Capitulo XVII Novamente Juntos

Chegou o dia do início das aulas…

Ron, Draco e Cesare foram para a Escola de Quidditch, que não ficava muito longe de Hogsmeade e de Hogwarts. Ginny e Alissa foram para Hogwarts. Hermione e Harry conseguiram entrar para a Escola Profissional de Aurors.

Ginny estava notavelmente mais feliz do que o habitual e até a "chata" da Alissa notava isso. Esta tentava ser amiga de Ginny, pois estava apaixonada pelo "jeito desajeitado" de Ron, e achava Draco um egocentrista e narcisista. Mas, como já se sabe, fora forçada a contrair noivado com ele. Por estes motivos, ela tentava fazer amizade com Ginny e conseguiu. Até Ginny achara estranho o facto de ela afinal se dar bem com Alissa. Ela, que parecia ser uma miúda mimada e chata, era no fundo um pouco como Ginny, sensível e apaixonada. Tornaram-se grandes amigas e com o passar do tempo, Ginny contara-lhe sobre o seu casamento com Draco. Contou-lhe, pois sabia que podia confiar na sua nova amiga. Alissa contara tudo a Ginny; a sua infância, os seus medos e sonhos… tudo! Até contou a repentina mudança de comportamento do irmão, desde que conhecera Ginny. Ficou espantada ao saber coisas da vida dele, e quanto mais ouvia, mais pasmada ficava. Cesare era parecido com Draco: o mesmo jeito gozão, atrevido, convencido, namoradeiro… Tudo nele era igual a Draco. E tal como Draco, também Cesare mudara radicalmente a sua maneira de ser, quando se apaixonou por Ginny.

Os meses foram passando, e em finais de Novembro, Ginny estava novamente com o seu maridinho, na primeira ida de Hogsmeade.

-Lindo! Que saudades tuas! –exclamou Ginny, abraçando Draco, no local onde tinham combinado se encontrar

-E eu! Tinha tantas saudades de te ter nos meus braços! Mas agora tenho um assunto muito importante para te falar. Lembraste de eu ter dito que ia alugar um quartinho aqui em Hogsmeade?

-Sim… o que é que tem? Não conseguiste?

-Não. Não é isso! É que encontrei uma coisa muito melhor!

-O quê?

-Um apartamento, com um quarto, cozinha, sala e casa de banho! Claro que não é muito grande mas dá!

-Oh meu amor! De verdade?

-Verdade! –exclamou Draco, muito feliz

-E podemos ir lá agora?

-Vamos! E olha, ainda tem mais uma surpresa! Pedi ao meu pai dinheiro. O que ele deu dá para pagar a renda e para mobilarmos a casa ao nosso gosto!

Ginny entristeceu e perguntou:

-E não perguntou para quê que era o dinheiro? É que deves ter pedido muito, não?

-Não! Já estive a ver umas coisitas e são baratas… E como o meu pai dá-me dinheiro sempre que eu peço, já nem me pergunta para quê que quero.

-Draco, não quero viver ás custas do teu pai…

-Não te preocupes Ginevra!

Forma andando, até saírem do vilarejo, numa zona com pequenas casinhas de dois andares. Notava-se que a zona não era muito rica, mas também não era pobre e tinha boas instalações.

Draco parou em frente de uma dessas casinhas e disse a Ginny:

-É aqui, no 1º andar.

O prédio estava pintado de um verde clarinho, muito bonito e brilhante á luz do sol; estava com um bom aspecto. Perante isto, Ginny pensou em como é que Draco Malfoy, o menino riquinho da Sociedade Bruxa, pudesse vir a habitar numa casa dessas… Acreditava mesmo que ele tinha mudado.

-A nossa primeira casa! –exclamou ele, todo contente

-Estou muito feliz, meu marido lindo!

Abraçadinhos, entraram na casinha e subiram… Mas de longe, uma sombra os observava apenas por leves instantes e desaparecera. O casalinho não notara a sua presença, mas a partir desse dia, as suas vidas iriam mudar, mais do que já tinham mudado…

-Draco, é maravilhoso! Agora só falta a mobília…

-E a peça mais importante da casa: a nossa cama!

-És um pervertido!

-Então! És a minha mulher, não é?

Ginny respondeu com um sorriso amável e agarrou-se ao pescoço do loiro, beijando-o. Mas, logo depois afastou-se e pôs uma cara de séria.

-Draco… Tenho um mau pressentimento.

-O que foi?

-Tive uma sensação estranha… E má!

Draco encarou-a por segundos, abraçando-a de seguida, dizendo carinhosamente:

-Ao meu lado, não tens nada a temer. Estás a salvo.

-Pelo menos por enquanto tu estiveres ao meu lado…

-E estarei! Para sempre! Agora vem aqui que te quero mostrar uma coisa.

-Outra? –sorriu

Draco pegou nela, como no seu dia de casamento, e levou-a até ao futuro quarto deles. A um cantinho estava um cobertor felpudo, estendido no chão, com algumas almofadas por cima. Ao lado estava um ramo enorme de rosas vermelhas.

-Outra surpresa! –exclamou Draco, ao pousar suavemente Ginny no cobertor.

-Meu amorzinho… Está tudo lindo!

-E ainda falta o melhor! –pegou na varinha e com um simples gesto, velas de todas as cores apareceram acesas pelo quarto…