Entre o céu e o inferno

Hina

Au-Drama-Romance-Mpreg

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Quem ergue paredes antes do alicerce acaba ao relento...


Bastava esperar o tempo passar para saber ao certo quem era o demônio recém-nascido.

O tempo seguinte foi de festividades no escuro mundo dos demônios. Porem no céu havia tensão e medo.

Nesse momento se reuniam as forças angelicais para saber o que fazer em relação ao suposto nascimento da tal lenda.

Zechs estava sentado a uma mesa branca, havia dezenas de arcanjos de ordens diferentes espalhados pela mesa. Ao centro um imponente anjo envolto em luz e energia os olhava em silêncio.

-Uma decisão será tomada hoje. Essa decisão poderá ditar o futuro de nosso mundo, dos mundos dos humanos e de todos os mundos de todas as dimensões. – Avidiel falou. Sua voz grave e seu semblante sério traziam a gravidade da situação.

-Sabemos dos fatos. – A voz que passou a falar era aveludada como uma canção das ninfas. Não havia corpo físico e sim uma energia gostosa de sentir. – Sabemos que existem tantas possibilidades... Sabemos que o nascimento dessa criança pode ser nossa derrocada ou pode ser um grande milagre. Porem nada nos indica que essa criança veio mesmo.

-Mas, senhor! A tempestade! – Treize acabou se metendo.

-Meu caro, tempestades acontecem... Deus já tomou sua decisão sobre o caso. – A voz explicou. – Ele manda que não interfiramos. Que deixemos as coisas acontecerem.

-Deixemos tudo que conhecemos ser destruído? Por um maldito demônio? – Avidiel se exaltou.

-Avidiel! – Agora a voz se tornou grave e severa. – Somos anjos, devemos saber perdoar todos os males do passado. Achei que... Você havia superado. - A voz voltou a ser leve.

-Desculpe, Gabriel. Mas eu...

-Caro, Nosso Deus sabe o que faz. – Eu agora os concito a esquecer essa história e retomar suas tarefas.

Zechs se concentrou em tamborilar seus longos dedos contra a mesa, a situação era preocupante, afinal os demônios eram seus inimigos declarados e um ser tão forte como esse poderia sim pôr algum risco tanto ao mundo dos anjos quanto ao mundo dos humanos.

-Como o próprio Senhor me mandou dizer. Esqueçam essa tolice. Não há nada demais no inferno a não ser o nascimento de um demônio. O que há de diferente nisso? Nada. Essa é a decisão. Esqueçam! – O conselho estava terminado.

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Com certo tempo os anjos esqueceram o tal nascimento. A pedido do conselho aquilo havia sido esquecido, uma vez que o nascimento não passara de uma bobagem, um nascimento comum.

Porem o único que não esquecia aquilo era Avidiel. Ele sabia que o menino nascido era filho de Beel Zebu com Heeriana. Isso lhe incomodava ainda, apesar de já ter se passado tanto tempo.

-Avidiel. – Treize se aproximou. – Essa cara é por causa do nascimento do filho dele? Achei que isso estava superado. – O anjo o criticou.

-Tolice. Eu jurei diante do conselho há anos atrás que eu jamais voltaria atrás naquela decisão de abandonar Zebu. – Ele falou.

-Às vezes acho que se esquece disso. Ao menos tente disfarçar. – Treize falou o deixando sozinho. Afinal ele tinha que voltar para sua vigília.

-Poderia ter sido diferente. – Avidiel pensou alto quando sozinho.

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No inferno a notícia sobre a reunião do alto conselho havia chegado. Zebu achara melhor manter sigilo, uma vez que todos no céu acreditavam que seu filho nada significava.

Assim seria melhor. Ele acreditava poder pegá-los de surpresa quando chegasse a hora.

Com o tempo Zebu foi notando que talvez Duo nada tivesse de especial, uma vez que ele se mostrara um demônio como outro qualquer. Sem nenhum poder especial.

A passagem do tempo tornara Duo um garotinho que adorava correr pelas inúmeras florestas e campos de seu reino.

Os olhos enormes e violetas brilhavam quando ele corria solto e sorridente e assim o demônio que seria o mais temível entre tantos outros, se tornava um doce e simpático garoto de belos olhos. Duo ia crescendo e sua beleza também.

De qualquer forma desde quando ainda era bem novo ele havia se tornado o xodó daquela família. Heeriana, como uma mulher sempre energética o cercava de cuidados e mimos. Beel Zebu morria de ciúmes do filho e era outro que se enchia de cuidados para com o jovem demônio. Wufei era o mais frio com o irmão, porem no fundo se preocupava muito com Duo. E Heero. Quem diria. Heero havia se tornado a sombra de Duo. É claro que sempre sério e fechado, mas Yui sempre dava um jeito de estar por perto. Sem dúvidas era o guardião de Duo.

A idade fizera Duo se tornar um tanto quanto rebelde, ele agora tinha sempre um ímpeto questionador. Sempre julgando e condenando a visão cética de seu pai quanto sua liberdade. Os outros dois irmãos podiam fazer tantas coisas que ele não. Como sair e chegar tarde da noite, ir onde queriam.

Heero nesse meio tempo havia passado três anos na Terra, no mundo dos humanos. Seu pai conseguira um estágio para o demônio entre os homens, afinal Heero era um demônio, um príncipe demônio e precisava conhecer mais dos humanos. Ao término dos três anos o rapaz não via a hora de voltar para casa. Uma vez que estava de volta se tornara a sombra do irmão. Alegava que Duo era muito bonito e que já havia demônios interessados em se meter com ele e por isso na condição de mais velho ele tinha que defender o garoto, uma vez que Wufei parecia não ligar muito para Duo.

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Na Torre dos Zebu se tratava uma discussão e é claro que envolvia Duo.

Nesse dia o jovem príncipe insistiu com o pai que queria sair de casa. Definitivamente havia sido um pandemônio naquele lar. O filhinho querendo voar sozinho? As coisas estavam muito mudadas.

-Duo. Na minha época os garotos só voavam sozinhos depois dos 18 anos. Meu amor, você só fez 15. – Heeriana tentava convencer o filho que estava sentado num canto da parede com uma expressão nada agradável.

-Mas Wufei e Heero já voavam sozinhos antes dos 18, mamãe! – Ele gritou chateado.

-Amor, você é diferente de seus irmãos. Lembra daquilo que mamãe já falou? – Ela o olhou sem jeito.

-Mas não tem nada haver, mamãe. Eu vou só voar... – Ele insistiu.

-Ohhh, lindo. Mas você deve tomar muito cuidado. É Sua honra... Isso é muito importante para uma... Uma... menin... – Ela ficou constrangida.

-Eu não sou uma menina, mamãe. – Duo a olhou com raiva.

-Eu sei, mas tem aquilo que as meninas têm. Filho, você é especial. Já falamos sobre isso. Você tem dois sexos, isso é lindo. Ahhh... Seu avô, meu pai teria ficado tão feliz em saber disso. – Ela falou exagerada. Havia algumas lágrimas em seus olhos.

-Isso é terrível, mãe. Eu sou o único demônio que conheço que tem dois... – Duo fez uma careta. Nunca se acostumaria com aquilo.

-Duo. Você é muito especial. Qualquer ser inteligente desse mundo ia estar honrado por tê-lo como companheiro. Não ligue para sua diferença, entre nós demônios, essa sua diferença é como uma dádiva. – Ela falou com um olhar terno.

-Mas... Achei que Deus não gostava de nós. – O menino cruzou os braços.

-Bobagem. Filho, Ele está em todas as coisas. Em todos os mundos e todas as dimensões. Nada lhe escapa aos olhos ou aos ouvidos. Ele nos ama, como ama os anjos e como ama todos os humanos e todos os seres que ele criou. – Ela sorriu sempre bondosa com o filho.

-Mas muitos de nós fazemos coisas ruins... Lembra que é função dos demônios perturbarem os humanos? – Duo a olhou.

-Sim. Mas isso é a vontade dele. Somos os que devem aplicar as provas que o próprio Deus prepara para cada humano, você sabe que eles estão lá para serem testados. – Ela sempre dava suas teorias e crenças a Duo.

-Mamãe. Pede pro papai me deixar ir à festa. – Ele pediu doce mudando de assunto.

Aquele olhar violeta. Duo tinha os mais lindos e intrigantes olhos que já se havia visto, e ele sabia usá-los.

Uma vez que havia comovido a mãe o pai lhe dera a permissão para ir a tal festa, porém havia uma condição, que levasse Heero junto. Sem outra opção Duo teve que aceitar o irmão.

Por essa condição Duo havia procurado Heero por toda parte, sem encontrar atinou para o único lugar que o irmão poderia estar: A biblioteca.

Assim Duo caminhou para o topo de uma das torres mergulhando num lindo vôo até uma fenda que havia bem mais abaixo. Ele entrou pela escura fenda em silêncio, respeitando a imensa placa luminosa com os dizeres. "Ouse fazer barulho e uma maldição vai cair sobre sua cabeça! O bibliotecário."

O jovem demônio não gostava daquele lugar. Era escuro demais, bem ao fundo da imensa sala estava um Heero concentrado em um pesado livro. Duo se aproximou se jogando na poltrona ao lado do irmão.

-Hn. – Heero resmungou não lhe dando qualquer atenção.

-O que tanto lê? – O mais novo falou baixo.

Heero o olhou com frieza, odiava quando Duo se aproximava assim, na certa estava precisando de algum favor. O menino lhe deu seu melhor sorriso.

A beleza andrógena lhe era um diferencial. Ele mexeu as imensas e brilhantes asas negras com garrinhas nas pontas, não tinham penas como os anjos e sim asas de morcego, só que em maior proporção. Duo olhava Heero com aquele olhar de súplica na tentativa de comover o frio irmão.

-Hee. – Ele chamou manhoso segurando timidamente a ponta de sua grossa trança na qual sempre trazia preso seu sedoso cabelo marrom dourado.

-Seja lá o que for a resposta é não. – Yui respondeu seco voltando seus olhos azuis para o livro.

-Hee-chan. – Duo insistiu com os olhos violentas.

-Chega! – Heero aumentou um pouco o tom de voz. –Já disse que não gosto que me chame assim. – Ele falou se contendo.

-Tá... Yui. – Duo sorriu. – Por favor, me leva na festa de hoje... Aquela que vai ter no bosque dos suicidas. – Ele pediu.

-Nem pensar. Aquilo não é lugar para você. – Yui foi decisivo.

-Mas... Papai disse que eu podia ir... Se você fosse. Por favor. – Duo estava ficando tenso.

-Duo, não. Aquilo não é lugar para alguém assim como você. Eles te agarrariam e fariam sei lá o que, que nem é bom pensar. – Yui suspirou cansado.

-Mas...

-Chega. Apenas a resposta é não. – Heero dava por encerrada aquela conversa. –Fique aqui comigo e leia um bom livro. – Voltou sua atenção a Duo.

-Eu... Queria ir à festa. Não quero ler. – O menino falou chateado.

-Hn. Porque não vai conversar com os pagãos do Limbo, eles gostam de você. – Yui deu de ombros.

-Estive com eles ontem. – Duo falou entediado. – Alem do mais eu conheço tudo lá.

-Escute. Vá passear no Limbo. Existem umas pedras depois do lago de águas negras. Eu acho que lá você nunca foi. – Heero estava penalizado, mas o tal local da festa era bem perigoso para Duo. Era uma parte do inferno que Duo também não conhecia, porem era melhor que ficasse assim.

Se seu mundo já não era admirável, o bosque era um local terrivelmente doloroso. Ali se podiam ouvir gritos e gemidos, choros, uivos. Gente implorando... Latidos de cães e choro de crianças perdidas dos pais. Havia também um forte odor putrefato e fogo por toda parte, definitivamente. Não era para Duo.

-E o que tem lá? – Duo achou interessante.

-Apenas o lago negro... Ele tem o poder de mostrar o futuro ou o passado de quem olha seu reflexo. – Heero explicou. – Agora escute, se quiser passear por lá, volte cedo e não passe na pedra maior. – Foi o conselho do irmão.

-Porque não? – Duo estreitou seus grandes olhos.

-Você faz muitas perguntas. – Heero voltou a ler agora ignorando completamente o irmão menor.

Duo via o fim da conversa. Ele achou interessante poder caminhar por um lugar desconhecido. E o que mais o intrigava era os motivos que levavam seu irmão a lhe informar para não passar do lago. O que teria do outro lado? É claro que sua curiosidade não deixaria aquilo passar despercebido. Ele sorriu vendo seu irmão entretido na leitura e o abraçou apertadamente.

-Hee-chan! – Sorriu beijando o rosto de Heero e saiu correndo.

-Baka. – Yui corou fortemente com a demonstração arraigada de carinho de seu irmão mais novo. –Do jeito que é curioso é claro que vai me desobedecer, mas acho que fiz o certo. Vai ser bom ao menos ver como o Éden é bonito, ele não vai conseguir passar para o outro lado mesmo. – Yui pensou.

-Interessante seu irmão mais novo. – O bibliotecário apenas comentou olhando Duo sair.

-Não é para seu bico, Mofo. Nem olhe quando ele passar. – Yui se contrariou.

-Ei, só olhar não faz mal. – Mofo era um monstro corcunda e cinzento que tomava conta dos livros milenares da biblioteca.

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Duo caminhou pela floresta escura distraído. Após passar pela floresta ele percorreu os jardins do Limbo. Adorava aquela parte do inferno. Havia uma boa atmosfera ali, embora todo o inferno fosse escuro e apagado. Ele alimentava certo desejo de viver em um lugar mais intenso, mais iluminado, porem não poderia dizer que não amava aquele seu lar.

O jovem demônio atravessou os jardins seguindo reto pela escuridão vazia que parecia ser o outro lado dos jardins. Finalmente ele ouviu o barulho de água, era o tal lago que seu irmão lhe dissera. Como nunca o havia encontrado antes? Porem sabia que seus pais sempre proibiram passeios do outro lado do jardim. Ele se alegrou quando se aproximou da água era escura. Aquele era o córrego de águas negras.

-Como eu não conhecia esse lugar? – Duo exclamou completamente esquecido da festa que havia perdido. Ele sorriu caminhando sobre as pedras.

Abaixou-se tocando a água negra que era tão gostosa quanto tocar em um veludo macio. O jovem sorriu olhando para sua imagem nas águas. Heero o havia advertido sobre o poder que aquelas águas tinham em mostrar alguma fase da pessoa. Ele viu alguém... Estava lhe sorrindo de uma forma tão íntima e calorosa, que Duo pode sentir que talvez aquela pessoa fosse alguém muito importante em sua vida.

Mas, quem seria? Era tão belo...

Duo ficou intrigado, mas a imagem sumiu delicadamente nas turvas águas. Os olhos violetas dele estavam admirados com aquela magia do lago. Ao ver sumir a linda imagem ele parou de sorrir.

A sua frente havia uma violenta queda água que era bela, revolta, selvagem. O jovem demônio não pode deixar de notar as pedras indo à direção da cascata. Uns caminhos de pedras redondas sumiam atrás da grande cachoeira. Curioso ele seguiu por ali, achando interessante a passagem secreta que havia depois da água. Havia de fato uma passagem.

Era estreita e escura demais porem dava acesso a um precipício que parecia sem fim, mas quando Duo levantou os olhos para a outra extremidade, após o vão do precipício o que viu foi um mundo multicolorido.

As nuvens brancas enfeitavam o céu azul e o verde vivo cobria a terra, num elegante tapete natural. As arvores e flores, as cores. Era tudo perfeito.

-O Éden. – Duo estava atônito. Talvez se tivesse lido mais como Heero insistia pudesse saber que o lugar dos anjos era realmente um belo paraíso. A vida parecia brotar daquele lado. – Então Deus realmente os ama mais que a nós. – Ele comentou triste. Porém seus olhos violetas não mantiveram o brilho de amargura e sim um brilho excitado da curiosidade.

Havia um curioso contraste entre o céu e o inferno. Apenas uma fina ponte de madeira apodrecida ligava o mundo colorido dos anjos a cinza dos demônios.

Duo abriu as asas, ao menos aquela ponte não parecia lá muito segura. Porem um aviso o impediu de saltar sobre o precipício. "Não use magia, ou mesmo artifícios. Se quiserem cruzar os mundos use a ponte."

Ele estreitou os olhos, mas decidiu fazer como os dizeres, uma coisa que havia aprendido com seu pai era sempre respeitar os avisos. A travessia foi tranqüila, ao contrário do que parecia, a ponte não oscilou em nenhum minuto e logo ele estava do outro lado.

Quando tocou naquele reino ele sorriu infantil. Retirando as botas correu sentindo o gosto fresco da grama em seus pés descalços. O ar ali era leve, as cores vivas. O menino passou a sorrir distraído rodopiando de olhos fechados, apenas sentindo a paz de estar em um lugar como aquele.

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Desde que o conselho dos anjos havia se reunido pela última vez não fora mais trocada uma palavra sobre o suposto nascimento. Na verdade isso havia sido completamente esquecido.

As coisas não haviam mudado muito por ali. Os mesmos problemas de sempre tomavam o tempo dos anjos: a difícil manutenção do mundo humano. Zechs continuava trabalhando muito para que tudo se acertasse da melhor forma possível.

Hoje, depois de mais um dia árduo ele escapara da torre sem se deixar ser visto. Finalmente teria alguma paz. Sem rumo saiu caminhando ermo.

De imediato havia decidido caminhar até o lago, próximo à passagem para o limbo, o jardim neutro que servia de limiar entre os dois reinos. Qual não foi sua surpresa quando ouviu uma delicada risada. Era como uma música alegre e contagiante. O anjo se apressou para ver quem era o dono da risada, sem fazer barulho ele se escondeu por trás das copas das arvores e apurou seus olhos e os demais sentidos para perceber o anjo que sorria daquela forma.

Não era um anjo o que Zechs viu. Era um demônio que girava como uma criança alegre pela grama. O arcanjo estreitou os olhos, o que aquele ser estava fazendo no Éden? Ele teve o ímpeto de se aproximar do demônio, mas ele podia até soar inofensivo sorrindo daquela forma macia.

Duo finalmente se cansara se lançando ao chão. Estava tonto e sorridente. Estava tão relaxado ali, que nem mesmo imaginava ser algum crime estar entrando no outro reino sem permissão. Ele olhou para as brancas nuvens no céu deixando seu olhar ser perder ali. Foi quando um movimento em uma moita lhe chamou a atenção.

Apreensivo ele se sentou olhando atentamente para o local de onde o barulho havia surgido. E o que viu foi um inocente animal branco. Duo já havia visto um deles nos livros, mas nunca havia visto assim de perto. O garoto correu na direção do pequeno animal felpudo de grandes orelhas.

-Eiii... Eu não vou machucá-lo. – Duo sorriu seguindo o animal e finalmente o alcançou o tomando entre as mãos para um terno carinho, como era gostoso tocar aquele pelo macio. Os olhos meigos do animal se voltaram para ele ansiosos.

Zechs estava um tanto quanto encantado pelo demônio, ele agia de forma tão infantil e inocente.

Automaticamente o anjo saiu de seu esconderijo se aproximando do demônio.

-Solte o coelho e se vire lentamente. – O anjo falou com sua voz decidida. De certo o demônio lhe havia impressionado, porém ainda era um demônio.

Duo estava bem distraído com o pequenino animal, ele não esperava encontrar com alguém. Agachado de costa ele soltou o coelho que fugiu amedrontado. Duo também estava amedrontado, afinal nunca havia feito um contato com um anjo antes, e pelo que seu pai lhe dizia deveria sempre se manter longe deles e principalmente longe do Éden.

-Vire-se! Não tente nenhuma gracinha, demônio. – Zechs estava firme.

Duo estava com medo. Ele apenas se levantou lentamente.

Zechs pode registrar aquele momento de uma forma que jamais esqueceria. O menino era bem baixo em relação a ele, e o corpo bem menor que o seu, porém havia uma beleza andrógena, as curvas do corpo eram delicadas e acentuadas na medida certa. Havia uma trança longa que parecia prender os cabelos mais macios e brilhantes que existiam. Duo se virou lentamente para encarar o anjo.

Durante um breve momento eles ficaram sem ação. Seus olhos se encontraram e se fixaram.

Duo olhou para o ser que estava a sua frente. Era um anjo. O demônio soube disse por causa das asas brancas como neve. Como era lindo, Duo achou. Alto e forte. Loiro, os cabelos compridos e os olhos azuis. Podia ser um anjo, mas sem dúvidas era o mais belo do Éden, ao menos Duo achou isso. Sabia que o momento era tenso, mas não pode evitar sorrir.

Zechs estava imóvel. O menino se voltara para ele e lhe presentearam com o mais belo olhar que já havia visto, eram olhos violetas. O sorriso iluminado.

Alguma coisa havia sido mudada naqueles dois corações. Era desejo o que sentiam. Carnal? Talvez fosse. Mas ambos estavam trêmulos.

-Que faz aqui? – Zechs agora mantinha a voz suave.

-Eu... Só estava caminhando quando encontrei a passagem. Eu nunca tinha visto um lugar assim como esse... O bichinho fofinho, a grama, o Sol. – Duo passou a falar entusiasmado.

-Eu... Posso entender. O inferno não é um lugar muito convidativo. – Zechs comentou. –Ahh... Desculpe. Eu não quis ser um grosso. – Ele se recuperou. – Acho que você deve voltar agora... – O loiro falou, mas seus olhos estavam vidrados em Duo. Pensava como seria tocar aquela pele, aqueles cabelos. – Você não pode andar por aqui. – Ele completou.

-Perdão. Eu não sabia, na verdade nem sei voltar para casa. – Duo falou humilde.

Ficaram se olhando por um tempo demorado. Talvez cada um tecesse algum raciocínio sobre o outro, ou talvez apenas estivessem puxando pela memória apara lembra se em algum momento já haviam se esbarrado por ali, mas de fato essa idéia estava descartada. Porque tanto Duo Quanto Zechs sabia que se tivessem já se cruzado de forma certa se lembrariam um do outro.

-O que veio fazer por aqui? Está mesmo perdido? – O loiro deu um passo à frente.

-Eu estava com um tédio enorme... Estava buscando alguma distração... – Duo informou respondendo a pergunta. –Eu... Fiquei realmente impressionado. Deus é realmente muito bom com vocês. – Ele comentou.

-Não seja bobo. – Zechs o olhou. O demônio falava e olhava de uma forma diferente. Ele tinha um toque de inocência e meiguice que não combinava com um ser de sua espécie. – Deus ama todos nós de forma igual... – O arcanjo se adiantou dando mais um passo na direção do jovem.

-Olhe onde vive. O Éden é um verdadeiro paraíso. Agora olhe para lá. Você não sabe o que é andar na lama e na seca... O que é acordar todos os dias e não ver a luz do Sol. – Agora havia um vestígio de mágoa nessa fala, mas Duo não ia continuar.

-Não. Cada um de nós tem uma missão e uma força. Quem sabe a tarefa mais difícil não seja dos demônios? É difícil servir como inimigo dos humanos, é difícil ser responsável pela parte mais árduo do ensinamento deles. – Zechs falou, mas nem sabia seus motivos. Porque estava aconselhando aquele pequeno demônio.

Duo o olhou surpreso. – Você... Realmente pensa dessa forma?

-Senão pensasse não estaria falando... – O anjo sorriu vendo um brilho infantil em Duo. –Venha. Uma vez que não sabe o caminho de volta, eu te mostro. – O loiro o tomou pela mão. Talvez não devesse ter feito tal coisa, pois o que sentiu quando tocou aquela mão delicada e macia foi forte demais.

Era uma espécie de calor gostoso, daquele que toca o corpo aos pouquinhos e vai aquecendo de forma delicada.

Duo sentiu o mesmo, foi nesse momento que ele finalmente atinou que aquele rapaz alto e forte, tão cheiroso e belo, era a imagem que lhe sorriu no lago negro. Era a imagem da pessoa que intimamente soube, lhe ser alguém importante. Sem comentar nada o jovem se deixou ser levado por aquele elegante ser. Como era lindo seu caminhar, seus cabelos lisos e loiros como os raios de Sol, o sorriso branco como nuvens.

Era estranho, mas os olhos de Duo não conseguiam desgrudar por nem um único momento daquele corpo que se movia a sua frente. Os músculos daquele corpo embora cobertos pelas vestes brancas conseguiam sobressair a cada movimento. As asas enormes e delicadas davam o ímpeto de tocar para sentir a consistência que parecia a mais macia das plumas.

De fato aquele anjo era um conjunto de perfeição. E isso estava causando um efeito quase que afrodisíaco no jovem e inexperiente demônio. Duo já tinha idade suficiente para saber quando se sentia atraído por algum ser, ele já conhecia seu corpo a ponto de entender que agora o anjo a sua frente lhe estava perturbando.

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Caminharam em silencio apenas observando a paisagem, as flores e diversos pássaros.

Estavam chegando na ponte e isso estava deixando o arcanjo um tanto quanto perturbado. Ele era um anjo experiente e responsável, mas aquele lindo demônio o havia desestabilizado e agora que ia deixar o garoto ir embora novamente para casa ele sentiu seu coração doer.

Podia ser loucura, mas seu corpo estava fervilhando por aquele menino. Era só um garoto demônio, mas Zechs não saberia explicar o desejo latente que estava lhe subindo pelo baixo ventre.

Finalmente chegaram à ponte. Silencio duro constrangedor.

-Er... Chegamos. Suponho que daqui seja fácil voltar. – Zechs falou sem encarar o rapaz menor.

-Eh... Eu tenho mesmo que ir agora né? – Duo não queria. Fosse loucura ou mesmo infantilidade queria correr e abraçar o corpo forte daquele ser e sentir o calor que imaginava emanar dali.

Quando o demônio disse tal coisa o loiro pode ver que um certo brilho escuro pairou naqueles olhos violetas. Era impressão sua ou o menino estava... Estava o desejando? Os olhos de Zechs percorreram o corpo cheio de curvas do demônio, parando em seu baixo ventre ele viu um tímido do volume.

Os olhos se encontraram surpresos.

Duo corou automaticamente. Zechs havia notado sua excitação e agora o olhava com certa gana, o olhava como se visse apenas um corpo morno a sua frente.

Seria certo se aproximar? O que fariam? Que desejo era aquele? Não seria perigoso?

O demônio estava imerso em dúvidas. Seu coração palpitava, a vista chegava a falhar, bem como suas pernas tremiam levemente e seu estômago parecia vivo se mexendo de forma desconfortável. Sua vertigem foi quebrada pelas mãos grandes de Zechs o tocando. O puxando sem muito pudor pela cintura.

Suas asas foram se desmaterializando com energia pura. Ambas as raças tinha essa possibilidade de recolher suas asas para poupar energia. E eles iam precisar de bastante.

Era desejo lascivo. Tinham que se dar um ao outro. Tinham que se provar fosse como fosse, certo ou errado.

Beijaram-se com agressividade. Como se necessitassem daquele gosto das bocas se tocando, as línguas molhadas entrando e invadindo cada canto. Que beijo quente e urgente. Era intenso demais.

Para Zechs beijar aquela boca era como se estivesse com a língua dentro de uma boca que já conhecia. O gosto, o calor. Ele fechou os olhos com mais força apertando a cintura fina de Duo, queria muito se conter, tentar ser mais doce e carinhoso, mas nunca havia ficado assim, seu falo estava latejando e nem se haviam tocado direito.

O beijo seguiu profundo. Duo passou seus braços em torno do pescoço do anjo sentindo as pernas falharem de vez, assim Zechs o derrubou na grama, sem nunca deixar sua boca.

Zechs estava muito excitado, mas ainda protelava se devia continuar. Ele era o mais velho ali, talvez ele devesse dar um basta naquela loucura, talvez estivesse apenas se aproveitando de um menino frágil, mas não queria... Seu corpo queria o outro junto ao seu. Não devia parar... Mas aonde aquilo chegaria? Eram dois masculinos... Qual dos dois cederia?

O outro era mais frágil e mais jovem de certo o demônio cederia, mas seria certo retirar o lacre de um ser ingênuo? O loiro não sabia.

Duo também mantinha seu dilema. Havia tanto a perder naquele momento, mas seria pior se evitasse aquilo e perdesse a chance de se entregar naquele momento àquele anjo. Sem pensar mais o demônio lembrou do que sentiu quando viu a imagem nas águas, ele soube que devia ser do anjo. Assim ele relaxou descansando suas coxas ao lado do corpo maior sobre o seu.

Era o sinal. Zechs não ia mais voltar atrás. Se o menino quisesse podia ter evitado, podia o ter repelido, mas ao contrário havia se dado a ele, havia se entregado e ele ia tomar para si aquela inocência.

Nenhum dos dois procurou pensar se era uma atitude imprudente, apenas o momento que interessava.

A noite estava chegando. Eles separam os lábios já inchados e vermelhos. Seus peitos descompassados arfavam por ar. Olharam-se com intensidade.

Zechs sorriu vendo que era seu dia de sorte. Não era sempre que um demônio como aquele resolvia se entregar a um anjo. Ele ia aproveitar cada parte daquele corpinho delicioso. Fechando os olhos ele passou a beijar a pele do pescoço do jovem, era gostoso ali, quentinho. Forçou os lábios e os dentes passando a chupar aquela pele.

Duo gemeu. Ele nem viu quando deixou sair por seus lábios o suspiro de prazer, mas isso estava deixando o arcanjo extremamente ouriçado. Ouvir aquele gemido quase vulgar. Ele intensificou os chupões. Estava marcando aquela pele como sua.

-Ahhhh... – Mais gemidos de Duo.

-Que criatura linda eu tenho hoje. – Zechs gemeu com uma voz grossa bem ao pé do ouvido do demônio.

O anjo queria ver mais daquele corpo. Entre beijos e lambidas bem dadas ele e o próprio demônio foram se despindo. Duo estava tão excitado, sentia seu falo arder em riste, seu baixo ventre era um fogo único, sentia-se completamente molhado, seus olhos violetas estavam estreitos. Ele tentava retirar aqueles panos. Tantos tecidos que cobriam seu corpo. Estava se atrapalhando com os fechos.

Zechs já havia removido seu manto, as vestes por baixo, as botas esquecidas na grama.

Seu sexo doía ansioso, sem pensar ele abriu o manto negro do outro apenas com um golpe forte, não importava muito, queria apenas ver o corpo nu. E era lindo. Era mesmo a criatura mais linda de todos os mundos, ele pensou.

Sua boca desceu urgente chupando os mamilos de forma insistente.

Duo sorriu ao sentir aquela boca sendo tão atrevida em um local de seu corpo que nunca havia mostrado a ninguém. O corpo em cima do seu era cheiroso e tão cheio de músculos. As mãos do demônio tocaram as costas do anjo, sentindo cada músculo.

A boca de Zechs foi descendo lambendo com certa urgência, deixando as suas marcas naquela pele tão lisinha. O baixo ventre do menino estava tão rijo quanto o seu. Zechs sorriu malicioso terminando de arrancar aquelas vestes todas...

Duo estava tão entregue ao momento, nem teve como perceber o movimento do outro. O fato é que agora estava completamente nu diante dos olhos do anjo.

-Meu... Deus! - O loiro se afastou surpreso quase caindo.

Duo corou fortemente se encolhendo, cobrindo suas vergonhas com as mãos. Se tivesse atentado para isso teria fugido daqueles toques. Como foi tolo. Agora estava ali, nu sob os olhos surpresos do mais lindo anjo que já havia existido sobre a face da terra. E ele lhe olhava de forma assustada, na certa completamente apavorado com a anormalidade entre as pernas do garoto.

Foi um longo silencio incômodo.

Os olhos violetas de Duo se encheram de lágrimas e vergonha. Seu rosto muito corado e seu corpo encolhido de forma tão penosa. Ele tentava se cobrir em vão. Zechs já havia visto.

-Deus... Que vergonha. – Duo falou baixinho finalmente deixando uma grossa lágrima cair.

O que Zechs podia dizer. Estava ali de olhos arregalados e queixo caído ajoelhado diante do demônio nu. Havia sido tomado de surpresa, achava que era um macho de demônio que ia comer, mas era um... O que era aquilo afinal? Um demônio hermafrodita? Apenas deuses podiam hermafroditas.

-Eu... Não devia ter... Eu sinto muito. – O loiro falou.

-Não... Eu que agi como um... Como... – Duo nem teve palavras. Somente as lágrimas. –Minha mãe tinha me dito que não devia nunca me mostrar a ninguém... Mas dizia que era por questão de honra e respeito, mas agora eu tenho certeza... Isso assusta os outros seres. Essa coisa horrível... – O pequeno demônio começou a se torturar soluçando enquanto deixava definitivamente as muitas lágrimas caírem. – Eu sou um monstro nojento. Como tenho vergonha... – Ele gemia.

O anjo apenas o olhou. O que ele estava dizendo? Claro que jamais esperava que o demônio que estava beijando fosse um hermafrodita, mas aquilo era, tão raro. Tão especial. Ele sabia que aqueles seres eram especiais. Uma dádiva de Deus. A prova viva de que todas as coisas no mundo são uma só.

-Não seja tolo. – O anjo falou. – Você é tão diferente... Especial. – Eram verdadeiros seus sentimentos. –A criatura mais especial que nosso Deus fez. – Ele completou.

Duo piscou o olhando confuso.

-Deixe-me. Já me ferir demais por hoje. – O menino quis levantar e se cobrir. Estava tão envergonhado.

-Não. – Zechs o segurou. – Você é a prova viva de que todos os seres que Deus criou são iguais. Você é dois em um... Um ser sagrado. – O loiro o beijou. E dessa vez não tinha a ânsia e pressa de antes. Queria sentir aquele gosto imaculado. Tocava os lábios de Duo com extremo cuidado, afinal sabia que ele era um privilegiado por ter sido escolhido por aquele demônio sagrado.

Duo deixou que as lágrimas caíssem sentindo a língua de Zechs dentro de sua boca tocando com carinho, as mãos novamente tomando cada parte de seu corpo. Aquele beijo o foi relaxando, cada músculo seu foi ficando leve. O loiro carinhosamente o deitou na grama removendo as mãos dele que tentavam se esconder.

-Deixe-me vê-lo. – O anjo falou doce apartando o beijo. Seus olhos fitaram com verdade os olhos do outro, lhe passando segurança.

Duo sorriu consentindo com a cabeça lentamente. Suas pernas se abriram levemente. Zechs não perdeu tempo, sorrindo ele tocou a minúscula e discreta fenda que o demônio tenha entre as pernas, bem abaixo do delicado falo. O anjo estava ansioso, mas tinha que demonstrar segurança e calma para não assustar o menino. Ele tocou o falo do trançado que estava muito rijo o levantando levemente, não pode deixar de notar como era sensível aquela pele clara, havia um ralíssima pelugem na cor dourada. Teve uma visão perfeita e curiosa daquela fenda discreta.

Com os dedos trêmulos ele a abriu delicadamente, era quente e macia, uma sensação que Zechs não sabia comparar com mais nada no mundo. Teve o prazer de afundar o dedo indicador ali, estava úmida demais, numa lubrificação natural.

Duo gemeu fechando os olhos quando aquele dedo lhe tocou em um lugar tão íntimo. Suas faces coradas e a respiração alterada. Zechs seguiu entrando um pouco mais com os dedos se sentido completamente estimulando.

Mais um dedo, outro, logo ele movia vagarosamente três dedos dentro daquela gostosa gruta. Mas não tinha como resistir, seu próprio falo parecia lhe castigar penosamente. Ele removeu sua mão olhando para o outro que correspondeu gemendo e lhe abrindo bem mais as pernas.

O anjo sorriu beijando a pequena fenda melada com aquele gozo. Pondo sua língua timidamente, como era gostoso ali, o próprio líquido que saia tinha um cheio excitante, não podia, mas esperar. Ele se ajeitou sobre o corpo do demônio encostando a cabeçorra de seu falo naquela entrada.

-Ahhh... – Um tímido gemido saiu dos lábios do jovem trançado quando sentiu os dedos viscosos do anjo pelo seu próprio gozo apertar seus mamilos os excitando ainda mais.

-Não tema. Confie em mim. – O loiro falou tocando o rosto assustado e ao mesmo tempo excitado do menino. Ele foi forçando com calma, fazendo seu pênis escorregar para dentro daquela quente intimidade. Era tão apertado ali dentro. Era diferente de qualquer outra coisa.

Há tempo Zechs não mantinha uma relação como aquela. Desde quando sua ordem passara a classe de um arcanjo não havia mais sentido necessidade daquela prática. Quando mais jovem havia experimentado muitos seres, entre homens e mulheres, mas nada do que lembrava podia se igualar àquela criatura. Estar dentro daquele demônio era algo que qualquer anjo ou homem desejaria pecaminosamente, ele tinha certeza disso.

Duo sentiu a dor daquela penetração. Sua carne interna cedeu quando a pressão aumentou e ele sentiu escorregar com tudo aquele volume para dentro de si em uma dor que o fez deixar lágrimas caírem e um gemido alto cortar o silencio daquele jardim.

Assustado o anjo parou qualquer movimento, uma vez que seu amante passou a soluçar abaixo de si.

-Eu disse para confiar em mim... Apenas me deixe te amar. – Ele falou com carinho perto do rosto do demônio capturando aqueles lábios num beijo doce. Assim Duo passou a ser beijado e tocado com tanto carinho. Zechs estava enterrado dentro dele, mas esperava com beijos e afagos que seu corpo se moldasse ao tamanho grosso que lhe tomava nesse momento.

Com um tempo os soluços que o jovem trançado derramava dentro da boca do loiro tornaram-se gemidos curtos e quando separaram os lábios Duo sorriu lindamente enquanto pressionou aquele falo dentro si.

-Hummm... – Zechs não se controlou. Afinal fora pego de surpresa por aqueles músculos lhe apertando.

-Me faça totalmente seu nessa noite. – Duo pediu sorrindo.

Não foi preciso mais pedido. O loiro se mexeu dentro dele, retirando quase todo o extremo membro e pondo novamente. Aquela entrada e saída provocaram alguma irritação e dor dentro do demônio, mas logo foram dando lugar a uma sensação tão forte e perfeita. Zechs passou a aumentar o ritmo estocando ali dentro, a passagem de seu membro por aquele canal era gostosa, era tão macio e apertado. Nada ali parecia ceder, como se fosse uma fenda perfeita para ser cheia com aquele membro. Como se feitos um para o outro.

-Or... ohhh... ahhh... – Duo passou a gemer quando o ritmo foi tão forte.

Estavam se amando. Zechs entrelaçou seus dedos aos do amante e os dois se moveram num ritmo alucinante, gemendo e sentindo mil sensações lhe tomarem todo o corpo.

O loiro estava quase chegando lá e trazia o demônio naquele embalo. Com a pressão dos corpos Duo gemeu sentindo uma coisa nova. Era como se todo seu corpo enrijece para no segundo seguinte relaxar completamente e ele gozou. Gozou de todas as formas que pode, seu falo espirrou entre seus corpos seu líquido quente e viscoso, enquanto sua fenda estava tão úmida que o pênis de Zechs o penetrava cada vez mais fundo.

Zechs sentia uma sensação ímpar. Toda vez que saía e entrava dentro de Duo sentia sua glande se acomodar às paredes daquela estreita fenda que parecia lhe massagear, ele tentou meter o mais fundo que pode, sentindo a abertura tão mínima cede a seus golpes. Quando já não podia mais suportar, depois de sentir-se ser quase esmagado pelos músculos do amante quando esse gozou, o loiro gemeu alto e liberou todo seu gozo dentro do outro em jatos quentes e cremosos.

Estava feito. Duo havia se entregado.


Sou persistente.

Pode tentar quantas vezes quiser.
Digo agora, e depois e depois e tantas vezes quiser.
Aviso, é perda de tempo, pois eu tenho as asas da Fênix.

Sempre... Fênix... entenda: Você não pode me vencer.
Eu sempre voltarei... mais forte e desejavel que antes.

Hina (que não gostou do capítulo... achou lemon sem fundamento... ¬¬)