Título: O Problema com a Rosquinha
Autor: Du Bonine
Classificação: M
Casal: Carrie/Berger; Miranda/Steve; Charlotte/Harry; Samantha/Corretor de Imóveis
Spoilers: Acho que nenhum.
Disclaimer: As personagens pertencem à HBO e à Candance Bushnell, fiz essa fanfic por pura diversão, sem fins lucrativos.
Resumo: A fic se passa na quinta temporada quase na sexta. Carrie e Berger vivem o dilema da conta no restaurante. Charlotte acha que Harry a trai. Miranda e Steve em problemas casuais e Samantha... bem, Samantha procura o que mais deseja: sexo.
O PROBLEMA COM A ROSQUINHA
PARTE I
(Restaurante)
Sábado. Oh sábado! Dia dos casais nova-iorquinos saírem pra passear, depois conversar no banco da praça, logo a noite ir ao cinema e depois um jantar a luz de vela no restaurante, que sempre o lado feminino da relação aponta com olhos fechados para o mais caro, ou então para aquele que cobra o suficiente para o lado masculino fechar a cara e não abrir a boca até a manhã de domingo começar a aparecer...
— Tudo isso, Carrie?
— Isso o que?
— O preço! Olha o preço dessas lagostas!
Mal sabia Berger que
eu só estava topando aquele jantarzinho, naquele restaurante
péssimo por estar extremamente desesperada. Fazia séculos
que depois do Aidan eu não transava com ninguém. E "ai"
daquela que mandasse eu contar a quanto tempo eu não sentia o
calor de um homem depois Big sobre meu corpo. Minha vida sempre foi
ver casais americanos (bem sucedidos) juntos em uma noite iluminada
pela lua, caminhando pela praça ou até mesmo jogando
pipoca para as poucas pombas que restaram naquela noite e eu, sempre
sozinha.
E não ia ser agora, que eu estava entrando em um
relacionamento (sério), que eu ia me deixar abater por um cara
que não paga a conta do restaurante. Eu tenho meu próprio
dinheiro, e não seria problema algum ter que assumir o banco
naquela noite.
—Tudo bem querido, eu pago a conta. - disse.
— Você? - perguntou, sorrindo e espantado.
— Sim.
— Não.
— Não?
— É.
— Mas não podemos sair sem pagar.
— Claro! Mesmo sendo caro eu pago. É esse o meu papel em nossa relação... - disse, segurando minhas duas mãos, envolvendo um candelabro de vela. - Pagar contas e deixar você sentir meu corpo quente ao seu lado, na cama em plena noite de sábado.
— Ai!
Eu consegui! Eu
consegui... aumentar a conta do restaurante. Derrubei o candelabro de
velas no chão e ainda derrubei a taça, com poucos goles
de vinho em meu vestido branco. Tudo culpa do meu "brinquedinho
de sábado à noite", seria essa a visão que
ele tem do nosso relacionamento: uma transa no sábado à
noite? Que péssimo para minha reputação sexual,
que devo admitir, já foi das melhores, porém
ultimamente anda se desentendendo com meu ego.
Sai daquele
restaurante com a cara no chão e com o guardanapo de colo em
mãos, enxugando meu vestido. Berger envolveu seus braços
em meus ombros e começou acariciar minhas orelhas, devolvi com
um pequeno riso no rosto. Fez o mesmo, mas com um toque irônico
sobre a situação. Ele me acompanhou até em casa.
Despediu-se com um leve selinho, seguido por um: "amanhã
na mesma hora". Olhei pra cara dele, espantada:
— Amanhã?
— Sim.
— Amanhã é domingo.
— O que é que tem?
— Depois de domingo, é segunda. E pelo que eu saiba, segunda eu tenho que trabalhar.
— Trabalhar?
— Sim.
— Você chama "passar a manhã com a Charlotte, almoçar com as suas amigas, visitar a Miranda em seu escritório e depois ficar duas horas com a Samantha fofocando sobre homens", de trabalho?
— Berger, assim você me ofende
.
— Não
estou ofendendo, amorzinho! - falou, passando as mãos em meu
rosto.
— Está sim. Esqueceu que eu escrevo para uma coluna e lancei um livro? Agora eu sou uma star no mundo literário.
"Eu indo e ele vindo...". Foi isso que eu senti quando ele me devolveu um sorriso fajuto depois do meu comentário sobre trabalho. Eu senti que o ofendi. Só porque meus livros estão vendendo como água mineral no deserto e os deles, estão as minguas no deserto do Saara. É por isso que eu amo as mulheres, elas me dão lucro, e os homens, não lêem livros, por isso que o star book dele, não vende.
(CENTRAL PARK)
A Charlotte parecia uma barata tonta à procura do Harry pela rua. Por um instante minha amiga pressente uma morte. Depois acredita em seqüestro, mas foi fechar os olhos e se desligar por um minuto que tromba com Harry ali mesmo, no Central Park:
— Charlotte?
— Uau! Harry o que faz aqui?
— Passeando...
— Tá suado.
— Pois é. Caminhei logo cedo.
— É... eu lá em casa, te esperando pra gente... ah, você sabe!
— Me esperando pra "ah, você sabe."?
— Aham.
— Como viu estou todo suado. Agora não. Mas à noite.
— Harry, você está me evitando?
— Não.
— Então tá o que?
— Caminhando. Pôxa. É uma manhã linda de domingo.
— Pra transar.
— Não! Pra caminhar... - contraria, dando um selinho em Charlotte.
— Aiii, Harry! Sua boca está com gosto de...
— Açúcar?
— É...
— Acabei de comer uma daquelas rosquinhas, cobertas de chocolate e recheio de caramelo.
— Uou...
Charlotte ficou extremamente preocupada com o verdadeiro sentido da palavra: "rosquinha". Por um momento, achou que Harry tinha outra, mas logo desistiu da idéia, ao olhar para trás e ver aquele monumento grande, estrondoso e careca indo embora. Quem iria querer aquilo, além dela? Saiu satisfeita e começou a pular pela rua e depois a rodar e por fim, admirar a bela manhã de domingo.
(APARTAMENTO DA MIRANDA)
Steve e Miranda estavam sentados no sofá. Ele com uma caneca de chá na mão direita, enquanto a esquerda manuseava o controle remoto a procura do canal perfeito para aquela manhã. Ela servia uma pequena quantia de uma pasta não identificada ao Brady, que demonstrava grande apetite. O bebê começa a chorar.
— Steve, porque mudou? Brady adora aquele canal...
— Que canal?
— Aquele antes, do antes desse...
— Que?
— Steve, dê esse controle. - Miranda, arranca o objeto das mãos dele. - Brady adora aquele programa de interatividade...
— Deve ser pela beleza daquela apresentadora.
— Pois é, não é Brady? Puxou ao papai!
— Melhor admirar a apresentadora, do que o apresentador.
— Pois é...
— Pronto, Brady, o programa acaba de acabar... - diz, arrancando o controle das mãos de Miranda.
— Steeeve...
— O que é? Vai me dizer que esse canal reprisa os programas?
— Não, não reprisa. Mas você esta na minha casa, então coloque no canal de interatividade.
— Olha, começou um clássico do Chaplin.
— E desde quando você gosta de clássicos do Chaplin?
— Desde que eu me entendo por gente...
— Steve, coloca no canal de interatividade.
— Nossa! Esse é o Chaplin! - fala, nem ligando para a mãe de seu filho.
— Steeeeeeve!
— Uau, Chaplin sou seu fã!
— Caralho Steve, dá logo esse controle.
Miranda avançou no cara magro de óculos fundos que estava ao seu lado no sofá, e o encurralou em seus braços. Eles se entreolharam. Miranda aproximou o rosto e Steve a devolveu com um lindo beijo. Brady que estava admirando Chaplin olhou para os pais, e viu muito mais graça na cena real.
(RESTAURANTE)
Samantha, Charlotte, Miranda e eu decidimos almoçar juntas em um novo restaurante francês que abriu ao lado editora do The New York Observe. Miranda começou o assunto falando do parasita do Steve que não sai de seu apartamento. Charlotte fez confidencias sobre seu relacionamento com o Harry, primeiro era ele quem só queria sexo, agora ela não encontra mais aquela fome toda nele, suspeita até de traição. Eu comentava sobre meu relacionamento com o Berger, que para ele tudo não passa de sexo nas noites de sábado. Justo agora que eu necessitava de um verdadeiro romance...
— Pois é queridas, agora ele deu de achar que eu não ligo para ele, só penso no trabalho, trabalho... e alega que agora, meu passatempo predileto é falar do fracasso de seu livro. - disse.
— Ninguém manda escrever para homens...
— Concordo, Miranda. Desde quando homens lêem livros?
— Charlotte, não é que homens não lêem livros, acontece que os assuntos que interessam a eles estão restritos em economia, exatas e pornografia.
— Isso a Sam sabe explicar com clareza.
— Ein? - perguntou, Samantha.
— Está em que mundo? Viajando?
— Não. Sabe o que é, meu mal é sexo.
— Esse é o seu mal desde que você nasceu...
— Carrie...
— Você não entendeu, Carrie. Meu mal não é sexo, e sim a falta de sexo.
— Faltando sexo pra você? É pegadinha?
— Uau, estou me sentindo a ninfeta mor! - comenta, Charlotte.
— Parem de brincadeiras! Estou falando sério. Depois do Richard...
— ... teve aquele gostosão do entregador. - completei.
— Não. Quero dizer sexo sério.
— E desde quando você teve um "sexo sério", Samantha? - pergunta, Miranda.
— Ah, perdi meu posto de ninfeta mor. - fala, Charlotte com a voz baixa e melodramática.
— Carrie, olhe para a minha cara. Agora, concentre-se no fundo dos meus olhos. Conseguiu ver a minha necessidade?
— Sinceramente? Não.
— Me diga, Miranda. Quando foi sua última vez? - pergunta, Samantha.
— Eu? Hoje de manhã. Como eu disse, o Steve está parasitando na minha casa.
— Mas Miranda. Foi na frente do Brady?
— Carrie, ele estava vendo um filme do Chaplin...
— Que horror! - exclama, Charlotte.
— Agora você Charlotte, quando foi sua última vez?
— Txi, não lembro. Acho que semana passada ou retrasada.
— O Harry em busca de outras rosquinhas...
— Carrie, pára!
Eu sabia que tirei aquele dia para zombar com a relação dos outros. Já que a minha não está lá aquelas coisas, nada melhor do que colocar defeito na dos outros para tirar algum proveito.
— E você, Carrie?
— Eu?
— Sim.
— Antes de ontem.
— Hum... você e o Berger estão nos finalmente.
— Não. Nós não estamos nem no começinho, eu já disse: ele acha que nós só estamos juntos pra transar.
— E não era isso o que você queria?
— Queria. Não quero mais. Eu preciso de amor. Eu quero ser amada.
— Mas quer transar...
— Também.
— Queridas, eu preciso ir. - cortou, Samantha.
— Já?
— É. Minha tia pediu para eu ir ver o novo apartamento dela com o corretor.
— Porque ela não vai?
— Está doente.
— Doente?
— Tá bom, ela não está. Eu quem pedi pra ir. Soube que essa corretora tem ótimos atendentes.
— Samanthaaa! - exclama, Charlotte.
— Não sei porque está tão espantada! Não foi você que disse que eu faço de tudo por um sexo?
— E não faz?
(APARTAMENTO DA TIA DA SAMANTHA)
Samantha e o corretor estavam na sala do apartamento. Ela desesperada começou a passar o pé nas pernas do rapaz, e foi subindo, mas Sam não sabia que um salto fino faz uma mulher perder o equilíbrio, quando acidentalmente, cai no chão e chuta a única parte do corpo do rapaz que realmente a interessava naquele momento...
— Ai meu deus. Oh, pôxa. Desculpe!
— Aiiiii, dona...? Dona...?
— Samantha.
— Putz, a senhora é um bom centroavante!
— Pois é, minhas amigas falam isso sempre.
— Certo... mas elas não tem um pênis.
— Em compensação tem dois seios.
O rapaz olhou concentrado para a cara de Samantha, a ponto de avançar sobre ela. Quando ele finalmente tomou forças para levantar, Sam impulsou com o pé o rapaz para trás, jogando-se sobre ele. Tapou a boca dele e com a outra mão começou a sentir o corpo que agora ela dominava.
— Dona, aí não...
— Eu sei machucar... mas eu sei curar!
Ela abriu a calça do rapaz e começou a aliviar a dor que o pobre corretor sentia.
— Aiii dona, aí não.
— Tudo bem!
Sam abriu um sorrisinho para o rapaz e o beijou. Depois começou a rasgar sua camisa pólo para lamber seu peitoral. O rapaz ficava gemendo. A dúvida era se por dor ou tesão. Samantha não ligou e continuou com sua "massagem".
(Continua...)
