Teen Titans
Capítulo 7: Lições
Robin acordou aquela manhã, com o primeiro brilho do sol(unido ao despertador) iluminando seu quarto escuro. Emitindo um bocejo alto, ele ergueu-se e caminhou até a porta. O corredor continuava silencioso. A porta de seu quarto fechou-se atrás dele, enquanto ele caminhava rumo ao salão principal. Pretendia se divertir hoje, já que fazia um belo dia de sol de domingo.
Chegando ao salão, ele olhou ao redor. Aparentemente, ninguém havia acordado ainda. Mesmo porque, no domingo todos dormiam até tarde e ainda eram 5 e meia da manhã. Ele caminhou até a cozinha, abaixando-se para pegar alguma coisa na geladeira. Ele não chegou a pegar, pois logo ele ouviu uma voz sarcástica:
-essa posição dá azar sabia?
Robin olhou para trás. Era Sarah. Ela vestia uma camisola verde claro comprida, que o garoto achava não combinar com a personalidade de sua usuária. Ela andou até ele na ponta dos pés, sentando-se sobre a mesa.
-por que é que você acordou tão cedo? - perguntou Robin.
-porque graças a alguém eu não consegui dormir a noite inteira.
-quem?
-o nosso Bozo. Ele passou andando pelo corredor, recitando poesia em alto e bom tom, pelas 3 da manhã.
-ele? Acordado? Por que será?
-eu sei lá. Mas eu posso jurar que ouvi ele murmurar "Ravena" no fim da poesia...
Robin fez uma cara extremamente confusa. Por que Luiz estava acordado tão tarde? E por que ele estaria pensando na Ravena? Um pensamento bem extravagante veio a sua mente, mas ele deu uma balançada em si próprio, notando as bobagens que perdia tempo pensando. Invés disso, ele agarrou uma lata de refrigerante e sentou-se no sofá, ligando a televisão. Mas durante o tempo que bebia, ele voltou a pensar em Luiz. Desde que o suspendera, sentia algo apertando seu coração. Ele tentava-se convencer que era só pena, mas não conseguia.
Depois de um tempo, chega Cole no recinto. Ele ainda usava pijamas azuis, e seu cabelo azul estava todo bagunçado. Ele foi até Robin e sentou-se displicentemente ao lado dele.
-e aê menino-prodígio? Como vai?
-hum...
-pensando no Luiz?
-o quê? - perguntou Robin surpreso.
-é óbvio...
-sim. Eu to pensando sim. Eu não consigo decidir se o que eu fiz foi boa idéia.
-você é nosso líder. Se não souber o que é melhor, quem saberá?
-você quem sabe?
-eu? Eu sou apenas um cowboy... mas eu posso te dar um conselho. Nunca deve-se duvidar da experiência de alguém mais sábio que nós mesmos.
Robin ficou em silêncio, com a frase de seu companheiro piscando em seu cérebro. Ele sentia que tinha encontrado a resposta para seu problema. Era tão simples que ele não podia acreditar que não percebera.
-Cole, fica de olho nas coisas aqui.
-como assim? - pergunta Cole pego de surpresa.
-eu tenho que resolver uns assuntos... te deixo como líder até eu voltar. Fique de olho ok?
-tá, ok.
Robin correu para a garagem. Ele caminhou até sua moto. Colocou seu capacete e acelerou para longe da torre. Era chegada hora de ele retornar a ver um velho amigo...
Gotham City. Noite. Criminosos fugiam assustados de algo que os perseguia. Um a um, os bandidos iam tropeçando em armadilhas. O último deles correu o máximo que pode, chegando em um beco sem saída. E bloqueando sua passagem para fora do beco, um vulto negro. O criminoso sacou sua pistola, mas um projétil em forma um par de asas cortou o ar e derrubou a arma da mão do homem. Ele tentou apanhá-la, mas o vulto logo alcançou-o e meteu-lhe um soco direto no rosto. O bandido foi direto a nocaute.
Terminando uma noite dura, o vulto negro salta de prédio em prédio, pula de uma altura enorme e abre um par de asas retráteis de seus braços, planando até a escada lateral de um prédio. Ele sobe a escada e entra pela janela. Seu quarto continuava intacto como o deixara. Ele suspirou aliviado com o fim da ronda. Fechando os olhos, ele então disse:
-pode sair daí Tim. Eu sei que está aí.
Robin saiu de dentro do armário, sorrindo. Ele sabia que não poderia enganar seu confidente. Dick Grayson. O Nightwing.
-noite dura Dick? - perguntou Robin.
-nah, normal. Criminosos molóides com armas 38. - respondeu Nightwing tirando sua máscara.
-armas... será que não podem ser mais originais que isso? - riu Robin.
-mas o que lhe trás de volta a Gotham City Tim? Você não tinha que estar liderando os Titãs?
-bem, na verdade, vim aqui porque precisava conversar com alguém.
-oh bem, isso deve significar que minha noite ainda não acabou... - disse Nightwing girando os olhos. - mas ok. O que posso fazer por você?
Robin sentou-se na cadeira giratória do computador de Nightwing. Ele então mirou seu amigo, preparando-se para uma longa narrativa.
-bem, veja, faz um tempo, entraram 3 novos membros no time.
-três? Hum, interessante. Quem são eles?
-bom, tem a Sarah, ela se autodenomina Revenge. Seu poder é desacelerar o tempo, além de possuir naturalmente força e agilidade ampliadas. Sem falar que ela é rabugenta que dói...
-hehe, isso era de se esperar. Normalmente mulheres fortes resultam nisso... continue.
-tem o Cole, que se chama Bullseye. Ele pode disparar energia pelo dedo como se fosse uma pistola.
-hã, será impressão ou eu já vi isso em algum desenho japonês? - comentou Nightwing.
-e por último, tem o Luiz. Magi é seu codinome. O barato dele é ele ser capaz de criar qualquer coisa com sua imaginação, com alguns limites.
-em videogame, chamamos isso de "overpower"...
Robin riu dos comentários que seu amigo fazia.
-mas veja bem. Eles três são meta-humanos.
-os três? Taí algo interessante. E como eles se dão com o resto do time?
-a Sarah decididamente não vai com a cara de ninguém, principalmente com o Ciborgue e o Mutano. Mas recentemente, eu posso jurar que vi ela indo ao quarto da Estelar.
-falando na Estelar, como vai entre vocês? Rolou alguma coisa? - perguntou Nightwing sorrindo.
-hã, bem, eu, não rolou não.
-hehehe, calma que logo chega tua vez Tim.
-hã, bem. O Cole se dá bem com o Mutano e o Ciborgue. Eles vivem jogando videogame. E cá entre nós, ninguém vence o Cole nos games de tiro.
-isso é de se esperar... o cara tem um rifle 41 na mão... - riu Nightwing.
-quanto ao Luiz, bem, devo dizer que ele conquistou a turma. É carismático. Cozinha que nem um expert.
-e eu que tenho que me virar com cup noodles... - reclamou Nightwing.
-ele parece... sei lá... ter alguma coisa com a Ravena.
-alguma coisa?
-é. Eles conversam muito freqüentemente.
Seguiu-se um leve silêncio. Ambos pareciam imaginar o que os dois faziam juntos...
-hã, mas por que você veio aqui afinal? Vai dizer ou não? - reclamou Nightwing.
-ah é. Bem, numa missão recente, o Luiz tentou uma manobra suicida, e a Estelar se machucou sério... ele botou a missão em risco e eu suspendi ele do time.
-ahh... é por isso...
-eu, sei lá, sei que meu ponto de vista estava certo. Mas não consigo parar de pensar se foi boa idéia.
-olha Tim, você sabe perfeitamente que devemos tomar riscos quando estamos lidando com a vida de herói.
-eu sei...
-me diz. Se você tivesse escolha, você preferiria suspender o Luiz ou deixá-lo lutar para mostrar que ainda pode confiar nele?
-como? Quer dizer, deixar ele sem lição?
-olha Robin, o garoto deve ser especial, pelo que me descreveu. Acredito que suspender ele pode fazer com que ele não confie mais em você. E se isso ocorresse, ele poderia acabar indo para o outro lado. Você me entende não?
-oh deste ponto de vista...
-além disso, evite fazer escolhas do tipo "eu sou forçado a fazer isso". Faça aquilo que você achar correto. Não siga normas ou regulamentos. O único regulamento que interessa é: "siga seu coração".
-profundo pacas Dick. Aprendeu com o Alfred?
-ouvir o velho Alfred serviu pra alguma coisa.
-como vai o Bruce aliás?
-vai bem. Ele aparece de vez em quando entre as minhas rondas. Parece solitário.
-que bom. Se fosse diferente, algo estaria seriamente errado - riu Robin.
Robin olhou para seu relógio. Eram 9 da noite.
-olha Dick, acho melhor você me dá licença. Tenho que correr de volta pra torre dos Titãs, para evitar trânsito. Quero ver se levo o povo pra praia amanhã.
-tudo bem Tim. Me convida qualquer hora pra almoçar. Deus sabe quanto tempo não como algo decente.
-o que houve com o dinheiro que o Bruce te mandava?
-ele parou subitamente. Deve ter sido pra financiar a construção da torre de vigilância da Liga da Justiça.
-mas ela já ta pronta faz um tempão!
-eu sei. Mas não consigo falar com o velho Bruce. Ele não retorna minhas chamadas!
-insiste. Você mesmo me disse que ele era um velho amargo.
-eu sei. Bom, te mais menino-prodígio.
-te vejo qualquer dia Nightwing.
Robin, Timothy Drake, saltou da janela, caindo em sua motocicleta, acelerando o mais rápido possível de volta para a torre. Nightwing, Dick Grayson, olhou para o jovem desaparecer no horizonte, lembrando-se da época que ele lutara com o nome Robin. Uma era tão distante. E agora, seu jovem sucessor carregava essa dádiva com orgulho. A dádiva de ser um herói.
-Pessoal! - gritou Robin, chegando na torre. - pessoal! Comunicado urgente.
-o que foi Robin? - perguntaram Ciborgue e Cole.
-bem, eu dei uma repensada nos acontecimentos recentes. Decidi revogar a suspensão do Luiz.
-sério? - exclamou Luiz surpreso.
-sim. Visto que você ainda é inexperiente...
-burro... - acrescentou Sarah.
-hã, não preciso de reforço Sarah... bem, decidi que você poderá permanecer ativo, se você passar a treinar junto comigo todos os dias. Esteja na sala de treino as 9 da manhã. Fui claro?
-yes sir! - disse Luiz, batendo continência.
No exato momento que terminara de falar, eles ouviram a porta se abrir. E vindo através dela, Estelar, com um braço enfaixado. O olhar de Robin iluminou-se. Ele correu até Estelar, colocando sua mão sobre o ombro dela.
-como está Estelar?
-me sinto bem melhor.
-Estelar... - disse Luiz timidamente.
-não precisa pedir desculpas Luiz. - disse Estelar. - você não tem culpa de nada.
Luiz sorriu radiante. Sentia que um peso enorme tinha sido tirado de seu peito. Todos sorriram aliviados e felizes. A equipe estava completa novamente. Nada iria abalar esta confiança novamente. Nada.
Continua...
Capítulo 7: Lições
Robin acordou aquela manhã, com o primeiro brilho do sol(unido ao despertador) iluminando seu quarto escuro. Emitindo um bocejo alto, ele ergueu-se e caminhou até a porta. O corredor continuava silencioso. A porta de seu quarto fechou-se atrás dele, enquanto ele caminhava rumo ao salão principal. Pretendia se divertir hoje, já que fazia um belo dia de sol de domingo.
Chegando ao salão, ele olhou ao redor. Aparentemente, ninguém havia acordado ainda. Mesmo porque, no domingo todos dormiam até tarde e ainda eram 5 e meia da manhã. Ele caminhou até a cozinha, abaixando-se para pegar alguma coisa na geladeira. Ele não chegou a pegar, pois logo ele ouviu uma voz sarcástica:
-essa posição dá azar sabia?
Robin olhou para trás. Era Sarah. Ela vestia uma camisola verde claro comprida, que o garoto achava não combinar com a personalidade de sua usuária. Ela andou até ele na ponta dos pés, sentando-se sobre a mesa.
-por que é que você acordou tão cedo? - perguntou Robin.
-porque graças a alguém eu não consegui dormir a noite inteira.
-quem?
-o nosso Bozo. Ele passou andando pelo corredor, recitando poesia em alto e bom tom, pelas 3 da manhã.
-ele? Acordado? Por que será?
-eu sei lá. Mas eu posso jurar que ouvi ele murmurar "Ravena" no fim da poesia...
Robin fez uma cara extremamente confusa. Por que Luiz estava acordado tão tarde? E por que ele estaria pensando na Ravena? Um pensamento bem extravagante veio a sua mente, mas ele deu uma balançada em si próprio, notando as bobagens que perdia tempo pensando. Invés disso, ele agarrou uma lata de refrigerante e sentou-se no sofá, ligando a televisão. Mas durante o tempo que bebia, ele voltou a pensar em Luiz. Desde que o suspendera, sentia algo apertando seu coração. Ele tentava-se convencer que era só pena, mas não conseguia.
Depois de um tempo, chega Cole no recinto. Ele ainda usava pijamas azuis, e seu cabelo azul estava todo bagunçado. Ele foi até Robin e sentou-se displicentemente ao lado dele.
-e aê menino-prodígio? Como vai?
-hum...
-pensando no Luiz?
-o quê? - perguntou Robin surpreso.
-é óbvio...
-sim. Eu to pensando sim. Eu não consigo decidir se o que eu fiz foi boa idéia.
-você é nosso líder. Se não souber o que é melhor, quem saberá?
-você quem sabe?
-eu? Eu sou apenas um cowboy... mas eu posso te dar um conselho. Nunca deve-se duvidar da experiência de alguém mais sábio que nós mesmos.
Robin ficou em silêncio, com a frase de seu companheiro piscando em seu cérebro. Ele sentia que tinha encontrado a resposta para seu problema. Era tão simples que ele não podia acreditar que não percebera.
-Cole, fica de olho nas coisas aqui.
-como assim? - pergunta Cole pego de surpresa.
-eu tenho que resolver uns assuntos... te deixo como líder até eu voltar. Fique de olho ok?
-tá, ok.
Robin correu para a garagem. Ele caminhou até sua moto. Colocou seu capacete e acelerou para longe da torre. Era chegada hora de ele retornar a ver um velho amigo...
Gotham City. Noite. Criminosos fugiam assustados de algo que os perseguia. Um a um, os bandidos iam tropeçando em armadilhas. O último deles correu o máximo que pode, chegando em um beco sem saída. E bloqueando sua passagem para fora do beco, um vulto negro. O criminoso sacou sua pistola, mas um projétil em forma um par de asas cortou o ar e derrubou a arma da mão do homem. Ele tentou apanhá-la, mas o vulto logo alcançou-o e meteu-lhe um soco direto no rosto. O bandido foi direto a nocaute.
Terminando uma noite dura, o vulto negro salta de prédio em prédio, pula de uma altura enorme e abre um par de asas retráteis de seus braços, planando até a escada lateral de um prédio. Ele sobe a escada e entra pela janela. Seu quarto continuava intacto como o deixara. Ele suspirou aliviado com o fim da ronda. Fechando os olhos, ele então disse:
-pode sair daí Tim. Eu sei que está aí.
Robin saiu de dentro do armário, sorrindo. Ele sabia que não poderia enganar seu confidente. Dick Grayson. O Nightwing.
-noite dura Dick? - perguntou Robin.
-nah, normal. Criminosos molóides com armas 38. - respondeu Nightwing tirando sua máscara.
-armas... será que não podem ser mais originais que isso? - riu Robin.
-mas o que lhe trás de volta a Gotham City Tim? Você não tinha que estar liderando os Titãs?
-bem, na verdade, vim aqui porque precisava conversar com alguém.
-oh bem, isso deve significar que minha noite ainda não acabou... - disse Nightwing girando os olhos. - mas ok. O que posso fazer por você?
Robin sentou-se na cadeira giratória do computador de Nightwing. Ele então mirou seu amigo, preparando-se para uma longa narrativa.
-bem, veja, faz um tempo, entraram 3 novos membros no time.
-três? Hum, interessante. Quem são eles?
-bom, tem a Sarah, ela se autodenomina Revenge. Seu poder é desacelerar o tempo, além de possuir naturalmente força e agilidade ampliadas. Sem falar que ela é rabugenta que dói...
-hehe, isso era de se esperar. Normalmente mulheres fortes resultam nisso... continue.
-tem o Cole, que se chama Bullseye. Ele pode disparar energia pelo dedo como se fosse uma pistola.
-hã, será impressão ou eu já vi isso em algum desenho japonês? - comentou Nightwing.
-e por último, tem o Luiz. Magi é seu codinome. O barato dele é ele ser capaz de criar qualquer coisa com sua imaginação, com alguns limites.
-em videogame, chamamos isso de "overpower"...
Robin riu dos comentários que seu amigo fazia.
-mas veja bem. Eles três são meta-humanos.
-os três? Taí algo interessante. E como eles se dão com o resto do time?
-a Sarah decididamente não vai com a cara de ninguém, principalmente com o Ciborgue e o Mutano. Mas recentemente, eu posso jurar que vi ela indo ao quarto da Estelar.
-falando na Estelar, como vai entre vocês? Rolou alguma coisa? - perguntou Nightwing sorrindo.
-hã, bem, eu, não rolou não.
-hehehe, calma que logo chega tua vez Tim.
-hã, bem. O Cole se dá bem com o Mutano e o Ciborgue. Eles vivem jogando videogame. E cá entre nós, ninguém vence o Cole nos games de tiro.
-isso é de se esperar... o cara tem um rifle 41 na mão... - riu Nightwing.
-quanto ao Luiz, bem, devo dizer que ele conquistou a turma. É carismático. Cozinha que nem um expert.
-e eu que tenho que me virar com cup noodles... - reclamou Nightwing.
-ele parece... sei lá... ter alguma coisa com a Ravena.
-alguma coisa?
-é. Eles conversam muito freqüentemente.
Seguiu-se um leve silêncio. Ambos pareciam imaginar o que os dois faziam juntos...
-hã, mas por que você veio aqui afinal? Vai dizer ou não? - reclamou Nightwing.
-ah é. Bem, numa missão recente, o Luiz tentou uma manobra suicida, e a Estelar se machucou sério... ele botou a missão em risco e eu suspendi ele do time.
-ahh... é por isso...
-eu, sei lá, sei que meu ponto de vista estava certo. Mas não consigo parar de pensar se foi boa idéia.
-olha Tim, você sabe perfeitamente que devemos tomar riscos quando estamos lidando com a vida de herói.
-eu sei...
-me diz. Se você tivesse escolha, você preferiria suspender o Luiz ou deixá-lo lutar para mostrar que ainda pode confiar nele?
-como? Quer dizer, deixar ele sem lição?
-olha Robin, o garoto deve ser especial, pelo que me descreveu. Acredito que suspender ele pode fazer com que ele não confie mais em você. E se isso ocorresse, ele poderia acabar indo para o outro lado. Você me entende não?
-oh deste ponto de vista...
-além disso, evite fazer escolhas do tipo "eu sou forçado a fazer isso". Faça aquilo que você achar correto. Não siga normas ou regulamentos. O único regulamento que interessa é: "siga seu coração".
-profundo pacas Dick. Aprendeu com o Alfred?
-ouvir o velho Alfred serviu pra alguma coisa.
-como vai o Bruce aliás?
-vai bem. Ele aparece de vez em quando entre as minhas rondas. Parece solitário.
-que bom. Se fosse diferente, algo estaria seriamente errado - riu Robin.
Robin olhou para seu relógio. Eram 9 da noite.
-olha Dick, acho melhor você me dá licença. Tenho que correr de volta pra torre dos Titãs, para evitar trânsito. Quero ver se levo o povo pra praia amanhã.
-tudo bem Tim. Me convida qualquer hora pra almoçar. Deus sabe quanto tempo não como algo decente.
-o que houve com o dinheiro que o Bruce te mandava?
-ele parou subitamente. Deve ter sido pra financiar a construção da torre de vigilância da Liga da Justiça.
-mas ela já ta pronta faz um tempão!
-eu sei. Mas não consigo falar com o velho Bruce. Ele não retorna minhas chamadas!
-insiste. Você mesmo me disse que ele era um velho amargo.
-eu sei. Bom, te mais menino-prodígio.
-te vejo qualquer dia Nightwing.
Robin, Timothy Drake, saltou da janela, caindo em sua motocicleta, acelerando o mais rápido possível de volta para a torre. Nightwing, Dick Grayson, olhou para o jovem desaparecer no horizonte, lembrando-se da época que ele lutara com o nome Robin. Uma era tão distante. E agora, seu jovem sucessor carregava essa dádiva com orgulho. A dádiva de ser um herói.
-Pessoal! - gritou Robin, chegando na torre. - pessoal! Comunicado urgente.
-o que foi Robin? - perguntaram Ciborgue e Cole.
-bem, eu dei uma repensada nos acontecimentos recentes. Decidi revogar a suspensão do Luiz.
-sério? - exclamou Luiz surpreso.
-sim. Visto que você ainda é inexperiente...
-burro... - acrescentou Sarah.
-hã, não preciso de reforço Sarah... bem, decidi que você poderá permanecer ativo, se você passar a treinar junto comigo todos os dias. Esteja na sala de treino as 9 da manhã. Fui claro?
-yes sir! - disse Luiz, batendo continência.
No exato momento que terminara de falar, eles ouviram a porta se abrir. E vindo através dela, Estelar, com um braço enfaixado. O olhar de Robin iluminou-se. Ele correu até Estelar, colocando sua mão sobre o ombro dela.
-como está Estelar?
-me sinto bem melhor.
-Estelar... - disse Luiz timidamente.
-não precisa pedir desculpas Luiz. - disse Estelar. - você não tem culpa de nada.
Luiz sorriu radiante. Sentia que um peso enorme tinha sido tirado de seu peito. Todos sorriram aliviados e felizes. A equipe estava completa novamente. Nada iria abalar esta confiança novamente. Nada.
Continua...