muito educadamente, para que Andrew fizesse o favor de comprar algum para ele. Andrew foi, afinal, era um mínimo favor dentre tantos que Phillip já fizera para ele.
No caminho de volta, inevitavelmente, teria de passar por uma praça. E naquela noite, Rony Weasley e John Wendell estavam "acertando contas" naquela praça.
Quando ouviu o ruído feito pela porta ao se fechar, percebeu que já não estava sozinho na sala.
Ergueu o olhar para seus defensores e limitou-se a balançar a cabeça em menção de cumprimento.
- Boa tarde Sr Halkin! - Hermione disse primeiro, estendendo a mão para o cliente.
- Não tão boa, Srta. Granger - ele respondeu num tom melancólico, apertando a mão dela e, em seguida, a mão de Harry.
- Eu posso imaginar, Sr. Halkin. - Mione disse baixando o olhar e logo sentando-se em frente ao cliente. Harry fez o mesmo.
- Seremos breves. Só explicaremos bem o que faremos e logo em seguida vamos ao tribunal para a escolha dos jurados.
- Escolha de jurados?
- Sim, eu já mencionei essa fase do julgamento mas, como não temos muito tempo, vou tentar simplificar a explicação. - Hermione diz abrindo uma pasta.
- O senhor será julgado por um júri popular, formado por pessoas comuns. O juiz, nesse tipo de julgamento, apenas o conduz, o veredicto final é dado pelo júri. A defesa tem o direito de escolher metade dos jurados - seis nesse caso -, assim como a promotoria tem o direito a escolher os restantes. Temos em mãos o perfil de cada candidato a réu e, pelo material que temos, podemos de certa forma tentar prever o que passará pela mente de cada pessoa escolhida, de acordo com sua formação. É isso que faremos daqui a pouco.
Hermione podia sentir a tensão exalar do seu cliente, sentia que ele a olhava com esperanças nos olhos e isso a fazia se sentir responsável por ele; era esse tipo de responsabilidade que a fizera uma das melhores advogadas da Grã Bretanha. Observar o comportamento do cliente, a tensão, a ansiedade, as formas como descrevia o que acontecera no dia do crime, através desses pequenos detalhes que ela formava sua opinião profissional sobre o cliente. Pelos detalhes observados em Halkin, ela tinha certeza absoluta de que ele era inocente e faria de tudo para provar isso ao júri.
- Temos aqui todos os candidatos. - Hermione espalhou, pelo tampo de madeira, várias folhas com fotos seguidas de descrições de cada pessoa.
- De um modo geral, são pessoas comuns, médicos, professoras, donas de casa, uma secretária e até uma senhora que trabalha como gari. - Hermione dizia enquanto passava folha por folha.
- Antes de decidir, poderemos fazer uma pequena entrevista e saber realmente mais um pouco sobre a forma de pensar do possível jurado.
Daremos preferência às pessoas que se dizem céticas, pessoas que só acreditam no que vêem, uma vez que o seu caso está um pouco obscuro e que não há uma arma para provar que o senhor cometeu o homicídio.
Portanto, para as pessoas que acreditam somente no que é provado, serão mais fáceis de manipularmos e entenderão melhor o seu caso.
Halkin, ouvia tudo no mais absoluto silêncio e seu o rosto sem expressão, às vezes, incomodava Hermione. Ele não questionava quase nada, apenas confirmava, com um movimento de cabeça, que entendera o que Hermione falava. Depois de falar da escolha dos jurados, Hermoine e Harry discorreram sobre o andamento do processo, sobre pessoas que eles pudessem definir como testemunhas e sobre qualquer detalhe que poderia ter passado despercebido em conversas anteriores.
Minutos mais tarde, os dois foram para o tribunal, onde se encontravam, em frente à juíza, vinte e quatro pessoas sentadas, com o escrivão ao lado.
Dois guardas trouxeram Andrew Halkin algemado e o conduziram ao lugar vago ao lado de Harry.
A juíza executou o protocolo e deu a palavra à defesa, que escolheria o primeiro jurado.
Hermione levantou-se com prancheta e caneta em mãos e ficou de frente para as pessoas que se sentavam no canto direito à juíza.
- Srta. Brown! - Hermione leu o nome em voz alta e em seguida uma moça loira se levantou.
- Suponho que seja primeira vez que irá julgar um crime? A garota balançou a cabeça.
- Não ouvi, será que a senhorita poderia se pronunciar um pouco mais alto?
- Sim.
- Obrigada.
- Srta. Brown, vejo aqui em sua ficha que a senhorita leciona matemática, suponho que tenha escolhido tal matéria por se tratar de uma ciência exata.
- Sim. - a garota respondeu, sem entender muito bem o motivo de tal colocação.
- Sempre gostou de ciências exatas, Srta. Brown? Poderia por exemplo ter escolhido história?
- Sim. sempre quis mexer com exatas e não me daria bem em ciências sociais.
- Ok. - Hermione olhou para a mesa onde estavam Harry e o cliente e deu um meio sorriso antes de virar-se para a juíza.
- Meritíssima, gostaria que a Sr Brown fizesse parte do corpo de jurados.
- Aceita. - a juíza respondeu em tom formal.
Hermione mais uma vez voltou-se aos candidatos.
- Sr. Anderson.
Um homem de meia idade se levantou. Hermione deu uma rápida olhada na ficha dele, respiraou fundo e perguntou:
- O senhor poderia me dizer se gosta de assistir à televisão, Sr Anderson?
- Sim, gosto muito.
- E poderia dizer me qual o programa mais gosta de assistir? Jornais, filmes, seriados, telenovelas?
- Gosto de tudo um pouco senhorita, principalmente quando meus netos estão por perto.
- Ahh, interessante. O senhor então gosta de assistir à televisão com os netos... Adolescentes?
- Sim de 12, 14 e 15 anos... quer ver a foto deles? Eu sempre a trago comigo - o velho disse de forma descontraída, falando como se estivesse numa roda de amigos e não em uma sessão da Corte.
- Imagino que sejam lindas pessoas, mas terá que ficar para uma outra hora - Hermione disse de uma forma também descontraída. Então se o senhor gosta de assistir à televisão com seus netos... certamente viu Matrix?
- A com certeza, adoro aquele filme, o vi muitas vezes, meus netos até fizeram um site sobre o assunto.
- Hmm.. um site... muito interessante. Meritíssima, o candidato está dispensado. - Hermione disse e esperou o próximo candidato.
- Sr. Garcia! O senhor poderia nos dizer o porquê de ter escolhido a medicina?
- Por ser uma área em que lidamos com vidas e pessoas....
- Obrigada, Sr Garcia.
- Meritíssima, gostaria da presença do Sr. Garcia.
- Srta. Tompson, faz muito tempo que trabalha em uma creche? - Hermione seguiu com a candidata seguinte.
- Sim, trabalhei a vida toda lidando com crianças...
- "timo.
- Sr. Green, mudaria de profissão por um salário melhor? - os candidatos continuavam e Hermione procurava fazer perguntas objetivas, que demonstrariam o tipo de pensamento que as pessoas teriam ao ouvir os argumentos da promotoria e da defesa.
- Não, estou muito feliz trabalhando com astronomia, não me vejo trabalhando com outra coisa...
- Obrigada, está dispensado...
Enquanto Hermione e Kathy se revezavam na escolha do júri, Harry podia sentir o olhar nervoso de Andrew Halkin sobre si. Pela primeira vez, desde que começou a trabalhar nesse caso, ele parou para analisar a situação.
Para falar a verdade ele nem se importava. Não queria realmente saber se o homem ao seu lado fosse preso; o que queria mesmo era ver Hermione se ferrar e perder o caso. E se sentiu mal, pela primeira vez, pensando nisso. Estava fazendo de tudo para mandar um homem inocente na cadeia só para ver Hermione se dar mal?
Inevitavelmente pensou em Sirius. O padrinho também passara doze anos em Azkaban e era inocente. Podia se lembrar das histórias de terror e depressão que ele contara sobre os momentos que passara na prisão bruxa. Não que a prisão trouxa pudesse ter dementadores, mas mesmo assim, ela era ruim do seu modo.
E aquele senhor ao seu lado deveria ter filhos, uma família e, quem sabe, até netos. Havia marcas de expressões profundas no rosto de Andrew. Como se mostrassem como aquele homem havia vivido, como se cada marca em seu rosto, tivesse uma história de luta, sofrimento, dor. O homem parecia estar quase apavorado com a possibilidade de ir preso.
Recordou-se das palavras de Sirius, em uma noite em que o padrinho contava para ele e Remo os horrores de uma prisão. "Eu não desejo isso para ninguém. Você se sente sozinho, tem medo de tudo, tem sempre que estar em alerta para qualquer problema que possa acontecer, tem que ficar atento às pessoas que querem se aproveitar de você de alguma maneira. A verdade é a cada dia você lutava para se manter vivo. O que chegava a ser muito contraditório, afinal, eu era condenado a prisão perpétua. Isso porque eu não estou mencionando os dementadores...."
Olhou mais uma vez para o homem ao seu lado, desta vez mais atentamente. Ele pôde ver, nos olhos e no jeito dele, que Andrew estava perdendo as esperanças. O que ele estava fazendo? Não era justo com alguém inocente. Estava querendo destruir a vida delhe por próprio capricho.
- Sra. Andrew!
- Por qual razão a senhor quer estar neste julgamento?
- Bem...
- Dispensada, Sra. Andrew.
- Sr. Martin, o senhor assistia Arquivo X desde o começo?
- Não, eu não gosto de Arquivo X, não gosto dessas bobagens.
- Aceito o Sr Martin.
Hermione estava cansada. Ela tivera um péssimo começo dia; passara por um estresse emocional muito grande. Primeiro àquela maravilhosa manhã, depois a reunião; a conversa com o Mark, a escolha do Júri e, por fim, o descaso de Harry com o caso... tudo isso a fez fiz ficar muito, mas muito braba com o ex-amigo. Não, na verdade, ela não estava braba, ela estava muito mais que isso, ela estava furiosa. Sentiu toda a carga emocional pedindo para sair e Harry parecia ser uma ótima pessoa para descarregá-la.
- Eu vou tentar, mesmo sabendo que provavelmente não vou conseguir nada. O que-você-está-fazendo-aqui? Não, sério Potter, só uma única vez, me responda essa pergunta. - Hermione se controlava para deixar a voz baixa.
Harry já estava esperando que ela fizesse algo parecido com isso ou até que gritasse um pouco com ele, afinal, essa parecia ser a diversão favorita dela.
- Bem, se você monopolizasse menos as coisas, quem sabe eu teria chance de fazer alguma coisa? - era ele que estava irritado.
Depois disso, Hermione soltou uma gargalhada. Um belo dia, ele aparece no escritório de Advocacia para trabalhar com ela, depois de anos que ela nem sequer pensava nele. Como se fosse a coisa mais normal do mundo, de repente, depois de muito tempo, volta em sua vida, justo em um momento que não fazia questão alguma de o ver.
- Se eu monopolizasse menos? - ela riu novamente - Não seja ridículo, Potter, se eu fosse esperar sua boa vontade, Halkin apodreceria na cadeia por algo que ele não fez! E você sabe que estou certa, afinal, é por isso que está aqui.
- Você não sabe porque eu estou aqui. - Harry disse sério, cruzando os braços.
- Eu sei . O que você deveria saber é que tem quer ser muito inteligente para tentar me enganar.
- Então, parece que eu fui muito inteligente alguns anos atrás. - ele fala maldosamente.
Hermione teve que respirar profundamente para não tentar partir para cima do pescoço dele. Por acaso, teria orgulho do que fizera com ela?
- Sim, você pode ter sido inteligente uma vez. Não será a segunda. - ela disse friamente.
- Será? - Harry tinha um sorriso cínico.
- Não, não vai. - ela reponde séria, como se estivesse certeza disso - Agora, eu gostaria só de saber porque perde seu tempo. Você não quer estar aqui, não quer ganhar esse caso, então, eu sinceramente achei que tivesse coisas melhores para fazer.
- E eu tenho, mas esse é meu trabalho, preciso estar aqui até que ele termine. Portanto, acho bom a senhora começar a se acostumar com isso, pois ter ataques de fúria por qualquer coisa não vai mudar esse fato.
- Não, não vai mesmo. Mas trabalhar com uma pessoa incompetente é bem cansativo sabe? - era ela falou maldosamente desta vez. - Afinal, me diga, o que você fez para merecer seu cargo, a não ser ter se tornado o "Menino-que-sobreviveu", ou será que o Ministério aceita qualquer um que tenha uma cicatriz em forma de raio no meio da testa? Harry procurou respirar fundo antes de responder.
- Caso você não saiba, Granger, eu não passava o tempo todo procurando a seu quarto durante a guerra. Eu também treinava muito e, por acaso, fui eu quem derrotou Voldemort, ou você esqueceu isso também?
- Não, eu não esqueci. Só que você é tão imbecil que às vezes eu me pergunto se você é mesmo o Harry Potter, sabe? Você não parece nada com ele. A pessoa que se encontra à minha frente é um idiota, incapaz de cuidar do próprio trabalho, insensível, nojento e que me causa asco. - completou ela, com um sorriso cínico. - Nâo é só porque você "salvou o Mundo Mágico" que pode sair por ai fazendo o que bem entende, afinal, você não fez mais nada, a não ser isso. - ela acrescentou maldosamente.
- É? Eu não fiz nada a não ser isso? - Harry disse com uma expressão superior. - E você? Com quantos você teve que levar para cama, para conseguir a a sociedade no escritório? - Agora ele falava para machucá-la. - E eu também vou te dizer uma coisa: é melhor cuidar bem dos seus "amigos", ou um dia nem eles você vai ter. Sabe como é, o que é muito fácil logo perde a graça...
Silêncio. Depois disso, a sala caiu em completo e total silêncio. Hermione abaixou a cabeça e fechou os olhos, sentindo o quanto as palavras dele conseguiram mexer com ela, por mais que não quisesse. Estava tão cansada, aquele dia fora péssimo, e ter que aguentar as idiotices de Harry também não ajudava muito. Aliás, ela estava de saco cheio de ter que sempre atacá-lo ou de vê-lo atacando-a, chegara ao seu limite. Não era obrigada a agüentar isso. E, no fundo, já não suportava mais, era uma mulher de trinta anos e, às vezes, sentia-se como uma adolescente brigando com o namoradinho.
Estava realmente cansada da babaquice dele, porque ele tinha que atacá-la o tempo todo? Por que ele tinha que fazer isso? Tinha prazer em fazer essas coisas? Ficava feliz? Hermione não entendia, ela simplesmente não entendia o porquê de ele não a podia deixar em paz. Estava tão bem antes, mas parecia que sua vida começara a piorar desde aquele fatidico dia em que ele apareceu no escritório. E agora ela estava realmente cheia, não aguentava mais, não engoliria mais nada disso vindo dele. Todos tem um limite e, para ela, essas brigas a levaram ao seu. Ela levantou a cabeça e lutou contra as lágrimas que estavam querendo sair. Não fazeria isso, não choraria na frente dele, não mostraria que ele conseguira o que queria, deixá-la fraca, vunerável e a cima de tudo, muito triste.
- Ok, para mim já chega. - ela disse com uma voz baixa, quase em um sussuro. - As pessoas tem um limite e eu cheguei no meu. Estou fora... Ao terminar de dizer isso, ela pegou sua bolsa e saiu do escritório. Encontrou Phillip e Mark conversando no corrredor, mas passou por ele sem dizer uma só palavra. Mark que achou a atitude dela muito estranha ao sair assim no meio de expediente, apressou-se até a encontrar e a segurar pelo braço. Quando olhou nos olhos dela, viu que estavam marejados de lágrimas.
- Mione, onde você vai? - ele pergunta meio preocupado tentando fingir não ter percebido o fato que ela estava quase chorando.
- Eu estou fora. - ela disse direcionando olhar para Phillip. - Eu disse que não queria trabalhar com ele, mas você não me ouviu, e eu cansei, portanto se quiser me tirar da sociedade ou até do escritório, eu não me importo, mas, com ele, eu não trabalho mais. - Hermione disse as últimas palavras num tom mais grave. Virou as costas e voltou a andar indo em direção ao elevador depois de soltar-sede Mark .
Continua---
N/A2: Bom, aqui está o capítulo. Com aquele atraso habitual de sempre, mas dessa vez eu tive um pequeno problema com as betas... O capítulo 19 eu tenho só o começo escrito, mas as coisas evoluem bastante quando estou em Assis :P
N/A4: Gostaria de agradecer a Jesse por ter betado o capítulo, e ainda continuar viva depois disso :P E também gostaria de dedicar esse capítulo ao Zorro Potter, meu filhote pq eu adoooorrrooooo o zorrin de paixão -. Ele pode ser meio irritante as vezes, ams smepre tem o poder de me fazer rir quando estou triste. (Por favor Ellie, não fique brava comigo:P)
N/A4: Como sempre, agradecimentos -:
A Dark Angel (Se vc gosta de Mark/Mione, deve ter ficado um pco feliz com esse capítulo -), Marikawaii (Ai Moça, vc acompanhava minha fic do 3 V? Que legal, eu estou louca para ver o site no ar novamente :P), Lady Voldemort (Harry mala? hhauhauhauhaua eu já escutei mtas coisas sobre o meu Harry, mas nunca que ele era mala... :P), Drika (nhai eu sei que eu deveria atualizar mais... assim como eu não deveria ter ficado de DP em Moderna, mas isso é só um detalhe XD), Poly Malfoy (vou tentar ser menos enrolada e atualizar mais Luz e Sombra :P),Fernanda Mac-Ginity (Sim, o Harry vai deixar de ser malvado, e eu estou com dor no coração de fazer isso...E prometo que vou tentar demorar menos para atualizar...), Angela Miguel (Aff, Dona Milady... a senhora diz q eu q sou malvada para terminar capítulos, mas olha a senhora q deixa a gte morrendo de antecipação? :P), Maira Granger (heheehe Obrigada, fico feliz que vc tenha amado -), Gabriele Delacour ( heheheeh sim, eu sumi :P Eu digo, sim minhas férias foram longas, mas eu fiquei feliz com elas :P Hehehe calma moça, a Mione vai ficar com Harry, isso foi apenas um tapa na cara do Harryzito :P), Den Chan (minnha beta que some, ams sempre aparece pra dizer q tá viva :P), ang (Eu tb ammmeeeiii a Gina no livro 5... antes ela parecia uma songa.... E sim, o Rony sempre tem um jto de traidor por ser tão amigo do Harry e tals... O Siciliano fala mto disso :P), Zorro ( hauaahuhaua ai zorrin vc é uma comédia :P Adoro vc de paixão ;) e sim, veja só vc lembra de várias coisas q esqueceu quando relê a fic :P), M-Chan (Nossa moça, obrigada pelos elogios - Sim, um dos shippers é H/H, afinal, sou H² até a morte :P), Marina (é, eu sei q eu demoro eu sei, é tudo minha culpa, preciso aprender a ser menos enrolada :P Vou tentar melhorar isso, eu juro!), Isa Potter (IIIISSSAAAAAA :D hauhaauhaua Pode deixar que eu não vou esquecer q a fic é H² e tb tentar não enrolar demais pra escrever, por mais q isso seja impossivel :P) Marcia F.J. (Mto Obrigada pelas boas vindas - E que bom que vc tenha gostado, espero não decepicionar ninguém no capítulo 19 :S), Billie (hauhuha Billie, a beta H² oficial :P Parece que vc beta a fic da maioria dos H², e a fic do MAJOOORRRR :P, nhai pelas fotos parece que sua viagem para Suiça foi mto legal - Q Invejjjaaa :P), Raissa ( Nhai moça, que bom que vc gosta de Luz e Sombra :D eu já respondi pra vc que não é semrpe que eu faço isso :P Mas eu juro que vou tentar demorar menos...) Deyse ( Deyse é vc? Nussa moça, vc andou sumido :P Tava com saudades já :P Espero que vc tenha gostado da outra fic tb -), Sy (Prontinho, demorei um bocado, mas aqui está outro capítulo :P), Batata (nhai, moça, quando eu vi as fotos que vc o zorro e a Gala tiraram no shopping, meu, vcs parecem irmão : realmente mto parecidos :P vc gosta do meu Draco?:P), Lorena Black (Nossa, leu a fic inteira em 3 Horas? O.O Meu deus.... :P Eu sei q eu demoro, eu sei, eu juro q estou tentando trabalhar nisso :P), Sara Lecter (hehehehe o capítulo 15, da Via expressa, eu também gosto mto dele... :Dhauhaauhaua Olha, de verdade, não quero ver seu nome no obituário do Jornal, vou me esforçar 3 vezes mais para não demorar mto :P), Mione Granger Potter (Bom, aqui está um capitulo, e vou afzer um esforço enorme de grande para não demorar com o 19 :P), Lunna e Belatrix Black que foram até meu flog cobrar capítulos, meninas, de verdade eu juro que vou tentar demorar menos para atualiazar, mas as coisas complicaram pro meu lado, ainda mais agora q eu peguei Dp em Moderna... Ninguém merece ter que fazer moderna de novo
N/A5-Bem, aqui vão as indicações de fics:
-Indico a Fic da Gala e da Jesse: Linhas do Destino, mto foda essa fic, inclusive sou beta dela :P(H²)
- A Fic da Jesse: Cogitari Ancilla que é muito fodônica também (H²)
- -E a Fic da dona Angie: Pergaminhos da Nossa Existência, que ruleia pra kct (H²)
