Disclaimer: InuYasha, em futuro bem próximo vai passar a pertencer a MIM! VOCÊS VÃO VER! ò.o9

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Cap. 3 – Festa do Pijama!

- Ah sim, sou Inuyasha, prazer. – Quase deixou a garota a sua frente falando sozinha por estar distraído demais reparando na semelhança que esta tinha com Kagome. Kikyou percebeu tal ato e sorriu internamente. – Esses são Miroku, Sango e Kagome. – Ele apontou os amigos.

- Já conheço vocês, são da sala 2, não é?

- Sim. Você é do 2º ano também?

- É... Então, que filme irão assistir? – Kikyou praticamente ignorou Miroku e voltou sua atenção em Inuyasha.

- A Pro...

- Missão Impossível III – Kagome interrompeu Inuyasha sem cerimônias. Kikyou a olhou torto. Inuyasha levantou a sobrancelha.

- Não iríamos assistir A Profe—Inuyasha se calou com uma 'discreta' cotovelada de Sango.

- Ai Inuyasha, a gente não tinha mudado de idéia? Estou louca pra ver o Tom Cruise lá! – Sango tentava parecer convincente. Kikyou, óbvio, ficou desconfiada.

- Vou assistir com vocês. Vou falar com as minhas amigas e a gente se encontra lá, ok? Guardem um lugar para mim! – Kikyou saiu andando logo depois de jogar uma piscadela à Inuyasha que corou levemente com o ato.

- Êêê Inuyasha, ta podendo hein! – Miroku deu um tapa nas costas do amigo.

- Dá pra me explicar isso, bruxa? Por que mentiu sobre o filme? – Inuyasha se colocou na frente da jovem que estava calma como se nada tivesse feito.

- Acredite, vai me agradecer depois, cachorrinho. – Jogou-lhe um sorriso, passou sua frente e fez o pedido.

- Olá! Duas pipocas Mega, quatro cocas medias, um Diamante Negro, dois Galak, um Halls verde-claro, um Halls de morango e uma Serenata de Amor, por favor. – Ela pediu a moça a sua frente que anotava tudo com um sorriso.

- Espera, por que te agradecer depois? E eu quero um Chokito!

- Kikyou não é exatamente a pessoa que se pode se confiar. Moça! Um Chokito, sim?

- Acho que posso julgar os outros sozinho, sem a sua ajuda! Você pediu Halls de morango?

- Se você quer ficar amiguinho dela vai lá! Só te fiz um favor, mal-agradecido. Pedi sim, por quê?

- Não lembro de ter te pedido nada, bruxa! Eu também não gosto do Halls de morango!

- Já pedi para parar de me chamar assim! Eu tenho nome! Você tem problema de memória, por acaso? Meu nome é Kagome! KA-GO-ME! E eu também não gosto do Halls de morango, só do verde-claro. É pro Miroku e pra Sango.

- Hunf. Você é muito da estranha, isso sim! – Ele resmungou antes de ajudá-la a pegar as pipocas. Ela apenas sorriu para ele, que não percebeu por já ter se colocado na sua frente e os dois se dirigiram para a sala 7 do cinema.

- Ai como vocês demoraram! – Miroku reclamou, na porta da sala junto à Sango e todos entraram e sentaram numa das últimas cadeiras, mas que dessem para ver perfeitamente a tela.

- Pronto, perfeito. Venha Sangozinha! – Miroku a pegou pelo pulso e se sentou sem perceber que a bela jovem que se sentava ao seu lado estava corada, por que os dois ainda estavam de mãos dadas.

- Er... Miroku...? – Não passou de um sussurro que não foi percebido pelo houshi assim como o rosto corado e o sorriso da bela garota a seu lado. E ao lado de Sango, Kagome e Inuyasha, nesta ordem, não paravam de 'sussurrar'.

- Calma Inuyasha, eu só tenho duas mãos! – A bela garota de cabelos negros reclamava em meio a 'sussurros altos' (õ.o).

- Entrega logo essas coisas pra eles! – Inuyasha tinha, de alguma forma, as duas pipocas gigantes, uma coca media e os chocolates nas mãos.

- Kagome? – Sango se virara para a amiga. – Cadê a pipoca e os refrigerantes?

- Ah, ta aqui Sango. – Puxou uma pipoca da mão de Inuyasha que quase deixou cair a Coca das mãos e entregou à Sango.

- Obrigada. – Ela se voltara para o trailer do filme de já estava acabando para começar o tão esperado filme.

- Vamos ter que dividir a pipoca é?

- Não, eu vou comer sozinha. – Inuyasha não ficava quieto um segundo, estava quase batendo nele.

- Até parece!

- Shiiiiiii! – Algum ser daquela sala advertiu os dois adolescentes que não paravam de sussurrar alto. (õ.o)

- Claro que vamos dividir, né? – Sussurrou mais baixo e chegando mais perto dele. – E nem pense em comer tudo!

- Shiiii! – Os dois se encolheram nas cadeiras e assistiram o começo do filme. Havia as partes dos sustos. Kagome gritava dava pulos na cadeira. Inuyasha praticamente se assustava com a garota ao seu lado em vez do filme. Mais um susto. Dessa vez sentiu algo agarrar seu braço e se arrepiou todo.

- Ai bruxa, quer me soltar?

- Olha, ele vai matar ela! Ele vai matar ela! Ó.Ò – Ela se agarrava mais ao braço dele e no filme ele se preparava para matar a vítima. Vinha em sua direção. Música de terror. Ele chegava mais perto. A mocinha gritou. Kagome gritou junto e se agarrou mais a Inuyasha. "O que fiz pra merecer isso?" Ele pensava consigo vendo a cara da bela garota ao seu lado. Por estar tão perto ele podia sentir o perfume dela, embriagante, diferente. Viu ela se soltar, respirar e pegar pipoca. "Mas que garota estranha. Muda de humor rápido... Ela tem um cheiro bom e... Mas que diabos eu to pen--" Foi tirado de seus pensamentos ao perceber ela o encarando diretamente com cara de quem ta viajando.

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"Ai, que bom já passou. Ela quase morreu. Tadinho do Inuyasha, eu apertei ele todo." Olhou o hanyou ao seu lado. Dava para ver o seu rosto com alguns flashes claros que o filme dava. "Ele é realmente lindo... E essas... Essas orelhinhas são tudo!" Ele se virou para ela derrepente e a viu o encarando com cara de boba. "Ai, será que ele lê mentes? ."

- O que está olhando? – ele perguntou estreitando os olhos.

- Eu? Nada. – E virou o rosto rápido na esperança que não visse seu rosto ao senti-lo esquentar.

- Estava admirando a minha beleza? – Ele perguntou sussurrando sedutoramente em seu ouvido a provocando. "Ele realmente lê mentes! Que bom que está escuro, devo estar que nem um pimentão! Um pimentão!" Estava corada, ele estava falando tão perto em seu ouvindo.

- idiota... – Foi a única coisa que conseguiu dizer em meio a sussurro de verdade. Pode sentir a respiração dele em seu pescoço quando este riu. Acabou ficando furiosa e não hesitou em encher um pouco a mão com a pipoca que estava em seu colo e jogar tudinho na cara dele. Ele parou de rir e ela pode ver a cara surpresa dele, que logo se pôs a dar um sorriso um tanto malvado e olhar diretamente para ela.

- É assim, bruxa? – ele falou baixo para apenas ela ouvir, mas já com um pouco de distância e rápido tirou o pacote de pipocas do colo dela e jogava a pipoca freneticamente na cabeça da pobre garota, que tentava se proteger com as mãos. Pode sentir que ele tinha parado.

- Estavam cheias de manteiga! – Ele riu e começou a tacar de novo, que dessa vez ela se abaixou acabando por pegar em uma inocente Sango que parecia estar interessada no filme a sua frente.

- Mas o que...- Não terminou de falar ao sentir as pipocas atingi-la novamente. Ia dar uma bronca naqueles dois por estarem agindo como duas criancinhas de 5 anos mas acabou entrando na brincadeira também, se abaixando e assim colocando Miroku na brincadeira. Miroku jogava pipoca em Kagome, que na tentativa de jogar nele acabava jogando em Sango que jogava em Inuyasha que jogava em Miroku. Então Inuyasha mudou derrepente o seu alvo jogando pipoca em Kagome. Como achava engraçado vê-la irritada e rindo ao mesmo tempo.

- Toma! Toma! Toma! – Os dois se jogavam pipoca freneticamente. Até que as pipocas acabaram e Inuyasha enfiou o pacote vazio de pipoca na cabeça de Kagome e riu malvadamente. Os outros acabaram por rir da jovem com o pacote enfiado na cabeça, que tirou e prometeu vingança. Eles derrepente sentiram uma forte luz sobre si. Olharam de onde vinham e viram um cara com uma roupa vermelha e um chapéu esquisito e pequeno. Quase não o viam, apenas pelos flashes que o filme dava e o ouviram falar:

- Ei vocês! Estão atrapalhando quem quer assistir ao filme. Se continuarem com a baderna serei obrigado a expul—Ele derrepente se calou e sua cara foi de espanto ao sentir pipoca na sua cara e risos abafados dos jovens a sua frente. – Saiam daqui AGORA! SAIAM!

Foram expulsos. Mas mantinhas sorrisos nos rostos como crianças. Fazia tempo que Inuyasha não se divertia assim. Agora tinha novos amigos. Pelo menos era o que parecia. "Não que eu não tivesse amigos na outra escola, mas nunca tive os que se podia julgar confiável. Será que esses são meus amigos mesmo?"

- Eu não achei que você fosse jogar pipoca na cara daquele vigia lá, Inuyasha. - Kagome o tirou de seus pensamentos em meio a risadas mal contidas. – Aquilo foi uma falta de respeito. – Disse se tornando séria derrepente e com uma voz autoritária, fazendo na verdade com que todos rissem.

- Foi automático. Eu não queria realmente jogar nele... – Disse com um sorriso amarelo, coçado a nuca.

- Ei! Não é a Rin, ali? – Kagome se virara na direção onde Miroku apontara e viu onde a pequena garota estava.

- É sim! – Sango balançava o braço freneticamente na esperança em que a garota a visse. Ela pareceu reparar e depois de dar um sorriso, se dirigiu a eles.

- Oi gente! Cheguei um pouquinho atrasada né? Achei que vocês estavam assistindo o filme e resolvi esperar.

- Há quanto está aqui Rin? – Inuyasha perguntou.

- Há uns 15 minutos.

- Ué, que horas você chegou? Não tínhamos marcado aqui ás 19h?

- 19h? Ih, então eu devo ter confundido, cheguei aqui a pouco tempo, são 21:40h. – Todos deixaram cair uma gota na cabeça.

- Pelo menos você não teve que esperar. Fomos expulsos mesmo. – Inuyasha informou, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Expulsos! – Rin pareceu surpresa e eles contaram tudo. Ela junto com eles, ria do acontecido e ainda deu um sermão.

- Bom gente, o que vamos fazer agora? – Miroku se pronunciara.

- Que horas são? – Sango perguntou. – Se não estiver muito tarde, a gente pode ficar andando por aí.

- São 22:12h. – Miroku verificara a hora.

- Já sei! Que tal a gente fazer a festa do pijama? – Sango parecia animada com o que dizia.

- Hoje? – Kagome também parecia interessada.

- É! Vamos comer, fofocar... Amanhã é sábado mesmo.

- Gente, eu não vou poder. Trabalho amanhã, esqueceram?

- Poxa, Rin. Que chato hein. – Sango queria a companhia da amiga.

- É até melhor eu ir embora agora, assim acordo com mais disposição amanhã.

- Então ta. – Kagome e outros se despediram da amiga, qual foi embora os deixando lá.

- Então, ainda vamos fazer a tal festa? – Sango ainda estava animada.

- Na casa de quem? – Kagome se pos ao lado da amiga, e as duas colocaram a mão no queixo, olhando para cima com cara de quem estava pensando em algo realmente importante. As duas olharam diretamente a Miroku e Inuyasha apenas levantou a sobrancelha.

- Ah não! Na minha casa de novo, não! É sempre na minha!

- Hum... Então vamos tirar no JO-KEN-PO! – Kagome sorriu com a idéia. – A reunião do pijama vai ser na casa do último que sair!

- Você rouba muito nesse jogo, Kagome... – Miroku parecia triste.

- Nem vem Miroku, você ta com medo de perder.

- Então vamos tirar logo isso! – Inuyasha se aproximou mais e todos se prepararam.

- JO–KEN–PO! – Os quatro colocaram uma das mãos, meio hesitantes.

- Ganhei! Tesoura corta papel! Êêê! – Kagome já comemorava a vitória.

- Viu só? Ela rouba!

- Pare de choramingar Miroku! Vamos. – Sango o advertiu.

- JO–KEN–PO!

- Papel enrola a pedra! Agora são só vocês dois! – Sango comemorou com a amiga.

- Odeio esse jogo. – Inuyasha praguejou.

- JO–KEN–PO! – Miroku colocara tesoura e Inuyasha...

- Êêê! Tesoura corta papel! Vai ser na casa do Inuyasha! – Inuyasha abaixou as orelhinhas e olhou pra mão direita aberta em forma de 'papel'. "Jurava que ele ia colocar pedra".

- Tudo bem se for na sua casa, Inuyasha? – Kagome se aproximou sorrindo.

- É né... Só quem esta lá é o Sesshoumaru.

- E quem é esse? – Sango perguntou.

- Meu irmão mais velho... – Disse antes de dar um suspiro.

Kagome passara em casa para pegar algumas roupas e ligara para casa de sua tia May para avisar a sua mãe que não dormiria em casa naquele dia. Sango e Miroku fizeram o mesmo e depois se encontraram e Inuyasha os levou até a sua 'casa'. Aquilo não era casa, nunca. Era uma mansão. E como qualquer mansão, era enorme! Era o que Kagome pensara quando vira aquela enorme casa de três andares, e tinha um lindo jardim coberto de rosas brancas na frente. Pareciam ser bem cuidadas. Entrara e olhava tudo curiosa. Sentiu algo em sua perna direita e não agüentou ao ver, tivera que se abaixar a fazer carinho naquele cachorro lindo! Era um Golden Retriever branco filhote que abanava o rabinho felpudo freneticamente enquanto latia para Kagome. Ela abaixara-se para o cachorrinho, que fora diretamente em seu colo em busca de carinho, qual ela não recusou de jeito nenhum.

- Que cachorrinho lindo, Inuyasha! – Ela comentara.

- Foi a minha mãe que trouxe ele aqui pra casa. Ela o achou na rua, acho que semana retrasada.

- Sua mãe parece ser uma pessoa muito boa. – Sango se abaixara para brincar com o cachorrinho também. Miroku olhava a casa.

- Qual o nome dele, Inuyasha? – Kagome perguntou deixando Sango brincar com ele.

- ...Snow... – Não passou de um sussurro.

- O que?

- Snow! – Ele acabou gritando e passou a mão nos cabelos. – Foi a minha mãe que deu esse nome.

- Ain, que lindo! Você ta cuidando dele direitinho, Inuyasha! Você não tem cara de quem cuida de cachorro. – Sango comentara.

- Como assim? – Levantou a sobrancelha e ela nada respondeu, já que se concentrara em brincar com aquela criatura felpuda.

- Eu queria ser esse cachorro agora. – Miroku falara só para Inuyasha ouvir, quase dando um susto no mesmo, por chegar assim do nada. – Olha só como ele rouba a atenção delas só para ele. – Inuyasha só prestava atenção na cara do Miroku com ciúmes do pobre cachorrinho.

- Bom, eu vou mostrar onde agente vai ficar. – Inuyasha falou, chamando a atenção de todos. Todos subiram as escadas e seguiram por um corredor longo, que tinha um monte de portas, até que Inuyasha parou em uma porta escura com uma plaquinha de "Não Incomode" presa à maçaneta. Ao abrir, mostrou o quarto branco, a cama de casal no lado direito do quarto, que ficava bem embaixo de uma prateleira de Cds, e do lado esquerdo ficava uma mesa com o computador e coisas deste, e outra mesa do lado com uma TV e um dvd e na ponta um grande guarda-roupa. Parede coberta por alguns pôsteres de bandas. E a janela... Era sim um grande quarto. Todos entraram e se acomodaram lá. O pobre Snow, que os acompanhara ficara do lado de fora, fora em busca de seu outro dono.

- O que vamos fazer agora? – Miroku perguntara. Ninguém respondeu.

- Você tem algum jogo legal ae, Inuyasha? – Kagome quebrara o silêncio.

- Que tipo de jogo?

- Um jogo legal! Que dê pra todo mundo jogar.

- Hum... Eu tenho Batalha Naval.

- Batalha Naval? – Ela repetiu.

- Foi o que eu disse!

- E você sabe jogar?

- Não, eu tenho de enfeite mesmo...

- Grosso... – Ela fez biquinho.

- Coloca um Cd maneiro aí... – Miroku interrompeu a discussão dos dois, olhando nas prateleiras de Cds de Inuyasha. Pegou dois Cds. – Hum, Linkin Park e Nickelback, Esses aqui, por enquanto. – Colocou um dos Cds no som de Inuyasha e deixou tocar baixinho.

- Então... Inuyasha, porque você entrou no colégio Tomoeda assim derrepente? Só temos mais uma semana de aula, e você entrou em plena sexta-feira! Você podia ter entrando depois das férias!

- Você sempre fala tanto assim? – Ele a olhou impaciente.

- Sempre. – Sango interrompeu sem tirar os olhos de uma revista que havia encontrado.

- Não é verdade... – Kagome praticamente sussurrou levemente corada.

- Eu briguei com uns garotos no outro colégio, e acabei sendo expulso. Não tenho por que ficar perdendo aula por bobagens, se eu deixasse pra depois ia vir muito mais tarefas, aí resolvi ir pro colégio Tomoeda no dia seguinte que a minha mão arranjou a vaga. – Percebeu que todos mantinham a atenção sobre ele.

- Brigou com uns garotos? Por quê? – Kagome pareceu interessada, mas Inuyasha não pareceu querer contar.

- Não lhe vem ao caso. – Respondeu virando a cara. Por um instante Kagome podia jurar ter visto um certo olhar de mágoa nos olhos do rapaz. Por um pequeno instante. Talvez fosse sua imaginação.

- Pode contar, somos seus amigos.

- "Amigos? Conheceram-me hoje mesmo e já dizem que são meus amigos? Será que falam a verdade?"

- Ah, mas se você não quiser tudo bem. – Olhou para ela surpreso. Com certeza achava aquela garota estranha.

- Pode trazer algo pra gente comer.

- Ai Miroku, como você é mal-educado... – Sango falou beliscando o braço do rapaz.

- Ai Sango! – Choramingou massageando o braço. – Eu devia ter comida a pipoca em vez de joga-la em você! – Eles riram.

- Não estamos com fome não Inuyasha.

- Tudo bem Sango, a gente pode comer depois. – Ele se levantou da cama e foi direto para o armário tirando uma caixa larga de lá.

- Eu vou jogar com a bruxa. Você sabe jogar não é? – Ele disse se sentando em frente à Kagome e abrindo a caixa.

- Já disse que não sou bruxa. – Como ele podia a irritar tanto?

- Tanto faz. Aqui tem três armações, dá pra você jogar com o Miroku, Sango. – Disse entregando um pacote com uns brinquedos azuis dentro. Pegou o vermelho para si e começou a montar. – Você não respondeu, sabe jogar, não é?

- Claro. – Kagome respondeu. Ele não tirara os olhos do jogo.

- Não sou muito bom nesse jogo não, Inuyasha. – Ouviu Miroku dizer.

- Não tem problema, aprende praticando. Aposto que a Sango sabe. – Sango balançou a cabeça em sinal afirmativo. Kagome se ajeitou no tapete. Viu Inuyasha terminar de montar o jogo e olha-la.

- Pronta para perder? – Perguntou confiante.

- Lhe pergunto o mesmo. – Ela o olhou da mesma forma.

- Eu não vou perder.

- É o que vamos ver. – E deu os navios, e todas as outras paradinhas do jogo à ela para que montasse. xD

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Estava concentrado lendo seu livro. Ouviu de seu quarto alguém chegar. E acompanhado. Como tinha a audição e o olfato apurados pôde identificar um dos seres como seu irmão mais novo; devia estar acompanhado de seus amigos, no certo para fazer bagunça. "Estou pensando como um velho". Voltou sua atenção ao livro que estava lendo. Deixara a porta encostada dessa vez. Logo viu a porta se abrir um pouco e correr para si aquela criatura felpuda que tentava evitar o máximo desde que chegara aquela casa. Ele pulou diretamente em seu colo com o rabinho balançando freneticamente e as patas dianteiras pousadas na barriga de seu 'amigo', por ser pequeno e não alcançar mais alto, e latia pedindo que brincasse com ele. Sesshoumaru tinha sua expressão de sempre: fria e inexpressiva, mas não parecia ter efeito naquela criatura felpuda em seu colo. Ele se levantou forçando o cachorrinho a pular de seu colo e se dirigiu à cozinha. Foi direto à geladeira, para sua surpresa, praticamente vazia. "Maldito Inuyasha, esqueceu de ir ao mercado". Tinham empregados e tudo, mas preferiam ir ao mercado por si próprios. Foi obrigado a fazer um sanduíche com o presunto que achou na enorme geladeira e colocou um suco de manga no copo e subiu as escadas. "Ele vai ficar louco quando souber que acabou o Ramen..." Sorriu malvadamente imaginando o desespero do irmão quando abrisse alegremente o armário e não encontrasse o tão amado Ramen. Entrou em seu quarto, depositou o prato e o copo na mesa e se sentou na enorme e gostosa poltrona onde estava antes lendo seu livro. Arrancou um pedaço do sanduíche e depois um gole do seu suco e voltou sua atenção ao livro. Sentiu outra presença em seu quarto, e ouviu um barulho estranho. Ficou furioso ao ver o resto de seu sanduíche sendo alegremente devorado pela criaturinha felpuda ao seu lado.

- Ah não! Largue isso, seu vira-lata pulguento! – O cachorro correu veloz com o pedaço de presunto na boca, mantendo uma distância segura entre ele e o 'amigo' que no momento o olhava perigosamente enraivecido. Sesshoumaru fechou os olhos e amaldiçoou a humana que trouxera aquele pulguento para sua casa. Tentou voltar sua atenção ao livro, mas o cachorro parecia querer a sua atenção.

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Ele a olhava sério, parecia querer ler seus pensamentos através de seus olhos castanho-azulados, que estavam concentrados olhando para baixo com uma expressão pensativa e preocupada. Uma gota de suor rolou por sua face angelical e seus olhos se levantaram e se encontraram com os olhos dele, que parecia esperar algo dela. Ela enfim respirou e falou alto, confiante:

- B-5.

- Maldição! Você afundou meu Cruzado! – Ele levantou as orelhinhas em sinal de irritação e a olhou furioso. - Você ta roubando!

- O que!

- Você ta roubando!

- Mas o jogo é seu!

- Não importa! Você afundou praticamente todos os meus navios e submarinos!

- Na verdade só falta um. – Sorriu.

- Bruxa.

- Mal perdedor.

- É a minha vez. – Ele respirou fundo e pensou um pouco.

- D-4.

- Água...

- O.O

- Hihihi,é a minha vez. A-7.

- ...

- ...

- ...

- E então?

- ...você venceu... – não passou de um sussurro.

- Êêêê! Ganhei! Você foi muito ruim nesse jogo hein Inuyasha, achei que seria mais divertido jogar com você. - Disse sorrindo triunfante.

- Você roubou, não vale! – Sango e Miroku olhavam tudo de onde estavam.

- E você Sango? Como ta indo aí? – Kagome se juntou a Sango, deixando Inuyasha falando sozinho.

- Eu estou ganhando. – Disse sorrindo.

- Eu disse que não sou muito bom nesse jogo. – Miroku disse triste.

- Essas garotas roubam muito, né Miroku? Não dá para jogar com elas. – Inuyasha sentou ao lado de Miroku.

- Deixa de ser mal perdedor Inuyasha, você é que não sabe jogar.

- Eu estou com fome. – Miroku interrompeu. – Já podemos comer? Cansei desse jogo.

- É, vamos na cozinha. – Eles desceram se dirigindo a cozinha. Entraram e Sango e Kagome pararam para apreciar a decoração. Era tudo branco ali! Tão moderno, um sonho de cozinha para uma dona de casa. Era toda em pastilhas brancas, assim como a mesa, os armários brancos, a geladeira, o fogão. Sem dúvida eles tinham um ótimo decorador.

- AAAAHHHh! – Todos se assustaram e olharam para onde vinha o grito. Viram um Inuyasha com as orelhinhas abaixadas, cara de cachorro sem dono e enormes olhos lacrimejantes, pendurado num dos armários.

- Inuyasha, o que houve? – Sango perguntou preocupada. Ele nada respondeu. Parecia estar em choque.

- I...Inuyasha? – Kagome chegou perto, meio hesitante, assim como Miroku. Kagome estalou os dedos em frente ao rosto dele, que pegou rapidamente o pulso dela, a assustando.

- Acabou... Acabou... o... Não tem mais. Está tarde. Não dá pra comprar. Estou... estou com fome. E não tem... Não tem Ramen! – Ao que pareceu, todos se petrificaram, imaginando ser o fim do mundo.

- Que susto que você deu na gente, Inuyasha! – Kagome tentou soltar o pulso, mas Inuyasha continuava a segura-lo, e a olhou com aqueles olhos enormes, brilhantes e lacrimejantes.

- Eu quero Ramen. Agora!

- Mas não tem Ramen aqui. E já é de madrugada, é perigoso sair pra comprar essa hora. Talvez a gente possa comer outra coisa.

- Olha! Temfermento, leite condensadoe morangos aqui. Vamos fazer bolo! – Sango disse em frente a um armário aberto.

- Eu topo! Quero dizer... Vocês vão fazer né? – Miroku disse segurando a barriga que acabara de roncar. – Estou com fome demais para me mexer e ajudar vocês. – Disse e se sentou na cadeira ao seu lado.

- Tudo bem se fizermos bolo, Inuyasha? – Kagome agora estava em frente a ele, que tinha se levantado, por estar sentado, com a mão apoiada na porta do armário, mas ainda segurando o pulso dela. – E dá pra me soltar! – Ele percebeu que ainda a segurava e a soltou rapidamente soltando um "hunf".

- Se não for demorar muito... Eu quero comer o bolo logo.

- Você vai ajudar a gente!

- O Miroku pode ficar sentado e eu não? – Apontou acusadoramente para Miroku que fez uma cara de inocente.

- Miroku é um caso a parte. – Enquanto isso, Miroku que estava sentado desviou sua atenção para Sango, ou pelo menos para a bunda dela, que estava pegando algumas coisas no armário. Não resistiu e teve que tirar proveito daquilo.

- Hentai! – Sango se virou para dar um belo tapa daqueles em Miroku, mas não o viu mais sentado onde estava. O viu correr para fora da cozinha. – Volte aqui seu pervertido! Hentai! – Sango foi atrás dele vermelha de raiva. Inuyasha e Kagome tinham parado de discutir para assistir Sango correndo que nem louca para fora da cozinha atrás do Houshi.

- Vamos ter que começar sozinhos. – Kagome suspirou. Pode ouvir um 'Keh!' vindo de Inuyasha. – Pare de reclamar, você só reclama!

- O que? Eu não reclamo.

- Imagiiiina. – Ela revirou os olhos. – Vá pegar a manteiga, os ovos, leite, fermento e a farinha.

- Ora essa... – Ele foi pegar os ingredientes enquanto a via com morangos, leite condensado na mão.

- Cuidado com os meus morangos! – A viu abrir a caixinha de plástico e roubar um morango. – O que pensa que está fazendo? – Ele largou a porta da geladeira e a olhou com os olhos cerrados. A viu abrindo o pote de leite condensado e colocando o morango 'roubado' ali, vendo o morango ficar coberto daquela delícia e ela pondo na boca calmamente. A visão era um tanto que sedutora sim, mas estava preocupado com seus morangos. E se ela devorasse todos?

- Só estou provando um. Você é muito chato sabia?

- Quem disse que podia provar?

- Eu.

- Os morangos são meus.

- Então você pode fazer o bolo sozinho. – Ela disse o olhando diretamente agora.

- Pelo menos você não vai poder comer nenhum pedaço.

- Do jeito que vai ficar, sendo feito por você, pode deixar, que nem vou querer provar.

- O que quer dizer?

- Que você não sabe fazer bolo!

- Claro que sei!

- Então faça, espertão. – Ela disse lambendo o dedo indicador e o dedão enquanto sentava na cadeira próxima a ela.

- Hunf! Pois fique olhando. – Ela sorriu e o viu pegar todos os ingredientes e começar a quebrar os ovos numa tigela. Ela começou a rir quando o viu misturar tudo que tinha naquela mesa.

- Do que está rindo, bruxa?

- Você ta fazendo tudo errado, assim ninguém vai conseguir comer!

- Eu vou!

- Mas o bolo não é só para você, cachorrinho. – Sorriu, pegando a colher da mão dele e levantando as mangas da blusa. Pegou uma tigela limpa e começou a misturar os ingredientes organizadamente, fazer tudo bonitinho e finalmente colocar a massa do bolo no forno.

- Aprendeu, espertão?

- Onde aprendeu a fazer bolo? – Ele cerrou os olhos olhando para ela.

- Eu sempre faço. – Sorriu. – Agora precisamos fazer a cobertura.

- Cobertura?

- É! Onde já se viu bolo sem cobertura? Onde está o chocolate? – Viu Inuyasha com uma mão atrás das costas enquanto olhava para o 'nada' e ajeitava o avental vermelho que usava. – O que está escondendo aí?

- Hum? O quê? – perguntou, o mais cínico possível.

- Você ouviu bem! Ta escondendo o chocolate né! Me dê! – Ela foi até ele e ele levantou o braço, e por ser mais alto que ela, ela não conseguia alcançar nem nas pontinhas dos pés onde estava. Ele ria das tentativas inúteis dela. Ela agarrou o braço dele, forçando-o a abaixá-lo e assim pegar o tal chocolate em pó, mas ele é uma meio-youkai, não vamos esquecer. Não fazia esforço algum.

- Pare de rir, e me devolva o chocolate, seu malvado! – Ele não parava de rir. Ela se agarra a ele e tentava pegar o chocolate, acabando agarrada ao pescoço dele e seus olhos se encontraram.

- "Vou encontrar esse meio monge safado." – Sango andava pela sala a procura do rapaz que passara a mãe nela um minuto atrás e se escondera em algum lugar naquela enorme sala. Se arrepiou ao sentir uma mão tapar a sua boca e outra a pegar pela cintura. O dono das mãos (que ninguém sabe quem é ¬¬) a puxou até o sofá caindo com ela e automaticamente a soltando e rindo da cara de susto que a garota ficara.

- Miroku, seu idiota, quer me matar de susto? – Ele batia incessantemente no pobre coitado.

- Pare de me bater, Sango! – Ele a segurou pelos pulsos e a olhou diretamente nos olhos deixando-a levemente corada. – Quero falar com você.

- Claro, se não for passar a mão em mim novamente! – Ela disse já ficando irritada novamente.

- Eu não resisti. Você estava tão... Estava praticamente pedindo! – Ele disse sorrindo maliciosamente.

- Pedindo? – Como ele estava segurando os pulsos dela, ela apenas fez com que ele mesmo se batesse empurrando as mãos dele na própria cara.

- Itai! Não, você não entendeu, eu...

- Miroku, é melhor voltarmos, eles vão fazer o bolo sozinhos e—

- Deixe-os lá, assim eles se entendem. Eu quero mesmo é falar com você. – Ele soltara os pulsos dela, e ela cruzou os braços.

- Estou ouvindo.

- Eu... Bom, eu... – Ela não o olhava. Ele olhou para outra parte de seu corpo e não resistiu. Sango se arrepiou novamente e começou a bater freneticamente no pobre Houshi novamente. Em meio a tantos movimentos os dois acabaram caindo do sofá. E as posições, vocês podem imaginar: Miroku no chão, segurava um pulso de Sango e a outra mão apertava a sua cintura. Sango com uma mão presa a outra se apoiava no peito másculo (uuuh) de Miroku. Seus olhares se encontraram e Sango praticamente se perdeu naqueles olhos azuis tão penetrantes de Miroku. Algo ocorria dentro de si que não podia explicar, nem por que não se afastara quando Miroku pareceu se aproximar seus rostos. Miroku apertou ainda mais a cintura de Sango e ela parecia ter perdido o ar em seus pulmões. Miroku chegara mais perto e os dois podiam sentir a respiração um do outro.

Na cozinha, a visão de Kagome presa ao pescoço de Inuyasha tentando inutilmente pegar o pote de chocolate da mão dele, e ele apenas rindo da cara de esforço que ela fazia, era de dois apaixonados brincando. Até que seus olhos se encontraram, e os dois coraram com a proximidade em que se encontravam. Inuyasha podia ouvir e sentir, por Kagome estar tão próxima, o coração dela bater aceleradamente, assim como o seu. E ele sentiu um desejo imenso em possuir aqueles lábios rosados à sua frente enquanto se perdia nos olhos castanho-azulados da jovem. Kagome se perdia ainda mais no âmbar de seus olhos, imaginando como se nada houvesse em sua volta e...

PI PI PI PI PI – PI PI PI PI PI.

- Er... – Ela se desvencilhou dele corada e os dois olharam de onde vinha o barulho. – O bolo está pronto. Viu? Nem fizemos a cobertura! - Ela tirou a massa do bolo com cuidado e o colocou em cima da pia. Olhou de volta para ele, que a olhava, e estendeu a mão.

- O chocolate. – Ele colocou o chocolate na mão dela. – Bom menino. – E bagunçou 'carinhosamente' a franja dele.

- Não me trate como um cachorro. – Disse enquanto concertava a franja.

- Claro, desculpe. – Disse sem tirar os olhos da panela qual fazia o chocolate. – Separe os morangos. E não coma!

- Você pode e eu não? Os morangos são meus se a senhorita não sabe! – Ele disse roubando um morango da caixinha e prontamente o levando em direção a boca. Mas foi impedido pois ela batera delicadamente com a colher de pau na mão dele e pegando o morango impedindo que este caísse. – É, mais assim não vai sobrar para colocar no bolo.

- Você ta de pirraça! Tem um monte na caixinha! Vai até sobrar!

- Depois que eu colocar no bolo eu deixo você comer. – Ele fez bico quando ela tirou a caixinha das mãos dele e sorriu. – Me ajude a colocar a cobertura. – Ela tirara a panela com chocolate do forno e colocara junto à massa do bolo na pia. Ele viu a quantidade de chocolate que tinha ali dentro.

- Nossa, isso dá para dois bolos!

- Essa é a graça! – Ela o viu meter o dedinho na panela e raspar um pouco do chocolate e colocar o dedo na boca saboreando o chocolate.

- Pára com isso. Vai azedar, Inuyasha! – Ela bateu na mão dele quando o viu na intenção de meter o dedinho de novo. – É pra me ajudar a colocar no bolo, depois a gente come.

- Hunf.

Sango pareceu voltar à realidade e se soltou rapidamente de Miroku, que com o susto a soltou imediatamente e ela se sentou no outro sofá, apenas respirando rápido. "Que eu estava fazendo? Íamos nos beijar? Não... Não... Ele vai achar que eu fikaria com ele por que ele vive passando a mãe em mim! Não... Mas eu quase não consegui me controlar, parecia que eu estava em outro mundo." Se assustou ao ouvi-lo chamar seu nome:

- Sango... Está tudo bem? – Miroku perguntou preocupado. Será que tinha feito algo errado?

- Han? Sim... Eu só preciso de... de um tempo. – Sango estranhou o que dissera. Teria dito uma resposta grossa para todos os outros garotos que queriam fikar com ela e ela não queria. Talvez... Por que o fato de ela não querer não era verdade. Sango subiu as escadas a procura do banheiro. E se trancou lá dentro. Miroku continuou sentado no sofá e pensando no que tinha feito de errado. Sentia algo mais por Sango, mas será que ela acreditaria nele? Afinal, em todo o tempo que se conheciam, ela o via dando em cima de todas as garotas com intenção de ter um filho com todas elas. Por que acreditaria que ele queria muito mais que isso com ela? Será que era isso mesmo que ele queria? Estava confuso.

- Onde estão o Miroku e a Sango? Eles não ajudaram em nada. – Inuyasha lembrou enquanto enfeitava o bolo com os morangos, agora todo com cobertura de chocolate.

- É verdade. Vou ver onde eles estão. – Kagome tirou o avental rosa que vestia e foi até a sala, deixando Inuyasha sozinho na cozinha. Ela realmente não tinha noção como isso era perigoso.

Olhou em volta e apenas viu um Miroku sentado no sofá com a cabeça baixa, parecia preocupado. Sentou-se ao seu lado.

- Miroku, está tudo bem? – Ele a olhou.

- Está sim Kagome. – Sorriu.

- Você me parece preocupado. Cadê a Sango? Vocês brigaram de novo, é?

- Estou bem, não se preocupe. Ela foi ao banheiro, é melhor você ir conversar com ela.

- Não se preocupe Miroku. Vai dar tudo certo entre vocês. – Ele a olhou, agora confuso – Você só precisa deixar de ser mulherengo um pouco, quer dizer, muito! E ter um pouco de paciência com Sango. – Ela disse e sorriu.

- É a minha mão amaldiçoada. Ás vezes eu não resisto. – Deu um sorriso amarelo. – Mas você o quanto eu gosto dela, não é?

- Sei sim. Mas tente fazer um esforço Miroku, se não você pode acabar por perdê-la. E eu sei que você quer exatamente o contrário não é? – Ele a olhou compreensivo. – Vou falar com ela.

- Está bem. – Kagome subiu as escadas, mas não sabia onde era exatamente o banheiro. Pode ver uma luz saindo por de baixo de uma das portas no final do corredor. Devia ser ali. Bateu na porta.

- Sango? – Esperou a resposta da amiga.

- Kagome?

- Está tudo bem, Sango? Posso falar com você? – Sango abriu a porta e deixou a amiga entrar. – O que houve?

- Ah... Bem, eu... o Miroku... a gente... – Não conseguiu falar.

- Você gosta realmente dele não, é? – Sango olhou para a amiga surpresa. Baixou a cabeça levemente corada.

- Muito...

- Então por que não dá uma chance pra ele?

- Você não vê? Ele não sente o mesmo, Kagome! Ele dá em cima de todas as garotas que vê pela frente, o que te faz pensar que ele não quer comigo o mesmo que ele quer com essas garotas! – Ela explodiu.

- Eu tenho certeza que ele gosta muito de você, apesar desse defeito dele.

- Esse defeito é muito grave.

- Tente dar uma chance para ele.

- Não posso Kagome, eu sei que não significo para ele o que ele significa para mim.

- Como pode ter tanta certeza? – Kagome pousou a mão no ombro da amiga.

- Se ele gostasse mesmo de mim Kagome, ele não ficaria dando em cima de outras garotas na minha frente.

- Mas ele gosta Sango. Só está... confuso. Você o conhece. – Afagou os cabelos da amiga que a abraçou.

- Será mesmo?

- Uhum. Não fique tirando conclusões precipitadas.

- Vamos ver o que acontece então.

- Sim. Ah! – Se separam e Kagome sorriu como se lembrasse de algo. – Tenho algo que vai te alegrar!

- O quê? – Sango sorriu da cara da amiga. Kagome sempre fora tão boa para ela. Seu sorriso conseguia acalmar seu alma. – Ande, fale logo!

- O bolo está pronto! E ficou lindo! Não provei ainda, mas acho que está muito bom! Você tem que provar!

- É verdade! O bolo. Desculpe ter deixado você e o Inuyasha fazerem o bolo sozinhos...

- Ah, não se preocupe, ele até que ajudou um pouco e... – Parou derrepente arregalando os olhos. – Ah meu Kami amado! Eu deixei aquele irresponsável maluco sozinho com o bolo! Oh não! Vamos Sango! Temos que salvar o bolo! – Kagome pegou rapidamente no pulso da amiga a puxando pelas escadas rapidamente em direção à cozinha.

- Calma Kagome, quer nos matar? – Mas a morena a sua frente parecia não escutar. Chegaram na cozinha. Kagome quase teve um treco ao ver Inuyasha comer o que parecia ser seu quinto pedaço de bolo.

- Inuyasha! – Ele levou um susto, pulando da cadeira e saindo correndo tentando se salvar de uma Kagome com uma colher de pau na mão querendo acertá-lo. O bolo ficara na mesa. Ainda dava para ver o quanto ficara bonito; a cobertura de chocolate escorria pelo enorme bolo, sendo o recheio também, e os morangos no topo davam o toque final. Sango sentou na cadeira e tirou um pedaço para si. Comeu calmamente ignorando os dois jovens correndo pela cozinha, Inuyasha lambuzado de bolo ria por ser muito mais rápido que a jovem que corria atrás de si.

- Hum... Kagome, está muito bom! Vocês fizeram um ótimo trabalho. – Kagome que se apoiara nos joelhos para descansar, deu um sorriso de satisfação.

- Que bom que gostou. Eu nem provei ainda. Vou ter que matar o Inuyasha depois. – Jogou um olhar matador para o jovem hanyou do outro lado da cozinha, que lhe mandou língua. Esta lhe devolveu antes de sentar-se à mesa e tirar um pedaço do bolo. Estava realmente muito bom.

- O bolo já está pronto? – Viram Miroku entrar na cozinha sorrindo. Olhou para Sango, que desviara o olhar e voltara a comer seu pedaço do bolo.

- Está sim Miroku, venha experimentar. Ainda tem bastante para nós três. Olhou discretamente para Inuyasha e o viu a olhar surpreso.

- Ei! E eu!

- Você já comeu, seu guloso! Devorou quase metade do bolo!

- Deixe de ser exagerada! Eu comi só um pouco! E quero mais! – Fez biquinho.

- Tadinho dele Kagome, ele não te ajudou a fazer? – Sango falou derrepente.

- Isso mesmo bruxa, eu te ajudei! Mereço minha parte.

- Não me chame de bruxa! – Kagome fechou os olhos e contou até dez mentalmente. – Bom... – Olhou para o hanyou novamente. - Vamos comer né? Não foi para isso que fizemos? – Sorriu. Todos se sentaram à mesa para comer. Era um bolo grande, Kagome realmente exagerara quando dissera que Inuyasha havia comido metade. Guardaram o que restara na geladeira e subiram de volta para o quarto.


Oeee! Espero que tenham gostado! Calma, que aos poucos a fic vai melhorando! hiauhiauhaiu. xD
Eu só fiquei imaginando poder comer o bolo de morango que Inuyasha e Kagome fizeraM! -
Mais hein... uu
Não esqueçam d deixar review! Preciso saber c a fic está boa ou não! )
E obrigada pelos reviews que já tenho!

Aguardem, já estou fazendo o 4º capítulo! o/

Ja ne!