Cap. 2 – Visgo-do-Diabo

Acordou sem noção de tempo e espaço. Estava no St. Mungus e uma enfermeira baixinha estava com uma planta em um vaso avermelhado.

- Boa tarde, querido! Dormiu bem?

- A-acho que sim... – respondeu ele, entre um bocejo e outro.

- Eu ia colocar o presente do Sr. Igor na mesa-de-cabeceira, mas parece que você pode escolher aonde colocá-la...

Então Harry se lembrou. Acabara de ver um homem dado como morto no ano anterior... Lembrava-se perfeitamente da voz de Slughorn em sua cabeça... Encontraram o corpo de Igor Karkaroff em um lugar abaixo da marca negra... Como e por quê estivera na casa da Sra. Figg?

- Está se sentindo bem, Potter?

- Ãnh... claro... estava só... distra... quem mesmo que me mandou isso? – perguntou, virando-se para a feiosa e gosmenta plantinha que lhe parecia muito familiar...

- Ah sim! Foi o Sr. Igor! Igor Karkaroff, quero dizer...

- Ele disse porque está me mandando isso?

- Não... estava na recepção, com uma etiqueta "De Igor para Harry"...

- Ãnh... certo...

Colocou a planta na mesa-de-cabeceira e ficou observando-a por vários minutos até que se lembrasse daonde já a havia visto... E lembrou. Havia visto há exatamente seis anos, uma bem desenvolvida da espécie... e há dois anos um paciente do St. Mungus recebera uma muda de... Visgo-do-Diabo!

Explodiu a planta com um aceno da varinha e todos olharam, dele para a planta, horrorizados. Uma mulher chegou a vomitar uma bola de pêlo de tanto susto. Eu sei, é nojento... mas senti que tinha que dizer isso xD

- Harry, se tivesse dito que odiava tanto o Sr. Igor, eu não lhe teria entregado o presente...

- Não... quer dizer... bem... tudo bem agora... ãnh... esquece...

- Melhore, filho... – disse a mulher em tom maternal e preocupado, como se ele tivesse algum problema mental realmente sério.

No outro dia, voltou à casa dos Dursley. Pegou tudo o que tinha no seu quarto que pôde carregar e foi à casa da Sra. Figg arrumar o malão.

Ficara satisfeito de não precisar mais voltar ao número quatro, agora que era maior de idade...

Saiu da casa da velhinha à tarde e foi dar uma volta pela rua. Então, sentiu um vento de arrepiar os cabelos (se não já estivessem arrepiados o suficiente) e um vulto enorme passou a seu lado, na direção oposta. Correu para ver o que era.