Umbral do Inferno


I - Alvorada sem Sol

"Por favor, senhor! Não temos moedas!" – Uma mulher envelhecida gritou aos prantos.

O cenário era a imagem perfeita do caos. Estavam em um lugar conhecido por L2, um vilarejo escondido no meio do nada. E a situação era a mais miserável possível.

Os habitantes de L2 sobreviviam por meio de agricultura, porém as terras já não eram tão produtivas quanto há alguns anos atrás. A fome e miséria passaram a imperar nos pátios daquele vilarejo, bem como os habitantes sofriam com as atrocidades de sua rainha e seu exército do medo.

"Cala-te! Velha! Vives na terra de vossa rainha, por isso deves pagar impostos!" – Um soldado gritou enfurecido de cima de seu imponente cavalo com a senhora que chorava.

"Mas, senhor. Sou mulher cansada dessa lida! Meu marido anda adoentado, não temos como pagar o imposto esse mês!" – Ela chorava.

"Velha desgraçada!" – O rude soldado sacou a lança ameaçadoramente. "Então vamos quebrar tudo que tens dentro desse casebre!" – Ele sorriu.

"Eu imploro senhor! Já os soldados de teu reino quebraram tudo que podiam!" – Ela choramingou.

"Então, velha imunda! És uma velha caloteira?" – O homem a rodeou ameaçadoramente com o cavalo, sempre fazendo sua lança reluzir contra o Sol, empunhada ao ar.

"Sinto, meu senhor! Mas os solos de L2 andam traiçoeiros!" – Ela se ajoelhou.

"Mentirosa!" – O homem descontrolado a golpeou inúmeras vezes com o cabo da lança.

"Mamãe! Não! Mamãe!" – Ao verem a cena de uma mulher indefesa sendo massacrada pela lança de um soldado, algumas crianças correram de dentro da casa apavoradas.

Pobres crianças, talvez acreditassem que poderiam com sua tola inocência vencer aquele perverso homem que subjugava a velha mulher que chamavam de mãe.

"Não venham! Mandei que ficassem dentro da casa!" – A mulher ensangüentada no chão brigou com as seis crianças que vieram a seu encontro.

"Velha vadia parideira!" – Enraivecido o soldado usou sua lança contra mulher e crianças. Apesar de os habitantes de L2 estarem acostumados aos desmandos e maldades dos homens de Relena Peacecraft II, a rainha do mundo, ainda aquela cena era imediatamente chocante aos olhos de quem passava àquela hora do dia por ali.

Gritos. Gritos desesperados de dor e angústia vinham do grupo. As pobres e inocentes crianças choravam com seu sangue escorrendo. A mulher, também muito ferida nada podia fazer a não ser ouvir o grito de dor de seus filhos.

"Alguém tem que parar isso!" – Algumas pessoas se revoltavam na multidão que já se formava. Mas nada podiam fazer, aqueles homens representavam a coroa real, logo era sinônimo de verdade.

"O que está havendo, soldado?" – Um cavaleiro se aproximou em certo ponto daquela tortura. Ele montava um imponente cavalo branco com suas vestes impecáveis e seu olhar decidido e firme. Tinha um longo cabelo loiro e os olhos azuis como o mar.

Ele exigiu que o outro parasse. "Pare já com isso!" – Sua voz trovejante se fez maior que os murmúrios revoltados da pequena multidão que ali presenciava tal teatro macabro.

"Mas, meu senhor! Essa maldita velha não nos paga os impostos há meses!" – Foi a acusação do soldado.

"Então é verdade, velha, que não presta contas à coroa? É verdade que viras as costas a nossa deusa?" – O homem guiou o cavalo branco na direção do grupo que fora espancado.

"M-meu, senhor. Sou uma pobre mulher velha e cansada da lida. Meus filhos choram de fome à noite. Não tenho como pagar as moedas de nossa senhora." – Ela gaguejou repetindo o mesmo discurso de sempre.

"Hum... L2 usa essa desculpa para se recusar a pagar o que é de Relena. Isso tem que acabar! Hoje, velha. Iras pagar todas as moedas que deve a tua rainha!" – O homem do cavalo falou triunfante, tal qual um arauto.

"Mas meu senhor tende piedade!" – A mulher apavorada se humilhava. Todos temiam aquele homem. Zechs era irmão de Relena e chefiava dos cobradores de impostos.

"Chega!" – Uma voz cansada e rouca saiu de dentro da casa. Era um homem de aparência muito desagradável. Ele vinha se arrastando lentamente para junto do tumulto, sendo ajudado por um jovem, pois suas pernas já não mais podiam com o peso do próprio corpo.

"Santo Deus! Que diabo é isso?" – O soldado se assustou.

"Sou Maxwell e esta é minha família, seus vermes!" – O velho bradou rouco. Ele tentou se mover, mas teria caído se não fosse o pequeno menino que o apoiava desde que ele saiu de dentro da casa.

"Não, meu velho! Volte para dentro!" – A mulher gritou.

"Senhor Zechs. O senhor pode fazer o que quiser comigo, mas não machuque as crianças." – O velho implorou.

"Olhe para você! Está se despedaçando. Está morrendo ao poucos, Lixo! Nada tens que possa me satisfazer." – O homem desmontou do cavalo. Seu andar era elegante, ele tinha os cabelos loiros, belíssimos, que se moviam em conjunto com seu belo corpo. "Que tens tu, homem podre, a me oferecer? Que tens tu de tanto valor que possa pagar tua dívida e de teus familiares para com a deusa?" – Zechs mais uma vez soou teatral, porém não menos perigoso.

"Ele?" – Velho foi rápido na resposta. Ele mostrou o menino que esteve o apoiando.

"Estas de graça com um servo da coroa, verme?" – O soldado desmontou levantando novamente sua lança cruel.

"Não." – Zechs fez um gesto com a mão indicando que deixasse o homem falar.

"Quanto ele vale?" – O Velho perguntou segurando o menino a sua frente.

Zechs ficou calado por um instante. Seus olhos azuis percorreram o menino que lhe era oferecido. Devia ter seus quinze ou dezesseis anos. Suas roupas não passavam de trapos sujos.

"Quanto ele vale? É sadio e virgem?" – O homem de olhos azuis perguntou de forma apressada.

"Sim... vamos, quantas moedas ele vale?" – Os olhos do velho Maxwell brilharam.

Zechs olhou mais um pouco. Aquele garoto tinha algo de especial. Sem falar que havia uma beleza que se sobressaía em meio a tanta sujeira. Os cabelos eram longos e presos numa trança, mas o que mais chamava a atenção naquele menino eram os olhos. Imensos e de uma cor azul quase violeta. "Uma saca de 50 moedas." – Zechs pôs preço.

"É seu." – O velho Maxwell empurrou o garoto para junto de Zechs.

"Vende-me teu filho por 50 moedas? Que tipo de homem és tu? Acaso sabe o destino que se reserva a ele?" – Zechs observou o rostinho assustado do menino que lhe era vendido.

"Destino melhor terá que junto a mim senhor." – O velho resmungou.

"Tu deves saber o que fazes! Com a oferta de teu filho pagaste tua dívida com a coroa até hoje, mas no próximo mês espero que saibas aproveitar essa saca de moedas para plantar e fazer fortunas para encher os cofres de tua rainha." – Zechs falou ameaçador.

"Papai! Por favor! Eu não quero ir com ele!" – O menino pela primeira vez falou, sua voz era uma melodia triste.

"Filho! É o mais velho. Sabe de tua responsabilidade! Deve sim ir com ele e lhe servir a todos os momentos para que nossa família não passe mais privações." – O velho disse abraçando o filho.

"Mas, pai! Por Deus, eu quero ficar com o senhor e a mamãe!" – Ele chorou.

"Duo, filho! È tão belo, todos os homens da vila te queriam cortejar. O que te custas ser cortejado por esse homem ou por qualquer outro da frota real?" – O velho Maxwell sabia bem o que lhe custava entregar seu pequeno Duo nas garras daqueles monstros. Sabia bem o que fariam a ele, mas talvez fosse melhor assim. Talvez Duo com a extrema beleza que possuía pudesse cair nas graças de algum homem da guarda real e ser eleito como conjugue de algum desses, garantido para sua miserável família algum conforto.

"Chega de conversa, vou levar minha mercadoria." – Zechs falou segurando Duo pelo braço notando como aquele menino tinha um corpo morno e uma pele com textura macia.

"Não!" – Duo gritou ao ser separado do pai. Não queria ir com aquele homem.

"Quieto, seu puto!" – Zechs o segurou com mais força.

"Não!" – Duo apenas gritava se debatendo. "Eu não quero ir!" – Ele gritava.

"Seu vadio!" – Zechs o imobilizou dolorosamente. Preocupação com o bem-estar daquele pequeno menino não existia. "Uma corrente, seu imprestável!" – Zechs gritou com seu soldado que prontamente trouxe o que lhe fora mandado. Uma grossa corrente que servia para açoitar os escravos da rainha.

"Não! Papai!" – Duo berrava sendo imobilizado no chão, incapaz de mover um dedo.

"Seu putinho bravo! Eu vou te domar!" – Zechs até divertiu-se com a ação extra. Até que para um garoto Duo tinha atitude e isso era algo que o excitava e muito. Ele aproveitou a imobilização para passear sua mão sobre algumas partes do corpo daquele menino, de forma a constrangê-lo. "Quieto, seu animal!" – Ele bateu com a cabeça de Duo contra chão para conseguir amarrá-lo melhor.

O velho Maxwell ficou ali imóvel, vendo a violência que era usada contra seu filho. Seu coração se apertava a cada pancada que via Duo levar. A cada grito de socorro ou a cada palavrão que era desferido contra o inocente jovem.

"Santo Deus! Piedade por entregar meu filho a esse sofrimento!" – Lágrimas vieram aos olhos cansados do velho enquanto fazia sua prece. Ele pedia por perdão. Implorava a seu Deus que o perdoasse por ter vendido seu jovem filho. Ele bem sabia o que acabara de fazer a Duo, que na melhor das hipóteses se tornaria um prostituto servindo homens reais em algum vilarejo tão imundo quanto L2.

O velho leproso enxugou as lágrimas ao ver a leve saca de moedas ser jogada ao chão, bem próxima de uma poça de sangue fresco que havia sido retirado da cabeça de seu filho.

Ele viu o corpo amolecido de Duo completamente acorrentado ser jogado sobre o cavalo de Zechs. Talvez fosse a última vez que veria seu pequeno e sempre doce filho.

"Estão vendo?" – Zechs parou no meio da multidão exibindo o corpo amolecido de Duo. "Ele é a prova viva da força da coroa! Todos que não pagarem seus impostos terão que pagar com a própria vida! E sendo essa uma miséria, como a desse leproso, terá que pagar com o que lhe é mais precioso!" – Ele falou imponente, como em um ato final.

Seu cavalo rodopiou majestosamente para depois ganhar a velocidade necessária para sumir deixando uma nuvem de poeira para trás.

"Adeus, filho!" – Maxwell resmungou.


Os cavalos dos cobradores de impostos se aproximavam do palácio real.

Um palácio imponente se erguia sobre as montanhas ao norte. Ali era a morada de Relena Peacecraft II, a rainha do mundo, quase uma deusa. Era dali que a quase deusa Relena dava as ordens que regiam todas as colônias.

"Senhora. Zechs retornou." – Uma serva anunciou.

"Quando?" – Relena tinha uma voz altiva. Era de fato uma mulher forte.

"Hoje, acabou de chegar. Irá lhe ver pela noite para sentar-se à mesa com a senhora." – A anunciante se retirou.

"Zechs ficou mais tempo do que devia na coleta de impostos dessa vez." – Treize comentou com Relena.

"Meu caro. Esse tom de ciúmes não combina com um homem como você!" – Ela o desafiou.

"Não se trata de ciúmes, Relena. Ahhh..." – Treize olhou pela enorme janela da sala real, lá fora o céu era lentamente tingido de um vermelho-entardecer. "Quem sabe é insegurança mesmo?" – Ele se entristeceu.

"Caro, meu irmão tem esse sangue quente nas veias. Ele gosta de ação, já falei tantas vezes para que ele fique aqui e me ajude a governar, mas ele insiste que é homem de ação, que se diverte com a coleta de impostos." – Ela combateu a insegurança de Treize.

"A mim mais parece que ele foge de mim e do compromisso que há dois anos tentamos firmar." – Treize comentou.

"Não seja tolo, mais fique prudente. Meu irmão não é homem de se deixar domar, ao contrário ele gosta de domar... portanto, meu caro, seja cuidadoso. Se Zechs perceber que você o quer dominar ele irá escapar de suas mãos... e isso... nem eu nem você queremos, afinal essa união é importante para nossos negócios." – Ela sorriu.

"Eu bem sei disso, senhora rainha do mundo." – Treize também sorriu.

O conde Treize era braço direito de Relena controlando a parte de transações e comércios externos. Dono de um extenso pedaço de terra costeira tinha os portos mais importantes sob seus domínios e Relena bem sabia o quanto garantir a amizade, e se possível fosse, um parentesco com Treize seria ótimo para seus negócios. Por isso comemorou com festa o noivado de Treize e seu irmão Zechs há dois anos atrás, porém seu irmão não demonstrava nenhuma vontade de casar-se, embora ainda mantivesse o romance com o conde.


Enquanto isso nas masmorras da fortaleza de Relena.

As masmorras do palácio era um contraste perfeito com as dependências reais.

Duo acordou em um lugar que não conhecia. Estava inicialmente desorientado e necessitou alguns minutos longos para se localizar.

Estava amarrado pelos pulsos, que por sinal latejavam de dor, seus pés mal tocavam o chão de pedra úmido e todo seu corpo tremia de frio. Notou que estava completamente despido, e seus cabelos úmidos caíam sobre seus ombros. O cheiro que exalava de seu corpo era semelhante ao perfume das flores.

"Deus... onde estou?" – Ele se perguntou.

"Na minha masmorra!" – A voz de Zechs preencheu o ambiente. "Você também precisava de um banho. Espero que não se incomode." – O loiro sorriu lambendo os lábios.

Duo que já tremia teve o corpo tomado por medo. Era aquele homem quem o havia tomado de seu pai, de sua família. Como odiava aquele homem.

"Sabia que gosto quando você me olha com o tanto ódio? Me excita." – Zechs se divertia às custas de Duo. Era interessante vê-lo indefeso e humilhado. "Está aqui, como um bichinho acuado. E tudo que pode fazer é olhar feio. Você é tão patético." – O loiro se aproximou tocando o corpo de Duo enquanto invadia a pequena orelha com sua língua atrevida.

"Seu... n-nãoo... não toque em mim!" – Duo choramingou tenso. Ele estava completamente nu e indefeso. Talvez por isso o frio excessivo. O rapaz em vão se debatia, o que servia apenas para agravar os ferimentos em seus pulsos. Mas Duo estava apenas interessado em se livrar das mãos imundas daquele maldito homem.

"Não lhe resta muito, pequeno. A não ser me servir como tem que ser... lhe comprei por uma quantia mínima... Estive pensando que tipo de pai vende o filho por migalhas?" – Zechs se divertia rindo de Duo enquanto continuava a tocar a pele macia e alva com suas mãos grandes.

"Maldito." – Duo chorava. Zechs não tinha o direito de humilhá-lo daquela forma e muito menos usar seu velho pai para isso. "Ele só fez o que achou certo!" – Aos prantos Duo gritou.

"Não acho certo um pai entregar seu filho para ser usado como um vadio sem valor!" – Zechs falou provocante apertando dolorosamente os mamilos de seu novo brinquedo. "Você é tão... bonito. Quando o leproso te ofereceu a mim, duvidei que tivesse algum prazer com você, mas depois olhando bem. Debaixo de tanta sujeira até que tinha um menino gostoso." – Zechs não parava de falar, uma de suas táticas era a humilhação e logo Duo estaria vencido e tão submisso quanto um gatinho doméstico.

"Deus... faça isso passar logo." – Duo gemeu baixo em um desabafo que muito satisfez seu algoz.

"Ainda nem começou, meu pequeno." – Ele sorriu castigando com as pontas dos dedos o par de mamilos que já estava bastante vermelho e inchado. "Eu duvidei que você pudesse me dar prazer." – Zechs sorriu apertando os mínimos mamilos de seu anjinho choroso.

"Aiii!" – Duo se permitiu gemer de dor em certo ponto, não mais suportava a pressão que os dedos de Zechs faziam sobre os biquinhos de seu peito, o pobre menino se debateu esperançoso de que aquele homem o deixasse em paz. A dor era incômoda demais.

"Está tremendo, meu pequeno? Achei que esse carinho lhe agradava." – Cínico o loiro brincava. "Vamos! Diga-me o que está achando? Devo continuar?" – Ele falou novamente entrando com a língua na orelha de Duo. "Vamos! Vadio! Vamos fale comigo!" – Ele ficava cada vem mais excitado.

Duo manteve-se calado. Não daria esse gostinho ao loiro, não ia pedir que ele parasse, embora essa fosse sua vontade, não estava mais suportando aquela dor em um ponto tão frágil como eram seus mamilos. Porém por mais que tentasse, a situação não era propícia a seu orgulho. Duo fechou os olhos bem apertados deixando as lágrimas caírem por seu rosto repetidas vezes.

Seu corpo tremia compulsivamente.

Tudo que conseguia pensar era em se ver livre das garras daquele maldito.

Em certo momento abriu a boca disposto a externar sua dor. Vencido, deixou escapar um grito abafado.

Para Zechs aquilo foi o máximo. Ouvir um menino orgulhoso e belo como Duo em um momento tão frágil era o bastante para o deixar completamente excitado. Ele pode sentir que Duo seria uma ótima diversão. Seria demais excitante humilhá-lo e provocá-lo até a exaustão.

"Hum... acho que chega por hora." – Ele removeu as mãos do corpo do menino muito satisfeito.

"Humm... e espero que saiba que de agora em diante sua vida me pertence..." – Zechs saiu lambendo os dedos sujos com o sangue que conseguiu extrair dos pequenos mamilos do garoto.

O que poderia se dizer para descrever o estado de Duo nesse momento? Estava vencido psicologicamente, uma, por ter sido vendido de forma tão imunda e vergonhosa por seu próprio pai, outra por agora ter como dono um sádico.

Aquilo nem de longe era o que previa nos seus sonhos infantes.

Estava sozinho naquele quarto com paredes frias e cruas. A dor e cansaço se apoderavam de seu pequeno e trêmulo corpo. Seu choro em soluços, os mamilos ainda inchados e feridos latejando de dor.

"Deus..." – Duo chorou. "Por que isso?" – Seu tempo de sofrimento estava apenas se iniciando.


Umbral no retorno... p
Eu amo escrever essa fic e principalmente que ela está terminada.

Beijos.