Disclaimer: Saint Seiya não me pertence, se fosse assim eu mataria o Seiya! Enfim, tudo que todo mundo já sabe... Essa fic não tem nenhum fim lucrativo, apenas escrevi por diversão.

Contém yaoi (relacionamento entre homens) e lemon ao longo de seus capítulos. Então, se você não curte yaoi, não leia.

Acho que é só! Boa leitura.


Capítulo 6: The Time of my Life

Como sempre eu estava errado sobre minha noite. A sorte, ao contrário do que eu imaginava, estava totalmente do meu lado e tudo terminou bem. Claro que eu fiquei com Kamus e, bem, digamos que tenha sido a melhor noite em muitos anos!

Passamos alguns dias trancados na casa daquele ruivo maldito, ele mal me deixava sair da cama. Não que eu quisesse sair...

Depois de uns três dias nos encontramos com os rapazes novamente e acabamos combinando uma saída com todos os casais e amigos reunidos. Não era aniversário de ninguém, nem nada, mas minhas férias no trabalho estariam começando no mês seguinte, assim como as de Shaka, Aioria e Mu.

Kamus está com um plano em mente para juntar Aioria e Mu, só não sei se vai dar certo... Esse ariano tem um gênio do cão!

Falando em dar certo... Vou contar um pouco sobre minha primeira noite com Kamus. Vale a pena registrar o momento... Ao som de Time of your Life.

OoOoO

Saindo do show, Kamus dirigiu pela rua como um louco até seu apartamento. Não dava para esperar outra coisa mesmo desse ruivo apressado.

– Kyu, por que a pressa? (1)

– Pressa! Que pressa!

O francês tentava abrir a porta, mas simplesmente não acertava a chave na fechadura. Então Milo resolveu ajudá-lo, afinal aquela porta não se tornaria obstáculo para nada naquela noite. E uma vez dentro do apartamento, o grego abraçou o amigo o beijando.

– Kamus... Eu esperei cinco anos, alguns minutos só vão te deixar ainda mais gostoso.

– Então prefere esperar uma hora? – o ruivo sorriu malicioso, deslizando um dedo pelo peito de Milo.

– Está louco? Eu esperei cinco anos! Uma hora é muito, ruivo!

Kamus riu, divertindo-se muito com aquele desespero do amigo, que o puxava pelo braço até seu quarto. Arrancaram sapatos pelo caminho e o francês já veio desfazendo sua perfeita trança.

Ao colocar os pés no quarto, porém, lembrou-se de uma coisa muito importante e, antes que Milo o alcançasse, entrou pelo banheiro, se ajoelhando em frente ao armário.

– O que está procurando? – provavelmente algo que não estava ali. Kamus tinha o péssimo hábito de esquecer onde guardava suas coisas.

– Hein? – e de não ouvir os outros também.

Após alguns minutos tirando xampus, sabonetes, pastas de dentes e remédios do pequeno armário, o aquariano levantou-se do chão e coçou a cabeça.

– Podia jurar que estavam ali...

– O quê? – novamente Milo foi ignorado e agora via o francês entrar no quarto e abrir o guarda-roupas.

Atrapalhadamente Kamus começou a tirar CDs, roupas, perfumes e até cuecas colocando tudo em uma poltrona, mas ainda não tinha encontrado o que queria.

O loiro iria enlouquecer se esperasse mais um segundo por aquela procura insana do outro. Fechou as portas daquele armário e jogou o ruivo na cama, sentando-se em cima de seus quadris.

– Aposto que esqueceu onde guardou. O que estava procurando?

– Nada não... – o aquariano sorriu amarelo e desviou o olhar, ainda preocupado com o objeto perdido.

– Ruivo... Eu te conheço. – Milo desceu o corpo, beijando o pescoço do amigo, lambendo e brincando com os brincos em sua orelha – Estava procurando camisinhas?

Kamus corou e riu totalmente sem graça. Aquele grego realmente o conhecia muito bem, só poderia estar procurando isso.

– Procurou aqui?

O francês sentiu-se ridículo quando o escorpiano abriu a gaveta do criado mudo e retirou um pacote de camisinhas de lá. Aproveitou para pegar o lubrificante, já que estava escondido ali também.

– Você é tão bobinho, Kyu.

Milo abriu o pacote de camisinhas e as jogou em cima da cama, junto com o lubrificante. Sorriu malicioso e brincalhão para o francês e começou a tirar a blusa, sensualmente.

O aquariano rapidamente esqueceu o constrangimento anterior e mordeu os lábios, percorrendo o peito e abdome do outro com as mãos e tocando a pele quente. Os cachos loiros escorriam pelas costas e ombros, criando um contraste incrível com a cor morena de Milo.

– Hum... Como eu nunca reparei em você?

– Você não enxerga as coisas que estão no seu nariz... – o loiro brincou olhando as camisinhas de relance e Kamus riu da piada.

– Tem razão...

Milo ajeitou-se melhor, deitando-se entre as pernas do francês e foi desabotoando a blusa que este ainda usava, tomando o cuidado extremo de tocá-lo no percurso. Precisava sentir todos os detalhes daquele peito musculoso, macio, frio... Espera um pouco... Frio?

Os olhos azuis do escorpiano abriram-se em surpresa. O ruivo parou de beijá-lo e viu que o grego tinha novamente aquela expressão de tonto no rosto.

– O que foi, Mi?

– O que é isso gelado aqui...?

O loiro dirigiu seu olhar até um dos mamilos de Kamus, constatando outro pircing perdido por ali. Uma pequena barra, cruzando o mamilo rosado do francês.

– Você tem quantos mais?

– Não prefere descobrir sozinho? – ele sorriu malicioso com essa proposta do francês e arrancou aquela blusa o mais depressa que pôde.

As calças e cuecas de Kamus voaram para o chão com pressa incrível, tornando a respiração de Milo falhada com a visão estonteante de seu ruivo totalmente despido.

– Eu sabia! Seu tarado!

O francês riu deliciosamente com a cara do amigo ao ver o piercing mais exótico (por falta de palavra melhor) que tinha em seu corpo. Uma pequena argola escondia-se embaixo da pele em seu pênis, fazendo-se notar apenas porque Kamus estava muito excitado.

– Como teve coragem?

– Te garanto que doeu muito menos que a sua tatuagem.

Milo o encarou perplexo e foi beijado até quase sufocar por aquele ruivo sem noção e sem nervos. Podia esperar tudo de Kamus agora, jamais imaginaria um piercing logo ali. E essa pequena e nova jóia deu uma vontade horrível de fazer uma coisa em particular.

O escorpiano separou-se do beijo respirando com ainda mais dificuldade e abriu as pernas do francês com força, ajeitando-se na cama com a cabeça entre elas. O ruivo riu de novo e Milo jurou mentalmente apagar aquele sorrisinho dos lábios macios daquele safado. Queria vê-lo gemer e implorar.

Para começar apenas lambeu e chupou a glande, ouvindo os risos diminuírem aos poucos. Somente quando colocou o membro todo na boca foi que parou de ouvir o som de riso e passou a ouvir gemidos ainda contidos. Era exatamente assim que o francês deveria permanecer e para isso teria que continuar a trabalhar.

Brincou com o piercing, puxando a argola entre os dentes. Era peculiar sentir a jóia em seus lábios e língua, enquanto sugava com rapidez a ereção de Kamus. Sentia seu maxilar estalar com a força que fazia subindo e descendo sua boca por aquele pedaço de carne.

– Mi... Milo...

O ruivo segurou-se em seus ombros, tentou prender de todas as formas possíveis, mas acabou gozando e gemendo mais alto ainda. E Milo, mesmo sem esperar por aquele orgasmo, engoliu cada gota que era expelida em sua boca.

– Apressadinho... – comentou ao levantar o corpo, deitando-se ao lado do ruivo.

– Eu tentei avisar... – o francês falava interrompido por gemidos ainda, jogado na cama sem reação.

– E eu? Como fico agora?

– Me dá um minuto...

O escorpiano riu consigo, um minuto para se recuperar? O ruivo parecia acabado. Porém, teve que dar o braço a torcer e se surpreender de novo. Em pouco tempo Kamus levantou a cabeça daquele travesseiro, se apoiando em um cotovelo na cama e beijou Milo.

– Onde estávamos, loiro?

– No um minuto de intervalo, ruivo?

O aquariano sorriu e passou os dedos pelo cós da calça do grego, sentindo a ereção pulsar e tornar a roupa ainda mais apertada. Abriu o botão e o zíper, dando um certo alívio ao amigo.

– Pronto para o segundo tempo?

Milo nem precisou responder, o ruivo entendeu o brilho em seu olhar e arrancou suas roupas rapidamente. Depois passou a revezar entre beijos e carinhos por todo o peito de seu loiro.

O coração de Milo disparou e sua respiração totalmente falhada tornou-se ainda mais difícil, quando a mão do ruivo se aproximou de seu membro, tocando-o exatamente como queria. Procurou aquela língua atrevida, que vinha se enfiando em sua boca, brincando e lutando por espaço. Suas mãos, apressadas, entrelaçavam-se aos fios vermelhos, procurando trazer Kamus para mais perto.

– Kamus...

– Sim? – ouviu a voz do ruivo sair rouca e baixa, sensual e totalmente capaz de inebriar seus sentidos.

– Quero perguntar uma coisa...

Tinha uma dúvida perturbando sua consciência desde que entraram naquele quarto. Era uma coisa estúpida, porém importante naquele momento.

– Fala, loiro... – o francês exibiu um sorriso cheio de desejo, parando um pouco com os carinhos e beijos para ouvi-lo.

Milo pegou uma das camisinhas na cama e a colocou frente aos olhos do amigo, esperando que aquele tonto entendesse sem que precisasse dizer nada. Kamus encarou o preservativo e o tomou de suas mãos sorrindo malicioso.

– Quer que eu coloque em você?

– Na verdade não... – ao menos ele tinha entendido metade da dúvida. – Você se importa se você... Se primeiro você...

– Se eu me importo em comer você primeiro?

Os olhos azuis se arregalaram ao encontrar os castanhos avermelhados. Certamente era essa a dúvida. Milo queria sentir o outro dentro de si antes de fazer o contrário. Tinha sonhado inúmeras vezes com aquela cena e precisava realizar tudo daquela forma. Porém, Kamus não precisava ter sido tão direto.

– Em outras palavras... Sim. – respondeu confuso.

– Claro que não. – o ruivo sorriu e o beijou na testa. – Se é seu desejo, será meu prazer realizá-lo.

O grego não conseguiu deixar de rir de tanta besteira que o outro podia dizer em tal momento. E como se para quebrar o momento engraçadinho da noite, Kamus o beijou lenta e profundamente, sugando seus lábios antes de se afastar.

– Eu faço tudo por você, qualquer coisa.

Milo engoliu com dificuldade, sentindo seu coração falhar junto à respiração. Esperava enfartar, morrer ou ter um ataque, mas não aconteceu nada disso, apenas calou-se, consentindo a oferta do francês.

Passado o momento em que os olhares se cruzaram, o ruivo abriu o lubrificante, espalhando-o por seus dedos. Levou dois deles à entrada do escorpiano, tocando-o diretamente na próstata e o preparando de forma delicada para a penetração.

Aquela sensação era melhor do que havia imaginado, os dedos de Kamus eram frios e o tocavam com precisão. Tateavam por toda sua entrada, lubrificando e preparando seu corpo para o sexo, deixando-o ainda mais excitado.

O preservativo, que havia sido deixado de lado, foi novamente solicitado pelas mãos do ruivo, que o abriu e entregou para o loiro ao seu lado. Um pedido mudo nos olhos castanhos fez com que Milo se colocasse sentado na cama, vestindo a camisinha ao longo da ereção do francês.

– Falta só uma coisa... – Kamus murmurou de encontro aos seus lábios, deitando o amigo na cama.

– O que é?

Milo acompanhou-o levantar-se da cama e se dirigir até a estante em frente. Sabia o que estava faltando, então sorriu e se virou na cama de bruços, deixando suas nádegas expostas. O francês colocou um antigo CD no som, em uma música em particular e voltou para a cama, deliciando-se com aquele exótico escorpião nas costas do loiro.

Time of your Life fez-se ouvir no quarto, enquanto os lábios de Kamus percorriam as costas do grego com beijos sensuais e lambidas causando arrepios em Milo. Ele parou na base da coluna, mordendo uma das nádegas redondinhas e macias. A música continuou baixinho, interrompendo apenas os gemidos que escapavam pelos lábios do escorpiano.

O ruivo deixou os beijos de lado, então, deitando-se por cima do loiro, sussurrando baixinho aquela letra, que dizia muito em poucas palavras. Acompanhando a batida, a suave melodia, o ruivo foi abrindo com os joelhos as coxas grossas do grego, se posicionando entre elas.

Seu membro encaixou-se perfeitamente entre as nádegas de Milo, já pressionando a entrada resistente e fechada. Tocou-a com insistência, fazendo força para entrar e aos poucos sentia os músculos lhe dando passagem. Colocou sua ereção inteira dentro do corpo do amante e deitou por cima dele, colando seu peito às suas costas.

Ouviu um longo suspiro do loiro, que puxava as cobertas com força e rangia os dentes. Sabia que devia estar sentindo dor, mas na realidade era inevitável e sabia que logo, logo ele também estaria sentindo prazer.

– Kamus...

– Sim?

– O que está esperando?

O ruivo sorriu e se remexeu, se ajeitando melhor e provocando um gemido baixinho do grego.

– Esperava que você relaxasse mais...

– Vou relaxar depois que gozar, obrigado...

O francês sorriu e começou a se mover, estocando com toda a calma. Ouviu a música acabar e recomeçar. À medida que a melodia crescia, seus movimentos se intensificavam e assim, depois de um tempo mal podiam ouvir os acordes da guitarra, pois os gemidos se alteravam superando qualquer ruído.

Os cachos loiros de Milo se colavam às costas suadas, bem como os fios lisos de Kamus aos ombros e costas também. Os movimentos de ambos se encontravam, ritmados e fortes, causando uma certa alteração às batidas de seus corações.

O ruivo puxou os quadris do amante para cima, deixando-o de quatro na cama, forçando-se ainda mais para dentro daquele corpo apertado. Seus joelhos ardiam, mas ele mal sentia, estava mais preocupado em ouvir a voz de Milo e as palavras desconexas que este dizia, intercaladas por seu nome.

O loiro já desistira de conter-se e começou a se masturbar no mesmo ritmo das estocadas. Sentia seu corpo inteiro já começar a tremer e se tornar insuportavelmente quente. Kamus também o apertava com tanta força e gemia alto, estava obviamente próximo do clímax.

– Kamus eu... – a frase foi cortada pelo meio por um longo e rouco gemido, Milo nem precisou falar, pois seu corpo fora assaltado por um tremor que o fez cair no colchão.

Ao mesmo tempo em que ele gozava, Kamus alcançava seu orgasmo, gemendo também, quase deixando marcas roxas na cintura do grego de tanto que apertava. Como o loiro, também caiu para frente, arfando e ainda gemendo.

O francês deitou-se na cama de costas e abraçou o amante, totalmente amolecido e cansado. Precisariam de mais que um minuto para recompor toda aquela energia gasta.

– Kyu...

– Sim?

– A música vai continuar a repetir?

O ruivo sorriu e beijou a testa de Milo, depois procurou pelo colchão um controle remoto e desligou o som, fechando os olhos em seguida.

– Eu te amo, Milo.

– Também te amo.

Continua...

OoOoO

(1) Kyu – um apelido que eu inventei pro Kamus faz um tempinho... A Ilía-chan já usou em uma fic dela, mas nas minhas fics é a primeira vez que aparece! Se alguém quiser usar fique à vontade, mas me avisa, porque eu quero ler a fic, né? XD


Nota da Autora: Olha, eu espero que o lemon esteja ao agrado. Eu estava com ele quase pronto, quando, no domingo de Páscoa resolvi reescrever tudo! (e acabei de ser picada por um mosquito que parecia um avião) Também dei uma ajeitada no capítulo 7, que na verdade já estava pronto antes desse aqui.

Não acho que tenha ficado grande coisa, mas a minha beta parecia que tava enfartando junto com o Milo... Então eu preciso da opinião sincera de vocês. Ahahahaha... To pedindo descaradamente que deixem reviews! XD

Obrigada a todo mundo que tem comentado e dado sua opinião. No próximo capítulo escrevo o nome de todo mundo, ou quase isso! XD

Beijos a todos e até o próximo!