Segredo

- O que aconteceu? – Nadine e Juliana correram até as gêmeas quando as viram entrar no salão comunal. As gêmeas se entreolharam. Achavam melhor não contar nada do que ouve na sala de Dumbledore.
- Ah… o de sempre. – Suzan enrolou. – Vocês sabem.
- Ele nos deu um aviso pra ficar longe de confusão e só. – Miranda concluiu.
Logo depois Pedro, Tiago, Sirius e Remo apareceram perguntando exatamente a mesma coisa. Só que dessa vez, elas resolveram se vingar do dia de Hogsmead.
- Não dá pra falar agora. – Miranda sussurrou em meio aos quatro.
- Mas amanhã antes do almoço, a gente se encontra e conta pra vocês. – Suzan falou como a irmã, também sussurrando e sorrindo com um ar quase debochado e aquele olhar de "peguei vocês" que tinha de vez em quando. – No corujal tá certo. – falando isso, puxou a irmã pelo braço e as duas foram para o quarto.

Na manhã seguinte, nas aulas, se podia ouvir alguns comentários sobre a visita das meninas à sala do diretor. As meninas simplesmente ignoraram os cochichos. Na hora do almoço, encontraram com os Marotos no corujal como no dia da revelação sobre Remo.
- Ai, vocês já estão aqui. – Suzan disse assim que entrou no corujal e se deparou com os quatro as aguardando.
- E então? – Remo perguntou caminhando em direção às garotas. – Dá pra vocês contarem logo o que aconteceu?
- Ah, você viu como é ruim deixar as pessoas sem saber de nada né? – Suzan não se conteve e falou mencionando o antigo evento.
- Suzie, por favor – Remo falou impaciente – Não vem com essa, a gente contou pra vocês. O que você queria que eu fizesse aquele dia?…
- Gente.
- …Que eu tivesse aparecido transformado? – Remo disse levantando o tom de voz.
- Talvez, pelo menos não me deixava desesperada sem saber uma noite inteira o que tinha acontecido com você. – Suzan respondeu levantando a voz mais alto que Remo.
- Gente…
- Mas o Sirius conversou com vocês, disse que tava tudo bem…
- Pois é. – Suzan disse com sarcasmo – A gente também disse que tava tudo bem ontem. Não disse? Além do mais… - Suzan agora gritava apontando o dedo para o rosto de Remo, se pondo na ponta dos pés para poder encara-lo melhor.
- GENTE! – Miranda gritou e os dois se calaram. – Vocês querem parar de discutir? – ela disse falando novamente em seu tom de voz habitual. – Por que isso? Que coisa ridícula… Olha, se vocês não pararem, eu vou embora agora e vocês não ficam sabendo de nada. – a garota falou caminhando até a porta.
- Não. – Tiago disse, puxando Miranda pelo braço. – Eles já pararam, não é? – voltou-se para os dois que balançaram positivamente a cabeça, parecendo emburrados um com o outro. – Vamos, o que foi que aconteceu? Por que esse suspense todo?
- Eu nem sei. Não é nada demais. – Miranda começou a contar, andando em direção a uma grande janela, sendo seguida pelos amigos. Parou e olhou pela janela por uns instantes, refletindo sobre o que deveria contar primeiro. – Ok, vamos pelo começo. Lembra que eu tive um sonho estranho?… Os quatro acompanhavam atentamente o que Miranda dizia enquanto contava o sonho, com o maior número de detalhes que podia lembrar. Tinham conjurado uma mesa, pois a história parecia ser mesmo muito grande. Suzan também fez parte da narrativa, já que tinha visto a irmã andar como sonâmbula.
- Então é por isso que Dumbledore chamou vocês? – Sirius perguntou. – Mas, o que ele disse?
- Ah sim. – Miranda retomou a linha de pensamento. – Ele nos chamou porque quer que a gente conte qualquer coisa estranha que aconteça.
- Isso. – Suzan continuou – Ele disse que o sonho pode ser uma premonição, e que eu poderia ter sonhos assim também.
- Af, eu nem sei o que pensar. – Pedro desabafou.
- É... é uma história tão cabeluda, que a gente achou melhor deixar o povo pensar que estamos por um fio de uma suspensão.
- É melhor que ninguém saiba mesmo.
- Até porque pode ter sido só um sonho.
- Ou não.
- Mas e se for?
O grupo continuou discutindo sem chegar a nenhuma conclusão do que poderia ser. Depois foram para suas aulas sem ao menos almoçar.


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