CAPITULO II

O carro parara. Olharam em volta. Estava escuro como breu, nenhuma das três crianças conseguiu distingüir um palmo diante do nariz.
"Chegamos, crianças" chamou a mulher num tom um tanto maternal.
Saíram do carro perguntando-se o que iriam fazer ali.
"Desculpe" Violet finalmente disse "Mas o que faremos aqui"
"Chegamos ao Hotel Desenlace"
"Mas uma rua vazia e escura não me parece um lugar apropriado para um hotel"
"Oh, obrigada por lembrar, jovem Klaus" tirou um pequeno botão vermelho do bolso e o apertou. Toda a rua iluminou-se. O edifício à esquerda do táxi parecia luxuoso. Tinha um letreiro branco escrito "Hotel Desenlace" em letras cursivas e douradas.
"Jovens Baudelaire" acrescentou então a mulher "Sejam bem vindos ao último santuário"
"Mas o que faremos aqui?" repetiu Violet, agora referindo-se ao hotel em si.
"Ah sim! Peguem!" disse entregando um conjunto vermelho alaranjado e com botões dourados a cada um. "Vão disfarçar-se de carregadores de bagagem e procurar descobrir o quarto de Olaf e sua gangue e seu plano. Além de conseguir arranjar-nos a varinha de "médica-bailarina-encantada-e-sei-lá-mais-o-quê" da arrogante Carmelita Spats.
"Budigu?" Sunny perguntou.
"O que minha irmã quer dizer..." começou Violet.
"Entendi perfeitamente!" interrompeu a mulher, para o espanto dos três. "Você pergunta 'Para quê?'... Suspeitamos de que haja algo escondido nela. Mas não vos darei detalhes imediatamente. Vistam-se no carro e aguardem na recepção do hotel, até que demos o sinal para que carreguem as malas do grupo que estiver vindo.
"Qual é o sinal?" pergunta Klaus.
"Apurem os ouvidos" respondeu Kit sombriamente "E vocês saberão"