Nesses trajes? – Tainá imaginava o iriam falar deles
Ora, Índia, você ainda não aprendeu que propaganda é a melhor alma do negócio? Ao ver esses tornozelos maravilhosos, elas vão querer ver o que está por debaixo dos vestidos.
Eu me mataria antes de sair com um cara que se veste assim. – Tainá comentou rindo.
A Índia tem razão, Luciano. Por isso, nada de arrogância. Vamos calmamente, até a cabine, esperar que o feitiço acabe. Aquelas mocréias que estão na cabine vão preferir morrer a sair conoscoconosco..
Christopher, até que às vezes você usa a cabeça, maninho... Vamos embora! – Luciano levantou-se e equilibrando-se se dirigiu ao corredor. Da porta, atirou um beijo à Tainá.
Até Hogwarts, Índia com seus cabelos nos ombros caídos, negros como a noite sem luar... – fechou a porta no momento que ela atirou o frasco que Tina havia tomado. Galinaço o ajudou a cantar esganiçado.
Aquela era a única música capaz de irritá-la profundamente, e que Luciano insistia em cantá-la. Nessas horas ela não parecia absolutamente em nada com a pessoa tranqüila que costumava ser. Luciano e Christopher, percebendo que a colega iria atrás deles, provavelmente para colocar mais uma azaração (haviam deixado as varinhas na cabine), trataram de andar o mais rápido que os vestidos e aquelas aberrações de sapatos permitiam. Tina vivia em cima deles, não era à toa que volta e meia ia carregada para a enfermaria, com o tornozelo torcido.
Luciano ao perceber que Tainá não viera (provavelmente preocupada com o pesadelo de Tina) afrouxou o passo. Chris também suspirou aliviado.
Escapamos por pouco. Se a Índia viesse, estaríamos fritos, mal-pagos e ridicularizados até o fim da vida.
Se a Índia viesse, já estaríamos no fim de nossas vidas. – Luciano corrigiu com uma gargalhada.
A baixinha é mesmo brava...
Gali, o que acha de me ajudar um pouquinho? – apontou com o queixo duas garotas que os olhavam rindo.
A ofensiva Lulu e Galinaço? Estava demorando. – continuaram a caminhar, conversando e quando estavam a poucos passos delas, Chris deu um empurrão em Luciano, que caiu (se jogou) em cima de uma loira, que tinha o busto mais avantajado. O garoto, caiu, com as duas mãos em cima dos... melões, da garota, que berrou, enfiando a mão na cara dele, e as duas entraram na cabina. Luciano esfregou o rosto com a mão com uma careta.
Nem era para tanto... pelo visto vamos ter que mudar a tática de jogo.
Quer ajuda? - Luciano aceitou a mão para levantar, já que mal conseguia se mexer. – Mas você é quem vai ter quer trocar de jeito, Luciano. Esse truque não pega mais ninguém.
Lá no Brasil, mas aqui, as garotas não conhecem ele... E além do mais, essa garota nem pode ficar ofendida. De peito, só tem a armação.
Quer dizer...
Sutiã de enchimento. Sabe, eu concordo com as meninas... Peito pequeno, mas verdadeiro!
Ora, isso é novidade! E posso saber por que? – Tainá tinha a voz mais severa que podia fazer, considerando que quase estava chorando de rir por dentro.
Me decepcionei com ela... tão bonitinha... ficaria melhor só com os peitos verdadeiros mesmo.
Veio terminar de acabar conosco? – Chris soltou Luciano, que agarrou o braço do amigo para se equilibrar.
Calma aí! Esses sapatos estão me matando sabia?
Não, só vim garantir que as bonecas vão para a cabine mesmo... E a com a Tina dormindo, e vocês "presos", não preciso me preocupar mais.
V+P+G+I+L TC
Jessy estava saindo do banheiro quando sentiu uma forte dor que ia do pulso esquerdo até a cabeça, teve uma tontura e desmaiou.
Escutou alguns gritos, mas não entendeu o seu significado. Quando recobrou a consciência estava sendo segurada, olhou e disse em português.
Morri e fui pro inferno. – então ouviu a voz arrastada
Olá Jéssyka, que ironia, nos encontrarmos novamente desse jeito... Você teve sorte de eu estar por perto. – Draco a havia segurado. Jessy com um sorriso sem graça, disse:
Obrigada. – ainda não havia conseguido se soltar, quando escutou a voz de Tainá.
Não esperou nem as aulas começarem, Jessy. – ela deu uma risadinha.
Draco, solta ela, ela já tem dono. – Christopher não conseguiu controlar, e estava muito sério.
Vampira ataca novamente! – Luciano se divertiu com a cena.
Jessy ficou de pé, e Draco segurou sua mão e disse:
Se precisar de alguma ajuda, estarei por perto.
Tá bom, agora eu já vou.
E sua irmã como esta?
Dormindo.
Se precisar de alguma ajuda, estarei por perto. – ele repetiu.
Jessy escutou uma risadinha atrás de Draco e viu Hermione parecendo se divertir muito.
Até, Jessika. – Draco passou por ela com um sorriso.
Jessy, o Draco não. – Chris estava sério.
Por que não? Ele se não fosse tão arrogante, até que é bonitinho. – Jessy olhou bem para eles. – Por falar em bonitinho, vocês ficam uma gracinha, só que sandálias pratas não combinam com vestidos rosa com renda azul. – ela riu e continuou. – O que fizeram para a Tina?
Eu nada. - Chris se defendeu.
Vampira, você sabe que eu não resisto. – Luciano deu um sorriso charmoso.
Sei, e ainda não tirei completamente o cheiro das minhas roupas. – ela replicou.
Jessy, o que aconteceu? – Tainá perguntou preocupada. Tinha bem percebido a cara da garota quando estava nos braços do loiro.
Eu desmaiei e aquela coisa me segurou para não cair.
Coisa? Sabia que ele é meu primo?
Se ele não tivesse dito, eu nem imaginava... – Jessy respondeu irônica. O braço ainda doía.
Jessy, será que daqui a algum tempo o seu pai vai ser vovô? – Luciano não resistiu à provocação. Todos ali sabiam que Michel Granger a esfolaria viva, e depois a mataria se engravidasse antes de ser casada.
Não, ele não vai ser vovô, mas o mesmo será que podemos dizer do seu pai?
Ele não se importa. – Luciano deu de ombros.
Tainá balançou a cabeça.
Seu pai é um irresponsável se pensa desse jeito.
É, mas me ama do jeito que sou e não se envergonha por causa de minha mãe, nem vice-versa.
Mais uma palavra, Luciano Galhaço, e eu juro que ao invés da Seleção você vai para a enfermaria de Hogwarts. – Tainá tinha os olhos brilhantes de raiva.
Chega os dois! Luciano lembre-se que a Jessy e Tainá são amigas, e que você vai estar sozinho nessa. – Chris falou calmamente.
Não dá para me ajudar?
Eu ajudo quando não agir como um idiota. – Chris espichou os braços.
- Muy amigo você é.
Sou mesmo. Agora, peça desculpas, a ela, ou até mesmo eu vou ajuda-las a bater em você.
Não se preocupe, Christopher. Eu não encosto em lixo.
Tainá empinou o queixo, orgulhosa, e passou rente a eles, sem encostar em ninguém.
Jessy balançou a cabeça.
Como diz a Tina, Luciano você é uma anta! Dizer isso para a Tain�, é a maneira mais segura dela te odiar, e não o contrario.
Acho que peguei pesado mesmo... – Luciano tirou o boné azul que tinha, e coçou a cabeça. – mas ela me ofendeu primeiro!
Ela só fez um comentário, que aliás é verdadeiro! – Jessy saiu, antes que ele retrucasse. Quando passava pela cabine da prima, deu uma espiada de curiosa. O seu moreno estava sentado, com a mão na testa.
O resto do grupo estava em volta dele, com exceção da loira, que olhava distraidamente pela janela.
Quando estava entrando na sua cabine, foi atropelada por uma Tina com o rosto pintado como de palhaço, rosa choque, e com a mão na boca. Procurando pelo banheiro, Tina tinha a mão na boca, e corria o mais que podia, verificando onde poderia ser o banheiro, quando foi parada por uma garota que vestia uma capa com o emblema de uma cobra.
Não é permitido correr pelos... – ela não conseguiu terminar a frase, que Tina sentiu o bolo subindo pela garganta e antes que conseguisse evitar, vomitou em cima da garota.
Ora, sua... – o trem fez uma curva, e Tina sentiu o bolo subindo novamente. Não dando bola para ela, se afastou e correu até encontrar a porta que estava procurando.
Jessy e Tainá haviam ido atrás dela, e Jessy tentava fazê-la desculpar a irmã, mas a garota, com um olhar de desprezo, olhou-a de cima em baixo.
Está pedindo desculpas pelo que sua irmã fez? Ela vomitou em mim, e eu não admito... Ambas são ignóbeis!
Ela se virou, e continuou andando pelo corredor, o nariz empinado como se tivesse uma bomba de bosta no pescoço.
Eu não sei do que essa garota me xingou, mas ela vai apanhar quando eu descobrir. Se bem que... Tat�, o que a ultima palavra quer dizer?
Não faço a mínima idéia. Sabe muito bem que não entendo nada.
Desculpa, foi mal. A palavra é ignóbil.
Tainá franziu a testa.
Não tenho certeza do sentido, acho que você tem que olhar em um dicionário, para variar.
E porque não perguntar para o dicionário ambulante?
Porque dependendo do humor da Tina, você vai ter que sair correndo.
E qual a novidade...
Vagabundo! Quando eu puser a minha mão... – a voz de Tina ecoou pelo corredor.
Ela não terminou a frase. É sinal que vai demorar. Vamos voltar para a cabine? – com o aceno positivo, elas voltaram para a cabine. - Será que a mulher com o carrinho da comida vai passar de novo?
Estou começando a acreditar seriamente que você é irmã da Tina.
Estou com vontade de pegar uns chocolates, para a Tina... Ela não pode dizer que sou egoísta se fizer isso, não é?
Não, mas pode te chamar de interesseira.
Só sou com a Firebolt. E tem mais... com a Tina daquele jeito, o resto da viagem vai ser porcaria...
Engraçado ela acordar. Geralmente temos que leva-la numa maca até o quarto! – as garotas ficaram relembrando entre risos, o sono pesado da morena de cabelos cacheados.
V+P+G+I+L TC
Harry, você desmaiou! – a voz agora irritada de Hermione não deixava dúvidas que ela não desistiria tão fácil.
Francamente, Hermione, se todas as vezes que Voldemort fica irritado eu tenho que ir para a enfermaria, não sairia de lá.
Harry, eu concordo com a Mione. Afinal de contas...
Rony recebeu um olhar enviasado do amigo.
Voldemort está irritado, do mesmo jeito daquela noite. – ele deixou escapar.
Quer dizer que você se sentiu daquele jeito de novo?
Que noite? De quando o Sr Weasley foi atacado?
Não, faz umas duas semanas, na verdade foi quando... Ai! - Rony recebeu um pisão no pé. Harry largou todo o peso que podia.
Foi quando... – Mione repetiu, com as sobrancelhas juntas.
Um dia antes, de nós irmos te buscar. – Rony recebeu um olhar parecido com o que Jessy lançara a Mione.
Harry? – Hermione parecia chocada.
Estou bem, tá legal? E depois, não é para tanto assim.
E o que você conseguiu ver dessa vez? – Rony ignorou os protestos de Hermione e Gina.
Ele estava novamente irritado, dessa vez ele não falou o nome... Mas o motivo é o mesmo. A garota.
Que garota? – Neville pediu.
Eu não sei. Duas semanas atrás, ficou bastante irritado com Bellatrix Lestranger... E hoje, ficou irritado porque a garota vai conseguir chegar em Hogwarts, longe das mãos dele.
Isso é muito estranho... – Gina se concentrava, mas não conseguia atinar com quem poderia ser.
Talvez seja uma primeiranista. – Neville sugeriu, tentando quebrar o silêncio que se instaurou.
Ou talvez seja uma das alunas que está sendo transferida para cá.
Acho pouco provável Mione. Afinal...
Voldemort atacou a escola de magia brasileira. Onde as minhas primas estudavam. – ela se levantou. – Eu vou tirar essa estória com elas agora mesmo.
O trem freou naquele instante. Hermione foi atirada para a frente, caindo em cima de Rony, que ficou com as orelhas vermelhas.
Acho que você vai ter que esperar um pouquinho... Já que os deveres como monitora vêm em primeiro lugar. – Rony não entendeu o olhar de desdém que a monitora lhe passou. Hermione se levantou, e arrumou a capa, saindo em seguida. – Falei alguma bobagem?
Não, só perdeu uma oportunidade perfeita para começar a se entender com ela. - Gina comentou. Rony revirou os olhos.
Garotas...
Nota: personagens não nos pertencem, (com excecao dos originais), blá blá blá... Comentários, é só o que imploramos... (com o chapéuzinho na mão, e a mão no coração)
