O vale proibido
1x2 – Au – Gundam Wing
Bom... depois da penca de pedidos e um tempo livre... ela está de volta.
Vou manter os comentários... e todo o resto.. apenas algumas correções...
1 – A floresta proibida
A floresta era perigosa àquela hora. Podiam-se ouvir os ruídos estranhos saídos da mata fechada. Um vento frio soprava remexendo os galhos.
Uma trilha seguia para dentro da mata fechada. Duo a perseguiu sem saber ao certo onde estava indo. Ele conhecia bem a floresta, mas não ali. Aquele era um trecho da mata que poucos conheciam, somente os caçadores. Era chamada por muitos como o vale proibido.
Duo se apressou, seus passos já não eram seguros, ele tinha frio e medo. Estava arrependido de ter fugido de casa. Amaldiçoou-se por ser sempre tão emotivo e impulsivo. O fato é que sempre agia com a emoção, e isso só lhe metia em encrencas como essa que estava agora, afinal não lhe parecia algo atraente estar tremendo de frio numa parte da mata que não conhecia. Queria voltar para o conforto do palácio, mas a verdade era que estava mesmo perdido, dando voltas e voltas que só o levavam mais para as profundezas da floresta.
Longe dali no palácio um rei preocupado andava de cima para baixo. Ele mantinha um semblante carregado.
-Treize... eles vão achá-lo! – uma voz firme e tranqüila soou no cômodo chamando a atenção do homem.
-Claro que vão. – Treize parou pensativo.
-Então... venha aqui... – Wufei bateu na cama convidando o outro para sentar.
Treize era um bom rei. Homem preocupado com o bem estar de seu povo tinha um modelo de governo admirável pelos paises vizinhos. Treize se considerava um bom rei, mas não entendia porque não conseguia ser um bom pai, embora Duo não fosse seu, ele o amava como um filho, mas o garoto parecia contrário a sua forma de pensar. Não sabia onde havia errado na criação do jovem príncipe.
O rei sentou-se carregando um semblante cansado. Treize era um homem alto, rosto duro. Sempre impunha uma imagem severa, achava que se faria respeitar dessa forma.
Wufei o trouxe para si, lhe fazendo uma calma massagem.
-Fei! Será que errei tanto assim? – sua voz soou como um fio de insegurança.
-Tudo que fez foi pensando no bem do Duo. – Wufei por sua vez manteve-se seguro.
-Mas então porque ele age assim? – Treize se aconchegou ao outro rapaz.
-Não se culpe por nada. Você é um excelente pai e ótimo marido também... – o descendente da raça de chineses lhe fazia uma massagem.
-Te amo... – Treize declarou se deixando entregue aos carinhos. Ali Treize não precisava se passar por forte.
Treize e Wufei eram os líderes mais carismáticos de toda a história do reino de L2. Eles se amavam e era admirável e notável todo o carinho e respeito que havia entre aquele casal. Tinham juntos um filho que vivia às voltas com os costumes e tradições locais. Duo estava a ponto de completar quinze anos, e segundo as tradições devia prestar os votos e ser prometido a algum nobre. Seus pais haviam lhe escolhido um rei belíssimo para a união futura. Lord Zechs, mas Duo o havia rejeitado. Recusava-se a ser obrigado a casar com alguém que não amava.
A chuva agora caía forte castigando quem ousava caminhar numa hora tão imprópria por um local proibido. Duo se encolheu de frio. Tudo que mais queria agora era estar na sua cama quentinha e macia. Algumas lágrimas se confundiam com os grossos pingos de água que caíam do céu. Ele parou encostando a um imenso tronco de árvore. Estava com frio e cansado.
Duo fechou os olhos se xingando mentalmente pela burrice de ter fugido de casa. Ele lembrou que na noite passada, havia sido chamado à presença de seus pais.
"Duo, mês que vem você completará os quinze anos exigidos para a prestação dos votos..." – a voz de Treize.
"Mas... papai! Não posso prestar votos sem um noivo..." – Duo argumentou.
"Por isso lhe chamei aqui, Duo. Para te informar que você tem um noivo." – novamente Treize se empenhou em fazer sua voz dominar o ambiente.
O silêncio rompeu como um fardo pesado naquela sala. O jovem chamado Duo era um belo príncipe de feições delicadas e corpo escultural. O rostinho lindo que em algum ponto lembrava um coração enfeitado por dois enormes olhos de uma estranha tonalidade violeta. Conservava uma trança longa, que pendia até pouco abaixo de seu traseiro com fios numa tonalidade marrom dourada.
Sua beleza era conhecida de todo o reino e se estendia para fora, porém também era do conhecimento de todos o gênero forte e temperamento agressivo e até certo ponto infantil.
"NÃO POSSO ME CASAR!" – Duo berrou.
"Tanto pode como vai?" – a voz de Treize saiu baixa mas em um tom amedrontador.
"Mas... mas, Papai. Por favor!" – Duo tentou mudar de tática, talvez uma carinha triste fizesse seu pai mudar de idéia.
"Nada de mas, Duo! Eu já me decidi." – Treize foi enfadonho.
"Não pode decidir minha vida..." – Duo estava magoado.
"Tanto posso como já decidi." – ele falou.
Duo olhou para Wufei como quem esperasse por um socorro. Mas esse não veio. Já devia esperar. Não tinham uma boa relação e Wufei parecia estar sempre contra o menino de longos cabelos.
"Será bom pra você, Duo..." – Treize afirmou.
"Bom? Me casar com um completo estranho, será bom?" – Duo protestou.
"Agradeça por conseguir tão bom partido, garoto." – Wufei finalmente quebrou o silêncio.
"Ahh... como você deve agradecer todos os dias de sua vida, não é?" – mas Duo foi rápido a rebater encarando Wufei com seus enormes olhos roxos.
"Maldito! Repita isso e eu acabo com sua raça de merda!" – Wufei estreitou os olhos perigosamente.
"Será bom pra você, filho!" – Treize amansou um pouco a voz se pondo entre os dois, não queria ver mais uma briga entre eles.
"Não me chame de filho!" – Duo disse magoado. "Não vou me casar!" – as lágrimas escorriam por seu rosto.
"VOCÊ... não tem querer. Está decidido e pronto! Agora vá para o seu quarto e pense, moleque!" – Wufei foi incisivo. Seu olhar não admitia recusa.
Duo saiu correndo da sala, porém não foi para o quarto como lhe foi mandado. Ao contrário, saiu pelo portão principal sem rumo. Estava abalado demais com tudo. Sabia que desta vez não teria como fugir do compromisso selado por seus pais.
E agora estava ali. Sozinho no meio do mato, com frio, fome, muito cansado e assustado. Estava encolhido contra o tronco que parecia ser um antigo carvalho, soluçando levemente. Havia tanto frio... Um frio incontrolável. Seus olhos pesaram de forma incômoda e ele teve que se deitar ali mesmo sobre a lama gelada ou cairia. Viu-se entregue a escuridão.
Naquela mesma região. Um rapaz estava à caça. Era muito improvável que achasse alguma presa àquela hora debaixo daquela chuva, mas para Heero aquela hora era a melhor para a caça. Se via livre para se embrenhar na floresta. Naquela hora não havia nenhum ser humano por ali e ele não morria de amores pelos humanos.
Heero Yui era um rapaz alto e robusto. Tinha a pele morena e castigada pelo sol, os cabelos eram rebeldes em um tom marrom escuro, os olhos azuis forte lhe fazia um belíssimo contraste.
Estava ele passando por uma enorme árvore encerrada bem no meio da trilha quando um relâmpago iluminou o tronco e ele pode ver bem próxima a raiz, um pequeno ser encolhido ali. Curioso Heero se aproximou com cuidado, a criatura parecia dormir e ele não queria acordá-la, não sabia ainda o que era ou se era perigoso. Heero empunhou a lamparina e respirou aliviado, era só uma garota humana. Mas o que estaria fazendo ali, debaixo daquela chuva. Será que estava perdida?
Ele tocou o rosto da menina adormecida, afastando os fios ensopados e grudados na pele pálida. Notou que aquela criança tremia e apesar da chuva e frio, seu corpo estava mais quente do que o normal. Logo Heero identificou que a garota deveria estar com o que era conhecido entre os humanos como febre. Temeroso pela humana Heero a pôs no colo, sentindo o pequeno corpo se aconchegar pondo o rosto no seu peito e isso fez Heero sentir algo estranho, uma quentura na região baixa. Alguma coisa naquele pequeno ser lhe fazia sentir estranho, o cheiro forte de flores que exalavam daqueles cabelos, o calor excessivo daquele corpo cheio de curvas, definitivamente Heero nunca havia se sentido assim antes, mas procurou ignorar esses novos sentimentos e carregou seu achado para seu vilarejo. Aquela criança precisava de cuidados.
Hun... Esse foi o primeiro capítulo... hannn... Tenho planos futuro de fazer o Duo sofreeeeerrr muuuuuuuuuuuito...
Bom... Beijos... Aguardo críticas, comentários...
Hina
