Disclamer: SS e seus personagens pertencem ao titio Kurumada e sua turma, ok? Esta fic não tem fins lucrativos.

Comentários da Autora: eu não ia escrever continuação para essa história, mas não achei justo com o Milo que só ele tivesse um dia de sorte... Então aqui estão as desventuras de Camus. Gostaria de aproveitar e agradecer a Mila por seus comentários e a me ajudar a decidir se eu postava como capítulo ou como fic independente. Espero lucrar alguns sorrisos com esta fic. Comentários são bem vindos. Autora sem comentário não tem forças para escrever. Alimente-nos. Abraços a todos que lerem. AA


Camus em: Um dia de Sorte

Vocês provavelmente já leram o relato de Milo acerca de seu "dia de sorte", confesso que, aquele dia foi divertidíssimo. Não, eu não tenho o senso de humor deturpado, nem desvio de personalidade ou algo do gênero, mas Milo tem uma maneira tão peculiar de encarar as adversidades que acaba tornando divertida até mesmo batida de caminhão. Segundo ele, se for batida de caminhão de cerveja então, melhor ainda... Diversão garantida.

Mas, eu vim aqui contar que não é só Milo que tem seus dias de sorte não... Eu também tenho os meus, e não menos atribulados que os dele. Este em particular foi memorável. Aconteceu uns poucos dias depois do dele.

Como ele mesmo contou, nossa casa foi parcialmente destruída por uma obra estapafúrdia do vizinho. Porco chauvinista preconceituoso dos infernos... E isso porquê estou sendo complacente e educado ao adjetivar tal ser humano – até me custa chamá-lo de ser humano, mas enfim... Eu bem que tentei segurar Milo, mas adorei quando ele socou a cara do indivíduo em questão.

Tivemos que comprar outra cama, pois a nossa ficou um lixo e outro tapete fofinho para meu escorpião, que adora ver televisão enroscado no tapete. Logicamente, as despesas com tais prejuízos deveriam ocorrer por conta do tal vizinho, como sou o menos estressado de nós dois, fui incumbido de levar as notas fiscais e fazer as devidas cobranças. Milo subiu atrás de mim e ficou encostado na parede do corredor, perto do elevador, apenas observando os acontecimentos...

Adiantei-me demais... Retrocedendo... Acordamos bem. Eu, como sempre, levantei-me primeiro. Gosto de acordar cedo, abrir a janela, sentir a brisa refrescante da manhã em meu rosto, preparar um café bem forte – combustível essencial a meu amado – e aproveitar os minutos de paz antes que o furacão que eu chamo de querido abra os olhos e eu passe a ser engolido pelo redemoinho da vida.

Estava cumprindo minha rotina matutina diária quando percebo que acabou o café. Olho para a janela, uma chuva fortíssima... Meu lado analítico começa a trabalhar a todo vapor. As engrenagens do meu cérebro calculam a melhor relação custo / benefício... Milo sem café e eu quentinho em casa ou Milo com café e eu encharcado de chuva gelada.

A chuva me pareceu tão convidativa... Joguei um sobretudo preto nos ombros, peguei um guarda-chuva e parti para a padaria em busca do bendito café. Aproveitei para comprar pães frescos e manteiga. Consegui chegar em casa com minhas compras antes dele acordar. Estava molhado e com frio. Tirei as roupas, colocando-as no cesto de roupas usadas, entrei na ducha. O nosso banheiro ainda estava meio destruído por conta da inundação e, como um bom dia de sorte começa, um pedaço do gesso do teto despencou sobre minha cabeça. Fechei os olhos cantando um mantra mental: "Calma, calma, o dia mal começou, se estressar faz mal para o cabelo."

Novamente tomo banho, agora para tirar a sujeira do gesso. Saio do banheiro. Milo ainda dormia, esparramado em nossa cama, era belo assim adormecido... Quer dizer, era belo de qualquer maneira... Sacudi meus cabelos ainda molhados, espantando o momento romântico e resgatando o Camus prático... Fui diretamente para cozinha, preparei a cafeteira, coloquei o pó recém-comprado quando ligo o eletrodoméstico, a luz da cozinha desliga-se e uma faísca acompanhada de um horrendo cheiro de queimado sai de dentro da cafeteira.

- Merda! Eu QUERO tomar café! Eu VOU tomar café! – pego um bule, encho de água, espero "calmamente" ferver e verto o líquido fumegante sobre o pó. Côo tudo e consigo, após uma batalha campal, preparar um bule de café.

Sentei-me para apreciar o fruto de meu esforço. Poucos segundos depois Milo entra na cozinha esfregando os olhos...

- Bom dia...

- Tem café?

- Bom dia Milo! – falei em tom mais alto e mais áspero.

- Tem café?

- Porra! Bom dia, pega a merda do café e de preferência se engasgue com ele! – fecho a cara e saio da cozinha.

Eu não sei como o agüento! Isso é um absurdo! É incapaz de dar um bom dia antes de sorver a maldita cafeína... Entro no quarto bufando, pego uma calça de brim grossa, preta, camisa de flanela, coturnos pretos, separo uma jaqueta de couro. Teria que passar o dia inteiro no canteiro de obras, só porque estava chovendo e provavelmente tudo estaria enlameado. Meu dia começara bem...

- Camus!

- O que foi agora?

- Credo em cruz, como está azedo? Que bicho te mordeu?

- Que tal um escorpião mal-educado incapaz de dar bom dia?

- Mas eu sempre te dou bom dia quando acordo!

- Então quer dizer que não acordou até agora?

- Quanto drama, Camus! Vem cá! Me dê um beijo de bom dia...

Acabamos em cima da cama. Minha roupa recém-colocada foi parar no chão e... a cama também! Ainda bem que a nova cama chegaria em breve. Contei a Milo o que já tinha acontecido antes dele acordar.

- Creio que você vai ter um dia daqueles... igual o meu!

- Deixe de rogar praga! Sai fora!

- Não é praga, amor meu, é fatídica constatação. E resignação também, pois certamente vai sobrar pra mim.

- Que nada! Apenas coincidências. Vamos nos trocar. Ainda quero passar na casa do vizinho antes de ir trabalhar. Você vai comigo?

- Apenas ficar de longe, para ter certeza que vão se comportar.

- Eu não esquento minha cabeça, você sabe disso!

- Você não, eu sei meu amor, mas já ele... Se encostar uma unha em meio fio de cabelo seu, vai ter que aprender a voar em cinco segundos.

- Algumas vezes você me dá medo. É melhor que não vá.

- Não ir? Eu não perderia este embate por nada neste mundo!

- Que seja.

Subimos o lance de escadas que separava nossos andares, Milo ficou a uma certa distância, encostado na parede, próximo aos elevadores, enquanto eu toquei a campainha.

- Bom dia.

- O que já está fazendo na minha porta, hein?

- Bom dia, antes de mais nada...

- Deixa de frescura e fala logo a que veio!

- Porra, seu merda! Bom dia, cassete! Eu vim trazer as notas das despesas de móveis e outros prejuízos que sua obra causou-nos, pegar a merda do meu dinheiro e exigir que inicie as obras necessárias para o reparo de meu banheiro hoje!

Quando eu explodi Milo se aproximou felinamente e prostrou-se atrás de mim. Eu não podia ver o olhar dele, mas acredito que tenha sido tão predatório quanto o meu, pois o cara se encolheu muito facilmente, apesar de não dar o braço a torcer.

- Além de fresco ainda é mal-educado e grosso. E quer saber de uma coisa? Não vou pagar nada, não vou fazer obra nenhuma. Vocês que se virem!

- Eu juro que ainda acabo com você! – eu me recompus e falei com a voz gelada.

- Está me ameaçando?

- Não. Eu não faço ameaças. Estou apenas fazendo um trivial comentário. Tenha um bom dia e aguarde notícias nossas.

Eu me viro como se nada tivesse acontecido, mas estava roxo de raiva, eu suava frio, minha respiração estava pesada. Milo apenas me acompanhava em silêncio. Entrei novamente em casa e parecia que ia explodir.

- Como alguém pode ser tão obtusamente preconceituoso nos dias de hoje? Isso é inaceitável. Eu vou quebrar a cara dele, escalpelar, fazer carne moída.

- Camus! Trate de se acalmar! Você está a beira de um colapso! Pelo amor dos Deuses, pare!

Milo estava visivelmente preocupado comigo. Quando me aborreço excessivamente minha pressão sobe e já fui parar no hospital algumas vezes por conta disso. O meu "amado" vizinho não merecia uma visita minha ao hospital.

Sentei-me, respirei fundo, ele fazia massagem em minha testa. Paulatinamente fui me acalmando...

- Creio que é melhor irmos trabalhar, pelo visto precisaremos de dinheiro extra esse mês.

- Vamos. Eu te levo.

Saímos, Milo e eu, em meu carro. Não deixei que ele dirigisse, dirigir, para mim, sempre foi um prazer a parte, entretanto...

- Será que alguém pode me explicar que engarrafamento estapafúrdio é esse, nesse horário? – o transito estava em nó de marinheiro. Para piorar, um motoqueiro maluco chuta o meu retrovisor que foi parar a metros de distância de seu local original.

Fiquei olhando para o ocorrido catatonicamente.

- Milo, você viu o que aconteceu, ou isso é só um sonho mau?

Ele não falou nada. Saiu do carro, pegou o retrovisor, guardou no porta-luva.

- Vamos voltar para casa agora, Camus.

- E minha obra, como fica. Sabe que não posso deixar de verificar o andamento das coisas.

- Use as câmeras de segurança e veja o andamento pela internet, mas se você pensa que te deixarei pisar em um canteiro de obras hoje, está muito enganado. E pode ir passando este volante pra cá!

Quando íamos trocar de lugar, o semáforo(1) abriu, um maluco arrancou com o carro e minha traseira foi para o espaço. Milo, que já estaca sem o cinto de segurança, por conta da mudança de lugar, foi arremessado em direção ao pára-brisa, bateu com a cabeça no vidro e desmaiou instantaneamente. Entrei em pânico! Sai do carro gritando, desnorteado, sem saber o que fazer, sem ao menos me lembrar que tinha um celular no bolso e poderia acionar o socorro.

Alguns transeuntes que viram o ocorrido chamaram a ambulância e a polícia, além de tentarem me acalmar. Eu estava em choque.

- Eu o matei. Ele morreu por minha culpa. Era eu que devia estar no lugar dele. Por que insisti em dirigir?

Eu não falava coisa com coisa. Quando a ambulância chegou, os paramédicos que o socorreram perguntaram se havia algum parente, amigo ou conhecido dele por perto. Eu me apresentei.

- Sou o marido dele.

Vi que me olharam atravessado, meio estranho, mas sinceramente, estava pouco me importando com o que pudessem pensar, achar ou imaginar. Os médicos rapidamente se recuperaram do choque da minha revelação. Não que o fato em si fosse chocante, existem muitos casais homossexuais por ai, mas a forma como eu falei e o estado em que eu me encontrava e principalmente pelo fato de nenhum de nós dois termos o estereotipo gay é que choca.

Vou fazer um aparte aqui para falar um pouco da gente. Somos relativamente novos, estamos na faixa dos trinta. Ele, loiro, cabelos longos e cacheados, alto, moreno, olhos azuis como o céu de verão, corpo definido com horas de academia, sorriso franco, risada fácil. Alegre, gentil, bem humorado (tirando o momento pré-cafeína matutino) e extremamente másculo. Eu, ruivo, cabelos também longos mas lisos, também alto (apesar de um pouco mais baixo que ele), branco, corpo definido por acompanhá-lo a academia, sério, muitas vezes até taciturno, centrado e também muito másculo. Não somos em nada afeminados. Quem nos vê separados, ou até mesmo juntos e não nos conheça dificilmente adivinhará ou acreditará que somos casados um com o outro... mas voltando ao assunto anterior...

O médico mais novo rapidamente recolocou a máscara profissional e virou-se para mim.

- Sr...

- Camus.

- Seu marido está bem, só vai ter uma enorme dor de cabeça, mas de qualquer forma, gostaríamos de levá-lo ao hospital para uns exames, apenas por precaução.

- Lógico!

- O sr. tem...

- Todos os documentos dele, inclusive os do plano de saúde estão em sua pasta, vou pegar...

Procuro por todo o carro e a pasta de Milo não estava... Ele provavelmente a deixara em casa. Algumas pragas baixinhas depois...

- Precisarei ir buscar seus documentos. Ele os deixou em casa. Moramos a poucos quarteirões daqui, pode levar para o pronto-socorro mais próximo que estarei lá em poucos minutos.

- Não tem problemas, senhor, poderia deixar conosco seus telefones para algum contato que porventura se faça necessário?

Estendo meu cartão mecanicamente ao médico, vejo colocarem um Milo ainda desacordado na ambulância parado como um pateta. De repente como por estalo, olho para meu carro, semi destruído e sem condições de trafegar. Os policiais já chegavam. Me aproximei de um deles.

- Senhor, é preciso que providencie o reboque para tirar seu veículo daqui, mas antes temos que periciar o local e ele não poderá ser mexido. Pedimos que não se afaste enquanto a perícia não for feita.

- Infelizmente não posso ficar aqui. Meu marido se feriu no acidente, acabou de ser levado para o hospital e preciso pegar os documentos dele e ver como ele está.

- Mas senhor...

- O senhor não ouviu o que eu disse? – estendi a ele meu cartão – aqui está o telefone de meu celular, caso precisem, por algum motivo falar comigo, basta me ligar. Obrigado por sua gentileza.

O oficial ficou pasmado com meu cartão na mão enquanto eu saia correndo e entrava no primeiro táxi em direção a minha residência. Rapidamente localizei a pasta de Milo com todos os seus documentos e fui para pronto-socorro. No meio do caminho, o telefone de Milo, que estava em meu bolso toca...

- Maninho, preciso falar com você urgente, será que podia...

- Pode ir parando Miro, é Camus que está falando.

- Passa pro Milo aí, por favor.

- Não posso.

- Como assim. Cadê o meu irmão, Camus?

- Sofremos um acidente agora de manhã e seu irmão está no hospital, estou me dirigindo para o pronto-socorro agora.

- Acidente! Ele está bem, você está bem?

- Obrigado por sua preocupação, eu estou ótimo, mas seu irmão bateu com a cabeça no pára-brisa. O médico que o atendeu, disse que não teria maiores danos além de uma bela dor de cabeça, mas achou melhor levá-lo ao hospital para exames de rotina.

- Entendo. Mas de qualquer forma estarei indo pra lá.

- Tudo bem. É o pronto-socorro próximo a nossa casa.

- Sei qual é.

A presença de Miro seria de alguma ajuda. Ele de vez em quando era chato de dar dó, mas era prestativo e gostava de verdade do irmão. Poucos minutos depois de mim, enquanto ainda estava lidando com os trâmites burocráticos, Miro chega.

- Como ele está de verdade.

- Está bem, mas como ficou muito tempo desacordado os médicos acharam melhor deixá-lo até que os resultados dos exames fiquem prontos, em observação.

- Você já falou com ele?

- Já, mas não te aconselho a falar com ele não. Conhece seu irmão de mau-humor? Ele está um pouquinho pior... Por pouco não jogou o carrinho de soro na minha cabeça.

- Deus me livre. É melhor nem chegar perto dele. Posso ajudá-los com alguma coisa?

- Será que você poderia providenciar para mim o reboque de meu carro? Ainda está largado no local do acidente.

- Sem problemas, deixa comigo. Me dê os documentos do carro e do seguro e o resto pode deixar que me viro.

- Muito obrigado, Miro.

- Vocês merecem, depois te ligo, se tudo estiver bem, de noite passo na casa de vocês para vê-lo.

Entrego os documentos que Miro pedira e volto para o quarto de Milo. Ele já estava mais calmo, mas ainda enfezado.

- Minha cabeça está em frangalhos... Mas dizem que casamento é isso... Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza... mas ninguém me avisou que no azar também!

- Eu não estou azarado!

- Não?

Meu telefone toca...

- Camus, sou eu, Miro.

- Fala Miro, tudo certo?

- Mais ou menos...

- Como assim, mais ou menos? – levantei uma sobrancelha já esperando a bomba que estava por vir.

- Seu seguro venceu ontem e você não fez a vistoria de renovação...

- P$$, C$$#, M$$#, Você está de sacanagem comigo, não?

- Não. Mas de qualquer forma, já reboquei o carro para sua casa. Conversei com inspetor que notificou o acidente, que por acaso fez faculdade comigo, e o outro condutor foi realmente considerado culpado pelo acidente, o seguro dele já foi acionado, porém o conserto do seu carro vai demorar um pouco mais e não vai cobrir o retrovisor não.

- Não tem problemas... o retrovisor foi uma outra história... Obrigado mesmo por ter conseguido resolver o problema, não sei se eu teria conseguido. Quanto te devo pelo reboque?

- Deixa pra lá... depois você me paga uma cerveja... E meu maninho, como está? Deixa eu falar com ele...

Estendi o telefone para Milo avisando que era o irmão. Eles conversaram brevemente.

- Até que enfim meu irmão serviu para alguma coisa além de atazanar a minha paciência...

Antes mesmo que eu respondesse, o telefone toca novamente. Vejo que era da obra.

- Camus falando.

- Sr. Camus, estamos dentro do cronograma, porém o fornecedor de tijolos só mandou quatro caminhões dois oito pedidos, estamos sem tijolos para subir as paredes do terceiro andar. O que fazemos? O sr. não virá aqui hoje?

Coloquei a mão na testa. Era só o que me faltava... De repente senti o mundo girar e só me lembro de ter ouvido Milo gritar pela enfermeira. Acordei um tempo depois já na cama ao lado de Milo, com soro no braço e ele do meu lado.

- Camus, que susto que me deu. Está se sentindo melhor?

- Estou... o que aconteceu?

- Você teve um treco.

- Treco?

- Bom... os médicos chamaram de hipertensão nervosa. Mais um pouquinho era um AVC... eu chamo de treco.

- Acho que prefiro treco.

- E a obra, os tijolos...

- Esquece obra, esquece tijolos... já está tudo resolvido...

- Como assim, resolvido? – perguntei desconfiado.

- Bom, depois que você foi socorrido, eu quase fiz o seu capataz ter outro treco do outro lado da linha, liguei para seu sócio e avisei que você estava doente e que havia problemas urgentes na sua obra que precisavam ser resolvidos. Ele resolveu os problemas depois ligou avisando que já estava tudo bem e que você está intimado a tirar um semana de férias e que, quem ligar para seus telefones, estará sumariamente demitido.

- Vocês são loucos...

- Ele eu não sei, mas eu sou louco por você. Não deixaria que nada de mal te acontecesse.

- Vamos para casa?

- Segundo os médicos... só daqui a dois dias se você permanecer calmo e estável...

- Então foi um treco dos grandes?

- Dessa vez foi, Camus, não ouse fazer isso comigo novamente. Agora durma. E isso é uma ordem.

Fechei os olhos e adormeci. Apesar de tudo, eu estava feliz. Ele estava a meu lado.