(Cap8)
2006
Ele sabia que Morris Nexis e John Jern não eram de confiança. Esperaria depois que jogassem o corpo do Grissom para lhes dar o que mereciam. Por hoje, apenas ficaria mais atento e resolveu adiantar seus planos.
Eles esperaram que ele subisse e foram falar com Grissom. Ele estava caído no chão, eles ajudaram ele a se sentar, deram-lhe um pouco de água. Não conseguiu comer nada.
"Olá, nós não conseguimos falar com seu colega mas deixamos uma mensagem no celular".
Grissom olhou para eles e concordou com a cabeça.
"Fizeram bem. Pode arranjar um papel e caneta para mim, eu gostaria de escrever uma carta para que vocês enviem ao Brass. Vocês conseguem?".
"Acho que sim, hoje é dia de correio. Ele coloca cartas e nem olha para elas".
"Certo".
Um deles saiu e trouxe papel e caneta para ele escrever. Grissom perguntou o nome do chefe deles, depois escreveu a carta, colocou-a em um envelope com o nome do Brass, o endereço do laboratório e entregou a eles. Morris Nexis saiu e colocou a carta junto com as correspondências do chefe. Sabia que depois que ele selava elas, dificilmente olhava de novo. Esperava que chegasse logo.
Ele nem notou que havia uma carta a mais, colocou-as todas no correio. Depois voltou e fez compras, trouxe consigo bastante carvão para acender uma churrasqueira.
Eles saíram e ele ficou sentado. Sentindo um pouco de dor, tentou comer o pão que eles lhe trouxeram, não podia deixar que ele visse. Depois deitou-se e dormiu um pouco.
Nick e Sara foram até a casa do Senhor Smart. Ele os recebem muito bem, perguntaram sobre seu furgão.
"Sim, tem um furgão. Mas ele está na oficina a uns 3 meses para um reforma completa".
"Pode nos dar o endereço da oficina, para confirmarmos"
"Claro"
"O senhor também mudou a cor?"
"Sim, para um verde oliva".
Entregou o cartão da oficina e eles se despediram.
"Bom agora falta o de Laughlin"
"Vamos direto ou voltamos ao laboratório?"
"Voltamos ao laboratório e confirmamos a oficina, depois vamos lá".
Brass encontrou Greg passando os pneus pelo banco de dados. Eram pneus de furgão e tinha uma característica diferente, havia uma listra.
"Se encontrarmos o furgão, posso dizer se foi ele quem jogou o corpo ou não".
"Ótimo, só falta achar o carro".
Brass falou meio sem esperança e voltou a sua sala. Nem olhou para o celular, apenas ficou olhando a foto da filha e esperando alguma novidade.
Warrick saiu atrás de Catherine e viu que ela tinha ido a sala do chefe. Ficou do lado dela e a abraçou. Depois se lembrou que o bilhete dizia sobre uma casa em Lauglin.
"Vamos pesquisar ver se tem algum dos suspeitos nas redondezas de Lauglin".
"Certo, vamos tentar".
O doutor Robbins continuou a necropsia depois que eles saíram. Sentiu-se cansado, pensando no amigo sofrendo tanto quanto o corpo em cima da mesa.
Nas costas, na altura da cintura, havia uma marca de queimadura mais profunda. Parecia um M marcado na pele do homem. Parece que o suspeito usou um ferro para marcar. Esta era a marca mais recente, provavelmente a última tortura antes da morte.
Robbins terminou suas anotações e levou para Warrick.
Ele voltou mais tarde, estava com sacos de carvão e uma churrasqueira portátil. Acendeu-a e colocou dois ferros nos carvões para esquentar. Grissom gelou, entendia o que ele ia fazer, ia marcá-lo a ferro. Tentou se levantar, mas não conseguiu.
"Não adianta, não vai fugir de mim. Nem você, nem eles".
Ao ouvir isto, ele sabia que ele tinha descoberto eles. Será que ele achou a carta? O que será que fez com eles? Mas evitou ao máximo demostrar que sabia, fingiu surpresa.
"Não sei do que está falando. E qualquer pessoa no meu lugar tentaria fugir".
"Sabe do que estou falando. Mas não vai poder avisá-los, e eles nem desconfiam".
Do jeito que ele falou, sabia que pelo menos ainda estavam vivos e quem sabe Brass vai ouvir a mensagem, pensou e manteve uma esperança no coração. Enquanto os ferros aqueciam.
"Vou deixar minha marca em você, assim terão 5 corpos com as mesmas evidências".
Colocou uma luva grossa na mão e pegou um dos ferros, parecia um M e se aproximou das costas do Griss. Encostou por uns 2 minutos, tempo suficiente para ele gritar de dor e desmaiar.
Esperou ele acordar novamente para pegar o outro ferro, desta vez era um J, colocou-a do lado do M, novamente ele gritou e desmaiou. Ele saiu deixando ele pendurado, pretendia voltar logo para acabar com isso.
Na central, um funcionário entregou para o Brass uma carta com a letra do Griss. Ele abriu, leu-a e chorou. Como havia conselhos para todos, chamou-os na sala de reuniões, pegou seu celular e pôs no bolso.
Todos foram chamados a sala de reuniões. Brass já estava lá, junto com o Dr. Robbins, Ecklie e o agente McFuller. Depois chegaram Warrick, Catherine e Greg. Sara e Nick estavam chegando no laboratório e foram direto para a sala.
"Recebi esta carta e gostaria de ler em voz alta pois tem mensagem para todos".
Depois que ele leu, todos estavam bastante comovidos e mais decididos ainda de encontrar o tal homem. Brass notou que tem uma mensagem de voz, ele escutou-a e ligou nas caixas de som para todos ouvirem.
"Silêncio. Escutem" .
"Socorro. Ele está louco e vai matar a todos nós. Seu colega Grissom ainda está vivo, precisam nos ajudar. Estamos na Lauglin, perto do Lake Mohave. Numa casa branca no fim da rua".
Eles ficaram apreensivos. Warrick foi o primeiro a falar.
"Nós encontramos um bilhete no corpo do Prestow, era um pedido de socorro e fala sobre uma casa. Exatamente como nesta mensagem".
Sara lembrou do que eles tinham.
"Nós temos um suspeito, só não sabemos se a casa é branca. William Kirts tem um furgão que corresponde as característica e mora em Lauglin".
"Vou conseguir um mandato, vamos direto para lá. Chamem uma equipe de paramédicos para irem juntos".
Saíram em comboio. Greg, Sara e Nick foram no Tahoe, Catherine, Warrick e Brass no Taurus. Mais dois carros de polícia atrás e uma ambulância.
Ao chegarem lá, notaram que a casa era azul. Mesmo assim desceram, Brass e dois policiais foram na frente.
A casa estava aberta. Um policial foi para a sala e cozinha e outro para os quartos.
"Limpo".
"Detetive, tem um corpo aqui".
Brass entrou e foi até eles. Um corpo caído na cama, com um tiro na cabeça, ao lado dele havia uma carteira de motorista: William Kirts. Brass saiu para comunicar aos outros.
"Ele está morto".
"E agora, como ficamos, era nosso único suspeito dos carros".
Falou Greg, desanimado pela notícia. Foi Catherine que notou algo.
"Pessoal, a mensagem falava de uma casa branca, no fim da rua. Olhe lá, todas as outras não são brancas".
Uma das viaturas ficou no local do crime, o resto do pessoal foi para a outra casa, junto com a ambulância.
