Capítulo 15: Lidando com coisas ruins

"Você não a ouviu? Ela pediu que a deixasse em paz! Não sabe o que é isso?" – gritou John, indo para cima de Richard.

"John... não! Por favor!" – gritou ela

Mas ele não a ouve. E os dois começam a brigar.

"Fique longe da Abby! Você teve sua chance e você perdeu! Aceite. Deixe-a viver a vida dela".

"Ai, e agora? Luka, alguém, por favor! O John e o Richard estão brigando!" – disse ela, desesperada e quase chorando.

"Certo. Se acalme" – disse Susan.

Enquanto isso, Luka, Mallucci, Benton e Frank tentam separar eles.

"Você nem tentou!" – disse Luka, segurando John pelos ombros, com a ajuda de Mallucci.

"Eu tentei, mas não consegui" – disse ele, todo machucado – "E a Abby?".

"Desesperada. Não consegue parar de chorar".

"Eu espero que eu tenha conseguido dar uma lição nele" – ele disse, durante suas respirações.

"Você está preocupado com isso ainda! As palavras dela não significam nada para você?".

"Sim, é claro".

"Então porque bateu nele?".

"Eu não sei... eu acho que estava inseguro. Estava com medo que ele pudesse tirar a Abby de mim".

Luka fica quieto. Ele sabe que os medos que John sente são os mesmos que ele sentia quando ele estava com ela.

"Você sabe, ele pode te acusar de violência e você pode ser preso".

"Eu não tinha pensado nisso. Eu estraguei tudo".

Eles soltam John, que está mais calmo.

"Eu quero falar com a Abby".

E eles o levam para dentro.

"Desculpe".

Ela está tão abalada que não consegue nem olhar para ele.

"Você prometeu".

"Eu sei, eu sei. Mas minha raiva falou mais alto. Eu estraguei tudo" – disse ele, se ajoelhando.

Ele levanta a cabeça dela e encosta sua testa na dela.

"Você prometeu".

"Desculpe. Entrei em pânico, ok? Eu não sabia o que fazer".

"Eu achei que confiava em mim".

"Eu confio. É nele que não confio".

"Aqui, tome. É água com açúcar" – disse Susan.

"Obrigada".

"Posso falar com você?" – perguntou Susan.

"Claro".

"Você sabe que ele pode te processar?".

"Sim".

"Meu... Carter, no que estava pensando?".

"Eu não sei. Eu entrei em pânico. Fiquei maluco por saber que ele estava me ameaçando".

"Eu entendo. Mas você tem que ser mais flexível e ouvir sua mulher. Você sabe que, se ela falou, não ia rolar nada".

"Pessoas mudam, Susan".

"Não de uma hora para outra. Você significa tudo para ela".

"Ela também".

"Alguém me ajude! Acho que estou tendo contrações" – gritou Abby.

Luka, John e Susan correm para ajudá-la.

"Luka, leve Carter para ser examinado".

"O quê? Eu não preciso".

"Não vai ser bom você ficar perto dela agora".

"Mas eu quero".

"Eu te aviso depois como ela está. Vá. Agora".

"Mas...".

"Agora!".

"Certo".

E John e Luka saem da sala.

"Tudo... saiu do meu... controle".

"Você não podia evitar".

"Sim, podia".

"Hum, 1,5 cm de dilatação".

"Isso é bom".

"É, mas vamos ter que ficar de olho. Mais 8,5 cm e vamos ter que fazer parto".

"Mas já? Faltam 4 meses ainda".

"Eu sei, mas esses bebês estão agitados!".

"É, eles estão chutando para valer".

"Vamos deixar você sob observação por algumas horas".

"Posso ver o John?".

"Vou ver. Já volto".

Susan vai procurar Luka.

"Carter, a Abby quer te ver".

"Ele já vai".

10 minutos depois...

"Queria me ver?".

"Sim".

"Querida, olhe, eu...".

"Tudo bem".

"O quê?".

"Tudo bem. Você estava tentando me proteger".

"Obrigado por entender. Como está?".

"Melhor agora. 1,5 cm de dilatação. Eu espero que eles não nasçam prematuros".

"Eu te amo. Nunca duvide disso".

E se abraçam. Susan observa-os do lado de fora.

Eles se entenderam. Eles são perfeitos um para o outro. Estou tão feliz por eles.

"Eu sei. Te amo mais que minhas forças. É com você que eu quero estar. Sempre".

E se beijam como há muito tempo não faziam.

"Nada vai nos separar".

Susan entra.

"Estou interrompendo?".

"Não, estamos bem" – ele respondeu, segurando a mão dela.

"Então, fizeram as pazes?".

"Sim, fizemos" – ela sorri – "Ele só estava me protegendo. Mas eu fiquei desesperada".

"Eu entendo totalmente".

"Bem, eu acho que pode ir. Mas tome cuidado. Agora você não pode se esforçar muito".

"Você sabe o sexo deles?".

"Sei, achei que vocês sabiam. Querem saber?".

"Não".

"Sim".

"Eu achei que fôssemos ver só na hora".

"Ah, qual é John! Eu não agüento mais esperar".

"Certo. Queremos saber".

"Mesmo?".

"É, a curiosidade está me matando também".

Ela segura a mão dele.

"São 2 meninas".