Os paramédicos levaram-no para o hospital, a bala tinha atravessado o ombro e quebrado a clavícula dele. Eles se reuniram e o viram partir, enquanto o menino chorava, não conhecia ninguém ali. Heather tentou acalmá-lo dizendo 'é a vovó'.

Brass perguntou se ela tinha como voltar para casa.

"Não, aceito uma carona".

"Venha, acho que aquela bolsa é do menino".

Greg, sendo o mais espevitado, falou:

"Porque o menino chamou o Grissom de 'papa'?"

"Acho que foi o primeiro homem que se importou com ele, eu sei que o pai foi o terapeuta da minha filha e ela está morta".

Brass pegou a bolsa e os levou para a casa dela. Enquanto isso Catherine e Warrick resolveram ir até o local das ligações.

"O telefone dizia que eles estavam com eles e iam matá-lo", ela falou.

"Estávamos indo na auto-estrada quando vimos ele passar de carro".

"Vamos até lá investigar o que aconteceu".

"Posso ir com vocês?", falou Greg.

"Venha".

Os três partiram e Nick falou que eles deviam voltar ao laboratório, fazerem seus relatórios. Notou que ela estava bastante chateada com o que tinha visto.

"O menino não sabe que o Grissom não é o pai dele"

"Não foi por causa do menino, foi daquele abraço que ela deu nele. Além do fato dele ser levado pelos bandidos e nós não sabemos como".

"Podemos investigar. Quer ir para onde?"

"Para o apartamento dele".

Foram até o apartamento dele, encontraram a porta aberta, uma camisa rasgada no chão da sala.

"Você trouxe a luz especial, Nick?"

"Claro".

"Passe na sala".

Eles notaram sinais de sêmen na parede da sala. Pegou amostras por questão de procedimento mas ela não precisava de testes, sabia que ele tinha transado com outra, provavelmente, Heather ali.

"Isto não prova nada".

"Certo. Alguém fez sexo aqui na sala, rasgou a camisa dele e não foi ele?"

Nick olhou para ela e soube que era melhor ficar de boca fechada.

"Acho que foi assim, ela veio aqui, transou com ele, cansaram e dormiram. Então os capangas vieram e os pegaram",

"É, pode ter sido assim".

"Vamos para a central".

Na central, eles entregaram o material coletado e fizeram o relatório. Catherine, Warrick e Greg tinham voltado e trouxeram consigo muitas provas. Além de dois corpos.

"Achamos dois corpos, Rita e Ruan".

"Da lista, apenas Riney sumiu".

"Provavelmente fugiu".

Vinham os três comentado, encontraram Nick e Sara.

"Vou até o hospital, alguém vem comigo?"

"Eu não", foi a resposta dela.

"Algum recado para ele?"

"Nada, nenhuma palavra. Tchau, Nick".

"Tchau".

Eles ficaram olhando ela sair, só Nick entendeu o porque mas não falou nada. Grissom ficou quase um mês no hospital. Todos foram visitá-lo menos Sara. Ele tentou conversar com ela, mas seus esforços foram em vão.

"Alguém sabe da Sara?"

"Ela está trabalhando normalmente, mas não tem feito muitas horas extras como antes", falou Catherine.

"Ela resolveu aprender uma outra língua acho que é italiano", comentou Greg, "tem aula quase todos os dias, ela me contou".

Ele ficou intrigado, mas esperou sua saída do hospital e iria atrás dela. Quando ele estava perto de voltar. Sara tinha algumas férias atrasadas, tirou-as e foi viajar. Ele não sabia para onde ela fora tinha uma desconfiança, mas não podia ir atrás dela agora. Teria que esperar ela voltar.

Nick lhe contou que eles tinham ido ao apartamento dele, ela estava decepcionada com ele e com razão. Talvez fosse esse seu castigo. Queria falar com Sara e lhe explicar tudo que aconteceu. Sabia que ela voltaria quando as férias acabassem.

Ele estava indo quase todo dia visitar Paul Heather Grissom, foi a maneira que ele achou de ajudar o menino. Registrando-o como pai. Não pretendia ficar com Heather, mas não ia deixar a assistência social tirá-lo dali e sei lá para onde iam mandá-lo.

Passaram-se seis meses até ele vê-la de novo. Estava linda, tinha reflexos castanhos claros nos cabelos, estavam meio ondulados. Ele adorava ela assim. Ela foi direto ao vestiário, trocou-se e foi até a sala de reuniões. Cumprimentou todo mundo.

Todos elogiaram como ela estava radiante. Estava conversando com Catherine quando ele entrou. Cumprimentou-a polidamente e distribuiu os casos, claro, colocou-os no mesmo caso. Talvez conseguisse conversar enquanto trabalhavam.

Não conseguiu falar. Ela estava fria com ele, o trabalho foi perfeito. Resolveram o caso mais rápido do que o costume. Mas ela o manteve distante.

A noite, ele foi procurá-la em seu apartamento. Levou uma orquídea rosa e branca para ela.

"Boa noite, chefe".

"Oi, Sara. Gostaria de falar com você e que não me chamasse de chefe aqui".

"Certo".

Ela ficou parada olhando para ele, nem fez menção de sair da frente. Ele lhe entregou a flor.

"É para você, dizem que é rara, como você para mim".

"Mas isso não lhe impediu de transar com ela?"

"Sara, não tem desculpas para o que fiz. O que estou pedindo é uma outra chance".

"Não vai dar certo, Grissom. Você registrou o menino, agora tem uma ligação com ela para sempre".

"Não. Sara. Eu registrei-o por que ele precisava. E não tenho nada com ela".

"Quer dizer que você não a vê quando vai visitar ele?

"Eu a vejo sim, mas não sinto nada por ela. E você que manda no meu coração".

Retirou um papel e entregou a ela. Havia uma letra de música.

"Eu estarei sempre esperando você. Ninguém vai ocupar seu lugar no meu coração, nem na minha vida".

Ele deu meia volta e foi embora. Ela pegou o papel, a flor e entrou fechando a porta atrás de si.

Depois que entrou, ela abriu o url http/img408.imageshack.us/img408/3365/musicasobretodos2qd.pngpapel/url e leu. Pensou muito e foi dormir chorando.

Ela olhou para ele, se afastou da porta e ele entrou.

No outro dia, ele estava na sua sala. Triste, mas concentrado em um artigo que não a viu entrar e sentar-se na frente dele.

"Oi".

Ele se assustou e olhou ela na sua frente. Sorriu e disse.

"Oi".

"Quer almoçar comigo?"

"Claro, a que horas?"

"Já está na hora, é quase meio-dia".

Ele olhou o relógio, viu que não tinha sentido o tempo passar.

"Vamos então".

Largou o que estava fazendo e saíram juntos. Ele deu a mão para ela, e ela aceitou. De mãos dadas foram até o restaurante sob os olhares curiosos de todos.

Fim