Capítulo 19: A Pior Experiência Que Alguém Pode Sentir

"Por favor, não faça nada comigo!"

"Cale a boca!"

"Abby! Se acalme!"

"John! Eu te disse para fugir!"

"Não posso te deixar aqui!"

"E eu não quero que eles te matem"

"Não vou me perdoar se eles fizerem o mesmo com você" – Ele caiu de joelhos, com as mãos apoiadas na porta e chorando.

"John!"

Ela se curvou, mordeu a mão do homem e correu até a porta. Ela se ajoelhou e chorou.

"Você sabe que eu te amo. Eu te amo mais que tudo. Diga as meninas que eu as amo"

"Abby... por favor não me deixe! Não vou conseguir viver sem você! Você significa o mundo para mim. Não vá!"

"Eu lembro... do dia em que nos conhecemos. Do dia em que nos beijamos. Como se fosse ontem" – Ela continuou chorando.

"12 meses, sabe... Estamos juntos a 1 ano. Nós ainda temos uma vida toda pela frente e eu não vou simplesmente desistir dela"

"Preciso ir. Eu te amo. E sempre vou. Adeus"

"Abby! Não! Não me deixe!"

"Vá em frente, me mate. Mas não faça nada com ele, por favor"

John ouviu o barulho de bala sendo disparada e chorou pela sua esposa morta. 10 minutos depois, os assaltantes saíram do quarto. Ele entrou correndo e viu ela no chão.

"Abby! Abby! Eu sinto muito! Eu não devia ter te deixado sozinha. Você está bem?" – Ele encostou a cabeça nela.

"Sim, estou bem. Não precisa se preocupar. Eles não me atingiram. Olhe"

Ela apontou para o teto e ele olhou e suspirou.

"Que alívio! Eu achei que fosse te perder"

"Eu também. Mas aqui estou"

"Não se preocupe. Não vou te abandonar mais"

"John..." – Ela sentou.

"Não quero correr outro risco"

Ela o abraçou e chorou.

"Está tudo bem"

"Não, não está. Eu vi minha vida inteira na minha frente"

"Está tremendo" – Ele a abraçou mais forte – "Você só está assustada. Tudo bem. Estou aqui. Nada vai acontecer"

"Promete?"

"Sim"

Ela começou a se sentir tonta e cai no chão novamente.

"Abby! Me responda! Abby! Por favor!"

Ela não responde.

Ela ainda está abalada. Eu não deveria ter deixado ela sozinha.

Ele a levou para a cama e a colocou lá. Ele ficou observando ela o tempo todo, esperando que ela melhorasse logo.

Abby, por favor, não me deixe. Não me deixe.

Lágrimas caíram dos olhos dele.

"Abby... eu te amo. Não vá. Eu preciso de você aqui comigo"

Ela lentamente abriu os olhos e pegou a mão dele, que estava apoiada na cama.

"Eu te amo. Mais que minha vida. Mais que minhas forças podem agüentar. Eu preciso de você"

"Abby... eu sinto muito. De verdade. Eu nunca mais vou te deixar sozinha"

Ela sentou e limpou as lágrimas que caíam dos olhos dele. Ele fechou os olhos sentindo o toque da mão dela.

"Shhh, tudo bem. Estou aqui. Estou aqui. Vai dar tudo certo"

Ele tocou a mão dela que estava no seu rosto. Ela sentiu um frio correndo pelo seu corpo.

"Tive medo... que você... tivesse ido e me deixado"

"Eu sei. Eu tive medo também. Mas nada aconteceu"

Ele a abraçou firmemente. Ela acariciou o cabelo dele com uma mão e com a outra ela esfregou as costas dele.

"Você me assustou, sabe?"

"Eu sei. Eu sei. Não vamos mais falar nisso, certo? Eu não quero ficar lembrando"

"Ok, desculpe. É que..."

Ela o encarou, com as mãos no rosto dele.

"O quê?"

"Eu te amo tanto. Você é a minha vida"

Ela sorriu.

"Oh John. Eu te amo também. Amei, amo e sempre amarei" – Ela deitou na cama – "Venha. Eu quero ficar com você. Só com você"

Ele deitou do lado dela e ficou encarando ela.

"O quê?" – Ela sorriu, não conseguindo parar de olhar ele.

"Você fica tão linda quando sorri"

Ele se moveu para perto dela e a beijou relutantemente. Se separaram e ela o encarou, séria.

"John, o que está havendo?"

Ele nem precisou responder. Ele sabia que ela sabia exatamente o que ele estava pensando.

"Tudo bem"

"..."

"John, olhe para mim. Fale comigo. Eu te disse que está tudo bem" – Ela continuou o olhando – "Quer saber? Você precisa crescer"

Ela virou de costas para ele, que suspirou alto. Ele encarou as costas dela e olhou para o teto. Depois olhou para ela de novo, virou e a abraçou.

"Desculpe. Eu não quis te magoar"

E ele a beijou na testa. Ela fechou os olhos. Ele desceu e beijou a bochecha dela, olhou o rosto dela e respirou fundo antes de continuar. Ela continuava de olhos fechados e ele lentamente foi aproximando seu rosto do dela até beijá-la. Ela hesitou no começo. Mas depois se rendeu aos beijos apaixonados dele. Eles continuaram beijando e quando ele ficou sobre ela e as coisas começaram a ficar mais quentes, ela o empurrou.

"Desculpe. Não posso"

"O quê? Por quê?"

"..."

"Oh... ok" – Ele saiu de cima dela.

"Sabe, é sempre assim. Nós brigamos e aí você vem e me beija"

"O que há de errado com isso?"

Ele olhou para ela, que encarava o teto.

Me diga. Eu quero que converse comigo.

"Sabe, é meu jeito que fazer isso" – Ele pegou a mão dela – "Teria sido mais fácil se você não bancasse a racional"

"Então agora é minha culpa?"

"Minha que não é"

"Ótimo!" – Ela levantou e se trocou – "Eu vou dar uma volta"

Ela se dirigiu à porta, mas ele foi mais rápido e a deteu.

"Você poderia sair da minha frente?"

"Onde você pensa que vai?"

"Saia da minha frente!"

"Você não vai a lugar nenhum!" – Ele gritou.

"Ah é? E quem vai me impedir?"

"Eu disse que não vai sair!"

Ele pegou os ombros dela com força, balançou e depois soltou, fazendo ela cair na cama.

"Ouch! Isso doeu!"

"Ótimo! Assim você sabe quem manda aqui"

"O quê?"

Lágrimas se formaram nos olhos dela. Ele odiava quando isso acontecia. Ele odiava quando eles brigavam. Ele odiava ver ela tão machucada. Ele odiava quando ela chorava. Ele queria confortá-la, mas sua raiva falou mais alto. Ela continuava a chorar e a raiva dele foi diminuindo, observando ela. Ele não queria ter falado aquelas coisas horríveis para ela. Mas agora era tarde demais. Ele sentou na cama e a encarou.

"Abby..." – Ele gentilmente pegou a mão dela – "Eu me importo muito com você para deixar você ser machucada assim"

Ela colocou sua outra mão em cima da dele e suspirou. Ele se arrependeu mais ainda do que acabou de fazer.

"Sabe, eu escolhi você. Porque eu queria te fazer mãe. Porque eu queria começar uma família com você. Porque eu sou atraído por você. Porque..." – Ele respirou fundo antes de continuar – "...Eu te amo"

Ela sorriu, mas ele não viu porque seu cabelo estava caído no rosto. Ele lentamente tirou o cabelo do rosto dela, levantou e o virou para que ela pudesse o olhar. Agora pareceu mais fácil de dizer tudo que ele queria.

"Eu te amo. Eu odeio brigar. Parece que é só isso que fazemos. Parece que não conseguimos nos entender mais"

Ela gentilmente colocou a mão na bochecha dele, fazendo ele fechar os olhos.

"Sinto muito. Vou tentar ser mais compreensiva. Eu prometo"

Ele sorri e eles se abraçam. Eles se encaram, cada um esperando que um se aproxime da boca do outro. Eles casaram, eles têm 2 filhas. As coisas não podiam estar melhores para ele: mulher, filhos, trabalho, uma casa decente para criar as meninas. A única coisa que deveria arrumar é as conversas com Abby. Ele estava disposto a viver a vida perfeita que vivia quando descobriu a gravidez da mulher de sua vida. Vendo que ela não se aproximava dele, ele decidiu se aproximar dela. Calmamente encostou seus lábios nos dela e, no outro segundo, eles se encontraram beijando um ao outro apaixonadamente, embora ele estivesse indo um pouco rápido. Ela tentava diminuir o ritmo dele, mas sem sucesso. Ele gentilmente a deita na cama e põe sua mão na barriga dela, embaixo da camiseta e vai subindo. Ela o deixa tocá-la mais profundamente, lhe permitindo erguer sua camiseta e tirá-la, revelando seu sutiã vermelho e sensual. Ela soltou um suspiro quando sentiu as pontas dos dedos dele contornando seus peitos. Eles se separaram para recuperar o fôlego e para ele tirar sua calça. Ele se inclinou sobre ela novamente mas ela colocou as mãos no peito dele, o parando.

"Nós esquecemos do preservativo"

Ela tentou alcançar a gaveta, mas ele puxou a mão dela.

"Não. Não estrague"

"Mas John... você pode..."

"Te engravidar?" – Ele a olhou, ainda sobre ela – "Você sabe que eu quero"

Antes que ela pudesse responder, ele já estava a beijando novamente. Ela estava apoiada nos cotovelos e ele gentilmente a deitou na cama e ela descansou seus braços ao redor do pescoço dele. E eles continuaram beijando um pouco mais. Ele a olhou e a beijou longamente mais uma vez. E outra vez depois. Então ele hesitantemente se separou dela e a olhou de cima a baixo. Ele ficou maravilhado. A partir daquele momento ele percebeu que não importa como tenha sido, ela havia o conquistado. Ele não podia ficar longe dela. Ele a amava com toda intensidade. Ela havia deixado se fazer parte da vida dele. Havia se deixado ser parte do sonho dele. Havia se deixado se tornar mãe dos filhos dele. Havia se deixado ser amada por ele. Havia se deixado ser mulher dele. Ele a amava ainda mais por isso. Eles descobriram o amor que sentiam um pelo outro, que os fez ficarem juntos. E ele não estava disposto a perdê-lo.

"Eu... não tenho certeza" – Ela disse.

Mas ele viu que seus olhos diziam que ela queria se tornar mãe de novo. Ela queria carregar mais filhos dele. Ela queria estar com ele.

"Eu te amo"

"Eu também. Eu não deixaria isso acontecer se não quisesse de verdade"

"Eu sei. Eu prometo te ajudar. Prometo ficar menos tempo no County e mais com você. Eu quero ajudar a criar nossos filhos"

"Eu sei. E eu quero ser mãe de novo logo"

"Você é a melhor. Não tem mais medo de passar a doença?"

Seu rosto ficou branco. Ela não tinha pensado nisso.

"Desculpe. Eu não devia ter dito isso"

"Não tenho. Porque vou amá-los do mesmo jeito"

Ele ficou aliviado de ouvir isso. Feliz, na verdade. Feliz de saber que ela tinha superado o medo de passar a doença.

"Eu não tenho medo porque... porque são meus filhos. E uma doença não vai mudar isso"

Ele a olhou. Embora ela tentasse esconder, ele sabia que ela ainda tinha medo.

"Ainda tem medo"

"Não, não tenho. Digo, sou a única normal da minha família" – Ela o olhou – "Da família da minha mãe, claro"

Ela sorriu mas ele ficou sério. Seu sorriso enfraqueceu um pouco. Ela olhou para o lado.

"Sinto muito. De novo, eu estraguei"

Ela tentou se livrar dele, mas os braços dele estavam prendendo ela, um de cada lado.

"O que está fazendo? Nós vamos até o fim dessa vez"

"Mas... você está bravo comigo"

"Não estou"

Ele deixou sua boca tocar a dela. Ele a queria deixar saber que ele não estava bravo com ela. Ele era louco por ela. Desde quando a conheceu. Ela o ajudou tantas vezes. E agora que ele a tinha, ele não ia a deixar ir assim tão facilmente. Ele não iria afastá-la dele. E eles dormem, ele abraçando ela. 6 dias depois, eles viajam para o Havaí.

"Eu amo tempo quente" – Ela sorriu.

"Podemos ir para praia"

"Oh... eu gostei disso"

Ele riu.

"Depois podemos ter um jantar romântico e fazer um passeio na praia sob a luz do luar"

"Você é mesmo romântico. Eu te amo"

E eles se beijam. Ele a pega, a leva até a cama e a deita. Ele deita do lado dela.

"John" – Ela se levantou – "Não agora. Depois"

"Vamos"

Eles tiveram um jantar romântico e fizeram um passeio na praia, onde eles beijaram um pouco mais. Mais tarde, no hotel...

"Alguma chance?"

"De quê?"

"De estar grávida"

"Eu não sei. Talvez. Eu não senti enjôos ainda. Eu ainda estou em dúvida. Vou fazer um teste depois"

Enquanto isso em Chicago, Susan estava indo dar uma olhada nas gêmeas quando vê que elas sumiram.

Oh meu Deus! As bebês sumiram!

"Gallant, você viu as bebês da Abby?"

Ao mesmo tempo, Abby sentiu uma dor no coração e acordou assustada.

"Sim, a mãe dela veio buscar"

"O quê?"