- Você fez alguma coisa para parar aquele balaço não fez Suzan? – Dumbledore perguntava, sentado à mesa de sua sala, com as irmãs novamente sentadas à sua frente. – Mesmo que não tenha feito de propósito. Eu sinto, que você impediu.
- Eu… eu não sei. Eu só… – Suzan tentava pensar em algo que explicasse. Não saberia dizer. Sabe que desejou impedir o balaço. Gostaria que pudesse ter mesmo impedido. – Peraí! – se virou pra irmã – Como é que você sabia que ele ia falar disso? E como é que você sabia que ele ia falar justamente com a gente?
Miranda ficou sem ação.
- Sua irmã pode ler pensamentos. Ela é uma Legilimen. Claro, vocês iriam saber melhor sobre isso no futuro, mas para Miranda isso é um dom natural. Assim como acredito que você possa ter o dom de mover objetos.
- Mas qualquer bruxo bem treinado pode fazer isso professor.
- Sim. Com ou sem uma varinha. E também pode ler mentes e bloquear a sua própria de outros legilimens. – Dumbledore explicava, apontando o indicador para um pequeno globo que estava sobre sua mesa, fazendo-o levitar diante das irmãs e indo parar sobre a mão esquerda do mago. O globo tinha uma rachadura transversal. Dumbledore pegou sua varinha e com um simples toque, sem que falasse nada, consertou o pequeno globo que agora tinha uma luz dourada sobre os meridianos. Voltou a mover o objeto com a mente e o fez pairar sobre um cavalete em um canto da sala e o globo ficou enorme, se encaixando em seu cavalete, rodando magicamente, seguindo a rotação exata do planeta Terra. – A questão é, que vocês estão em Hogwarts para aprender magia, mas cada aluno aqui possui um dom, uma habilidade. Vocês têm esses dons.
- Então isso não é ruim. – Suzan concluiu, aparentemente feliz, já imaginando tudo o que poderia aprontar se soubesse dominar esse dom como Dumbledore.
- De maneira alguma. O que me deixa intrigado é que vocês são muito novas para ter esses dons aflorando assim tão visivelmente.
- Isso tem alguma relação com aquele sonho diretor? – Miranda perguntou.
- Talvez. – ele respondeu como se já esperasse essa pergunta. – Talvez não. O dom é de vocês, mas pode ser que aflorar tão cedo tenha relação sim.
- E agora? – Suzan perguntou desanimada com a revelação.
- Agora, preciso que alguém de minha confiança ajude vocês a controlar esses poderes. Não é muito bom chamar a atenção.
- E quem seria essa pessoa? – Miranda perguntou seguindo o professor que tinha se levantando.
- Eu! – ele falou com um sorriso largo. – Confio em outras pessoas, mas não tenho ninguém aqui que possa lhes instruir no momento. Portanto serei eu. – as duas garotas sorriram para o diretor, que lhes indicava as escadas da saída de sua sala. – Vamos nos encontrar aos sábados de tarde, na hora do chá. Assim posso ajudar vocês.
- Mas diretor… – Suzan estava um pouco ansiosa. – O que vamos dizer aos outros alunos?
- Não precisa dizer nada, vou fazer parecer que estão em detenção. – ele sorriu – Não foi isso que deixaram parecer quando as chamei pela primeira vez? – as meninas afirmaram com a cabeça – E podem contar aos seus amigos, sim. – ele disse sabendo o que as garotas pensavam – Sei que vocês não escondem nada mesmo.
No sábado seguinte, os alunos se divertiam pelos jardins, ou dentro do castelo. As gêmeas estavam num pick-nick com Nadine e Juliana a beira do lago. Explicaram porque deveriam se encontrar com Dumbledore. Acharam melhor contar a verdade, já que tinham deixado as amigas de fora de muita coisa. Contaram sobre os poderes, mas não sobre o sonho e os motivos de Dumbledore as estar ensinando. Pediram que não contassem a ninguém, que dissessem que era uma detenção por tentar enfeitiçar as notas de seus boletins para que seus pais vissem apenas notas boas.
- Mas porque vocês não querem que pensem que estão pagando detenção? – Nadine perguntou, enquanto comia uma maçã.
- Porque a gente já tem essa fama mesmo. – Suzan explicava – É muito mais fácil acreditar nisso. Além do mais, imagina o que nós quatro poderemos fazer e descobrir com esses poderes.
- É. – Miranda completou. – Imagina só. A gente pode descobrir se o Luís gosta mesmo de você July. Ou se tem algum outro garoto dando mole por aí, ou se tem algum professor que pega no nosso pé porque não gosta da gente.
- Mas se souberem disso, – Suzan continuou – não vai adiantar nada. Então é melhor que ninguém saiba.
As duas amigas concordaram. Sabiam que era realmente muito melhor deixar isto em segredo.
- Ai, queria ter um dom assim. – Juliana desabafou.
- O diretor disse que todos temos. Só que eles normalmente não aparecem assim tão rápido. – Suzan consolou a amiga. – De repente, cada uma de nós tem um dom que completa o outro. Olha só, July, você é ótima em Poções e Herbologia. De repente é isso. E a Nadine em Astronomia e voa muito bem. A gente só não tem como saber.
- E por que em vocês duas apareceu mais cedo? Ah, vai saber. Dá pra explicar porque nós duas, sendo gêmeas univitelinas somos diferentes? – Suzan disse causando gargalhadas.
As meninas continuaram o lanche animadamente. Logo depois, elas saíram correndo para a sala de Dumbledore. No meio do caminho, encontraram com Sirius e Apple.
- E aí dupla dinâmica! – Sirius brincou com as meninas. Estava com um braço sobre os ombros de Apple. – Vocês andam sumidas.
- Oi – Miranda disse sentindo uma dor de cabeça.
- Oi Sirius. – Suzan disse olhando a namorada do amigo de cima a baixo – Você que anda sumido. Bem, não exatamente sumido. Melhor dizer… afastado.
- Vamos… – Miranda cutucou Suzan pelo braço, que foi mais arrastada do que pela própria vontade.
- Ai Miranda, por que você tem que ser sempre tão chata? Tava na hora de jogar umas verdades na cara do Almofadinhas. – Suzan reclamava com a irmã enquanto andavam apressadas para a sala de Dumbledore.
- Eu tava vendo a hora de você estourar alguma coisa na cabeça dele isso sim. Além do mais, se você me perguntasse, eu diria pra você estourar na cabeça da Apple Smith.
- Uai? – a curiosidade foi tanta que fez Suzan parar de andar. – Por que?
- Aquela garota não gosta do Sirius. Ela só desfila com ele porque metade das garotas do colégio gosta dele.
Tinham chegado à Gárgula. Entraram na sala de Dumbledore e tiveram a primeira lição. Infelizmente para Miranda e Suzan, não era ainda como controlar os poderes. Era saber até onde os poderes iriam.
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