Problema Cabeludo
Suzan e Miranda entraram no quarto e sentaram em suas camas jogando todos os doces que tinham ganhado. Permaneceram caladas por vários minutos até que Nadine e Juliana apareceram preocupadas.
- Onde vocês estavam? A gente procurou vocês por todo lugar.
- Hum… - Suzan disse sem nem olhar para as meninas – a gente tava na cozinha.
- É. Sabia que os elfos domésticos são muito legais? – Miranda completou a mentira.
- Pois é… - Suzan falou. É… - Miranda disse sem que significasse coisa alguma.
- Foi na lá que vocês conseguiram tantos doces? – Nadine perguntou dando uma olhada de relance sobre a cama.
- Aham. – uma das duas disse.
- Então tá bom. É melhor a gente ir dormir. Vocês devem ter comido demais. Vocês tão meio apáticas. – Juliana encerrou a conversa trocando de roupa.
Na manhã seguinte as quatro meninas foram juntas tomar café. Assim que viram os três garotos sem Remo, Miranda e Suzan saíram correndo pra conversar com eles.
- O que houve? – Suzan perguntou exasperada. – Cadê o Remo?
- Calma tá tudo bem. – Tiago falou, desviando o olhar de Lílian que parecia curiosa sobre aquela conversa. As meninas não tinham sido nada discretas. – Relaxem, tomem o café depois a gente se encontra no Corujal e conta tudo tá?
As meninas não pareciam acreditar em Tiago Potter quando dizia que estava tudo bem. Apesar dele parecer muito calmo, algo nelas dizia que as coisas não estavam assim tão bem. Do contrário, por que tudo aquilo tinha acontecido na noite anterior? Sentaram ao lado de Juliana e Nadine, que mais uma vez não entenderam nada. As duas amigas já tinham se afastado um pouco das gêmeas. A amizade que antes começara mais forte entre Nadine e Suzan, e Juliana e Miranda tinha agora se dividido mais entre as gêmeas e Nadine e Juliana. Não que ainda não fossem amigas, mas elas não queriam se meter em encrenca e as irmãs, ultimamente conseguiam isso freqüentemente.
Depois do café, Suzan e Miranda deram a desculpa de escrever uma carta para os pais e foram para o Corujal. Tiago, Pedro e Sirius já esperavam para dar explicações.
- Oi. – eles falaram.
- Melhor vocês sentarem. – Sirius falou apontando a varinha pra perto delas, conjurouum banco de dois lugares. As meninas resolveram atender ao pedido. Estavam mudas até então. Tinham até medo do que iriam ouvir. Os garotos estavam fazendo mistério demais pra ser só um probleminha. Suzan resolveu quebrar o silêncio já que a essa altura, um garoto olhava pro outro como que encorajando a contar. - Cadê o Remo – por um momento achou que não devia ter perguntado aquilo. Vinha fazendo a mesma pergunta desde a noite passada. Devia ter perguntado o que tinha acontecido.
- O Remo tá bem. Ele tá descansando. – Pedro falou, empurrando com o ombro o amigo Tiago.
- Tá bom, tá bom. – Tiago deu um passo à frente e disse pausadamente. – O Remo tem… um pequeno probleminha, meio… cabeludo. Ele… bem… ele é um… lobisomen.
As duas ficaram caladas por alguns segundos como que organizando o pensamento. Encaixando todas as memórias.
- O Remo? – Suzan disse ainda pensando em tudo. Sacudiu de leve a cabeça. – Por isso, aconteceu aquilo tudo…
- Isso mesmo! Peraí! – Suzan levantou de sopetão. Estava tão preocupada com Remo que esqueceu que Pedro tinha virado um rato na frente delas. – o Pedro… eu juro que vi… – ela disse coçando a cabeça confusa.
Miranda que estava calada até então, finalmente abriu a boca. – Você é um animago. – disse apontando pra Pedro. – Remo é lobisomen. – pensando seriamente se acreditava naquilo tudo.
- Na verdade nós três somos animagos. – Sirius que estava andando de um lado pra outro falou parando ao lado dos amigos. – Não dá pra mostrar aqui, mas Tiago é um cervo, e eu um cachorro. Resolvemos virar animagos pra poder acompanhar o Aluado.
- Aluado? – Miranda agora não entendia.
- O Remo. A gente chama o Remo de aluado por causa do… você sabe. – Sirius tentou explicar sem ter que dizer novamente a condição do amigo. Mesmo estando no Corujal, não era um lugar tão seguro assim. – Eu sou Almofadinhas, o Tiago é o Pontas e o Pedro o Rabicho.
As garotas ficaram novamente mais um tempo pensando. Era muita informação de uma vez só. Miranda tentava vizualizar os quatro transformados e Suzan pensava em como Remo devia ser feliz por ter três amigos como eles.
- Olha, eu nem vou perguntar se alguém sabe disso. Porque eu tenho certeza…
- Não, claro que não. – Pedro disse balançando as mãos.
- E também nem precisa pedir pra gente não contar pra ninguém. – Suzan completou o pensamento da irmã. – A gente já sabe disso. E cadê o Remo?
- Ah sim, ele tá na enfermaria. Ele fica meio mal depois da transformação.
- A gente pode ir ver ele?
- Claro. Vamos todos lá!
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