Lembranças


IV. O caçador da vingança


Duo ficou em silêncio ao lado do desconhecido caçador esperando que Ávila conseguisse voltar com o jovem Quatre. O vento frio soprou furioso fazendo o menino humano se encolher espremendo o corpo da moça ruiva e sentindo como ela estava desesperada com a possibilidade do fim de sua terra natal.

Não muito longe dali Ávila alcançara Quatre o puxando pelo braço. –O que deu em você? – o mulato perguntou.

-Ele é um mentiroso. – o loiro estava chorando.

-Quatre. Escute. O Duo não faz isso por mal. Essa é a especialidade que o trouxe até aqui para ajudar nosso povo. – ele explicou.

-Como assim?

-Quando ele toca alguma coisa ou alguém ele entra em contato com a história dessa coisa, ou pessoa. Ele tem o inexplicável dom de observar através do toque. Ele apenas passou essa informação de que o Natal era seu pai... – Ávila fez silêncio e depois voltou a falar. –Eu sabia que Natal podia engravidar. Por isso para mim não foi surpresa quando Duo nos disse.

-Eu quase não o conhecia. Duo disse que ele me amava, mas ele nunca demonstrou isso para mim. – o loiro falou secando as lágrimas.

-Natal tinha uma forma muito particular de demonstrar o que sentia. Eu tenho certeza que Duo estava certo quando viu que ele te amava muito. – o guerreiro sorriu acariciando o rosto do mais novo. – ele amava a todos nós.

-Você o conheceu bem. – Quatre afirmou o olhando.

-Eu e Natal vivemos aquilo que se pode chamar de um grande amor. Eu quase fui o pai do filho que ele poderia ter. Natal poderia ter sido fecundado, ou ter procriado sozinho e acho que foi isso que aconteceu porque não soube de ele ter tido mais ninguém depois de mim. – Ávila informou.

-Eu realmente não sabia. – Quatre ficou um tanto quanto chocado. –Mas, você acha que eu posso ter outro pai? Se Natal possa ter gostado de outra pessoa e você não soubesse? – o rapaz estava curioso. De repente sua história começava a lhe interessar.

-Eu não sei. Acho impossível, o nosso amor foi forte demais. – Ávila falou fazendo um breve carinho no rosto choroso de Quatre. Se já havia sentido algo estranho pelo garoto antes, agora que sabia que ele era filho do seu amado estava bem mais cuidadoso. Quatre havia entrado em seu escopo de cuidados e carinhos e em silêncio o guerreiro se prometera cuidar do bem-estar do loiro, assim como no passado havia jurado defender Natal.


-Porque alguém estaria caçando numa época como essas? – Duo quebrou o silêncio olhando para o rapaz. É suspeito. – ele completou.

-Eu lhe disse que não admiro a sua curiosidade. Você pode não saber, mas existem coisas que agente não gosta de falar com estranhos. – o caçador informou frio cortando o assunto.

-Nossa... – Duo assoviou. Sabia que não devia se aproximar daquele homem e muito menos gostava de usar seus dons, mas ele precisava saber mais. Seu dom para as visões o havia tornado alguém extremamente curioso.

Ele deixou Escarlate deitada sobre a pedra e se aproximou de Trowa. –É que está tão frio aqui. E estamos sozinhos que achei não ter mal em... – seus olhos violetas brilharam de forma diferente como se ficando mais escuros e largos. Num canto de seus lábios surgira um tímido sorriso.

Trowa piscou vendo a proximidade da boca de Duo da sua. O que ele queria afinal com tudo aquilo?

O caçador o segurou pelos ombros sem saber o que fazer. Não sabia se o expelia ou o trazia mais para perto de si. Foi um breve momento onde Duo pode ver que Trowa o estava desejando.

Os olhos verdes do caçador se arregalaram para depois relaxarem. Seus lábios estavam entreabertos quando sua língua passeou lentamente entre eles, como se prevendo o sabor que logo sentiria.

Duo fechou os olhos delicadamente apoiando suas mãos no peito do mais forte buscando mais contato. Seus corpos se aproximaram perigosamente. O humano passeou suas mãos por aqueles músculos, até tocar com a ponta dos dedos no rosto de Trowa. Então ele pode sentir. Pode saber o que Trowa sabia, as dores e alegrias.

Duo se afastou em seguida empurrando o caçador de forma quase desesperada. O tumulto em sua cabeça parecia querer explodi-la. Seus olhos violetas estavam bem esbugalhados até que suas córneas oscilaram debilmente. O jovem humano se ajoelhou vencido pelo peso da vida de Trowa.

-A moça... tão jovem e bela. – Duo falou tremendo.

-Seu... – Trowa se levantara. –Você só queria saber... – um certo tom de mágoa veio do caçador. Duo o havia usado com todo o charme que conseguira. –Eu vou acabar com você. – gemeu se aproximando do rapaz humano que ainda sofria pelas visões que atormentava sua mente.

-Meu Deus. Eu vi o corpo da sua irmã. Eu vi! Completamente dilacerando. Ela sofreu tanto. – Duo chorava trêmulo agarrando Trowa o olhando no fundo dos olhos verdes deles. –Eu sinto tanto por isso.

-Ela foi morta por um maldito animal. Por isso estou aqui. Estou a caça desse monstro. – Trowa falou segurando o rapaz a sua frente pela gola do uniforme verde musgo escuro.

-Ahh... Por favor. Eu não quero mais. Tira isso da minha cabeça! – Duo gemeu sentindo uma náusea muito grande lhe tomar todo o estômago.

-Não. – Trowa o segurava ainda mais próximo de seu corpo fazendo com que se tocassem, sentindo o calor do jovem humano. –Você talvez possa ir além do que eu sei. Talvez você possa sentir o que minha irmã sentiu. – o caçador insistiu agora ficando tenso. –Duo, você pode fazer isso?

-Acho que sim. Mas eu não quero. Pelo amor de Deus, eu não quero. É muita dor... – Duo gemeu agora querendo apenas se livrar daquele homem e daquelas lembranças tão duras.

-Tente. – o caçador insistiu. Se ao menos pudesse saber como e porque tudo aconteceu.

-Eu a vejo correndo pela floresta. Está muito assustada, há alguma coisa atrás dela... Eu nunca vi coisa igual. É rápido e robusto, deixa pegadas fundas... Os cascos afundam na terra, o peito quebra os galhos das árvores... Eu estou vendo os olhos dele... É tão frio. Esse animal... Ele é... – Duo desistiu. Quando sua visão se aproximara da coisa que supostamente havia matado a irmã de Trowa ele havia desistido de ver, pois o sentimento de pânico e medo vinha não só da moça como também daquele animal.

O jovem parou de falar sentindo-se extremamente zonzo e enjoado. – Essa criatura. Ela estava com muito medo, como se estivesse sendo acuada. É como se... Estivesse o tempo todo implorando por liberdade. – Duo comentou gélido. Seus olhos violetas tornaram-se vidrados mirando o ar.

-Não. O que você vê? – Trowa o sacudiu com força. –Seu... Você tem que me dizer... –Tornou a sacudir tendo a atenção de Duo para si, porém o menino mantinha um semblante perdido, seus olhos bobos mirando o rosto de Trowa. Os lábios entreabertos numa expressão vaga.

Duo nada falou apenas se retesou sentindo-se muito enjoado.

Finalmente Trowa o largou quando ele passou a vomitar ajoelhado à neve. Estava completamente enjoado com o que havia visto e sentindo.

Nesse momento Ávila vinha chegando com Quatre.

-Duo? – o mulato se aproximou, mas Trowa tomou sua frente.

-Está tudo bem. Ele apenas viu algo que eu não queria... – o caçador olhou para Quatre que se mantinha mais distante, talvez com receio de se aproximar de Duo. –Ele não faz essas coisas por mal. – Trowa falou para Quatre.

-Eu acho que sei... – o loiro falou vendo que Duo ainda vomitava. –Foi tão ruim assim o que você viu dessa vez? – finalmente Quatre se aproximara de Duo oferecendo um pouco da água no cantil para que ele lavasse a boca. –Acho que não tem problema de você beber essa água.

-Foi... Horrível. – Duo falou débil olhando para Trowa.

Eles seguiram pela neve sem trocar mais palavras.

Trowa ia à frente. Ele não havia decidido o que fazer, se seguia com aquele estranho grupo, ou se partia para sua caçada sozinho.

O fato era que sua irmã mais nova, Caterine, havia sido morta de forma violenta por uma espécie de ser da floresta e Trowa queria vingança contra esse monstro.

Naquele dia quando a noite caiu eles se alojaram ao relento, próximos de umas formações rochosas, onde o vento frio era mais ameno. No dia seguinte caminhariam para o centro e finalmente deixariam região fria.

Trowa sentou-se mais distante pensativo se cobrindo com sua manta de peles de animais. Ávila também tinha suas vestes quentes do mesmo material das de Trowa, ele trouxera a amiga Escarlate para junto de si, a moça estava trêmula e gélida, uma vez que sendo alguém do fogo necessitava do calor solar e aquele local era muito pouco propício a sua saúde. Quatre se juntou a ele para se aquecer.

Duo por sua vez ficou os olhando. Eles eram daquele mundo, ele não. Tinha saudades de seus colegas no reformatório religioso, de seu quarto, e sua vida normal.

Ávila sorria delicado falando alguma coisa para o jovem loiro junto de si, bem como o acariciava de vez em quando.

-Tanta atenção eles têm um com os outros... – Duo sentou-se longe e quieto. Ele queria apenas retornar para sua casa e pelo visto isso estava se tornando algo impossível.

-Pequena Ametista, venha para junto de nós. – Ávila o chamou abrindo os braços.

-Isso, venha pra cá. – Quatre reforçou. Afinal estava tão frio.

Sem palavras o humano se juntou ao grupo pegando no sono logo em seguida. Estava exausto, praticamente esgotado.

Mas seu sono não foi bom. Havia uma série de olhos e vozes, choros e gritos por toda parte. Havia tanto medo, uma angústia imensa... Um desejo de liberdade tão palpável que Duo se mexeu angustiado abrindo os olhos finalmente.

A noite ali talvez fosse mais escura que em outro local daquele país. Duo acordara assustado, o breu e o frio incomodavam muito, mas ele teve a quase certeza que tinha alguém ali, afinal sentiu a mesma sensação dos sonhos. O desejo de liberdade que ele não sabia de onde vinha. Quando ele abriu os olhos teve essa impressão.

Sabia que não devia, mas se levantou com cuidado para não acordar os companheiros, seguindo ermo, mas não indo muito distante. Estava escuro demais.

O humano seguiu mais alguns passos e sentiu a sensação estranha ficar cada vez mais forte. Ela quase o podia tocar. Quando se virou pode sentir a respiração de alguma coisa que não era humana. Estava escuro demais, maso trançadopode ouvir a respiração forte. A criatura bufou alto assustando Duo.

-O que é você? – O menino gritou fazendo o animal disparar para longe. Era como cascos batendo contra a neve, o barulho que fizera ao fugir. –Espere! – Duo ainda tentou, mas a criatura, fosse lá o que fosse se movia muito rápida. Parecia fugir de alguma coisa, Duo teve essa sensação. Não estava errado.

Na escuridão nada se via, mas quando ele se virou para retornar para junto do grupo sentiu algo puxar seu calcanhar esquerdo com estrema força. Em seguida perdeu o equilíbrio sendo lançado com violência ao chão.

-O que... – teria gritado, mas a coisa em seu calcanhar o puxara o arrastando contra o terreno irregular, sobre as pedras e a neve. –Socorro... aaahhhhh! – ele ainda conseguiu gritar.

-Duo! – Ávila fora despertado pelo grito. –Deuses! Será que esse garoto tem algum imã? – o mulato comentou levantando.

-O que foi isso? – Todos os outros, exceto Escarlate abriram os olhos assustados.

-Algo aconteceu com Duo. – o mulato informou no escuro. –Quatre. Você fica com a ruiva, Trowa, você vem comigo. – ele falou. No escuro nada se podia ver, mas Ávila havia se concentrado e finalmente uma tocha luminosa apareceu pairando sobre sua cabeça.

Aquilo era na verdade um besouro de luz, que havia naquela região e que havia sido enfeitiçado pelo guerreiro com sua lança mágica para se tornar algo tão grande quanto uma fruta pão. Agora guiados pela luz os dois correram na direção do grito de Duo.

-Sinto o cheiro dele. – Trowa gritou quando eles passaram pelo mesmo local na qual Duo esteve parado.

-Dele quem? Do Duo? – Ávila estanhou ainda sem parar de correr.

-Não. Da besta. – o caçador gritou. –Existe uma besta solta por essas regiões, ele já fez muitas vítimas como a minha irmã, e agora acho que levou o Duo. – ele explicava.

-Sei, mas seja lá o que está levando o Duo está se rastejando. – Ávila revelou ao sentir que o terreno de neve estava marcado por alguma espécie de tentáculo.

Mais adiante a coisa que levara Duo se obrigou parar. Não ia muito longe sendo perseguida e nem tão pouco conseguiria retirar a pedra do pescoço do humano naquele escuro. Aquela estranha criatura não enxergava um palmo diante dos olhos, ela se guiava através do cheiro. Por isso parara ao chegar numa clareira ampla, mas cercada por árvores, ali seria possível apurar o olfato.

Duo tentou se mover, mas seu corpo estava demais dolorido, suspeitava até que tivesse quebrado alguma coisa naquele percurso que fora arrastado. Ele sentiu uma coisa pegajosa se movendo por sua perna esquerda, subindo sobre seu corpo, até finalmente estar se sentindo completamente esmagado pelo peso daquela estranha criatura.

-Meu Deus! Que coisa é essa? – ele perguntou baixinho quando o peso forçou sobre seu peito, alguma coisa como tentáculos pareciam tatear o corpo dele bem como um hálito muito quente e fétido estava muito próximo de seu rosto.

-Duo! – Ávila gritou. Ele estava de pé no topo da clareira quando fez seu besouro luminoso inflar ainda mais e voar para o alto dando uma boa claridade ao local.

-Deuses! – Trowa comentou quando a luz o fez ver Duo caído ao chão e uma espécie de polvo verde e pegajoso sobre ele. Os tentáculos da coisa o tocando.

-Hmmmm... – Duo olhou para seus salvadores com uma expressão pavorosa. Ele não podia falar, pois um dos muitos tentáculos daquela coisa tentava a todo custo invadir sua boca. –Hummm... – o trançado largado na neve fechou os olhos com força quando aquela estranha coisa mexeu contra sua língua, mas Duo não pode sentir muita coisa a respeito daquele monstro, era como se não passasse de um monte de lama sendo movido por magia. Não havia sentimentos, lembranças, aquela coisa simplesmente não estava vida, o humano pode ter certeza disso.

-É um Musgo polvo, mas essas coisas não vivem no frio. Não entendo o que faz aqui. – Trowa comentou saltando na direção da clareira. –Ávila! Essas coisas não enxergam, elas se guiam pelo cheiro. – o caçador explicou quando um tentáculo se levantou perigosamente em sua direção.

-Vou ver o que posso fazer. – o mulato saltou também, se concentrando. Estava buscando alguma coisa num raio próximo que pudesse servir de arma contra aquela criatura. –Já achei. – ele comentou murmurando algumas palavras sagradas e inteligíveis.

Em seguida as folhagens se mexeram e Trowa se esquivou quando viu passar correndo por ali um enorme e assustado gambá do gelo. O cheiro do imenso e peludo gambá tomara toda a clareira deixando completamente confuso o Musgo Polvo.

-Minha deixa. – Trowa falou mirando nos olhos da criatura. Podia ferir Duo, mas o caçador realmente não havia se interessado com isso, antes o jovem se ferisse do que morresse como aquele monstro pegajoso teria feito se eles não tivessem chegado.

A flecha de Trowa acertou em cheio os olhos do monstro que se localizavam em sua testa, era impossível contar, porem era uma espécie de múltiplos olhos muito unidos uns aos outros, e mesmo assim a coisa não tinha uma boa visão.

O chiado de dor da criatura foi ensurdecedor. Ela apertara com toda força que pode o humano abaixo de si e finalmente passara a derreter.

Duo sentiu o gosto putrefato do tentáculo em sua boca quando esse se tornou um líquido viscoso, bem como sentiu a dor de ter seu corpo ser imprensado. Mas em seguida tudo estava acabado. Era como se a magia que encantava aquela lama tivesse a deixado para trás e agora só restava o fedor e sujeira.

-Jesus. – o humano gemeu rolando para um lado, estava coberto de musgos e daquela lama fétida e peçonhenta. Enjoado demais para fazer outra coisa ele voltou a vomitar expulsando de seu estômago o que ainda havia restado da primeira vez que passara mal ao tocar o corpo do caçador.

-Levante-se, humano. Temos que sair daqui. – Trowa se aproximou catando sua flecha e a limpando na própria veste. –Esse lugar está cheio de criaturas estranhas. – ele comentou olhando em volta desconfiado.

-Duo. Venha. – o guerreiro tomara o jovem e trêmulo humano nos braços.

-Meu Deus! O Que era aquilo? – Duo gemeu sentindo as lágrimas embarcarem seus olhos. Não queria soar como um bebê chorão, ou mesmo se mostrar assustado, mas estava sendo bem difícil para ele. Estava em um mundo estranho onde coisas muito estranhas aconteciam e alguém parecia muito querer acabar com ele. Estava no mínimo assustado.

-Tudo bem, agora. Era apenas um monstro de musgos. – Ávila o abraçou sentindo que o menino estava tremendo, e ele não sabia se de frio ou mesmo de medo.

-Eu... Desculpe-me. Eu não devia ser tão fraco assim. – Duo falou se afastando do corpo maior do guerreiro.

-Tudo bem. Você é apenas uma criança ainda. É natural que certas coisas te assustem. – ele falou.

-Eu vou provar que tenho coragem... – Duo falou ainda sentindo suas pernas trêmulas.

-Eu já vi muito guerreiro sucumbir com menos coisa, pequena ametista. Aquilo era um Musgo Polvo, mas era magia o que o estava movendo.– Ávila falou o guiando pela mão de volta ao local que havia deixado os outros.

Trowa se deteve por um segundo olhando para o chão, próximo a uma árvore. Era uma inconfundível pegada. A pegada que ele estava caçando.

-Está por aqui. – ele comentou olhando para onde Duo acabara de seguir com Ávila. Não pode ser só coincidência. A minha caça deve estar atrás desse garoto humano também. – Trowa comentou os seguindo.


Na SubTerra, Senhor Sombras se lamentava diante de um estranho espelho oval de moldura muito bem trabalhada em cobre que flutuava diante de si.

-Falhamos mais vez, meu senhor. – Sombras falou submisso, mas um som agudo irrompia do espelho tomando todo o ambiente. –Eu... Eu sei. Não podemos subestimá-los. E mais agora que estão se juntando a eles tantos outros guerreiros... – Novamente Sombras foi interrompido pelo som que saia do espelho e quando esse parou o objeto que flutuava desceu delicadamente até encontrar o chão e seu tornar apenas mais um espelho normal.

-Ele está impaciente. – Enigma surgiu finalmente. Esteve escondida. Sombras estava se comunicando com o Conquistador.

-Mulher burra. A falha foi sua. Acaso acha que está lidando com quem para mandar um Musgo Polvo? Aquela coisa não tem inteligência. – Sombras gritou.

-Eu sinto muito. – Ela abaixou a cabeça, finalmente estava sem o capuz. Sua cabeça era extremamente lisa e suas orelhas longas demais, os lábios finos e vermelhos num contrate com a pele quase cinza. Mas os olhos, esses estavam fechados, feridos.

-Espero que essa lição não cegue sua alma, Enigma. Eles são fortes. – Sombras falou se retirando sumindo nas paredes escuras.

-Malditos! – Ela falou furiosa passando a mão sobre os olhos feridos.


Puts... eu estou amando essa fic tbm... e mais ainda os coments... valeu pq tem gente que é muito rapida no comentário, isso está me fazendo ficar muito impressionada, valeu mesmo fofas.

Mil beijos,

Hina.