Eu quase explodi em lágrimas. Ela, Julie, passou por mim sorrindo e e me contando feliz da vida que o morador do oitavo andar estava entalado em problemas por ter executado magia à janela, onde um trouxa o viu. Eu achei uma coisa bem estranha, pra falar a verdade, e na hora eu me arrependi amargamente de ter deixado o Draco ficar em casa todo esse tempo, se seria com esse peso na consciencia que eu teria que conviver durante mais alguns tempos. E produzi um barulho estranho, entre o alívio e o medo, quando vi Alice apontando a varinha dela pra mim.
-O que você acabou de fazer! Gina, você! Não, nem fala, entra os dois, AGORA!
Draco estava de uma cor que pode ser chamada branca. Acho que eu também, porque a Alice me olhou um pouco preocupada antes de falar em um tom profissional
-Nem adianta me obliviar também, tá? Eu já chamei alguns amigos, aurores, O.K? Então, enquanto eles não vêm, eu exijo que você, Gina, EXPLIQUE-SE! Não, peraí, quem é ele? - perguntou apontando com a varinha para Draco.
Eu comecei a explicar, sem ver outra solução, a situação entre soluços. Não fui exatamente fiel a verdade, contei que éramos velhos amigos e que ele não era exatamente um comensal, mas daí o Draco me abraçou e, disfarçadamente, cochichou no meu ouvido:
-Me passa a sua varinha, pra mim dominar ela...
Não pude deixar de imaginar os olhos de Alice meio fora de foco, denunciando uma maldição imperfeita, exatamente como a de Julie, e desatei a chorar, entre grandes soluços e sacudindo todo o meu corpo. Ele se desconcertou um pouco, provavelmente indeciso, e abriu a boca pra falar alguma coisa, mas a Alice apontou a varinha pra ele e gritou algum feitiço que eu não conheço, e ele, por instinto, desviou.
A próxima coisa de que tenho consciência foi de acordar deitada no sofá com a Cho olhando preocupada pra mim.
-Gina! Que bom que você acordou, eles levaram o Draco, cheguei quando eles estavam saindo, não entendi nada, o que aconteceu?
Me sentei muito tonta no sofá e deitei de novo, com medo de rachar a cabeça. A Cho me olhou preocupada, mas eu fiz um aceno com a mão de tudo bem e ela relaxou um pouco.
Demorei um pouco pra entender do que ela estava falando, mas quando eu entendi, levantei de um salto e levei a mão à boca.
-A Alice descobriu que o Draco tava aqui e chamou os aurores!
Saí correndo pra mesa ao lado da porta pra pegar minha bolsa, ignorando a minha cabeça que martelava forte, mas eu caí, sabe-se lá porque, quando dei meu segundo passo para frente.
A Cho veio correndo me ajudar.
-Não tem como você sair daqui, Gina. Me conta o que aconteceu?
Eu dei um suspiro pra tentar acalmar a minha cabeça, mas não adiantou de nada. Resumi em poucas palavras que eu consegui falar o que tinha acontecido enquanto ela me levava pro sofá de novo.
Quando eu acabei, ela estava completamente branca.
-Fica aqui, eu vou lá testemunhar, sei lá, fazer o que eu consegui. Aaah, Ginaa! E se eles julgarem o Draco culpado? - ela, como eu já estava tão acostumada a ver, começou a chorar em cima de mim, e eu, como já estava acostumada, me enchi de compaixão.
-Ele não vai ser julgado culpado. - minha cabeça gritou para que eu calasse a boca, porque isso custava muitas marteladas com a força de um gigante.
Ela limpou as lágrimas sem muito efeito e meteu a varinha no bolsa, enquanto me dizia que ia chamar a Julie pra vir cuidar de mim.
Eu queria dizer que não precisava, eu não iria aguentar olhar pra cara dela, mas eu não encontrei as palavras certas pra dizer o que eu queria. Quando ela já estava na porta, eu chamei ela, me lembrando de súbito de uma coisa.
-Você tá me devendo mil hambúrgueres do Andrews (N.A/ lanchonete gostosa que aparece no começo, acabei de inventar o nome.).
Ela me deu um sorriso fraco e subiu as escadas pra chamar a Julie.
O tempo parecia se arrastar como uma eternidade que era atormentada pelas marteladas na minha cabeça, mais fortes quando eu pensava na possibilidade de Draco ir pra Azkaban sem julgamento.
Eu não sabia o que me levava a pensar que ele era inocente, e cheguei a duvidar por um segundo, mas depois, certa de que uma pessoa a mais na torcida, mesmo que ela estivesse deitada num sofá a milhões e milhões de quilometros de distância dele observando o teto e as suas imperfeições faria alguma diferença, cruzei os dedos para que ele fosse julgado inocente e pudessem viver felizes para sempre em qualquer lugar do mundo.
Eu nunca fui de aguentar calminha no meu canto, então eu desatei a culpar a Alice e a Julie por tudo, e quando a Julie entrou animada no apartamento, lhe lancei um olhar de raiva, e depois, com mais algumas pontadas fortes na minha cabeça, me enchi de culpa, certa de que ela deveria me olhar com odio.
-Gina, tudo bem? A Cho tava toda preocupada, o que acontonteceu?
-Hm... Eu tô morrendo...
-QUÊ?
Minha cabeça explodiu.
-Desculpa, Gina, eu me destraí, eu achei que fosse verdade, hehe, que estúpida... Vou fazer um chá que a minha vó fazia quando eu tava doente, O.K? Espera um segundinho...
Mas durante esse segundo em que eu deveria esperar, só me ocorreu fechar os olhos e dormir, dormir, domir, até que alguma coisa me tirasse abruptamente dos meus sonhos. O que aconteeu algumas horas depois.
Uma maldita coruja bateu na janela. Acordei de súbito, e enquanto a Julie ia lá pegar a carta, eu percebi que já era noite. Percebi também que minha cabeça não doía tanto quanto antes, e também percebi uma xícara de chá no chão o meu lado.
Me sentei e peguei a xícara, enquanto a Julie estendia a carta pra mim.
Era da Cho.
Expulsa a Julie, eu vou voltar daqui a pouco.
O meu primeiro pensamento foi: Hã?
Mas depois, com um jeito especial que eu achei escondido dentro de mim, disse pra Julie ir pra casa dela.
Dito e feito, cinco minutos depois a Cho escancarava a porta. Definitivamete os olhos dela estavam vermelhos. De felicidade ou tristeza eu não sabia, mas fui contaminada e comecei a chorar também, porque as coisas poderiam ter dado errado, porque eu ainda não sabia, porque se tivesse dado certo, eu não tinha certeza se ele ainda iria me prefirir, sendo que eu tinha metido ele em toda essa confusão, e um terrível sentimento de culpa me quebrou ao meio.
N.A:
Deeeus, como eu fui pentelha no cap. passado! Tipo, eu até esqueci de responder as reviews! I'm SO sorry...
E nem postei um capítulo logo me desculpando e tudo, eu demorei muito... (eu tava com vergonha de aparecer por aqui)
Mas desculpas MESMO, eu tava tão estressada... Mas agora eu vou responder as reviews dos dois capítulos, e por favor me desculpem...
LolitaMalfoy: nesse capítulo não existem mias dúvidas... a Gina com certeza jah tá gostando do Draco. (finalmente, eu enrolei muito) Um Obrigada (e desculpa ) enooorme pelas duas reviews, tá?
Fini Felton: muito obrigada pelos elogios! (valendo pros dois capítulos) Aí está o capítulo. Espero que tenha gotado desse também! E, afinal, esse capítulo eh um finalmente de verdade, mais de um mês... hehe
Marih: Obrigada! Bem, o Draco é fofo (pelo menos na minha cabeça, no livro ele eh bem chatinho)... Mas que bom que vc acha uqe eu consegui representar bem o que eu acho (?.?)! E não atualizei nem um pouco 'logo' , pra falar a verdade, né... mas obrigadaa!
Eu postei duas fics novas (jah a um tempinho) , Triângulo e NÃO, particularmente eu gosto da NÃO, é uma J/L, mas a Triângulo é D/G, então, estou esperado as suas reviews lá...
E eu já tô escrevendo o último capítulo! Daqui a pouco ele está aqui.
Bem, por hoje eu não vou encher muito o saco de vocês, então, beijos enooormes, e desculpas de novo...
Gisele.
