Notas do Autor


Disclaimer: Todos os personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor desse texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas à JK Rowling.


Capítulo 26 - A última das nossas confissões


O plantão de doze horas no hospital foi cansativo. Passava de uma da manhã quando cheguei em casa naquela noite, meu estômago roncava de fome e o cansaço se entranhava pelos meus ossos. Deixei meu casaco e cachecol no gancho da entrada e descalcei as botas sujas de neve, deixando-as para escorrer no compartimento junto à porta de entrada.

Me surpreendi ao entrar na minha sala de estar e ver Severus ainda acordado. Ele estava sentado na poltrona, lendo um pergaminho com o brasão oficial do Ministério, enquanto Dean esperava pacientemente ao seu lado. Ambos os homens me olharam quando tossi para fazer minha presença.

— Oi. — Cumprimentei os dois e pousei meu olhar sobre Dean. — Está tudo bem?

Dean veio até mim e me abraçou.

— Sim, está. — Meu amigo respondeu com um sorriso, enquanto nós dois íamos até o sofá e nos sentávamos. — Exceto que Severus recebeu uma intimação.

— Uma intimação? Por quê? — Perguntei curiosa, olhando para o homem estóico na poltrona ao meu lado.

— Por aparatar ilegalmente quando não tenho licença para isso. — Severus respondeu, me estendendo o pergaminho. — Uma besteira burocrática.

Eu passei os olhos pelas linhas e ergui meu olhar para Dean, só agora notando que ele estava com as vestes oficiais do Departamento de Mistérios e o emblema dos Inomináveis preso ao peito. Era sua noite de patrulhas e batidas.

— E por que é o Departamento de Mistérios que está intimando Severus? — Questionei.

Dean encolheu os ombros em sinal de desconforto, e nós éramos uma dupla há muito tempo para interpretar que a atitude dele tinha mais relação com ter essa conversa na frente de Severus do que comigo questionando uma tarefa do seu departamento.

— Por causa do meu passado. — Foi Severus quem respondeu.

A indignação queimou na minha garganta quando Dean confirmou com a cabeça. Nenhum de nós falou quando eu amassei o pergaminho do departamento em uma bola e me levantei para lançá-lo no fogo da lareira à minha frente antes de seguir até a cozinha e me servir do chá que, eu sabia, estava me esperando em uma caneca com um feitiço de aquecimento no balcão. Severus preparava a bebida todas as noites antes de ir se deitar, e quando eu chegava do hospital, uma das primeiras coisas que eu fazia, era sorver a bebida quente enquanto relaxava do plantão extenuante que tinha acabado de sair.

Eu não entendia por que Severus sofria essa perseguição infinita por causa do passado dele. Ele se provou leal mais de uma vez à nossa causa. Por que então ele continuava "respondendo" por um erro que cometeu quando ainda era um adolescente? Isso era ridículo.

Consegui ouvir as vozes dos homens na sala, até que a batida da porta da frente me anunciou que Dean havia partido de volta ao departamento. Não me movi do meu lugar em frente ao balcão, olhando para a neve fina que caía na escuridão da rua quando os passos de Severus vieram em minha direção.

Soltei um suspiro suave quando ele parou atrás de mim, suas mãos quentes deslizaram para minha cintura e seu nariz encostou na lateral exposta do meu pescoço e seus lábios pousaram delicadamente na parte de trás da minha orelha. O estrondo aveludado da sua voz foi suave quando finalmente soou bem abaixo do meu ouvido.

— Esqueça as formalidades do Ministério, Hermione. Hoje é sobre nós.

Um arrepiou varreu meu corpo e fechei os olhos ao me lembrar de sua promessa de três dias atrás. Não tínhamos conseguido tempo para ficarmos juntos desde então. Eu tive três plantões intensos, e todas as vezes que cheguei em casa, ele já estava dormindo. Implicitamente eu sabia que hoje ele me esperaria, amanhã é sábado e não temos treino em Hogwarts, a última coisa que eu esperava era a presença de Dean intimando Severus para uma audiência disciplinar.

Suas mãos subiram até os meus ombros e no instante seguinte, ele me virou de frente para ele, pousando imediatamente os lábios nos meus, mas ele não me beija. Só pousa a boca lá, esperando que eu realmente engavete meus pensamentos sobre a injustiça dos julgamentos de Severus por parte do Ministério e me entregue ao momento.

É o meu suspiro quem dá a indicação para ele, e assim que a minha boca se abre, suas mãos encontram as laterais do meu rosto e ele inclina meu pescoço para trás, encaixando seus lábios sobre os meus, engolindo o meu suspiro e deslizando a língua para dentro da minha boca.

Seus dedos deslizam pelas minhas bochechas e se enterram nos meus cachos, enquanto o seu nariz roça um trecho de pele sob a minha bochecha que eu nunca achei importante até agora. Um pulso de desejo desce através de mim e forma um nó na parte inferior do meu estômago quando ele chupa a minha língua e um som de satisfação escapa dele. É um som quieto, pequeno e suave; nem um suspiro, nem um gemido, é algo sutil, como uma mistura dos dois, mas é o suficiente para acender qualquer centro nervoso que controla minhas mãos e não a minha cabeça, e me faz imediatamente enroscar os dedos na frente da camisa dele e puxá-lo para mais perto de mim, aumentando a pressão do beijo entre nós quando percebo o quanto esperei por isso. O quanto eu quero isso.

Minhas mãos sobem para encontrar a extensão suave ao longo da garganta dele e Severus suspira no beijo ao mesmo tempo em que desliza seus braços em volta da parte inferior das minhas costas e me suspende para cima do balcão. Ele desce suas mãos até minha bunda, puxando meus quadris de encontro aos dele. Agora que nossa diferença de altura foi minimizada e estamos ajustados para o encaixe perfeito, ele não perde tempo e esfrega o comprimento indescritivelmente duro do seu pau na minha boceta, e a única coisa que o impede de me penetrar, é a barreira de roupa entre nós.

Severus se afasta da minha boca e seus lábios pousam onde o meu pulso martela — bem ao lado da minha jugular — e a língua dele passeia pela pele do meu pescoço, varrendo para cima e para baixo, parando de vez em quando para que ele possa sugar o trecho de pele escolhido. Sinto meus pensamentos racionais escapando quando ouço os sons úmidos e devassos que ele faz logo abaixo da minha orelha, ao mesmo tempo em que continua moldando seu quadril ao meu, mas eu preciso perguntar algo que ronda minha mente desde a declaração escaldante dele no treino de dias atrás.

— Severus… — Sussurro, porque mesmo que eu tenha certeza de que quero ir em frente com isso, eu preciso saber mais dele. Mais do que apenas "eu vou foder você". — Severus. — Falo mais alto e deslizo meus dedos pelo cabelo dele, cortando seu ataque ao meu pescoço e forçando-o a me encarar.

— O quê? — Ele rosna, tentando me beijar novamente, mas eu imponho mais força ao aperto em seu cabelo, mantendo o foco dele nos meus olhos.

— Preciso perguntar algo a você antes de nós…

— Fodermos. Antes de nós fodermos, Hermione, você pode usar a palavra. — Ele suspira, enquanto suas mãos passeiam pelas minhas coxas e ele desce o olhar até minhas pernas. — Desculpe. Sobre o que você precisa falar?

Eu pouso minhas mãos sobre as dele e as puxo mais para cima, colocando-as o mais próximo possível da junção entre as minhas pernas. Mesmo vestida com a calça de lã, sei que ele consegue sentir o calor que emana de lá e indiretamente tranquilizo-o de que ainda continuaremos de onde paramos.

— Eu esqueci de perguntar, mas onde você foi nos dois dias que perdeu o treino em Hogwarts? Eu te mandei algumas mensagens que você não respondeu. Obrigada por isso, a propósito.

— Eu estava com o Fox. — Ele disse, ainda não desviando os olhos dos meus.

— O tatuador? — Perguntei, lembrando vagamente do nome do dono do estúdio de tatuagem que visitamos no caminho até a casa de Harry. — Eu achei que você tinha saído em missão. Você estava apenas ignorando minhas mensagens de texto?

O fato de que ele nem tentou mentir me fez respeitá-lo um pouco mais. Mesmo assim, eu estava decepcionada. Severus baixou seus olhos dos meus, até onde nossas mãos continuavam juntas.

— Fiquei frustrado e furioso com você por fazer parecer que estava terminando as coisas entre nós. — Ele respondeu.

— Bem, como disse em uma das minhas mensagens, peço desculpa pelo que disse naquele dia. Eu não quis dizer aquilo.

— Eu sei isso agora. — Ele piscou os olhos e aproximou-se para pousar um beijo leve na minha boca. — Eu não deixaria você desistir de qualquer maneira.

Eu sorri para ele e soltei nossas mãos para abraçá-lo.

— Por favor, prometa-me que nunca mais será um idiota e me acusar de dormir com alguém enquanto estou aqui com você.

Severus afastou-se com uma expressão levemente arrependida no rosto.

— Eu estava nervoso e não gostei da ideia de você passar tempo com Krum em segredo. Eu… já ouvi rumores sobre vocês dois e isso me incomodou.

Não sei por que demorei tanto tempo para entender o que tinha perturbado Severus. Na verdade, eu deveria ter percebido há tempos o porquê de me ver sair com Viktor o incomodou tanto. Ele havia sido inflexível sobre nós não começarmos a sair com outras pessoas, quando Vector tinha sugerido isso, meses atrás. E a expressão em seu rosto quando viu minhas fotos com Ron na minha rede social trouxa, também não havia sido das melhores.

— Eu também não gosto da ideia de você passar algum tempo com outra mulher e não me dizer sobre isso. — Confessei por fim e ficamos os dois em silêncio por alguns segundos, até que limpei minha garganta e dei de ombros. — Não há nada de errado em ser um pouco ciumento sobre isso. Eu só me incomodei por você insinuar algo que não aconteceu. Mas, por favor, não suma de novo sem me dar notícias. — Pedi honestamente, encarando-o.

— Eu não vou a qualquer lugar. — Ele afirmou sem pestanejar.

— E saiba que você pode dizer tudo o que quer falar. Você me disse que é do seu jeito e que nunca vai mudar, então eu quero te dizer a mesma coisa: sou do jeito que sou, e nunca vou mudar também. O que significa que não fui criada para viver num monte de drama, Severus. Para mim, o que acontece agora, é o que importa. — Eu suspirei, desviando os olhos dos dele e fitando a parede ao fundo. — Nós estamos com as emoções no limite. Eu luto uma guerra por mais tempo do que estou viva. Então, eu só quero uma vida estável. Quando me comprometo com alguma coisa, estou nela a todo momento. E eu não compartilho e nem mesmo brinco com a ideia de infidelidade. Agora você é meu e não quero deixar que uma conversa mal resolvida me faça querer seguir em frente sem você, enquanto finjo que nada aconteceu entre nós nestes últimos meses. Você significa muito para mim. — Eu terminei sem fôlego e ergui meus olhos para finalmente encará-lo de novo.

A expressão dele foi tão intensamente focada em mim que atingiu um nível diferente de todos os momentos em que estivemos juntos. Era um daqueles olhares dele que faziam os pelos do meu braços se levantarem.

— Você fala como se houvesse mais alguém neste mundo que eu quisesse. — Ele disse sério. — Não há nenhuma área cinzenta para mim, se você estiver preocupada, Hermione. E eu também não compartilho, e não espero nada menos de você.

Engoli e olhei para aquele rosto estóico, vislumbrando as mínimas linhas nos cantos dos seus olhos, sinais puro e simples do quanto ele era mais velho que eu. Mas, mesmo assim, Severus Snape me dizendo essas coisas era o homem mais bonito que eu já tinha visto.

— Eu sei que nós nos beijamos e tivemos outros momentos de carinho antes daquela cena na frente da equipe de Hogwarts mas, até aquele dia, você nunca assumiu com palavras que me via como mais do que uma amiga. — Expliquei, certificando-me de não piscar, mostrando a seriedade da minha frase.

Severus não discordou da minha observação. Ele lambeu os lábios e inclinou a cabeça para o alto, olhando para mim com uma expressão que era parte irritação e parte outra coisa.

— O que você faria se eu tivesse dito alguma coisa mais cedo? — Ele finalmente perguntou.

— Eu não acreditaria em você. Nós vivíamos discutindo como dois trasgos e eu nunca entendi o que estava se passando pela sua cabeça.

Ele levantou suas sobrancelhas e assentiu.

— Essa é a razão, Hermione. O que eu ganharia me declarando no exato momento em que percebi que era suposto você ser minha? Nada. Eu fui moldado a proteger o que amo. Foi você mesma quem me lembrou disso, lembra? — Ele perguntou e confirmei com a cabeça, lembrando do dia da nossa discussão sobre a forma como ele tratou Harry. — Eu não acordei um dia e soube que não queria viver sem seu temperamento horrível e sua juba incontrolável. O que aconteceu é que eu vi muito de mim em você, em primeiro lugar, ao mesmo tempo em que aprendi que você não é nada como eu. E eu vou para o inferno antes de obrigá-la a mudar alguma parte de você. Isso… — Ele apontou entre nós. — Eu e você, é só o que importa. Você é minha segunda chance e vou valorizá-la até ir para o túmulo. Então sim, se eu esperei para dizer a você até o momento certo é porque eu já fiz muitas coisas estúpidas, coisas pelas quais espero que me perdoe e olhe para mim além disso, mas esperar por você não é uma delas.

Ele fez uma pausa para enxugar as lágrimas que escorreram pelas minhas bochechas e me beijou suavemente na boca, antes de segurar minha mandíbula para forçar meus olhos chorosos a encará-lo de novo.

— Escolhi esperar que você soubesse lidar com os boatos da imprensa e com os ataques dos seus companheiros de equipe, até me declarar para você.

— Por quê? — Minha voz saiu rouca e trêmula.

— Porque eu não ousaria destruir a sua reputação, Hermione. Sua lealdade e amizade me espantam todos os dias. Eu nunca quis tanto algo na minha vida como quero você, e isso significa alguma coisa quando sabe que me torturei por anos por carregar a culpa do meu passado. Não fiz uma única coisa na minha vida para te merecer, e eu sou egoísta o suficiente para afirmar que não a deixarei desistir de mim. Você é minha. Minha parceira, minha mulher e minha melhor amiga. Não ousarei perdê-la.

Eu desabei em soluços quando ele terminou. Porque era impensável que alguém que eu sonhei em tantas noites, anos atrás, agora pudesse me amar de volta. Sim, Severus não me disse "eu te amo" — e talvez ele nunca pudesse dizer essas três palavras, mas estar lá por mim todos os dias e ser mais do que eu sempre quis e sonhei, significava o mesmo. Ele não era doce e nem particularmente agradável para as outras pessoas, mas ele era gentil comigo, e no meu coração, eu sabia que aquele sentimento era verdadeiro.

— Isto é real? Você é real? — Murmurei quando ele me envolveu em seus braços. — Eu não vou acordar amanhã e notar que ainda é o primeiro dia de treinamentos em Hogwarts e preciso fazer aquela infame coletiva de imprensa? — Perguntei-lhe.

Senti Severus sorrir com a menção ao dia do meu vexame na entrevista em Setembro passado.

— É real. — Ele disse com sua voz sedosa, enquanto me puxava pelo braço até a sala.

Severus sentou-se no sofá e me arrastou para o seu colo, imediatamente colando os lábios nos meus e, sem nenhum segundo de hesitação, me abri para ele. Sua boca estava quente, flexível, e ele estava disposto a me destruir quando arrastou a língua em meu lábio inferior antes de mergulhá-la na minha boca e roçá-la repetidamente com a minha, numa indicação de sede e carência por me sentir.

Ele me esmagava contra seu corpo, nossos beijos se tornando mais profundos e ásperos. Severus estava me devorando e eu adorei. Minhas mãos alcançaram seus lados, acariciando suas costelas antes de descer até sua cintura, e as mãos dele, que tinham uma mente própria, seguiu direto para a parte de trás da minha cabeça, enterrando fundo os dedos longos dele no meu coque bagunçado, enquanto a outra segurou o meu maxilar direcionando minha cabeça em nossos beijos.

A dureza do pau dele roçou na minha intimidade e eu não pensei duas vezes antes de mergulhar meus dedos sob a bainha de sua camisa, escovando a pele macia da cintura dele. Severus soltou minha boca por meros segundos, o suficiente para puxar sua camisa pela própria cabeça e lançá-la longe. Meus dedos ansiosos voltaram imediatamente para sua pele e os deslizei por suas costelas, costas e ombros, sentindo a sedosidade da sua tez. Merlin, Severus era magro, mas sua pele era macia e quente ao toque e ele era incrivelmente responsivo, contorcendo-se enquanto eu descia minhas mãos por sua espinha.

— Você tem um cheiro doce… — Ele ressoou, pousando um beijo na minha garganta, enquanto seu nariz passava por trás do lóbulo da minha orelha esquerda e me dei conta de que a voz dele fazia meu sangue ferver como nenhuma outra no mundo já fez.

Em um movimento que eu mal percebi, Severus também puxou minha camisa pela minha cabeça e depois desabotoou meu sutiã tão facilmente que eu não quis pensar em quantas vezes ele já havia feito isso antes. Ele jogou-o de lado no instante em que consegui beijar aquele lugar macio onde o ombro encontra o pescoço, antes que ele me puxasse para trás o suficiente para olhar os meus seios expostos. Sua respiração se tornou ainda mais irregular do que antes, o que era algo para um homem que costumava ter o controle das próprias emoções a qualquer custo.

Eu o vi engolir, antes de seus lábios se separarem, e senti seu pau inchar ainda mais sob o meu quadril. Severus moveu aquelas mãos grandes e habilidosas e me aproximou mais de si, mergulhando a boca para pegar um mamilo entre os lábios e roçar sua língua molhada nele, para depois cravar os dentes suavemente em um aperto delicioso que me fez ofegar alto. Ele sugou forte e eu gemi ainda mais alto, arqueando o meu tronco ainda mais na direção da sua boca enquanto me arrepiava inteira e imprimia mais rapidez na dança erótica do meu quadril sobre o duro, grosso e quente volume aninhado entre as minhas pernas.

Meu orientador amaldiçoou baixo antes de afastar-se longe o suficiente para pousar as duas mãos nos meus seios e apertá-los juntos, deslizando a língua de um ao outro. Eu não conseguia parar de olhá-lo fazendo isso. Era absurdamente sexy vê-lo chupando meus bicos arrepiados enquanto eu ofegava pelo prazer de sentir sua boca neles. Outra mordida suave dele e senti algo insano correr através do meu corpo, e me empurrei para concedê-lo prazer também.

Eu estava ofegante quando o empurrei no encosto do sofá e meus dedos se atrapalharam na sua cintura, desesperada para abrir o botão da sua calça, querendo-o agora, já. As mãos dele descompactaram o botão e o tecido e eu mandei qualquer cautela para o inferno quando puxei o tecido de suas pernas, levando a cueca dele junto e deixando Severus inteiramente nu na minha frente. Embora eu já o tenha visto assim antes, nada se comparava a admirá-lo sob uma visão sexual.

O pau dele estava gloriosamente ereto, com uma gota de pré-sêmen brilhando na fenda da ponta. E eu, Hermione Granger, que passei a maior parte da minha vida tentando ser uma boa menina, não hesitei por um segundo antes de me ajoelhar e enrolar meus dedos naquele pedaço quente de carne. Desci minha boca para lamber aquele néctar de lá e só foi preciso que a ponta da minha língua encostasse minimamente nele para que Severus soltasse um profundo e devastado gemido.

Seu gemido de prazer ecoou pelos meus ossos e me impulsionou a ser ainda mais ousada. Desci minha cabeça novamente e o deslizei até o fundo da minha garganta. Uma das mãos dele veio imediatamente até o meu cabelo e se enterrou na bagunça do meu coque, delicadamente me incentivando a continuar. Eu molhei toda a extensão do seu pau com a minha saliva conforme enrolava a língua por ele, e ouvi Severus rosnar um "porra" no momento em que um gemido ecoou da minha boca e vibrou ao redor do eixo dele.

Deslizei uma de minhas mãos até suas bolas e as acaricei, raspando levemente minhas unhas na base sensível dele. Uma onda de calor se acumulou entre as minhas pernas e senti minha excitação inundando minha boceta ao ouvir sua voz gemer o meu nome e seus movimentos se tornarem mais rápidos. Minhas mãos voltam para suas coxas e eu aperto-as com força, enquanto ele segura o meu cabelo tão forte quanto, e começa a foder minha boca com uma intensidade que nunca experimentei antes. Seu comprimento desliza dentro e fora dos meus lábios e mais e mais líquido escorre de mim, enquanto o ouço soltar palavras incoerentes.

— Hermione… — Ele me implora.

Meu gemido em resposta ressoa de novo pelo pau dele e Severus estremece. Eu deslizo minha língua para cima e subo até a ponta dele novamente, sugando a cabeça rosada e deixando minha língua deslizar por baixo dela. Os sons que saem da boca de Severus espalham arrepios pelo meu corpo e um nó de prazer forma-se em meu baixo ventre pela sensação de poder que me inunda por deixar um homem tão poderoso quanto Severus completamente à minha mercê.

Ele arqueia o corpo ainda mais em minha direção e eu o acompanho no impulso, engolindo toda a sua extensão. Mais alguns impulsos fortes se seguem, até que Severus solta um gemido gutural e se derrama na minha boca e eu provo seu gosto na minha língua, enquanto ele estremece de prazer.

Quando eu deslizo minha boca para fora, finalmente o encaro, e sua mão que ainda estava no meu coque, me arrasta para cima do colo dele novamente. Severus precisa de alguns segundos para controlar a respiração ofegante pós-orgasmo dele, e seus olhos me encararam com intensidade quando deslizei a língua pelos meus próprios lábios, pegando resquícios do seu gozo neles. O calor no olhar dele direciona outra camada de excitação pelas minhas pernas e me sinto encharcar minha peça íntima. Mas nem tenho tempo para pensar sobre isso, porque Severus invade a minha boca com a língua dele e rosna ao sentir seu próprio gosto nessa nova exploração.

— Sua boca é ainda mais deliciosa com a minha porra nela. — Ele estronda assim que termina de chupar o meu lábio inferior e o solta com um estalo.

O calor que me invade após sua declaração é algo que eu não imaginava que fosse capaz de sentir. Eu nunca transei com alguém tão incrivelmente quente quanto Severus. Eu achei que minhas experiências anteriores tinham sido incríveis, mas estar aqui com ele já estava sendo muito mais intenso que qualquer uma das vezes em que fiz sexo no passado. E ele sequer removeu a minha roupa por completo. Ainda.

Severus nos ergueu do sofá e minhas pernas automaticamente se enrolaram no seu tronco, ele ainda ofegava do êxtase de minutos antes, mas me carregou como se eu não pesasse nada até o quarto e me jogou na cama, imediatamente se lançando sobre mim e me beijando com a mesma intensidade de antes.

Meus suspiros se tornaram mais altos quando ele desceu os beijos pelo meu maxilar e pescoço, demorando-se lá por tempo suficiente para me fazer sussurrar por mais. Severus foi carinhoso e sedutor enquanto saboreava a minha pele. Eu não conseguia mais respirar quando ele alcançou o meu mamilo e o sugou forte, enquanto o polegar e indicador apertava o outro. Severus inverteu a posição das carícias e repetiu as mesmas ministrações no meu outro seio. Eu gemi alto e joguei minha cabeça para trás, implorando-o por mais.

Eu achava que gozaria com sua boca no meu mamilo, porque eu não conseguia mais formular uma frase coerente na minha insistência de que ele me tomasse, quando Severus finalmente se ajoelhou na minha frente e praticamente arrancou minha calça de lã e minha calcinha de mim. Ele ofegou, parado em frente a visão do meu corpo nu e o vi lamber os lábios com os olhos fixos no meu sexo, que eu sabia estar brilhando de excitação. Eu estava trêmula de prazer quando abri ainda mais as minhas pernas para ele e me levantei nos cotovelos para encará-lo.

Meu peito se elevou num fôlego no momento que seus olhos brilhantes me encararam e eu vi o fogo ardendo ali dentro. Severus me tocou com a mão direita. Lá. Eu senti o meu quadril arquear quando seus dedos testaram a umidade da minha boceta. Ele trouxe os dígitos até a boca e os lambeu sem nunca tirar os olhos dos meus. Ambos gememos em uníssono e meus mamilos se eriçaram ainda mais.

Severus não perdeu tempo e ambas as mãos dele pousaram nas minhas coxas e me abriram ainda mais. Eu só consegui vislumbrar seus cabelos escuros no meio das minhas pernas antes de sentir sua língua lamber bem no centro da minha fenda. Eu desabei da posição apoiada nos cotovelos e me contorci, soltando um grito de prazer. Severus precisou aumentar o aperto nas minhas pernas para me manter no lugar enquanto ele comia a minha boceta, alternando lambidas e sugadas que faziam todo o meu corpo tremer incontrolavelmente.

A língua dele deslizou por toda a extensão do meu sexo e ele me penetrou com ela de uma forma que eu não achava ser possível. Ela se enroscou dentro de mim e eu gritei em resposta e enterrei meus dedos nos cabelos finos dele, empurrando-o ainda mais forte para dentro de mim enquanto eu me estilhaçava em sua boca. Muito mais lubrificação desceu de mim, e Severus continuou sugando cada gota, ao mesmo tempo que sussurrava que eu era muito mais gostosa que em seus sonhos.

Eu apertei com força os dedos no cabelo dele quando o êxtase final me dominou e meus tremores tornaram-se intensos demais para que eu conseguisse pensar. Severus me observava ecoar o nome dele roucamente uma e outra vez enquanto me desfazia, e ele acariciava o próprio pau, ajoelhado à minha frente, e quase tão extasiado quanto eu.

Não sei por quanto tempo eu convulsionei, mas abri lentamente os olhos quando me dei conta que ele estava me perguntando alguma coisa. Eu tentei sussurrar um "o quê?" para ele, mas minha garganta ainda estava ofegante pelo orgasmo.

— Sim? — Ele perguntou de novo, enquanto eu lutava para sair da névoa de prazer em que estava.

— Sim. — Respondi rouca, trancando nossos olhos e sentindo meu coração gaguejar.

O sorriso que recebi em resposta foi suave o suficiente para me fazer desmaiar. Mas não tive tempo de reagir ao sorriso dele, não quando a cabeça do seu pau deslizou na minha entrada escorregadia e Severus se inclinou para frente em um movimento poderoso, me penetrando. Eu não achava que era capaz de sentir mais prazer após ter acabado de sair de um clímax tão intenso, mas sentir Severus deslizar centímetro por centímetro dentro de mim, me encheu de tanta plenitude que lágrimas piscaram no canto dos meus olhos. E ele parecia sentir o mesmo, porque gemeu alto, entregue a qualquer que fosse a sensação que o preencheu quando se impulsionou para dentro de mim.

Ele colou a testa na minha quando todo o seu comprimento se uniu a mim e apertou os olhos fechados, pousando um beijo suave em minha boca. Trocamos beijos carinhosos enquanto nos adaptávamos ao calor escaldante dentro de mim e eu soube ali que não conseguiria segurar a minha língua por muito mais tempo. Minha voz estava embargada pela emoção quando eu finalmente disse o que eu deveria ter dito na cozinha, antes de cair naquele choro emocionado.

— Eu amo você, Severus. — Sussurrei.

Eu ainda estava de olhos fechados quando senti o pulsar do seu membro dentro de mim e Severus começou a se mover lentamente. Ele me beijou enquanto estocava devagar, e minhas mãos enterraram-se no seu cabelo para pressionar sua boca mais forte na minha, enquanto sentia o movimento do seu quadril se intensificar de encontro ao meu.

Me senti contrair ao redor dele quando Severus atingiu um novo ponto dentro de mim, e ele ofegou em resposta ao meu aperto. Uma de suas mãos desceu para escovar meu feixe de nervos, arrancando imediatamente uma sequência de suspiros e gritos da minha boca. Suas estocadas agora eram intensas e fortes como o seu beijo e quando sinto o corpo dele ficar tenso, vislumbro uma gota de suor escorrendo pela sua têmpora após ele ofegar, e pouso minha palma direita no seu peito, convencendo-o, sem uma única palavra, a nos rolar.

Ele se deitou de costas e me puxou para que eu me sentasse sobre ele e a sensação de descer e me encaixar no pau dele foi tão intensa que nós dois gememos. As mãos de Severus voaram pros meus seios e ele apertou de novo, os mamilos entre os dedos, me fazendo parar no meio da descida pela força dos meus tremores que eram intensificados pela força do olhar de Severus cravado no meu rosto, assistindo o prazer que eu expressava.

Apoiei minhas mãos no seu peito e aumentei a velocidade dos meus movimentos. Severus gemeu e um de seus braços voou para se enrolar na minha cintura e ele se ergueu, colocando nossos peitos juntos e estocando com uma rapidez que fazia meu corpo estremecer quando ele atingia fundo. Fechei os olhos quando tudo se tornou demais e o êxtase me fez contrair as paredes internas de novo. Severus enterrou a outra mão no meu cabelo e me fodeu profundo, lento, e minha respiração tremeu contra seu pescoço.

— Diga-me que posso. — Sua voz não era nada mais do que um estrondo, baixo e cheio de desejo. — Por favor.

Ela nunca diria não a ele. — Sim.

Sua maldição soou mais como um pedido de misericórdia que ele ainda não tinha merecido. E ainda nebulosa do meu orgasmo, me vi sendo arrastada para outro, porque Severus Snape não precisou de mais que uma única transa para entender o meu corpo, saber do que eu gostava e de como precisava me tocar para me atirar de volta ao limite. O ritmo dele fez com que nós dois ofegássemos e nos agarrasse um ao outro o mais forte que podíamos.

Eu queria gritar de novo, mas Severus não me deu a chance porque mordeu o meu lábio enquanto seus quadris estalavam contra os meus e o barulho deles se chocando e de nossos fluidos misturados era o som mais erótico que eu já ouvi. Gotas de suor escorreram pela testa dele e eu sabia, pelo olhar em seu rosto, que ele também nunca havia sentido algo tão avassalador quanto o que tínhamos agora.

Eu não percebi que não estava respirando até que ele se enterrou ainda mais fundo dentro de mim e eu exalei, inclinando meus quadris apenas o suficiente para fazê-lo assobiar e tremer. Ele enterrou a cabeça no meu pescoço e soltou um gemido atroz enquanto mordia a minha pele lá e nós dois gozamos juntos. Foi como voar e cair ao mesmo tempo, porque não era mais os nossos clímax separadamente, mas foi uma liberação de gozos e emoções que explodiram juntos, contaminando toda a atmosfera ao nosso redor com o cheiro do nosso sexo e com a força estrondosa do sentimento entre nós.

Eu conseguia sentir a batida descontrolada do coração dele assim como sei que ele consegue sentir o meu num ritmo completamente diferente do habitual. Um ritmo que foi definitivamente modificado pela comunhão de nossos corpos. Ao invés de bater em um compasso constante de afeto. Agora eles batiam em amor e devoção.

Eu poderia ficar assustada com essa devastadora constatação se eu não o amasse da forma que o amo. Mas, agora, eu só fechei os meus olhos com força enquanto o meu coração trovejava em afirmação a verdade de que eu estava completamente entregue para ele e para o significado profundo do que tínhamos acabado de fazer.

Nos mantivemos assim, eu sentada sobre ele com nossas testas encostadas uma na outra enquanto tentávamos controlar nossas respirações. Severus deslizou seu nariz pela pele da minha bochecha e plantou beijos gentis nos meus lábios entreabertos. Nossos hálitos de misturavam a cada respiração e eu não queria que esse momento acabasse nunca mais.

Era esse tipo de conexão que eu busquei a minha vida inteira, o tal algo emocional e cru no sexo que explicitava que aquilo não era apenas um ato de corpos, era uma troca de mentes e um processo de se preencher da sensação do outro repetidamente até que terminássemos o episódio de realização dos desejos que nos acenderam até aquele momento. Era a linguagem entre nós que faltava, mas que deixou a mesma impressão de sempre: nós fomos feitos um para o outro.

Porque quando estávamos frente a frente, não importava se era ele ou eu no controle dos movimentos, era sempre firme e fácil. Parecia que cada um de nós queria alcançar aquele lugar de nossas almas que podíamos chamar de "nosso". Aquele lugar onde Severus era tudo o que eu conhecia naquele momento e onde eu era tudo o que ele sempre quis.

Severus esfregou as minhas costas e nos rolou na cama, nos posicionando cara a cara. Nossas pernas se entrelaçaram sobre as cobertas enquanto olhávamos nos olhos um do outro, sabendo que havia muito e ao mesmo tempo tão pouco a dizer.

— Você… — Tossi, limpando a espessura da minha garganta. — Você quer falar sobre alguma coisa esta noite?

Severus, cuja mão estava tocando meu cabelo, fez uma pausa em sua ação. — Nós.

Eu já havia confessado que o amava no meio do sexo, então achava que não havia mais nada que eu pudesse dizer. Ele deu um suspiro e fechou os olhos.

— Eu falei sério quando disse que não a deixaria desistir de mim. — Ele finalmente abriu os olhos para me encarar. — Mas eu sinto que sou um tolo. — As palavras dele ecoaram no silêncio. — Eu sempre sou quando se trata de você. Porque mesmo com certeza absoluta do que sinto, ainda fico dividido.

— Dividido entre o quê? — Perguntei e o vi deslizar os olhos para o teto e encaixar o braço atrás do próprio pescoço, enquanto sua outra mão fazia círculos suaves no meu ombro.

— Sobre se eu devo estar com você ou recuar.

A trepidação da ansiedade gelou o meu estômago quando o medo agarrou-se às batidas do meu coração.

— Você se arrepende? — Sussurrei. — Do que acabamos de fazer?

— Não. — Ele continuou o movimento dos dedos na minha pele enquanto fitava o teto sobre nós. — Eu quis dizer tudo o que disse a você sobre esperar que você estivesse pronta mesmo que eu já tivesse a certeza sobre você há meses.

— Não entendo… — Eu sussurrei de novo.

— Eu não acho que você merece isso. — Os olhos dele retornaram aos meus.

— Por favor, não comece uma sessão de autodepreciação agora, Severus. — Implorei. — Não depois do que acabamos de sentir.

— Eu sou uma aposta arriscada, Hermione. — Ele afirmou, quase lamentando.

— E eu sou a bruxa mais inteligente da minha geração e a única bruxa com um nível de magia elementar igual ao seu. Estamos nos conhecendo em um nível diferente e aprendendo um com o outro. Não tem ninguém mais naturalmente compatível comigo do que você.

— Eu sei. E eu amo você. — A ferocidade silenciosa da declaração dele quase parou o meu coração. — Se você ainda não sabe disso, não tenho certeza de quantas maneiras mais eu terei que demonstrar para convencê-la disso. — Severus passou uma mão frustrada em seu cabelo. — Eu não sou um estúpido para não saber o que quero ou como me sinto. Eu sei exatamente como me sinto sobre você e o quão rápido cheguei a este ponto, e estou tentando não ser precipitado. Eu não quero uma guerra entre nós. É isso que eu não consigo administrar.

Eu plantei minha palma na bochecha dele e Severus se inclinou ao meu toque, fechando os olhos por um breve momento.

— Isso é sobre você ter perdido a Lily da primeira vez? — Ele não me respondeu, e foi o suficiente para mim. — Você não está vendo o óbvio aqui, Severus. — Eu disse com firmeza.

Severus respirou fundo. — E o que seria isso?

— Não há uma guerra entre nós. Havia entre você e ela, mas nós dois estamos juntos do mesmo lado. Não há nada no meio. Somos eu e você lutando juntos.

— Ainda há uma guerra, Hermione. — Ele sussurrou, os olhos ainda fechados.

— Você está certo, há. Mas não vou aceitá-la como desculpa para não levarmos isso adiante. Nós dois já passamos tempo demais dedicando nossa vida a ela. Não entregaremos a nossa felicidade também. Atravessamos essa ponte quando nos beijamos naquele pôr do sol. — Eu fui dura, expressando na minha voz o quanto eu falava sério sobre nós dois.

— Nós temos um dever.

— Então é bom que saibamos cumpri-lo decentemente, porque o fracasso para nós não é uma opção. Eu quero e vou viver a minha vida com você, e não é um purista de sangue mentalmente doente ou uma maldição sobre a magia, maldição essa que sequer nos atingiu, que vai impedir o meu futuro com você.

— Hermione…

— Não, Severus. Vamos vencer. E quando você estiver lutando aquela guerra ou prestes a assassinar Lucius Malfoy por todas as merdas que ele nos fez, lembre-se que você me deve um pedido de casamento, porque ambos sabemos que esse é o caminho natural para nós. Não importam os riscos, nós valemos a pena. — Eu segurei o maxilar dele com força, mantendo-o me encarando. — Eu serei egoísta e gananciosa sobre isso e eu sei que você também pode ser.

O ouvi respirar fundo antes de me beijar com força, Severus se ergueu sobre mim, me esmagando com seu peso. Quando ele afastou os lábios dos meus, encontrei uma determinação silenciosa expressa em seus olhos. Uma garantia de que estávamos na mesma página e que continuaríamos nela para sempre.

— Estou pronto, você me escolhe e estou pronto. Arrasto você amanhã mesmo para a frente de um ordenador mágico e coloco um anel no seu dedo, se você tem certeza de que é isso que quer.

Meu fôlego saiu entrecortado no silêncio que se seguiu à declaração dele. O silêncio se estendeu de uma batida para outra antes que eu desse aceno afirmativo com a cabeça e colasse minha boca a dele novamente para derramar cada emoção não dita naquele beijo. Nos abraçamos apertado, bebendo um ao outro e retomamos a consumação do amor que sentíamos.

Eu não lembro em que momento Severus me virou de lado e colou seu peito às minhas costas, levantando uma das minhas coxas enquanto me penetrava ao mesmo tempo em que sugava o meu mamilo para dentro de sua boca. Suspiros absurdamente alto saíram da minha garganta enquanto ele nos guiava de novo ao clímax. Foi urgente e orgânico. Um reconhecimento honesto da profundidade e amplitude do que se passava entre nós a cada uma de nossas respirações. Calor e emoção nos preencheram e a mensagem foi alta e clara de que teríamos tudo. Não havia guerra, nem falta de magia que provasse o contrário.

Só havia o nosso "nós".


Notas Finais


Bem, espero que as cenas de amor tenham sido o que vocês esperaram. Eu adorei escrevê-las, mesmo que tenham sido iniciadas pelo homem fodendo a boca dela sem piedade. O que nos leva até o nosso enigma da semana no grupo do whatsapp da fanfic: Haverá uma propriedade matemática em vigor no próximo capítulo. Ninguém acertou que a propriedade era "a ordem dos fatores não altera o produto". Afinal, Severus prometeu fazer amor e depois foder, e não foi o caso. rsrsrsrsrsrs.

O capítulo dezenove "A órbita do tempo" ganhou uma arte lindíssima feita pela artista Mademoiselle Raposa.

Novo Mundo também ganhou um trailer no Youtube, feito pela talentosíssima Maevebell. Aproveitem e leiam a fic dela "As bruxas da noite", é uma história incrível.

Por favor, deixem essa autora feliz e comentem neste capítulo, todos vocês. Obrigada!