Para o meu completo horror, sabe quem eu vejo lá na sala, assistindo TV e comendo a pipoca que EU guardei durante mó tempo para alguma ocasião especial? Acho que eu não preciso dizer, mas talvez alguém não tenha entendido, então... o Malfoy.
Tudo bem que eu sabia que ele ia ficar lá em casa, mas eu não esperava ver ele, naquela folga. Ele tava só de bermuda, ocupando todo o sofá com as pernas!
-Olá, companheira. Tudo bem? - ele teve a cara de pau de dizer. Depois, encolheu as pernas e bateu com a mão ao lado dele, tipo me convidando pra sentar.
-Você nem pense em comer meus chocolates.
-Chocolates? - o olho dele brilhou. Coisa mais infantil. Bem, mas eu dizendo pra ele não comer meus chocolates foi pior ainda.
-É, chocolates, nunca ouviu falar? - fui até o sofá e peguei a pipoca da mão dele.
-Ei! Eu preparei! Devolve aqui! - Ele segurou os meus DOIS braços com UMA mão, e pegou a pipoca de volta.
-Mas eu comprei! - tentei pegar de volta, mas ele... é muito forte. Dei um chute na canela dele e fui pro meu quarto, planejar a vingança. Não exatamente planejar a vingança, mas pra ficar mais engraçado...
No outro dia eu acordei bem tarde, porque era sábado. Eu tava morrendo de fome e fui até a cozinha, comer um iogurte, ou sei lá o que eu tinha na cabeça. Eu abri a porta e... saí gritando.
A Cho estava deitada em cima do balcão, de calça e sutiã, e o Malfoy estava só de bermuda, a mão dele na coxa dela, e os dois se beijando loucamente. Foi muito... estranho.
Eu sabia que com certeza eles iriam lálálá, mas não na MINHA cozinha. Quer dizer, não inteiramente, mais ainda é minha. E pelo que eu me lembro, o balcão fui eu que paguei. Então, eles estavam lálálando(1) em cima do MEU balcão. Um absurdo!
Eu me tranquei no quarto, com um certo trauma de sair de lá. Eu podia encontrar a Cho gemendo a qualquer hora! Ecout.
Daí eu ouvi batidas leves na porta. Eu sabia que era a Cho, não sei porque. Eu saí gritando pro banheiro. E se ela tivesse vindo PEDIR pra usar o meu balcão, ou até mesmo o meu QUARTO? Eu sei que é frescura da minha parte, mas agora que a Cho trouxe o MALFOY para aqui em casa, eu podia esperar qualquer coisa dela. Eu não podia deixar ela falar. Ela ia começar a chorar se eu não deixasse.
-Giiiinaaa!
-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
-Gina!
-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
-GINA!
-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
E pro meu completo horror, ela abriu a porta com um feitiço.
-Gina, desculpa, nunca mais vai acontecer, eu juro. Quer dizer, não por aí. De agora em diante, só no meu quarto.
Daí eu me acalmei.
-Se acontecer de novo, você me paga 50 hambúrgueres?
-1000, se você quiser.
-Ótimo.
Desde então eu comecei a rezar pra que ela t todos os dias na cozinha. Mas não aconteceu.
Fui assistir TV, e, de novo, o Malfoy já estava lá. Só que dessa vez sem pipoca.
-Gina, você é virgem?
Eu fiquei olhando pra ele em estado de choque. Como ele tinha a cara-de-pau de me perguntar isso?
-Não, porque?
E como eu tive a cara-de-bunda de responder?
-Você parecia aquelas garotinhas de cinco anos que nunca viu nada.
-MALFOY, VOCÊS ESTAVAM TRANSANDO NO MEU BALCÃO! O QUE VOCÊ QUERIA!
-Que você viesse se juntar a nós.
De novo, eu não acreditei que ele estava dizendo isso. Ele olhou pra mim surpreso.
-Você nunca ouviu falar de ménage á trois? Deixa eu te explicar: significa, em francês, amor à três. Ou seja, sexo a três. Ou seja, suruba. Eu acho. Ou pelo menos é assim que eu falo.
-É CLARO QUE EU SEI DISSO! Malfoy, como você é cara de pau... se você me irritar mais um pouquinho, eu vou te denunciar.
-Duvido.
-Me irrite, então.
Deixa eu explicar as nossas posições: ele estava no sofá, e eu estava atrás do sofá.
Ele ficou de joelhos, e me puxou pro sofá! Detalhe: eu estava de saia. E quando ele me jogou no sofá, minha calcinha ficou TOTALMENTE visível. E a minha calcinha era daquelas da Victoria´s Secret, sabe, enfiada entre as nádegas e com uma borboletinha. Até hoje eu não entendo porque eu fui usar uma mini saia com uma calcinha daquelas. Quer dizer, entendo sim! EU TAVA NA MINHA CASA! Então, ele me deitou no sofá, e fez a mesma coisa que ele estava fazendo na Cho.
Eu não sabia o que fazer. Eu não tenho idéia de onde a Cho estaria. Provavelmente preparando o almoço. Eu pensei na possibilidade de gritar. Mas daí aquele filho da mãe pôs a mão na minha cintura, e foi subindo. Assim, levando minha blusa junto. Eu fiquei paralisada. Eu retomei meus sentidos e ia abri a boca pra gritar, quando ele... me deu um SELINHO. E nem era um selinho daqueles tipo beijo técnico, era um selinho de... mãe e filha, sabe? Ele estava com a mão dentro da minha camiseta, a outra na minha coxa e tudo que ele me deu foi um selinho. Isso me irritou pra c.
-Filho da mãe!
-Filho da mãe porque eu não te beijei ou filho da mãe porque eu te beijei?
Ó dúvida cruel. Nem eu soube responder isso.
-Eu vou pro ministério.
-Mas hoje é sábado, você não precisa trabalhar! - o toque de pânico na voz dele foi muito legal.
-Eu vou falar com o primeiro auror que eu ver na frente.
-Gina, Gina, Gina, por favor, eu te beijo de verdade se você não for, por favor...
-PARA DE ME CHAMAR DE GINA!
-Tá, Weasley, eu te beijo de verdade se você não for, eu juro, por favor, por favor, por favooooooooooooooor!
Ignorei ele. Abri a porta, saí, e fechei. Depois abri de novo, mostrei a língua, fechei, e desci as escadas.
É claro que eu não ia denunciar ele. Só ia complicar as coisas pro meu lado. Só queria ter o gostinho de provocar ele. Como ele fez comigo. Putz, um selinho. Foi um dos piores momentos da minha vida. Me senti MUITO humilhada. É como se ele não quisesse nada comigo. Filho da mãe.
Comprei uns chocolates na padaria ali perto. Depois voltei pra casa.
O Draco estava sentado, como sempre, no sofá, assistindo TV. Era um filme pornô.
Peguei o controle e desliguei, bem na hora em que a mulher ia tirar a calcinha.
-Ei!
-Arruma as suas coisas se você não quiser ir para Azkaban. Já falei com um auror.
-Mentira.
-Verdade.
-Mentira.
-Verdade.
-Ment... Bem, eu cumpro as minhas promessas...
-Quê?
Ele veio andando na minha direção, como quem não quer nada. Me puxou pela cintura.
-EI!
-Eu jurei que se você não falasse com um auror, eu iria te beijar de verdade.
-Mas eu falei com um auror!
Eu tentei empurrar ele. Mas ele era muito forte. E estava sem camiseta.
-Eu sei que tenho músculos muito definidos que te atraem, mas eu disse um beijo.
-Me larga!
Daí ele me beijou. Sabe aquele tipo de beijo que parece... sei lá, aquele beijo MUUUUUITO bom? Não foi um desses. Sabe porque?
Porque assim que ele encostou os lábios dele nos meus, a Cho apareceu, lá do quarto dela.
-Ei, que é que está acontecendo aqui?
-Eu estava tentando beijar a Gina. - falou como se fosse uma coisa muito simples que ele falava todo o dia. Talvez fosse.
Me surpreendi com a franqueza dele. Eu achei que covarde do jeito que ele ra, ele ia me culpar, dizendo que eu tinha tentado beijar ele à força. E ele nem me soltou. E eu nem percebi que ele não tinha me soltado.
-Ah tá. Achei que você tivesse matando ela, pelos gritos. - e voltou pro quarto dela.
COMO ASSIM? Tipo assim, que bom que ela não meteu um sofá na nossa cabeça, mas eu tava beijando o namorado dela, não tava? Quer dizer, o namorado dela tava TENTANDO me beijar. Mas ela agia com essa naturalidade? Desde quando a Cho não era ciumenta? Desde que eu conheci ela, ela era ciumenta pra caralho. Se o namorado dela falasse com uma garçonete, ela já fazia um escândalo. E agora... agia assim, com essa simplicidade em relação a coisa? Até eu, que não sou nem um pouco ciumenta, atacaria em uma cena daquelas. Mesmo que eu só ficasse com ele por galinhagem e vice-versa.
-Malfoy... o que foi isso?
-Um semi-beijo. Deixa eu terminar. - e tentou me beijar de novo.
Virei o rosto e continuei:
-Vocês não estão namorando?
-Não.
-Como assim? Vocês estavam na cozinha, se agarrando. Não estavam?
-Sim.
-Então?
-Ah, é que as vezes me dá vontade de ficar com alguém. E ela sempre tá lá, à minha disposição.
Quando me dei conta, os lábios dele estavam encostados nos meus. Ele abriu a boca e tentou me beijar. Mas eu fechei a minha. Era legal ver a cara dele quando eu negava-lhe um mero beijo.
De novo, ele passou a mão pela minha perna, tentando beijar o meu pescoço. Pisei no pé dele e fui até o meu quarto. Não virei pra trás, mas se eu virasse, com certeza veria ele olhando pra mim bem confuso. Tipo assim: pessoas normais não resistem à Draco Malfoy. A diferença é que a maioria dessas pessoas normais, não tinham um ex-futuro-marido que morreu por causa do Draco Malfoy. Quer dizer, não diretamente, mas se o Malfoy não tivesse matado o Dumbledore, ele talvez não tivesse morrido.
À noite, parece que ele tinha desistido de mim. Ele ficou quietinho, lá no sofá, assistindo TV. Na verdade, ele não estava assistindo TV, ele estava dormindo com a TV ligada.
Eu prefiro ele assim, de boca fechada. Até que ele fica bonitinho. Percebi que a janela estava aberta e que o vento estava um pouquinho frio. Só que se eu fechasse, ia ficar tudo abafado. Esse era um grande problema do nosso apartamento. Fui até o meu quarto e peguei um cobertor. Voltei pra sala e cobri ele. Eu ia desligar a TV, quando percebi que tava passando o meu programa preferido. Sentei e comecei a assistir. Depois de um tempinho, comecei a ficar com frio. Peguei metade do cobertor do Malfoy e me cobri também.
Daí, bem na hora em que o cara ia dizer pra mulher quem ele era, começou o comercial. MALDITO COMENCIAL! Encostei minha cabeça no encosto do sofá, e virei involuntariamente pro Draco. Ele tava mó legal, assim, sem falar nada. E ele era bonito. O cabelo dele era um pouco acima do ombro. Alguns fios estavam na boca dele. Tirei. Involuntariamente!
Se ele passasse o dia inteiro assim, sem falar nada, eu poderia até me casar com ele. Mas não. Ele tinha que ficar falando e falando e falando o tempo inteiro...
Daí, bate aquele sono. INVOLUNTARIAMENTE eu deitei no ombro do Draco. E dormi.
Acordei no meio da noite caindo no chão. Na verdade, o Draco que tinha me empurrado. Ele agora tava deitado em quase todo o sofá. Eu poderia ter ido pro meu quarto, mas sabe quando você está com tanto sono que tudo o que importa é conforto logo? Eu tava nesse estado. Subi de novo no sofá e me deitei, tipo assim, com a cabeça no peito dele e o corpo ao lado. Desliguei a TV. Tá, parece mó bonitinho assim, mas eu tava pouco me lixando. Tudo o que importava era que era uma posição confortável. Dormi de novo. Voluntariamente.
A noite correu boa, sem os costumeiros pesadelos. Foi bom dormir bem, pra variar. E a Cho tinha ido passar o fim-de-semana na Espanha a trabalho, então só fui acordar as 11 e meia. O Draco já estava acordado, mas ainda estava deitado. Ele tava fazendo cafuné em mim. Era bom, por isso eu fingi que não tinha acordado ainda.
Pra falar a verdade era até fofo. Mas reconhecer isso era... vergonhoso.
N.A:
(1) acho que vcs entenderam a expressão lalalando, mas só por precausão... é transando, ok?
Eu gostei mais desse cap... tem um semi-action aí... hehehe.
eeeeei, tem pouca gente deixando reviews! A fic tá tão ruim assim?
Eu tô com taaantas idéias, e já q as minhas fics n fazem sucesso, eu tô pensando em traduzir algumas... mas é cansativo. De qlqr jeito, se alguem tiver alguma sugestão... Mas só em inglês, pelo amor de deus... Eu fiz um pouquinho de aula de alemão e a minha amiga jah veio me pedir pra traduzir uma entrevista com u mcarinha lá... eu só entendi 'dankeschen' , e nem sei se é assim q se escreve.
Agora eu já tenho 14 aninhos D
eu sei q eu disse q eu postaria Completandose até sábado, mas aconteceu um problemão e agora eu acho que eu vou ter que ir em alguma lan house... mas eu n gosto de lan houses. dá a impressão de q todo mundo vê o que você faz.
É isso! E deixem uma pessoa muito feliz deixando uma simples review... nem q seja só pra dizer: oi D
Bjs, Gi.
