Ele estava no escritório, sentada à mesa enquanto estava concentrado naquela atividade. Uma atividade que era de suma importância, principalmente pelo que precisaria fazer.

O que ele começara a fazer havia algum tempo. Aquele sábado foi muito diferente do que o diretor estava esperando. A conversa que ele estava tendo com Newt Scamander fora interrompida com a terrível notícia. Momentos mais tarde, recebera mais informações sobre o que aconteceu, ouvindo o que as testemunhas contaram sobre o ocorrido em Hogsmeade.

Dumbledore vira que o sequestro e os assassinatos seriam mais atividades para entrar no histórico de Afton. Mais outras atividades recentes que acabaram chamando a atenção da comunidade bruxa. Deixando muito chocados, vendo que nem a segurança reforçada fora o suficiente para impedir que aquilo tudo acontecesse.

Assim, o diretor começou a atividade. Um meio que ele conseguiu imaginar para conseguir informações desse novo adversário. Sendo esse bem diferente de Voldemort. Dumbledore sabia que Afton não o temia. Hogwarts não estava seguro. Tendo William conseguido fazer o que muitos criminosos queriam e não conseguiam, apesar das tentativas. Um bruxo das trevas que ficou se preparando, por muito tempo, para que aquele espetáculo macabro fosse realizado.

Uma semana que seria bem movimentada, com muitas coisas para fazer. Muitas que seriam fora da escola. Tudo para tentar conseguir o que estava pretendo. Desejando que não acontecesse nada que pudesse atrapalhar os planos, como já acontecera.

Além disso, também conseguiriam algumas informações a respeito do filho dele, Michael. Um jovem que acabou tendo um destino terrível. Uma morte extremamente grotesca. Uma morte que conseguia imaginar que teria sido provocada pelo pai... seja para se livrar do filho como também para usá-lo como bode-expiatório.

O primeiro nome que lhe veio, assim como outros, seriam fáceis de comunicação por ainda estarem em Hogwarts. Contudo, sentia que o movimento não lhe seria seguro, colocando a vida de tais jovens em perigos. Afinal, Afton seria informado e as medidas seriam tomadas... as consequências terríveis aconteceriam: os estudantes mortos e a escola fechada.

O diretor lembrou-se de nomes de uma quantidade considerável de ex-alunos. O contato com alguns seriam deveras complicado, devendo realizar uma viagem para conseguir conversar com tais bruxos, enquanto outros não seria tão complicado.

Uma atividade que ele começaria já no dia seguinte.


A varinha partida estava sobre a mesa dele, trazida por aurores que também eram membros da Ordem da Fênix. O diretor, até alguns dias antes naquela semana, não esperava que estivesse reunindo esse grupo para conseguir enfrentar outro inimigo que não tinha conexão com Voldemort. Pessoa essa que, naquela época, teria ajudado a combater os Comensais da Morte. Tudo com objetivos extremamente sombrios e egoístas; preocupado apenas com a autopreservação.

A varinha estava num estado completamente lamentável. Estava suja, com a presença de mofo. O diretor foi ouvindo o que estavam lhe falando. Ele estranhou o fato de que os órgãos foram encontrados num estado que não tivessem completamente putrefatos. Um ponto que o diretor tocou durante a conversa.

"Ao averiguar os órgãos, conseguimos encontrar uma pequena porção de uma substância estranha injetada neles. Possivelmente, através da máquina encontrada naquele lugar subterrâneo. Aparentemente, essa substância conseguiu impedir que o processo de putrefação acabasse destruindo completamente os órgãos."

"Conseguiram saber algo sobre esse achado?"

"Não." Admitiu o auror. "Somente sabemos que se trata, certamente, de algo relacionado com uma arte das trevas completamente desconhecida. Trata-se de um líquido muito sombrio e macabro. Quando passa o dedo nele, consegue sentir um arrepio, medo e até certa agonia."

Dumbledore lembrou-se do relato de Hermione sobre o mais recente pesadelo. Bem provável que teria relação com os experimentos envolvendo necromancia.

"Em relação à varinha?"

"Conseguimos informações sobre ela." Admitiu o primeiro auror. "Essa foi uma atividade que demorou algum tempo, mas conseguimos dados sobre ela... Primeiramente, fomos ao Beco Diagonal para conversar com o Ollivander... bem, muitos bruxos compram suas varinhas lá. Ele, ao analisar, descreveu-a como sendo de hera, razoavelmente flexível, trinta e três centímetros com núcleo de fibra de coração de dragão. Ele afirmou que não foi ele o fabricante, pois ele não utiliza tal madeira. No final, sugeriu que deveríamos ir a uma das filiais."

"Então fomos primeiramente para a filial localizada em Hogsmeade." Continuava o auror a relatar o que acontecera naquele dia. "Fomos atendidos por um dos funcionários. Ele analisou a varinha por alguns instantes e foi para os fundos. Voltou com um pesado livro contendo os registros das vendas. Demorou alguns minutos até encontrar dados dessa varinha. Ela foi vendida em julho de 1979 para um garoto chamado Michael Afton."

O diretor foi ouvindo. Vendo que aquele bruxo teria levado o filho mais velho para comprar os seus materiais escolares em Hogsmeade ao invés do Beco Diagonal ou outro centro comercial bruxo próximo da residência.

Um ponto que imaginava que poderia vir a se tornar importante.


O diretor viu a mais recente edição do 'Profeta Diário' que os dois jovens bruxos deixaram sobre a mesa. A primeira página estava ocupada pela notícia do que acontecera em Hogsmeade.

O professor estava aguardando por alguns instantes. Os jovens foram pegos de surpresa com a chegada dele ali. Não estavam esperando que tal evento acabaria causando a participação deles, de algum modo, em toda aquela história.

Não demorou muito tempo até que os dois tivessem aparecido. Jacob aparentava ser bem mais novo do que realmente era; não aparentando ser dez anos mais velho. Ambos bem parecidos. Os cabelos castanhos e os olhos de mesma cor. Os dois bruxos sentaram num sofá próximo enquanto a conversa começou enquanto tomavam chá e comiam algumas bolachas.

Uma breve conversa amistosa aconteceu. O diretor perguntou como eles estavam e cada um foi falando sobre como estavam seguindo suas vidas. Jacob conseguira um emprego cuja remuneração era o suficiente. Enquanto a irmã conseguiu trabalhar em um cargo no Ministério da Magia, tendo conseguido boas notas, tanto nos NOMs quanto nos NIEMs.

O assunto acabou rapidamente, passando para o que o diretor estava querendo discutir com eles. Jacob ficou assustado quando foi informado a respeito da varinha partida. "Nunca pensei que isso teria acontecido com ele. Imaginava que ele estaria vivendo no mundo trouxa, como acontecia com o pai dele e do amigo desse."

"Você lembra do momento que Mike era um estudante?" O diretor perguntou. "Lembra de algum comentário que você ouviu referente ao pai dele?"

Jacob ficou pensando. Não soube muito sobre tal assunto. O garoto ficava ocultando muito do que acontecia em casa. Os que sabiam, comentavam ter a impressão que o genitor de Michael seria alguém negligente e abusivo para com os filhos. "Não fiquei sabendo muito sobre ele. Somente quando houve aquele terrível incidente, que deixou muitos feridos, ele comentou que o pai dele não teria lamentado nada, caso algo tivesse ocorrido com ele."

"O pai dele parecia odiá-lo, de modo bem assustador e doentio." Comentou Maya. "Teve uma vez que ouvi ele dando conselhos para Merula sobre ela tomar certas atitudes que trariam graves consequências… ela se arrepender e não poder fazer nada. Numa dessas conservas foi pelo fato dela ter insultado Ben Copper daquela palavra. Ela falou do pai dele, Michael riu, afirmou que ela era sortuda dele não estar ouvindo, pois, caso contrário, ele teria o prazer de lançar um cruciatus nela."

"Os senhores sabem de algumas pessoas as quais Mike se relacionava?"

"Sim." Respondeu Jacob. "Ele tinha uma amizade com o Felix Rosier, a diferença de idades, entre eles, não é muito grande. Além disso, lembro-me dele ter um relacionamento com dois irmãos da família Stone: Killian e Camille Stone. Mike, muitas vezes, chamavam-lhes por 'primos'.

O diretor demonstrou interesse. Então esse Dillan Stone e William Afton eram primos. O diretor sentia que teria algo sombrio nesse bruxo. Uma pessoa que, aparentemente, poderia ter grande envolvimento nessa história toda.

Via que deveria encontrar-se com alguns dos filhos de Dillan o mais rápido possível. Ele imaginou que eles acabariam sendo Liam e Killian. Esses dois eram muito próximos um do outro, tendo este recebido olhares quando ia até à mesa da Grifinória para conversar e aconselhar o irmão mais novo; um cenário similar ao que acontecia quando Liam ia conversar com Camille. Uma família bem diferente do que muitos estavam acostumados, considerando que cada um dos filhos foi selecionado para uma casa diferente.


Dumbledore estava sentado em um dos sofás presentes na sala de estar. O diretor percebeu que a casa era extremamente espaçosa. O que seria adequado para as pessoas que ali viviam. Deveriam ser, no mínimo, cinco pessoas vivendo ali. O diretor viu os filhos de Liam Stone, um casal de crianças que aparentavam ser da mesma idade. Significando que seria mais uma dupla de gêmeos para estudar em Hogwarts, não tendo problemas de um se passar pelo outro por não serem idênticos.

Teria passado algum tempo até que o segundo filho de Dillan Stone apareceu. Dumbledore logo o reconheceu. Aquele aluno jamais seria esquecido em Hogwarts, uma presença que ficou marcada nas memórias dos professores e dos alunos. Quase foi expulso da escola. Tendo ele recebido o título como um dos piores alunos, algo que era muito complicado de se conseguir; um título que era mais que digno e os professores sabiam, principalmente Snape que teve que ficar na enfermaria por quase uma semana. Um terrível início que ele teve como professor de poções em Hogwarts.

O bruxo era magro e de altura alta. Os cabelos loiros estavam compridos e bagunçados. Os olhos azuis eram um pouco arregalados, com a presença de olheiras. A julgar pelos traços, o diretor deseja que fosse pela falta de sono e não por uso de alguma substância não-tão-lícita. Ele estava vestindo uma roupa extremamente casual.

"Professor Dumbledore." Ele disse após algum tempo. Em seguida, pediu para que os sobrinhos fossem brincar no quarto deles. As crianças deixaram a sala. "Devo admitir que não estava esperando. Somente o meu irmão não está muito espantado, ele mencionava que, cedo ou tarde, alguém poderia aparecer."

"Como está a família?" Dumbledore perguntou cordialmente.

"Não anda muito bem, professor." Respondeu Killian, sentando no sofá. "A minha filha irá para Hogwarts no ano que vem…"

"Onde ela está?"

"Já faz algum tempo que está morando com a minha ex-esposa."

"Então o casamento não deu certo..." O diretor via que aquele bruxo não conseguia manter relacionamentos desse tipo por muito tempo. Acreditava ser principalmente por conta da personalidade extremamente problemática.

"Acabou tendo muitos problemas, ainda mais por conta do urso..." Killian falou num tom irritado, especialmente quando pronunciou a última palavra. O diretor ficou interessado naquilo. "Foi gerando muitos atritos até que ela pensou que ela e a filha poderiam estar mais a salvo longe de nós."

"O seu irmão fez algo para trazer alguma suspeita dela?"

"Não. Foi mais por causa de mim. O meu irmão foi simplesmente colocado no mesmo saco por sermos muito próximos. De qualquer modo, ela não conhece o meu pai... caso ela fizesse, certamente, ela poderia compreender muito mais a situação."

O diretor via que esse filho teria sérios problemas de relacionamento com o falecido genitor. Perguntava qual seria o nível desse sentimento. Conseguindo imaginar que poderia ser no nível em que poderia acabar matando o outro caso tivesse a chance. Ele não duvidaria que esse segundo filho seria capaz de uma atitude semelhante.

"Boa tarde, professor Dumbledore." Uma voz disse. Era Liam Stone que estava saindo da cozinha. Ele tinha aparência similar ao do irmão. Os olhos azuis-esverdeados e o cabelo loiro cujo tom era um pouco mais escuro.

"Como estão indo, as coisas?" Dumbledore questionou.

"Elas estão indo relativamente bem. Ano que vem os meus filhos vão começar a estudar em Hogwarts... esse ano a quantidade de alunos aumentará, principalmente se a quantidade de nascidos em 31 de outubro de 1982 for grande."

"Muitos quiseram comemorar a queda de Voldemort" Liam demonstrou desconforto quando o diretor mencionou tal nome, enquanto o irmão não teve nenhuma reação "fazendo com que os filhos nascessem nessa data tão importante para o mundo bruxo."

"A minha esposa pensou da mesma forma." O sorriso durou por alguns instantes. "Mudando de assunto, professor Dumbledore, essa visita deve ser importante. Imagino que o desaparecimento em Hogsmeade teve influência para decidir fazer uma visita, não?"

O diretor confirmou. A conversa começou tendo começado primeiro sobre o evento em Hogsmeade. Um assunto que fez com que os irmãos acabassem discutindo a respeito da fantasia utilizada. Eles mencionaram tanto o modelo de pano quanto as de springlocks.

"Devo admitir que não estava esperando que ele gostasse tanto daquela fantasia de coelho amarelo." O canto da boca de Killian se contorceu. "Nem entendo o motivo de o meu pai ter gostado tanto do traje de urso amarelo também."

"Você nunca apreciou as pizzarias." Lembrava Liam. "Você sempre gostou de coisas que fossem mais perigosas. Seria capaz de até tentar assaltar o banco Gringotts apenas para sentir a emoção de fazer algo perigoso."

"Eles também devem gostar do perigo." Um sorriso se formou nos lábios de Killian, assim como um brilho sinistro surgiu nos olhos dele. "Caso contrário, certamente, eles não fariam questão de usar constantemente fantasias que, ao qualquer problema, podem empalar. Como já aconteceu com William naquela vez."

"Ele sofreu um acidente com esse traje?" O diretor perguntou.

"Sim. Um garoto, Jeremy Stuart, fez com que as springlocks se soltassem durante o Halloween anterior ao que aconteceu o assassinato de Charlie." Explicava Liam. "O caso foi grave que órgãos foram atingidos e ele já não poderia mais ter filhos. A minha esposa ficou muito irritada pelo que o primo dela havia provocado, quase ocasionando uma morte no estabelecimento, ainda mais a morte do gerente e co-proprietário da franquia. Ela ficou comentando a respeito do garoto depois do incidente, tive de evitar mencionar o nome de Jeremy quando o William ou o meu pai estivesse por perto."

"Não foi somente ele. Também teve um incidente que 'levou' o nosso pai. Evento esse que aconteceu cinco anos após o incidente envolvendo William." Killian comentava. Dumbledore percebeu que não havia tristeza na voz do rapaz enquanto ele falava. Muito pelo contrário, podia sentir que ele estava feliz por tal evento terrível ter acontecido.

"Em relação à ex-esposa do Sr. Afton… depois do incidente, aconteceu o divórcio consensual. Ela ficou alegre, uma alegria que não durou muito até ela ser morta num ataque feito pelos Comensais da Morte."

"Ela estava muito irritada com William." Killian continuava a comentar. "Não é nenhuma surpresa. Uma hora ela se cansaria de ficar sendo traída."

"Afton traía a esposa?"

"Com uma frequência." Liam explicou. "Quando ele saia mais cedo, não sendo era para cometer algum crime ou ir beber em algum bar, era para ter um encontro com alguma amante. Se não me falha a memória, ele teve sete amantes no total. Não é muita surpresa. Ele nunca foi uma pessoa de palavra… Nunca teve lealdade ou mesmo fidelidade com ninguém."

"Mudando de assunto. Tenho algumas perguntas para fazer que dizem a respeito de William como também do filho dele, Michael."

"Ele." Liam parecia agir como se tivesse ouvido aquele nome não havia muito tempo. "Não sei se realmente devemos..."

"Vamos contar." Killian falou impaciente, interrompendo a fala do irmão. "Não fizemos nenhum tipo de juramento, nada parecido. Não quero ficar ajudando o nosso pai. Você sabe muito bem disso."

Dumbledore ficou observando. Aparentava que Killian era quem constantemente comandava a dupla. Ele tinha um espírito de liderança muito mais forte que o irmão. Esse último seria mais como uma voz da consciência que ainda permanecia lutando, apesar de não ser tão eficiente quanto gostaria que fosse.

"Começaremos de qual ponto?" Killian questionava, tomando a frente da situação. "Sobre o relacionamento que o nosso pai tinha com o primo dele? Sobre o nosso primo de segundo grau? Sobre os possíveis outros familiares que os dois mencionavam com certa frequência?"

"Familiares? Ascendentes fizeram algo que ficou marcado?"

"Exatamente." Admitia Killian. "O meu pai gostava muito desse negócio de passado da família. A que ele mais contava era envolvendo o nosso avô materno. Uma história que ele nos contou quando éramos criança e depois contou para os nossos irmãos mais novos. Uma história muito comprida, precisa ser resumida para que não ficamos a tarde toda falando sobre isso."

Ele contou a história resumida para o diretor. Uma história que envolvia mais de uma parte. Cada parte acabou deixando o diretor assustado. Era praticamente quase uma história de terror que ele estava ouvindo. Via que aquele homem era um maluco, psicopata. As coisas que ele fez com os filhos e a esposa eram completamente horríveis.

Brevemente conversaram a respeito do próprio Dillan Stone. Um assunto que Dumbledore percebia estar deixando Killian irritado.

"Nosso pai era muito leal ao William." Comentava Liam. "Ele levou muitas das características da Lufa-Lufa para o lado do mal."

"Não sei se o que ele sentia realmente era 'lealdade." O irmão contestou. "Olha os nomes que ele escolheu para os filhos… Liam, Killian e Billy. Ele se casou com uma nascida-trouxa chamada Willa Walker."

Dumbledore ficou observando os dois. Primeiro o cara casou com uma mulher que tinha muitas semelhanças com o primo. Um nome que seria uma versão feminina de 'William', compartilhando do mesmo status de sangue. Depois nomeou dois dos filhos com nomes relacionados com o primeiro nome de Afton e o segundo com um nome que era tanto quanto sugestivo.

"O Sr. Afton soube disso?"

"Aparentemente, não ficou muito agradado com a escolha de esposa feita." Comentava Liam. "Ele afirmou que a situação estava ficando um tanto quanto esquisita. Foi uma das poucas vezes que vi o Sr. Afton agindo de tal modo, demonstrando certa repulsa."

O assunto da conversa foi mudado para Michael Afton. Ele confirmou a respeito da varinha, conseguindo dar até o que poderia ser o motivo de ter realizado aquela escolha.

"Ele realmente estava querendo fazer uma visita ao vilarejo." Comentava Liam. "Ele deve não ter gostado do fato de ouvir sobre a memória fotográfica de Ollivander. O único problema, para ele, é que em Hogsmeade, eles mantêm um registro de vendas que eram realizadas ao longo dos anos."

"Vocês sabem a respeito do incidente?" Dumbledore questionou.

"Não muito." Killian prosseguiu. "Consegui reconhecer o lugar, nosso pai comentou que ele havia sido mandado para lá. Ele não deu muitos detalhes... bem provável que ele sabia de algo... talvez que estaríamos falando a respeito anos depois."

"Ele é vidente, professor." Admitiu Liam. "Ele ficou feliz quando apresentei alguns sinais dessa habilidade. O único filho que fez, para falar a verdade."

"Então, o William realmente enviou o filho para lá. Lugar em que ele foi brutalmente assassinado."

"Sim, professor... ele foi morto." Comentava o irmão, com uma ponta de raiva. "Ele foi morto. Contudo, ele fica dando dores de cabeça. O meu pai tem a audácia de aparecer aqui, de tempo em tempo, para ficar reclamando."

"Isso foi quando?"

"Ainda esse mês." Respondeu Killian. O diretor percebeu que esse Dillan Stone fora cobaia de algum experimento, sendo 'revivido', ficando em uma forma completamente estranha e anormal. Assim, o professor começou a se perguntar sobre a possibilidade de Michael não estar propriamente morto. Caso fosse verdadeiro, ele deveria encontrar o jovem, afinal, poderia ser um grande aliado contra William, sabendo muito mais sobre o que estava acontecendo.

Nesse momento o olhar de ambos os irmãos voltaram-se para um canto, como se estivesse sentindo a presença de algo no referido lugar. O olhar de Dumbledore voltou-se para o mesmo local, vendo que nada havia ali.

"Seria melhor encerrarmos a conversa por aqui, professor." Rapidamente disse Liam enquanto tentava conter Killian que mantinha o olhar naquele canto. Os olhos estavam faiscando de raiva. "Sinto muito, mas, não poderíamos falar do nosso pai, nem outro assunto relacionado..."

Dumbledore levantou-se. Antes de sair da casa, olhou novamente para aquele canto. No chão tinha a presença do que aparentava ser um urso roxo, sentado no chão. Os olhos estavam voltados para o diretor. Olhando fixamente para ele.

Precisaria tomar o máximo de cuidado em relação às próximas visitas.