iDisclamer: Personagens conhecidos são da tia JK Rowling. Desconhecidos, são nossos.
Capitulo 04
Quando o trem parou, Tina levantou-se de um salto. Segurando o batom na mão direita, ela se levantou, com um sorriso maligno no rosto pálido (se bem que Jessy estava achando ele verde).
- Podem me esperar para irmos para a escola? – Tina falou.
- Nós já chegamos? – Jessy estava surpresa.
- Me esperem dois minutos, que eu já volto.
Sem falar mais nada, Tina correu pela porta.
- Luciano vai ter o que merece. – Tainá riu.
- Ninguém, me respondeu, nós já chegamos?
- Claro que sim... – Tainá falou como se falasse "não é obvio?".
- Tá, não precisa ser grossa. – Jessy ficou ofendida.
- Desculpa, mas eu queria ver o que a Pimenta vai aprontar...
- É só levantar e ir até lá. – Jessy fez uma careta.
- O Mministério da Mmagia adverte: Vampiras ficando muito tempo com Pimentas, ficam ardidas como as irmãs.
- Há, há, há. Por que não usou esse senso de humor para mandar a FM se...
- Jessyka!
- Fritar... – Jessy deu um sorriso que não enganou a amiga.
- Sabe, dase duas uma: ou você decidiu agir como a Tina, ou enlouqueceu de vez.
- E se considerarmos que a Tina é completamente louca, nem venha me dizer o que fazer tá?
- Se ficou azeda, o problema não é meu...
- Estou cansada, só isso.
- Os garotos iriam amar ver esse biquinho.
P + I + L+ G + V TC
- Muito bem... se eu fosse um verme nojento, iria me esconder atrás de outro, certo? Então... como não estou vendo nenhum macaco albino, Luciano não está por aqui... – Tina ia resmungando em português, à medida que avançava no trem. – e essas girafas não ajudam em nada ficando na minha frente!
Quando percebeu os cabelos platinados de Christopher, deu um sorriso vitorioso. Pegou a varinha, e se abaixando, colocou um feitiço fixador no batom. Colocou a varinha no bolso de trás do corsário jeans vermelho que usava, e com um impulso, começou a correr, se desviando das pessoas no corredor. A prática de handebol ajudou a fazer isso, e quando chegou perto do "amigo" jogou-se, o empurrando com o ombro direito, com todo o peso que conseguiu, contra a parede. Ficou de ponta nos pés, esticando o braço ao máximo. Infelizmente, Luciano e Christopher tinham quase 2 metros de altura.
- Ei, ficou louca? – ele gritou, ao sentir Tina riscava o seu rosto... Sem qualquer noção de simetria, simplesmente riscando o máximo que podia.
Tina deu um grito de euforia quando deu um passo para trás. E começou a rir muito. Deu alguns passos, meio rebolando (considerando que mal sabia sambar, aquilo podia ser interpretado como tal).
- Você... ficou... engraçado...
- Que infantilidade... – ele começou a limpar o rosto.
- Só retribui na mesma moeda. E vou acrescentar uma coisa: tenho muito mais coragem que você, pois pelo menos, você está acordado, e não indefeso como eu estava.
- Indefesa? Está ligando esse adjetivo à pessoa? Tina, você é a pessoa menos indefesa que eu conheço... E está rindo porquê, Chris?
- Prefiro não responder... – o loiro quase se dobrava de rir.
- O que você fez? – ele passou a capa no rosto, mas tal gesto só aumentou as risadas de Christopher. – Saiu?
- Nem... borrou... RRRRSSSSS – finalmente o loiro caiu na gargalhada.
- Eu vou esganar você. – as palavras, ditas lentamente, mais o olhar assassino, teriam assustado, mas Tina nem se importou. Balançou os ombros.
- Se me esganar, não vou poder tirar o feitiço, e você vai ficar com o rosto para sempre rosa-choque! – ela meio que cantou.
Os alunos ao redor riam, embora não entendessem o que eles diziam, já que conversavam em português. Tina ergueu a sobrancelha, quando ele respirou fundo. Sinal que teria que correr.
E isso seria em cinco, quatro, três, dois, um segundo... AGORA!
Sem se virar, deu um passo para trás. Com outro, começou a se virar, dando um impulso para correr. Mas acertou em cheio outra pessoa.
- Ai! – ela começou a esfregar o ombro, quando olhou para ver quem tinha sido a "vítima". O queixo dela caiu, e o os olhos se arregalaram. – Me desculpe. Eu...
Percebeu que não tinha sido entendida, e repetiu em inglês, com um sorriso, juntando as mãos, os dedos estendidos, em cima dos lábios, como se rezasse.
- Me desculpe. Eu não tinha percebido que tinha alguém atrás de mim, e também, se tivesse percebido, juro que não tinha feito essa manobra. – tinha um olhar ansioso. – E poderia me desculpar por esses dias atrás?
Neville passava a mão no estômago. Tinha uma careta no rosto.
- Você tem o braço pesado.
Ela deu de ombros.
- Isso já me salvou diversas vezes... E depois, para conviver com cabeças-duras, para conseguir enfiar um pouco de juízo na cabeça deles, é preciso bater um pouco na cabeça.
- Espero que esteja se incluindo nisso, garotinha.
- Não estou falando com você, Chris. E então, você me desculpa? – ela tinha no rosto a expressão de arrependimento mais sincera que alguém podia imaginar.
- Ah, tudo bem...
- Sem nenhum ressentimento mesmo?
- Sem nenhum ressentimento. – ele ficou um pouco surpreso, quando ela riu e bateu palmas. Mas nada se comparou à surpresa que teve, quando ela se colocou na ponta dos pés e o beijou levemente na sua bochecha.
- Muito obrigada mesmo! Eu precisava saber que você tinha me desculpado, porque o que eu fiz não foi por querer, e quando isso acontece, fico com a consciência pesada, além do braço. – Tina deu um sorriso caloroso.
- E o que você fez a Neville para ficar com a consciência pesada? – Hermione ficou intrigada. Havia voltado para a cabine, e saído junto com o grupo.
- Isso não é da sua... – arregalou os olhos quando observou o uniforme da prima, viu que um grande "M" estava sobreposto sobre um leão. – esse broche é horrível! Se eu fosse você, trataria de encontrar um mais bonitinho, aliás, se quiser, eu tenho uns dois que não estão combinando em nada com as minhas roupas, mando um papagaio para a minha mãe e peço para ela me mandar, posso te dar com o maior prazer.
Luciano tentava se soltar do "abraço tamanduá" mas Chris o segurava firmemente. Ao começar a escutar o absurdo que Tina falava, arregalou os olhos.
- Para sua informação, esse "broche" horrível, é o distintivo de monitor, cuja função eu desempenho.
- O quê? – Tina arregalou os olhos. Ficou com um olhar desalentado. – Já entendi, agora, o porquê desse zumbido infernal nos meus ouvidos, desde que chegamos nesse país...
- Tem certeza que isso não é causado pela música que vocês gostam de ouvir?
Tina continuou falando, como se não tivesse escutado o que a prima dissera.
- Estive escutando as trombetas do fim do mundo... Chegamos tarde demais para te salvar desse destino cruel...
- Onde está o seu senso de perigo, para falar assim com a garota? – Luciano estava de queixo caído por ela estar falando daquela maneira.
- Meu senso de perigo? – ela deu uma olhadinha para trás, e balançou os ombros. – Nunca tive chance para desenvolver isso, já que as más companhias sempre me acompanharam, desde criança.
- Ela não disse isso. – Chris apertou mais Luciano.
- Com todas as letras. – o amigo confirmou. – Não aperta mais senão eu conto para a sua mãe o que está fazendo!
- Nos vemos no banquete. – Tina deu uma palmadinha no ombro de Hermione, e saiu devagar dali, com a cabeça erguida. Quando estava meio longe do grupo, Tina se virou e vendo que Christopher ainda segurava Luciano, (que parecia mais calmo), não resistiu a tentação de irritar os dois, mais um pouquinho. – Ei, Chris, acho melhor você soltar logo o Luciano, senão, podem pensar que vocês dois são fadinhas... – rindo ela apressou o passo, antes que os dois saíssem atrás dela.
Enfrentava qualquer um dos dois sozinha, mas não era louca de enfrentar os dois juntos!
G + L+ I+ V + P TC
Christopher soltou imediatamente Luciano. Iria atrás de Tina, e a esfolaria, coisa que ela estava merecendo a muito tempo.
Luciano até que não se importou muito, estava muito mais curioso para falar com o garoto loiro que Tina tinha "atropelado".
- Qual o feitiço que você usou?
- Feitiço? Por que acha que usei algum feitiço? – ele estava ligeiramente vermelho, até porque todos o encaravam, como se nunca o tivessem visto.
- Tá brincando? Tina nunca pede desculpas a ninguém, e quando é obrigada, ofende a pessoa, para completar.
- Eu não fiz nada...
- Chris, você já viu a Tina bater em alguém, pedir desculpas e não ofender? Bom, eu não, e convivo com ela há seis anos.
- Claro que já vi. Quando ela apronta e a mãe dela sofre as conseqüências.
- Mãe não conta.
- E você está interessado nisso? Bem, "anja", será que podia desculpar a minha amiga? Ela é meio rude e cabeça dura, mas tem um bom coração, isso posso garantir. – Christopher estava meio curvado, com um sorriso charmoso no rosto, voltado a Hermione.
- Christopher, onde você se meteu? – a voz irritada de Draco se fez ouvir. Tanto Chris quanto Luciano respiraram fundo.
- Como diz uma certa pessoa, "garrei" um nojo desse cara.
- Nojo? Eu tenho ódio mesmo. Se as gatinhas escutassem metade das coisas que esse chato falou, apanharia tanto, que no dia seguinte, usaria um distintivo: "Amo os bruxos nascidos trouxas". – Chris e Luciano estouraram numa risada, enquanto se abaixavam, para passarem despercebidos ao sonserino.
- Christopher Bryan Malfoy!
- Teu primo tá chamando. – Luciano se endireitou para ver Gina melhor, que foi escondida por um Rony vermelho, na frente dela.
- Perdeu alguma coisa, foi?
- Não, mas estava...
- Luciano, vamos antes que o mala mande os espíritos agourentos nos chamar.
- E desde quando que eu tenho medo dos armários que seguem o teu primo?
- Bom, eu estava me referindo às garotas, mas se você quer que elas venham...
- Prefiro ir... – se contorcendo, deu uma espiada para Gina, antes de se virar. – mas acho que você devia esquecer que o teu primo existe.
- É o que pretendo fazer, assim que formos selecionados... Ele vai sofrer a maldição Malfoy, se continuar me irritando.
- Só a maldição Malfoy? Puxa, eu achei que fosse deixar os seus amigos se divertir também...
Os dois se viraram e continuaram caminhando.
- Alguém entendeu alguma coisa? – Gina pediu, recebendo um olhar desconcertado de Neville.
- Não faço a mínima idéia do que estão falando. – o garoto respondeu, olhando Hermione.
- Todos eles são loucos. Sem exceção.
I+V+P+L+G TC
Jéssica e Tainá haviam cansado de esperar Tina (além do mais ela ainda teria que se trocar, já que com as curvas da estrada, quase vomitando o tempo inteiro, não quis arriscar a ficar de uniforme sujo), então, quando a garota chegou na porta da cabine, a encontrou vazia.
Elas estavam saindo do trem, quando olharam para ver o que distinguiam e arregalaram os olhos, ao perceber o tamanho do homem, que trazendo uma lanterna na mão, chamava:
- Alunos do primeiro ano! Alunos do primeiro ano! Por aqui, e os brasileiros também!
- Nossa, que homem... – Jessy deu um suspiro ao ver o homem enorme a sua frente.
- Jessy, você só pensa nisso?
- É claro que não! Eu penso em surf e homens. Futebol e homens. Estudar, homens... E tem outra coisa, que você quer mesmo que eu diga?
- Esquece, mas por curiosidade, tem a ver com homens? – Tainá olhou Jessy, que deu uma risadinha maliciosa, enquanto balançava a cabeça, concordando.
- Alunos do primeiro ano! Alunos do primeiro ano! – o homem continuava a chamar. – Os brasileiros também!
- Que ótima forma de se referirem a nós... Brasileiros!
Tina estava atrás delas, dando um susto que as fez pularem.
- Tina! – as duas a chamaram.
- Da próxima vez, não assusta! – Jessy bronqueou.
- Quase tive um enfarto! - Tainá reclamou.
- Que nada, vocês são jovens e saudáveis. Quem é o armário quatro por três? Ele de altura deve dar o Luciano e o Christopher um em cima do outro.
- Olha as piadinhas de mau gosto... Se eles te escutam, vão brigar contigo. – Jessy a avisou.
- O dia que eu tiver medo de um nojento e de um macaco albino, não saio da cama. E eu disse em cima, não por cima, e tem muita diferença se quer saber. Quer que te explique?
- Não, obrigada. Vai ir assim? – a blusa branca, de verão, com rendas, e o corsário vermelho não haviam sido trocados.
- Vai demorar muito tempo para me trocar... será que alguma das senhoritas poderia me fazer o favor de transfigurar a minha roupa?
- Pode deixar que eu faço isso. – Tainá se ofereceu. Puxou a varinha, e murmurou as palavras do feitiço. – Uniformus escolaus Tupã!
- Tainá! – Tina colocou as mãos na cintura. Agora usava uma calça de moleton, azul marinha com uma camiseta da mesma cor, com o colarinho branco, e as mangas em verde e amarelo, com um enorme raio prateado na frente. E um par de tênis prateado com rosa. – O uniforme tem que ser de Hogwarts, guria, não da Tupã! E além do mais, essa roupa é horrível, se formos considerar que...
- Será que vocês vão demorar muito para desocupar a porta? – Tina se virou e encontrou um par de olhos muito azuis, fitando as três, com cara de poucos amigos.
- E será que a princesa não pode esperar um instante? – Tina o enfrentou. – Já estamos saindo, e indelicadeza pelo visto não é exclusividade de trasgos. – virou-se para Tainá, que tinha os olhos surpresos. – Manda bala Tatá! E dessa vez pronuncie Hogwarts, por favor.
- Tudo bem! – depois que pronunciou o feitiço, Tainá deu uma espiada no cara que falara com elas. Embora não fosse tão alto quanto os amigos, também era alto.
E muito bonito.
- Vamos logo gente, que o ar aqui dentro está muito quente, especialmente esse que está fumegando no meu cangote. Não que eu esteja reclamando, mas vocês sabem... gênio quente é sinônimo de briga, coisa que sou totalmente contra.
- Nós acreditamos nisso. – Tainá riu, enquanto Jessy revirava os olhos.
- Especialmente por que pegamos detenção. – Tina murmurou, enquanto empurrava as outras meninas. Sempre conversando com elas em português.
Todas caíram na gargalhada.
- Bom, eu sou Rúbeo Hagrid, professor de Trato das Criaturas Mágicas e guarda-caça das terras de Hogwarts. Acomodem-se nos barcos, para que possamos ir até...
- Barcos? – Tina perguntou em voz alta. O seu olhar era uma mistura de descrença e aflição.
- Sim, senhorita. Barcos. Dividam-se, para que possamos atravessar o lago.
- Professor, eu não quero ser chata, mas já sendo... Será que não posso ir a pé até o castelo? Esses barcos não parecem ser muito seguros, e sabe-se lá, Merlim, que espécie de animais vivem... Quero dizer, o senhor até pode saber, mas será que eles não são...
- Coloquem-se nos barcos. Até hoje, senhorita ninguém morreu por cair no lago, se bem que o Denis Creevey já caiu atravessando, mas ele está muito bem, graças a Merlin. – Hagrid não tibeteou na resposta. Tina fez uma cara de desapontada.
- Pelo menos eu tentei, né? E agora, pra completar esse dia perfeito, só falta ser selecionada para a Sonserina. Você - ela se virou para Jessyka que discutia com Tainá. – trate de agir como uma Granger, e se senta logo.
- Eu já vou me sentar, mas primeiro... Tainá, queridinha, será que você não pode ir no mesmo barco que a Tina? Viu? Até combinam na primeira letra: T e T!
- A irmã é sua! – Tainá se esquivou.
- Mas que bela amiga você é! Na primeira oportunidade, cai com o corpo fora!
- Pior seria se eu fosse a irmã dela.
- Não precisa jogar na cara.
- Chega as duas. A Tainá senta ali e você vem comigo Jessyka. E não abre esse bico mais, senão eu vou abrir o meu e enjoada do jeito que eu fico, sabe...
- Já entendi... Não sou o Chris nem o Luciano, sabia?
- Que peninha... Eu adoraria ter aqueles cabelos cacheados pretos.
- Tina, você tem cabelos cacheados pretos.
- Sabe que eu tinha me esquecido? – ela riu.
- Engraçadinha.
- Muito mesmo
Notas: Emersom: Tomara que o senhor esteja certo... Estamos fazendo figa para que seja um sucesso!
Ana: Capitulo postado!
