Capítulo 16: Más Notícias
"2 meninas... minhas pequenas bebês" – disse ela, com uma mão segurando a mão dele e a outra na barriga.
"Nossas pequenas Emily e Phoebe" – disse ele, emocionado.
"Vou deixar vocês sozinhos por um momento".
"Obrigado".
"Então... você quer ligar para sua mãe e contar?".
"Acho que não".
"Tem certeza?".
"Sim".
"Eu acho que deveria. Quero dizer, eu gostaria de saber se estivesse no lugar dela".
"É, acho que tem razão. Volto já".
"Certo".
"Hey mãe. Como está?".
"John, que surpresa. Estou bem e você?".
"Também. Olhe, eu liguei para falar que eu casei".
"Sério? E nem nos convidou!".
"Mãe, isso foi algo que eu e Abby decidimos de última hora".
"Abby? A mulher com a mãe bipolar?".
"Sim, ela mesma".
"John, quantas vezes vou ter que dizer que ela não é a mulher certa para você?".
"Mãe, pare com isso. Você está parecendo a mãe dela. Eu amo a Abby mais que tudo. Você vai ser avó".
"O quê?".
"Ela está carregando minhas filhas. São 2 meninas".
"Oh meu Deus, John! Não acredito que não percebeu que ela esqueceu de usar preservativo só para te prender a ela. Mas, de quanto tempo ela está?".
"Não vamos ter essa conversa de novo. Eu sou adulto, sei o que é bom para mim. E ela está de 5 meses e meio".
"Bem, eu quero conversar com ela. Daqui a 15 dias, pode ser?".
"Mãe...".
"John...".
"Sim, está ótimo. Falo com você depois. Tchau".
"Então, o que ela disse?" – perguntou Abby, quando ele entrou na sala.
"Ela quer conversar com você... daqui a 15 dias".
"Só isso?".
"Não, ela também disse que você não é a mulher certa para mim".
"Oh...".
"Não se preocupe. Não ligue para o que ela diz. Você sabe que eu não tenho uma boa relação com a minha mãe, e ela falaria qualquer coisa para nos entendermos".
"Eu acho...".
"Nós dois temos problemas familiares. Até nisso combinamos".
"Você tem orgulho disso?".
"Sim, muito. Você?".
"Bem, eu tenho que admitir que é muito estranho. Mas engraçado também. Mas eu quis dizer se você tem orgulho de não se entender com sua mãe".
"Oh... não podemos agradar a todos. Mas você também não se entende com a sua".
"Abby... você já pode ir. Mas fique de olho nela, Carter, e a traga se algo acontecer".
"Pode deixar. Obrigado".
15 dias depois...
"O que foi?" – ele perguntou, preocupado.
"Nada, eu só...".
"O quê?".
"Estou meio assustada de ir conversar com sua mãe".
"Não precisa estar. Vou estar com você".
"John! Eu sabia que viria!".
"Mãe, essa é Abby, minha mulher".
"Então Abby, porquê aplicou o golpe da barriga no meu filho?".
"Mãe! Você prometeu".
"Eu só quero saber".
"Eu não apliquei o golpe da barriga no John, Sra. Carter. Eu o amo".
"Quer saber? Eu não vim aqui para deixar você humilhar a Abby desse jeito".
"John, eu só quero conversar".
"Então converse, de um jeito decente!".
"Deixe ela, John. Eu não ligo para o que os outros pensam. Nos amamos e isso que importa".
"Abby... tem razão. Me desculpe".
"Bem, eu acho que não temos mais nada para conversar, podem ir".
"Obrigado, mãe".
Quando John está abrindo a porta para sua mulher grávida de 6 meses passar, seu pai está na porta.
"John! Abby, mas que surpresa! Que maravilha! Vou ser avô!".
"Sim, de 2 meninas".
"Sua mãe sabe?".
"Sim, mas ela não aceitou muito bem".
"Já era de se esperar. Enfim, parabéns aos dois".
"Pai, a gente se casou".
"Que legal! Parabéns de novo".
"Querido, vamos".
"Tchau pai".
"Tchau. Tchau, Abby".
"Tchau, Sr. Carter".
"Meu pai gosta de você" – ele disse, ligando o carro.
"É, acho que sim".
1 mês depois...
"Já comprou algo para o bebê?".
"Ainda não. Eu esqueci completamente".
"Quer ajuda?".
"Sim, obrigada. Vou deixar uma mensagem na secretária eletrônica. Querido, sou eu. Escute, eu vou fazer compras com a Susan no shopping. Não se preocupe comigo, certo? Te amo. Podemos ir, Susan".
No shopping...
"Oh, olhe quantas coisas bonitas! Como eu sinto falta de um bebê e você vai ter 2".
"Pense que o seu veio para mim" – brincou Abby.
"Isso não é justo" – respondeu Susan, brincando.
"É justo para mim" – Abby disse, continuando a brincadeira.
"Vocês combinam muito. São perfeitos juntos".
"Obrigada... eu acho".
"Eu nunca vi ele mais feliz. Ele te ama muito".
"Eu também".
"Então, já escolheu?".
"Sim".
"Podemos ir agora?".
"Podemos".
Susan leva Abby para casa.
"Obrigada, Susan".
"De nada. Diga oi para o Carter por mim".
"Pode deixar. John, cheguei".
Ninguém responde.
Acho que ele ainda está trabalhando. Então eu acho que vou tomar banho e descansar um pouco. Estou exausta.
"Abby... cheguei. Cadê você?".
"No chuveiro".
"Você está bem?".
"Sim. E como estão as coisas no PS?".
"Tumultuadas como sempre. E como os bebês se comportaram hoje?".
"Bem, mas elas chutaram bastante. Elas não vêem a hora de sair".
"Falta pouco" – disse ele, se juntando a ela no chuveiro – "Há quanto tempo não fazíamos isso".
"É, eu meio que senti falta. Eu sinto falta de sentir o seu toque na minha pele e ficar toda arrepiada".
"Está arrepiada agora?" – ele perguntou, sorrindo e passando sua mão no braço dela.
"Pode apostar que sim" – ela riu – "Eu também sinto falta de ficar horas e horas no chuveiro beijando".
"Eu sinto falta disso também" – ele disse – "Há quanto tempo não ficávamos assim, só nós dois?".
"Eu não sei. Os bebês ganharam toda atenção" – ela disse, se virando para se enxaguar.
Ele a vira de frente para ele. Ela está de olhos fechados. Ele se inclina para beijá-la, mas reluta, com medo que ela ache ruim.
"O que foi?" – ela perguntou, ainda de olhos fechados.
"Nada, eu só achei que ia achar ruim".
"Não, não vou. Pode vir".
"Tem certeza?".
"Sim, porque acharia? Você é meu marido. Além disso, faz 1 mês que não temos momentos íntimos, só nós 2. Venha, me beije. E quem sabe podemos abrir uma exceção e estender a noite?".
"Não tenho tanta certeza".
"Qual é, John! Não estrague o momento. Apenas se aproxime e me beije" – ela disse, colocando seus braços ao redor do pescoço dele.
Ele se inclina e a beija. E rapidamente se afastam.
"John, há algo de errado?".
"Não".
"Você pode me contar. Sou sua mulher".
"Nada, é que não quero machucar os bebês".
"Estávamos apenas beijando. Isso não machuca".
"Eu sei, mas eu não consigo. Sinto muito".
15 minutos depois...
"John... o que está acontecendo? Você mal falou comigo. Você precisa confiar em mim. John?".
"Certo. É que esse lance de família está me assustando. Quero dizer, estou gostando. Mas eu olho os pais com os filhos e eu sei que logo serei o próximo".
"Está me assustando também. Mas você não precisa se preocupar. Eu não sei nada sobre bebês também. Estou aqui. Para te ajudar na hora que precisar".
"Obrigado".
"Eu espero que esteja tudo bem. Venha, vamos lá para cima, estou exausta".
"Pode ir na frente. Vou num minuto".
Ainda há algo errado.
"Estou te dizendo. Há algo que ele está escondendo de mim, Susan".
"Já conversou com ele?".
"Já, ele disse que esse lance de família o assusta, mas não acho que seja isso".
"Vou falar com ele".
"Obrigada. Tenho que ir. Tchau".
"O que está fazendo acordada?".
"Eu não consegui dormir. As contrações começaram. Eu vou deitar no sofá, não quero te perturbar".
Ele nem se ofereceu para ir no meu lugar. Com certeza tem algo errado.
Na manhã seguinte, ela já tinha ido trabalhar quando ele acorda.
"Estou dizendo, Susan. Ele mudou. E não quer me contar o que houve. Não posso ajudar desse jeito".
"Está tudo bem, Abby. Não precisa chorar".
"Não está! Quando eu achei que finalmente estava feliz! Eu me odeio! Eu odeio isso!".
"Abby, se acalme! Não tem que gritar, isso não vai mudar nada".
"Eu quero beber, mas eu prometi ficar sóbria. Vou tentar me acalmar. Obrigada, Susan".
"Sempre que precisar, estou aqui".
"Eu acho que vou voltar para casa".
"O quê?".
"É isso".
"Certo, faça o que quiser".
"Não vai me impedir?".
"Não".
"Oh meu... John, você mudou!".
"Olhe, Abby..." – ele disse, segurando os ombros dela com força – "Estou cansado de sempre correr atrás de você. Estou cansado dessa vida!".
"Carter, o que está fazendo?".
"Apenas pondo para fora tudo que estava entalado em mim".
"Abby, você está bem?".
"Fisicamente sim. Psico e emocionalmente não".
"Eu entendo. Eu sinto muito".
"Tudo bem. Eu só sou um peso na vida dele. Um atraso. Logo ele vai querer se separar".
"Você não pode estar falando sério".
"Sim, eu estou. Ele falou que não queria que as coisas esfriassem, mas ele deixou elas ficarem".
"Como? Porquê?".
"Ontem à noite, a gente se beijou no chuveiro...".
"Que sexy!" – Susan riu.
"... Mas ele foi tão frio. Nem parece o John com quem me casei. Enfim, ele disse que ficou com medo de machucar os bebês".
"Beijando?".
"Sim. Eu tentei conversar com ele, mas ele não confia em mim mais. Eu não sei mais o que fazer, já tentei de tudo".
"Eu falo com ele".
"Obrigada".
"Carter, o que aconteceu?".
"Eu gritei com a Abby, é tudo".
"Eu sei, mas porquê? Pelo que vi, ela não fez nada".
"E não mesmo".
"Então porquê está tão bravo com ela?".
"Não estou. É que...".
"O quê?".
"Coisas aconteceram na minha vida".
"Como o quê?".
"Minha avó morreu, meus pais vão se separar...".
"E porquê não contou a ela?".
"... e eu acho que estou doente".
"Desculpe, o quê?".
"Por isso não lhe contei. Não quero a deixar preocupada".
"Carter, olhe... você sempre a ajudou. Vocês superaram várias coisas juntos. Você pode lhe dizer. Tenho certeza que ela fará o impossível para ajudar".
"Eu não sei. Ela já tem tantos problemas: a família bipolar, o ex que a persegue... eu".
"Você se considera um problema para ela? Oh, Carter... ela pensa o mesmo".
"Sério?".
"Vá e converse com ela".
"Ok, obrigado".
"Como você está linda Neela! Sua barriga está começando a crescer".
"É, e obrigada".
"Abby, podemos conversar?".
"Sim, claro. Há algo de errado?" – ela perguntou, preocupada.
"Bem, você disse que queria saber o que estava acontecendo".
"É, eu disse. Então...?".
"Acho que estou doente".
"O quê?".
