(Cap3)

28 anos atrás

O mais jovem legista de Los Angeles foi recebido pelo governador. Eles conseguiram prender o maníaco que atacou no parque. Estavam nas manchetes que foi com o empenho de toda a polícia em particular do legista Gilbert Grissom.

2006

Estava com as evidências dos quatro casos que envolviam o rapto do Grissom. Pela forma de agir da pessoa logo que receberam a fita, o homem na fita devia estar morto e seu corpo provavelmente foi desovado em algum local. Estes três mortos estavam sendo reexaminados pelo Dr. Robbins, eles tinham nas mãos as necropsias feitas por outros legistas.

Nick pegou o primeiro e leu em voz alta.

"Nome: Michael Stelph, policial aposentado, levou um tiro no joelho, tinha marcas de violência em todo o corpo, perdeu bastante sangue, causa da morte: um tiro no pescoço".

Engoliu em seco. Um tiro no pescoço mata em 99 dos casos Warrick pegou a outra pasta e leu:

"Nome: Steve Price, policial aposentado, levou um tiro nas mãos, marcas de violência em todo corpo, perdeu bastante sangue, causa da morte: um tiro no pescoço".

Greg pegou a última pasta.

"Nome: Allie MacNoal, advogado aposentado, levou um tiro no maxilar, marcas de violência em todo corpo, perdeu bastante sangue, causa da morte: um tiro na cabeça".

Desta vez foi à vez de Sara, reunindo algumas informações, falou:

"O que temos em comum entre esses três homens. Além de serem aposentados e uma ligação com criminosos. Dois policiais e um advogado. E o que sabemos deste Prestow Calw?"

"Ele foi promotor e estava aposentado", falou McFuller. "Ah, todos trabalharam em Los Angeles".

"Inclusive Grissom, ele começou lá", lembrou Catherine. "Precisamos achar todos os casos onde eles trabalharam".

Eles se dividiram: Warrick, Catherine e Sara ficaram na sala de reuniões com as evidências dos casos antigos, era um total de 15 caixas. Greg e Nick foram à sala de evidências e analisariam as outras três caixas dos casos atuais.

"Até mais. Nós nos vemos daqui a três horas", saiu Nick levando duas caixas e sendo seguido por Greg.

"Até", responderam os outros.

"Bom. Cinco caixas para cada um. Vamos lá", falou Warrick.

Nas próximas duas horas, ninguém falou nada, apenas leram e anotaram tudo que pudesse levar ao suspeito. Depois de cruzarem todos os dados encontram sete suspeitos, mas pegaram apenas os nomes dos que estavam com liberdade condicional. Warrick foi o primeiro a falar.

"Temos três nomes: Bird Dack, John McNeal e Max Storm. Foram condenados por homicídio e todos sentenciados a prisões perpétuas que obtiveram condicional este ano".

Catherine completou com o que tinha conseguido coletar:

"Todos eles foram presos pelos policiais e tiveram o mesmo advogado".

"O mesmo promotor do caso e o mesmo legista que testemunhou em todos eles".

Sara olhou para eles, pediu licença e foi ao banheiro. Meu Deus, não permita que ele machuque o Griss, chorou, ficou um tempo até se acalmar mais. Lavou o rosto e voltou à sala.

Grissom foi colocado no furgão, teve as mãos e os pés amarrados, colocaram uma mordaça na boca. Tudo para impedir que fugisse ou pedisse ajuda, depois o cobriram com um lençol branco. Foram direto pela auto-estrada para a casa do chefe. Ao chegarem a casa entraram na garagem coberta, o carro era de William Kirts e qualquer coisa ligada ao carro não estaria ligada diretamente a eles.

Tiraram-no e o colocaram no porão, como o chefe havia instruído amarrado, nos pés por uma corda e em cada mão por uma algema metálica da grossura de três dedos. Cada algema estava soldada a uma corrente que por sua vez eram erguidas por uma máquina através de um sistema de roldanas. Podiam deixar a pessoa no chão ou de pé, com os braços na forma de V.

Ele foi deixado deitado, acordou uma hora depois com a cabeça e o maxilar doendo. Viu que estava numa sala grande com as janelas todas tampadas, achou estranho a posição das janelas, muito altas para a sala. A menos que estivesse num porão.

Depois de algum tempo uma porta se abriu e um homem entrou trazendo uma lanterna na mão.

"Olá, Grissom".

Não reconheceu a voz, mas quando ele chegou perto imaginou estar vendo coisas.

"Você pegou prisão perpétua? Como saiu?"

"Liberdade Condicional Assistida. Só que eu fugi".

"Eles virão atrás de você".

"Eles. Quem? Ninguém sabe que sou eu!"

"Vão descobrir. Você não vai escapar impune".

O homem ligou a máquina e Griss ficou em pé, por assim dizer, só que seus pés não alcançavam o chão.

"Mas antes eu vou me divertir com você".

"Solte-me, senão vai se complicar ainda mais".

Ele riu da tentativa dele, colocou suas luvas de boxe e usou-o como se fosse um saco de pancadas. Grissom não gritou como os outros, agüentou os socos sem falar nada, segurou os maxilares com tanta força que estavam doendo. Depois de meia hora o outro cansou e parou.

"Eu sabia que com você teria que ser o último, era o mais jovem e agora é o mais forte".

Pegou uma garrafa de água pequena e bebeu na frente do Griss.

"Tome. Isso vai ser toda a água que terá".

Virou a garrafa na boca dele e deixou-o beber um pouco. Grissom tomou em goles pequenos, mantendo um pouco na boca para hidratá-la. O homem que ele conhecia por John ligou a máquina de novo e ele desceu lentamente até chegar ao chão de novo. Ali sentiu o frio do piso contra o seu corpo dolorido fazendo a dor acalmar um pouco. John saiu rindo.

Enquanto pensava o que significava você teria que ser o último. Sentiu seus olhos fecharem, talvez por cansaço talvez pela dor, antes de dormir seu pensamento voltou-se para Sara. Que eu consigo de alguma maneira dizer a ela o quanto eu a amo e amarei sempre.

Na sala de reuniões Sara tinha acabado de voltar quando sentiu uma angústia no peito. Como se algo estivesse errado. Passou pela sua cabeça as visões da mãe, do pai morto, do irmão. Pensou na sua própria prisão de vidro: Mantenho afastados todos os que me amam, preciso mudar isso. Grissom onde está você?