Teen Titans
Capítulo 2: Corvo:
O jovem ergueu seu chicote e acertou uma cobra que tentava mordê-lo. Ele corre por um longo corredor. Uma pedra gigante começa a persegui-lo. Ele corre tudo que pode... a pedra o esmaga.
-pois é velho, acho que você perdeu. - disse Cole zombando.
-droga, só faltavam duas fases pra terminar o jogo! - reclamou Ciborgue.
Aham, estamos no salão principal da T-Tower. Cole e Ciborgue estavam jogando videogame, como andaram fazendo nos últimos dias. Estelar flutuava de um lado para o outro da sala, passando um espanador no teto. Mutano estava saltando atrás do sofá, aparentemente procurando por alguma coisa.
Luiz entrou na sala, com sua roupa usual mas sem os óculos. Seus olhos eram vermelhos. Ele caminhou entorpecido até a cozinha. Mutano pulou a sua frente.
-ei Bruxo, ce viu meu cd do Eminem? - perguntou ele para Luiz.
-ah sim, claro, eu vi. Se não me engano, um pássaro saiu voando com ele pela janela hoje de manhã quando eu acordei...
Quase que imediatamente, Mutano transformou-se em uma águia de cabeça branca(verde no caso dele...) e saiu voando pra fora do prédio, indo atrás do "ladrão de Cds". Luiz olhou piscando para onde Mutano estava, balançou a cabeça e virou-se para o fogão. Pegou uma frigideira e soltou duas lascas de bacon dentro. Adicionou temperos á seu gosto. Em seguida, foi até a geladeira. Ela estava repleta de... tofu.
-ok, quem foi que tomou todo o meu suco de uva? - perguntou Luiz.
-acho que fui eu. Por acaso era um líquido vermelho escuro meio apimentado? - perguntou Estelar.
-hã, Estelar, isso não é suco de uva. É molho de churrasco. Embora, isso explique porque eu não achei ele ontem quando fui temperar a costela do Cib.
-ah, desculpe. O que vai beber então?
-hã, sei lá. Vou beber refrigerante.
-você quer dizer, aquela bebida preta gaseificada? - perguntou Estelar. - pelo que o Robin me disse, não se toma isso no café...
-então o Robin precisa saber que eu sou o primeiro a já tentar fazer isso... - respondeu Luiz rindo. - aliás, falando no demônio, onde ta o menino-prodígio?
-provavelmente treinando. O Robin normalmente é o primeiro a se levantar. - respondeu Estelar, antes de voltar a tirar o pó.
-tá certo.
Luiz comeu o bacon rapidamente e engoliu o refrigerante em um único gole. Ele então foi até a porta do corredor, dizendo:
-Estelar, diz pro Mutano que é vez dele lavar os pratos hoje...
-pode deixar!
Luiz seguiu pelo corredor escuro. Caminhou alguns metros, chegando a porta de seu quarto. Passou reto e foi em frente. 10 minutos depois, estava perdido. É verdade que faziam cerca de 15 dias que estava ali, mas ainda não havia se localizado bem nos interiores da T-Tower. Ele seguiu reto, decidido que se fosse reto, teria que chegar a algum lugar! Alguns minutos de caminhada, ele começa a ouvir sons. Sons de golpes. Luiz seguiu em frente, tentando encontrar a origem do som.
Ele chega a um tipo de salão de treino. Ele olhou dentro do recinto. Robin e Sarah estavam frente a frente um do outro, se atacando com espadas de madeira. Luiz estava surpreso. Ele sabia que Sarah era a melhor lutadora com espada que ele conhecia, mas não esperava encontrar alguém tão perto de igualar-se a ela.
Robin saltou com a espada erguida, descendo em um golpe superior. Sarah ergueu sua espada, colocando-a em posição defensiva. A espada de Robin chocou-se contra a de Sarah, mas ambas permaneceram presas na mesma posição. Robin moveu-se para trás e decidiu que precisava mudar de estratégia. Robin deslocou o pé esquerdo para trás, segurando a espada com a mão esquerda para trás, enquanto a direita segurava o cabo.
Sarah surpreendeu-se. Era uma posição muito perfeita. Reunia perfeitamente ataque e defesa. Luiz tinha certeza que Robin faria exatamente aquilo que ele estava achando que ele iria fazer. Sarah posicionou a espada na posição de ataque básica utilizada no Kendô. Luiz respirou silenciosamente. Seria uma vitória para aquele que fizesse o movimento mais perfeito...
Sarah agiu primeiro, avançando com o pé direito, investindo com a ponta da espada. Robin viu a oportunidade e avançou abaixado, puxando sua própria espada para frente. Robin parou de se mover do lado oposto de Sarah, enquanto a mesma permanecia na posição em que seu ataque fora interrompido. Subitamente, Sarah cai de joelhos, segurando o próprio abdômen. Robin segurou seu ombro.
-consideramos um empate? - perguntou Sarah.
-pode ser. - disse Robin sorrindo.
-nada mal vocês dois. - disse Luiz, saindo de trás de seu esconderijo.
-ah, Luiz, você estava assistindo? - disse Robin.
-sim. Impressionante o que você fez Robin. Enquanto a Revenge usou a técnica de ataque do Kendô, você foi mais além e utilizou a técnica de espada do Iaijutsu.
-você conhece de Iaijutsu? - perguntou Robin.
-o Bozo aqui é viciado em qualquer coisa do Japão. - disse Sarah com voz entediada.
-erm, como eu ia dizendo, o Iaijutsu é a técnica que consiste em atacar diretamente após retirar a espada da bainha. Muitas vezes essa técnica pode decidir uma luta no primeiro golpe. Foi sorte a Sarah não ter te atacado mais forte, pois quando a espada está fora da bainha, no Iaijutsu ela é chamada de "Espada Morta", pois perde o poder da surpresa que tinha quando você a tirava da bainha.
-ce ta sabendo das coisas hein? - disse Robin. - aparece um dia desses pra gente ver como VOCÊ se sai no Iaijutsu.
-melhor eu vender os ingressos... será um massacre e tanto pro Bozo. - disse Sarah sarcasticamente.
Luiz tremeu de raiva, mas ignorou. Sarah fazia isso sempre, não havia porquê se irritar agora.
-bom, acho que vou ver como o Ciborgue ta indo com game lá... - disse Robin.
-ei Robin, espera, eu vou com você, já me perdi uma vez hoje, não quero me perder de novo! Vai que eu acabo na china? - exclamou Luiz.
Algumas horas mais tarde, Luiz estava em seu quarto, tocando seu teclado. Porém, hoje estava sem inspiração para compor. Tocou algumas melodias que conhecia, como a Valsa do minuto(que ele tocou em 30 segundos...), e a música tema de Simpsons(...). estava meio tedioso o dia. Verdade que era bom não terem ataques recentes á cidade, mas era chato ficar no quarto sem o que fazer. Ele pensava:
-tá chato aqui. Quem sabe vou ver alguém? Vejamos... Robin e a Estelar saíram para fazerem compras. Ciborgue e Mutano tão jogando videogame(ainda???). Sarah... eu pensei mesmo nisso? Ah, acho que vou ver a Ravena. Ta, ela pode bater a porta na minha cara, mas sei lá, alguma coisa não?
Luiz caminhou para fora de seu quarto. O corredor estava silencioso. Ele caminhou para a direção do quarto da Ravena. Não era muito longe, portanto, ele sabia o caminho dessa vez. Ele começou a pensar em motivos para ter que ir até lá.
-hã, "oi Ravena, tipo, eu tava passando aqui perto, e decidi aparecer pra bater um papo". Ah, não. Isso é imbecil de mais...
Ele logo se viu em frente ao quarto da jovem de Azarath. Ele bateu á porta. Alguns segundos depois Ravena abriu a porta. Ela estava sem seu capuz e seu penteado liso até o pescoço aparecia, com a pedra de chakra de sua testa em exposição. Ela olhava para Luiz com seu olhar sério de sempre.
-o que você quer? - perguntou ela em seu tom de voz apático.
-hã, bem, é que eu estava meio entediado no meu quarto e resolvi vir aqui para te fazer uma visitinha.
Ravena o olhava com um olhar de "e daí?". Luiz achou que ela ia dizer para ele ir embora.
-entre... - respondeu ela depois de um tempo.
Luiz entrou no quarto de Ravena. Era escuro. Havia uma cama com colcha Azul escuro, uma cômoda, um armário e uma estante com livros. No instante que a porta fechou, Luiz sentiu-se numa caverna de morcegos.
-chá de ervas? - perguntou Ravena, ainda apática.
-pode ser.
Ravena serviu o chá em um copo e entregou para Luiz. Ele segurou o copo com ambas as mãos e bebeu. Era quente e levemente relaxante. Luiz deslocou seus olhos pelo quarto, fixando-o na parede com livros. Ele foi até ela e viu um livro que lhe era muito familiar...
-Edgar Allan Poe? - perguntou ele, apontando o livro.
Ravena concordou com a cabeça.
-é um grande escritor esse. Dos meus favoritos. Ele é tão... negro. - falou Ravena apática.
E dito isso, Luiz recitou o primeiro pedaço de uma poesia...
"Certa vez em uma noite sombria, enquanto ponderava, fraco e fatigado,
Sobre um volume estranho e curioso de sabedoria esquecida,
Enquanto afirmava, quase cochilando, subitamente veio uma batida,
Como se alguém levemente batesse, da minha sala batesse à porta.
"Deve ser um visitante" eu murmurei, "da minha sala batendo à porta -
Apenas isso, e nada mais."
Ravena olhou para Luiz por um segundo, aparentemente surpresa.
-você gosta de Edgar Allan Poe?
-deu pra notar não é?
-você sabe de cor o poema sobre o Corvo?
-sim. Por quê?
-por nada.
Ravena olhou para o relógio. Eram 10 da noite.
-por favor, devo pedir que saia, pois vou meditar agora.
-ah, entendo. Bom, apareço aqui outro dia.
Luiz voltou para seu quarto. Ele sentia que havia descoberto algo na apática figura de Ravena. Algo que ele poderia se relacionar. Um interesse por um poeta antigo. Apenas isso... e nada mais...
Continua...
Capítulo 2: Corvo:
O jovem ergueu seu chicote e acertou uma cobra que tentava mordê-lo. Ele corre por um longo corredor. Uma pedra gigante começa a persegui-lo. Ele corre tudo que pode... a pedra o esmaga.
-pois é velho, acho que você perdeu. - disse Cole zombando.
-droga, só faltavam duas fases pra terminar o jogo! - reclamou Ciborgue.
Aham, estamos no salão principal da T-Tower. Cole e Ciborgue estavam jogando videogame, como andaram fazendo nos últimos dias. Estelar flutuava de um lado para o outro da sala, passando um espanador no teto. Mutano estava saltando atrás do sofá, aparentemente procurando por alguma coisa.
Luiz entrou na sala, com sua roupa usual mas sem os óculos. Seus olhos eram vermelhos. Ele caminhou entorpecido até a cozinha. Mutano pulou a sua frente.
-ei Bruxo, ce viu meu cd do Eminem? - perguntou ele para Luiz.
-ah sim, claro, eu vi. Se não me engano, um pássaro saiu voando com ele pela janela hoje de manhã quando eu acordei...
Quase que imediatamente, Mutano transformou-se em uma águia de cabeça branca(verde no caso dele...) e saiu voando pra fora do prédio, indo atrás do "ladrão de Cds". Luiz olhou piscando para onde Mutano estava, balançou a cabeça e virou-se para o fogão. Pegou uma frigideira e soltou duas lascas de bacon dentro. Adicionou temperos á seu gosto. Em seguida, foi até a geladeira. Ela estava repleta de... tofu.
-ok, quem foi que tomou todo o meu suco de uva? - perguntou Luiz.
-acho que fui eu. Por acaso era um líquido vermelho escuro meio apimentado? - perguntou Estelar.
-hã, Estelar, isso não é suco de uva. É molho de churrasco. Embora, isso explique porque eu não achei ele ontem quando fui temperar a costela do Cib.
-ah, desculpe. O que vai beber então?
-hã, sei lá. Vou beber refrigerante.
-você quer dizer, aquela bebida preta gaseificada? - perguntou Estelar. - pelo que o Robin me disse, não se toma isso no café...
-então o Robin precisa saber que eu sou o primeiro a já tentar fazer isso... - respondeu Luiz rindo. - aliás, falando no demônio, onde ta o menino-prodígio?
-provavelmente treinando. O Robin normalmente é o primeiro a se levantar. - respondeu Estelar, antes de voltar a tirar o pó.
-tá certo.
Luiz comeu o bacon rapidamente e engoliu o refrigerante em um único gole. Ele então foi até a porta do corredor, dizendo:
-Estelar, diz pro Mutano que é vez dele lavar os pratos hoje...
-pode deixar!
Luiz seguiu pelo corredor escuro. Caminhou alguns metros, chegando a porta de seu quarto. Passou reto e foi em frente. 10 minutos depois, estava perdido. É verdade que faziam cerca de 15 dias que estava ali, mas ainda não havia se localizado bem nos interiores da T-Tower. Ele seguiu reto, decidido que se fosse reto, teria que chegar a algum lugar! Alguns minutos de caminhada, ele começa a ouvir sons. Sons de golpes. Luiz seguiu em frente, tentando encontrar a origem do som.
Ele chega a um tipo de salão de treino. Ele olhou dentro do recinto. Robin e Sarah estavam frente a frente um do outro, se atacando com espadas de madeira. Luiz estava surpreso. Ele sabia que Sarah era a melhor lutadora com espada que ele conhecia, mas não esperava encontrar alguém tão perto de igualar-se a ela.
Robin saltou com a espada erguida, descendo em um golpe superior. Sarah ergueu sua espada, colocando-a em posição defensiva. A espada de Robin chocou-se contra a de Sarah, mas ambas permaneceram presas na mesma posição. Robin moveu-se para trás e decidiu que precisava mudar de estratégia. Robin deslocou o pé esquerdo para trás, segurando a espada com a mão esquerda para trás, enquanto a direita segurava o cabo.
Sarah surpreendeu-se. Era uma posição muito perfeita. Reunia perfeitamente ataque e defesa. Luiz tinha certeza que Robin faria exatamente aquilo que ele estava achando que ele iria fazer. Sarah posicionou a espada na posição de ataque básica utilizada no Kendô. Luiz respirou silenciosamente. Seria uma vitória para aquele que fizesse o movimento mais perfeito...
Sarah agiu primeiro, avançando com o pé direito, investindo com a ponta da espada. Robin viu a oportunidade e avançou abaixado, puxando sua própria espada para frente. Robin parou de se mover do lado oposto de Sarah, enquanto a mesma permanecia na posição em que seu ataque fora interrompido. Subitamente, Sarah cai de joelhos, segurando o próprio abdômen. Robin segurou seu ombro.
-consideramos um empate? - perguntou Sarah.
-pode ser. - disse Robin sorrindo.
-nada mal vocês dois. - disse Luiz, saindo de trás de seu esconderijo.
-ah, Luiz, você estava assistindo? - disse Robin.
-sim. Impressionante o que você fez Robin. Enquanto a Revenge usou a técnica de ataque do Kendô, você foi mais além e utilizou a técnica de espada do Iaijutsu.
-você conhece de Iaijutsu? - perguntou Robin.
-o Bozo aqui é viciado em qualquer coisa do Japão. - disse Sarah com voz entediada.
-erm, como eu ia dizendo, o Iaijutsu é a técnica que consiste em atacar diretamente após retirar a espada da bainha. Muitas vezes essa técnica pode decidir uma luta no primeiro golpe. Foi sorte a Sarah não ter te atacado mais forte, pois quando a espada está fora da bainha, no Iaijutsu ela é chamada de "Espada Morta", pois perde o poder da surpresa que tinha quando você a tirava da bainha.
-ce ta sabendo das coisas hein? - disse Robin. - aparece um dia desses pra gente ver como VOCÊ se sai no Iaijutsu.
-melhor eu vender os ingressos... será um massacre e tanto pro Bozo. - disse Sarah sarcasticamente.
Luiz tremeu de raiva, mas ignorou. Sarah fazia isso sempre, não havia porquê se irritar agora.
-bom, acho que vou ver como o Ciborgue ta indo com game lá... - disse Robin.
-ei Robin, espera, eu vou com você, já me perdi uma vez hoje, não quero me perder de novo! Vai que eu acabo na china? - exclamou Luiz.
Algumas horas mais tarde, Luiz estava em seu quarto, tocando seu teclado. Porém, hoje estava sem inspiração para compor. Tocou algumas melodias que conhecia, como a Valsa do minuto(que ele tocou em 30 segundos...), e a música tema de Simpsons(...). estava meio tedioso o dia. Verdade que era bom não terem ataques recentes á cidade, mas era chato ficar no quarto sem o que fazer. Ele pensava:
-tá chato aqui. Quem sabe vou ver alguém? Vejamos... Robin e a Estelar saíram para fazerem compras. Ciborgue e Mutano tão jogando videogame(ainda???). Sarah... eu pensei mesmo nisso? Ah, acho que vou ver a Ravena. Ta, ela pode bater a porta na minha cara, mas sei lá, alguma coisa não?
Luiz caminhou para fora de seu quarto. O corredor estava silencioso. Ele caminhou para a direção do quarto da Ravena. Não era muito longe, portanto, ele sabia o caminho dessa vez. Ele começou a pensar em motivos para ter que ir até lá.
-hã, "oi Ravena, tipo, eu tava passando aqui perto, e decidi aparecer pra bater um papo". Ah, não. Isso é imbecil de mais...
Ele logo se viu em frente ao quarto da jovem de Azarath. Ele bateu á porta. Alguns segundos depois Ravena abriu a porta. Ela estava sem seu capuz e seu penteado liso até o pescoço aparecia, com a pedra de chakra de sua testa em exposição. Ela olhava para Luiz com seu olhar sério de sempre.
-o que você quer? - perguntou ela em seu tom de voz apático.
-hã, bem, é que eu estava meio entediado no meu quarto e resolvi vir aqui para te fazer uma visitinha.
Ravena o olhava com um olhar de "e daí?". Luiz achou que ela ia dizer para ele ir embora.
-entre... - respondeu ela depois de um tempo.
Luiz entrou no quarto de Ravena. Era escuro. Havia uma cama com colcha Azul escuro, uma cômoda, um armário e uma estante com livros. No instante que a porta fechou, Luiz sentiu-se numa caverna de morcegos.
-chá de ervas? - perguntou Ravena, ainda apática.
-pode ser.
Ravena serviu o chá em um copo e entregou para Luiz. Ele segurou o copo com ambas as mãos e bebeu. Era quente e levemente relaxante. Luiz deslocou seus olhos pelo quarto, fixando-o na parede com livros. Ele foi até ela e viu um livro que lhe era muito familiar...
-Edgar Allan Poe? - perguntou ele, apontando o livro.
Ravena concordou com a cabeça.
-é um grande escritor esse. Dos meus favoritos. Ele é tão... negro. - falou Ravena apática.
E dito isso, Luiz recitou o primeiro pedaço de uma poesia...
"Certa vez em uma noite sombria, enquanto ponderava, fraco e fatigado,
Sobre um volume estranho e curioso de sabedoria esquecida,
Enquanto afirmava, quase cochilando, subitamente veio uma batida,
Como se alguém levemente batesse, da minha sala batesse à porta.
"Deve ser um visitante" eu murmurei, "da minha sala batendo à porta -
Apenas isso, e nada mais."
Ravena olhou para Luiz por um segundo, aparentemente surpresa.
-você gosta de Edgar Allan Poe?
-deu pra notar não é?
-você sabe de cor o poema sobre o Corvo?
-sim. Por quê?
-por nada.
Ravena olhou para o relógio. Eram 10 da noite.
-por favor, devo pedir que saia, pois vou meditar agora.
-ah, entendo. Bom, apareço aqui outro dia.
Luiz voltou para seu quarto. Ele sentia que havia descoberto algo na apática figura de Ravena. Algo que ele poderia se relacionar. Um interesse por um poeta antigo. Apenas isso... e nada mais...
Continua...
