Charles Gein andava de um lado para o outro em uma sala bastante escura, que lembrava as masmorras de castelos. Ele murmurava palavras desconexas e olhava em um caldeirão. De repente gritou alto e o caldeirão voou longe, batendo em uma parede perto da porta de entrada da sala. Uma mulher entrou segundos depois, e olhando para o caldeirão no chão perguntou:
- O que ouve dessa vez? - ela tinha um tom indiferente, assim como sua expressão.
- Aconteceu o que eu temia... - ele anunciou. - Eu sabia que eles estavam armando alguma coisa... - ele estava escorado em uma mesa, com a respiração descompassada e olhando alguns papéis.
- Anunciou o que? - ela se aproximou dele, tocando suas costas, como se quisesse acalma-lo.
- Ele anunciou seus herdeiros, agora os herdeiros do trono são Melissa Rotta e Gabriel Prince, não é só a garota como antes... - ele virou para a mulher e segurou os ombros dela com força, fazendo-a reclamar de dor. - Porque você não me avisou dessa reunião?
- Eu avisei! - falou ela se afastando no momento em que ele soltou seus ombros. - Você sabia da reunião...
- Sim, mas você não me disse qual era o objetivo da reunião!
- E como eu iria saber disso? Você sabe que não confiam mais em mim como antes... - ela enrolava o cabelo com a mão, olhando para o teto.
- Agora eu vou ter que convencer a garota a assinar um papel dizendo que seu marido sou eu ao invés de só toma-la para mim, isso complica tudo...
- Não deve ser tão difícil, é só mais um obstáculo, devemos começar a trabalhar em uma poção ou feitiço para controlar as pessoas... - falou ela mexendo em algumas folhas, pegando alguns livros e começando a fazer anotações.
- Nós não podemos, - falou depois de alguns segundos. - você não se lembra do que aquela garota falou? Que ela nos fez para sermos derrotados, não temos poderes tão fortes assim, nosso conhecimento e nosso poder são muito restritos.
- Ela falou isso, mas ainda assim vencemos eles a muito tempo...
- Sim, mas não podemos matá-los...
Gina estava sentada em seu quarto, tomara café da manhã a apenas alguns minutos, mas não pudera ficar com Draco, como normalmente, recebera ordens de ficar ali. Não entendia, não havia ninguém ali, então porque ela tinha que estar?
Ouviu um barulho na porta e se levantou olhando para ela, entraram cinco pessoas em seu quarto. Joseph entrou na frente de todos e veio logo dar um beijo e um abraço em Gina, então falou com um grande sorriso no rosto.
- Você está magnífica! - colocou as mãos na cintura e falou em seguida. - Parece mais saudável, será efeito de ter aquele lindo noivo?
Gina riu junto com ele e então perguntou.
- Então, o que o senhor faz por aqui hoje?
- Senhor não queridinha... - ele a levara para frente de um espelho e agora mexia em seu cabelo como que procurando um modo de arruma-los. - E eu vim aqui para trabalhar em seu vestido de noiva, não é óbvio?
Seu queixo caiu um pouco, tinha esquecido completamente que iria se casar tão logo, estava tão entretida com a descoberta de um Draco Malfoy humano que se distraíra do objetivo do livro, sentiu um frio na barriga, se aproximavam cada vez mais do momento em que o livro fora interrompido será que ela descobriria o que tinha acontecido com Noah e seu amado? Rezou para que nada de ruim acontecesse.
Passaram a manhã simplesmente discutindo modelos, e Gina sabia muito bem que tinha uma longa tarde pela frente, então se sentou com calma na mesa para almoçar, Draco também estava lá, será que também passara a manhã falando sobre sua roupa para o casamento? Será que passaria a tarde toda fazendo isso também? Duvidava muito, homens com certeza não passavam o dia discutindo sobre isso, deixavam esse tipo de coisa para mulheres. Quando se levantou Draco se levantou também, sem falar nenhuma palavra, e voltou a se sentar quando ela saiu da sala, sentiu os olhos dele nela até que virou em um corredor.
À noite deitou-se em sua cama sem nenhum sono, sabia o que lhe aguardava no outro dia, mais discussões sobre roupas e enfeites, decididamente não havia sido feita para aquilo, sentira-se entediada durante todo o dia. Depois de meia hora virando na cama decidiu se levantar daria uma volta pela casa, isso com certeza a deixaria cansada o suficiente para conseguir dormir.
Já andava a tanto tempo que nem sabia, já saltitara pelas escadas, mexera em fotos de família, cantara baixinho musicas que inventava na hora, mas nada parecia fazer com que o sono chegasse. Decidiu andar até a cozinha, talvez um leite quente a ajudasse, mas ao se aproximar da cozinha pode ouvir a conversa de algumas criadas, estava virando para ir embora quando ouviu seu nome sendo pronunciado e decidiu ficar, a curiosidade vencera mais uma vez a batalha com o que é certo.
- Eu gosto da garota, ela parece simples, os dois trouxeram vida para essa casa...
- Eu sei, mas isso só faz com que eu fique mais receosa, eu não acho que a Madame vá agüentar outra perda, e você sabe como Gein é esperto, eles não vão durar nem dois segundos nas mãos dele.
- Eu não concordo, eu acho que dessa vez eles vão conseguir acabar o livro, com alguma sorte tudo vai acabar mais do que bem... Eu tenho fé dessa vez...
- Eu não sei... Eu não sei se consigo ter esperança mais uma vez, você lembra como eles ficaram arrasados da outra vez? Se acontecer de novo o reino todo vai perder a esperança, e ai você já viu...
- Não seja assim pessimista! Estão tomando todas as precauções para que tudo de certo, e eles não precisam de gente agourando, então vamos simplesmente pensar no melhor!
- É fácil pra você dizer, não foi você que viu como ela ficou... Não foi você que ouviu ele falando...
Gina virou as costas e saiu de lá com o passo apertado, o que tinha acontecido de tão horrível naquele lugar? Onde estava Noah? Será que ela não era a primeira depois dela, se fosse assim onde estavam todas? Correu por inúmeros corredores e acabou em frente a porta de um quarto que não era o seu, fechou os olhos e respirou fundo, sabia que ele conseguiria acalma-la, mas não sabia se deveria entrar ali, um som vindo do fim do corredor fez com que ela entrasse no quarto imediatamente, com medo de ser pega fora da cama, reflexos de Hogwarts.
Andou devagar até a cama e pode ver ele dormindo, parecia estar em tanta paz que quase desistiu de acordá-lo, seus olhos estavam cheios de lágrimas e sua mente não parava de criar coisas terríveis que podiam acontecer, logo se viu sentada na ponta da cama, tocando o braço dele e soluçando baixinho.
Draco se mexeu na cama e Gina cobriu a boca com a mão, para que os soluços não escapassem mais, o garoto abriu os olhos e imediatamente sentou-se na cama.
- Tudo bem Gi? - estendeu a mão e tocou o rosto dela suavemente, sentiu uma lágrima e limpou-a, abraçando a garota em seguida.
- Desculpe Draco, eu não queria te acordar, mas eu fiquei tão nervosa, e eu não sabia pra onde ir... - ela o abraçava com força, com o rosto colado no pescoço dele.
- Tudo bem, tudo bem, calma...
Ela se afastou um pouco dele e encarou aqueles olhos, que pareciam estranhamente preocupados naquele momento.
- Draco, eu li o livro e ainda assim eu não tenho idéia do que pode acontecer comigo, com você, eu só sei que algo terrível já aconteceu, e que as pessoas estão com medo que aconteça de novo.
Ele voltou a abraça-la e sussurrou em seu ouvido.
- Eu tenho certeza que tudo vai dar certo, não se preocupe com isso...
- Mas eu tenho medo, tenho medo de jamais sair daqui, eu tenho medo de morrer, eu tenho medo de te perder...
- Olhe pra mim, - ele encarou ela, que chorava mais do que antes. - nós dois entramos nessa coisa juntos, e nós vamos sair dessa, contanto que nós fiquemos juntos. E não se preocupe, nada nem ninguém vai tirar você de mim.
Ela sorriu pela primeira vez naquela noite, então ela se deitou junto com ele, simplesmente com a cabeça apoiada no peito dele, enquanto ele mexia em seu cabelo. Algo nesse gesto dele dizia que tudo ficaria bem, e ela acreditou, porque simplesmente sentia que podia confiar nele como jamais confiara em ninguém em sua vida.
Draco ficou simplesmente mexendo no cabelo dela, e sentiu a respiração dela ficar lenta enquanto ela pegava no sono. Só naquele momento percebeu no que havia se metido, fechou os olhos tentando achar algum motivo plausível para tudo o que havia dito naquela noite, tinha sido mais do que convivência ou se sentir vivo novamente, não entendia exatamente o que era, mas sabia que jamais dissera nada assim pra ninguém. Aquele lugar vinha o enlouquecendo, isso era verdade, mas só porque ele deixara que a magia que estava ali entrasse nele e fizesse o que quisesse, por ser a única saída, não entendia daquele jogo que vinha jogando, por isso se deixara ser tomado por tudo aquilo. Ainda acariciava o cabelo dela quando admitiu que aquilo estava indo longe de mais, estava virando outra pessoa ali dentro, e, apesar de adorar essa pessoa, não podia ser assim.
Pegou no sono com esses pensamentos tomando conta de sua mente, e só acordou ao amanhecer, com um "nó" no cérebro e um vazio no peito.
Gina acordara no meio da noite, sentindo-se muito mais calma, então decidira ir para seu quarto, sabia que Miranda lhe passaria um sermão se não estivesse em sua cama quando fossem acorda-la e poderia causar pânico desnecessário, então estava agora em sua cama, adormecendo suavemente, pensando nas palavras dele.
Na manhã seguinte foi acordada por vozes altas que entravam no quarto, e quando abriu os olhos viu Joseph Simon a olhando, como se dissesse "Por que você ainda não está acordada se o sol já nasceu?", a garota o ignorou e virou para o outro lado, cobrindo a cabeça com o cobertor.
- Vamos acordando docinho! - ele batia palmas e abria as cortinas enquanto falava. - Vamos lá!
Gina sentiu sua coberta ser arrancada da cama e abriu os olhos, tentando se acostumar com a claridade.
- Que horas são?
- Seis e meia! O sol nasceu e o dia está lindo, então é melhor que você se levante porque eu tenho um importante comunicado a fazer.
Gina se levantou como um zumbi, andou até a bacia de água em cima da cômoda e lavou seu rosto com a água fria, quando se virou já estava um pouco mais acordada, então sentou na cama e perguntou:
- Que importante comunicado é esse que você tem a fazer que não pode esperar nem mesmo que eu acordasse?
- Bom, ontem á noite sua mãe me mandou uma coruja urgente me informando que o nosso amado rei decidiu fazer um baile de última hora, e a senhorita precisaria de um vestido!
Ela colocou a mão na frente da boca para esconder um bocejo e então voltou a falar.
- Baile? Mas ninguém havia falado nada disso, quando vai ser?
- Em uma semana! - ele parecia horrorizado. - É um baile relâmpago, aparentemente até mesmo os organizadores das festas reais estão espantados, foi uma decisão de última hora...
- E qual o motivo do baile? - ela já estava mais acordada e começava a mostrar algum interesse no assunto.
- A inauguração do novo labirinto da cidade e o anúncio dos herdeiros da coroa.
- Anúncio dos herdeiros? E quanto aos filhos do rei?
- Você não sabe? - ele olhou para Gina como se ela fosse um ET. - O rei nunca teve filhos, e agora parece que ele finalmente escolheu os herdeiros, graças a Merlin se você quer saber minha opinião, porque a guerra pelo lugar seria inevitável se ele morresse sem ter nomeado alguém.
- Mas ele está doente ou algo assim? - Gina não lembrava de nada no livro que fizesse referencia a tal baile, muito mais tão próximo de seu casamento.
- Não! - ele ainda tinha aquele olhar de "você tem certeza que é desse planeta?" quando voltou a falar. - Mas você deve saber que os herdeiros são você e o bonitão, certo?
- Como? - o queixo dela caiu, isso com certeza não havia sido mencionado no livro. - Eu e o Draco? Você tem certeza?
- É claro que tenho! Até mesmo você deveria saber disso!
Duas mulheres entraram no quarto carregando pacotes que Gina sabia continham algum tecido, então o dia começou mesmo.
Joseph estendeu a mão e uma das mulheres lhe entregou uma pasta, que ele abriu com uma batida da varinha.
- Eu passei a noite trabalhando em alguns vestidos, e nós precisamos decidir agora pela manhã, para que possamos começar o trabalho essa tarde.
Ele começou a espalhar desenhos pela cama, um mais lindo do que o outro, de todas as cores e estilos, alguns ele olhava e exclamava coisas como "Onde eu estava com a cabeça" ou "Eu deveria perder meu posto só por ter desenhado uma coisa tão horrível", mas na opinião de Gina eram todos lindos.
Ao meio dia tinham mais ou menos uma idéia do vestido, então Joseph foi embora, trabalhar noite e dia para poder entregar o vestido acabado no dia do baile.
Além do reino de Félix Goldstein, numa terra infértil, onde as chuvas eram escassas um grito pode ser ouvido por todos que moravam perto do castelo abandonado, onde morava Charles Gein, logo na primeira hora da manhã, isso não era um bom agouro e logo as ruas estavam vazias, todos estavam em silencio, em suas casas, abraçados as suas famílias, ninguém se arriscaria a sair de casa naquele dia.
- Pare com isso! - a mulher gritava para que sua voz pudesse ser ouvida acima dos estrondos que os móveis faziam quando eram arremessados longe.
Ele segurou o rosto da mulher com força e jogou-a longe.
- Eles estão complicando a minha vida! Até parece que você não entende. - ele caminhou até ela, que se encolheu de medo, então tocou levemente seu rosto, como se nada tivesse acontecido. - Você sempre foi a única que me entendeu, você sabe disso, não sabe?
- Sei. - ela falava em um sussurro, ainda encolhida de medo do homem.
- Não precisa ter medo, - ele agora sorria para ela. - nós temos muito o que fazer antes desse baile. Para começar conseguir roupas para entrar lá. Vá falar com a costureira, mande que ela faça roupas para nós dois, e eu quero roupas dignas!
A mulher saiu correndo com medo que ele se zangasse novamente, não tinha idéia do que ele pretendia, mas tinha certeza de que não era nada de bom.
Sábado chegou rápido e Gina se viu enfrentando mais um dia de preparações para um grande baile. A festa aconteceria no parque da cidade, onde ficava o labirinto a ser inaugurado, e a garota podia ouvir de seu quarto as pessoas fazendo os últimos preparativos, todos um pouco ansiosos, tanto por não entenderem a decisão de fazer o baile tão cedo quanto pelo anuncio dos herdeiros do rei, apesar da maioria já ter uma boa idéia de quem seriam.
A garota andava de um lado para o outro, não faltava muito tempo para ter que sair de casa, e já estava quase pronta, a não ser por um pequeno detalhe, Joseph ainda não trouxera seu vestido, por isso de tanto nervosismo.
Estava com o cabelo preso em um coque e seu cabelo estava cheio de pequenas pedras de brilhantes, sua maquiagem era leve e ela usava brincos de diamante.
Segurava sua mão para que ela não fosse até sua boca, Miranda parecia mais nervosa que ela, olhando toda hora para a porta e mexendo o pé incansavelmente. Caminhou até a janela e sentiu um aperto no coração, tinha algo estranho naquilo, aquele baile não deveria estar ali, nada disso deveria acontecer antes do casamento. Parecia realmente que eles estavam querendo apressar as coisas, o porque exatamente ela não tinha idéia.
Uma batida forte na porta a despertou de seus devaneios, um segundo depois duas das assistentes de Joseph entraram trazendo uma grande caixa branca, que foi deixada em cima da cama. Correu até lá enquanto elas saiam do quarto, mal podia esperar para ver seu vestido. Vestiu-se em poucos minutos então correu para se olhar no espelho.
O vestido era verde e tinha um pouco mais de decote do que seu vestido de noivado e era feito de um tecido que ela não conhecia, tinha um brilho diferente, nada que chamasse muita atenção, mas também não deixaria que ela passasse despercebida. Sorriu e saiu do quarto, se encaminhando para a sala, onde seus pais e seu noivo já a aguardavam.
NO MUNDO REAL
Dumbledore examinava o livro, já vira aquela história acontecer três vezes, e ela nunca acabava bem, na verdade nunca realmente acabava, esse era o problema. Mas daquela vez tinha um bom pressentimento, algo lhe dizia que dessa vez eles conseguiriam sair, que dessa vez tudo daria certo.
Talvez fosse a idade finalmente se manifestando, mas notava algo de diferente dos outros livros e até do começo desse, uma energia poderosíssima era emanada do livro, algo extraordinário, algo que ele jamais sentira. Pensava e pensava, mas simplesmente não conseguia entender o que era aquilo, talvez fosse o livro se revoltando contra todos os problemas que o impediam de ser terminado, era uma teoria bastante plausível, mas algo lhe dizia que não era aquilo. Seu coração dizia que dessa vez era o destino, que colocava todas suas forças para que não fosse mudado, que se dedicava completamente aquele casal tão improvável para que eles pudessem seguir com suas vidas depois daquilo.
Sorriu para o nada quando pensou nisso, talvez fosse isso mesmo, talvez eles estivessem destinados um ao outro, mas precisaram daquela prova de fogo para entender, para aceitar.
Foi tirado de seus pensamentos por uma batida na porta, Severo Snape entrou em seguida, e com passos cautelosos se aproximou do diretor.
- Senhor, desculpe interromper, mas o Ministro está aqui e deseja falar com o senhor.
Dumbledore olhou para o Mestre de Poções com uma expressão interrogativa e então respondeu.
- Diga a ele que me espere em minha sala, eu vou em um minuto.
- Muito bem senhor.
Olhou o livro mais uma vez ainda sentindo sua força e então o fechou, guardando em uma gaveta da mesa da bibliotecária, que estava em seus aposentos descansando, exatamente o que Dumbledore mais ansiava fazer.
Chegou em sua sala e viu que Fudge já o esperava, sentado em uma cadeira, mexendo nervosamente em seu chapéu coco.
- Cornélio! - o outro se virou e se pôs de pé cumprimentando o diretor, ele olhou o relógio e Dumbledore pode ver que ele estava com pressa. - A que devo essa visita tão inesperada?
- Negócios Alvo, negócios... Primeiramente me desculpe por aparecer tão tarde, foi meu único horário livre durante o dia todo...
- Tudo bem, não se preocupe. - ele estendeu a mão para que o outro voltasse a se sentar e ele mesmo se acomodou em sua cadeira. - Então, que tipo de negócios trazem a Hogwarts o Ministro da Magia em pessoa?
Ele olhou para Dumbledore e pareceu cansado, então abriu uma pasta que estava a seu lado e começou a mexer em uns papeis, depois de alguns segundos ele retirou uma folha de pergaminho bastante amarelado e estendeu-a a Dumbledore.
- Eu estava mexendo em alguns papéis em minha mesa, tentando achar um documento que aparentemente não quer ser encontrado quando eu vi isso, eu não reconheci a primeira vista, mas depois de ler as primeiras palavras minha memória voltou como num jato. - ele passou a mão no cabelo nervosamente. - Se meus cálculos estão corretos, baseado no intervalo das outras vezes, já deve estar para acontecer novamente, e nesse momento eu não vejo como nós vamos conseguir lidar com isso.
- Nossa, eu mesmo tinha esquecido disso... - ele olhou para Fudge por cima de seus óculos de meia lua e falou. - Mas eu sinto em dizer que seus cálculos estão só um pouco equivocados, já aconteceu.
- Como assim? - agora a voz dele era de puro pânico. - Você está me dizendo que isso aconteceu novamente e você não me falou nada?
- Eu sinto muito Cornélio, sinto mesmo... Eu simplesmente achei melhor não envolver muita gente dessa vez, exatamente pelo momento que nós nos encontramos.
O outro respirou fundo algumas vezes e então voltou a encarar o outro, via a preocupação dele por trás dos óculos e só naquele momento notara as fundas olheiras abaixo dos olhos dele.
- Então, o que faremos? - sua voz era carregada, e ele parecia prestes a cair no choro.
- Nada, não há nada a ser feito, você sabe disso tão bem quanto eu. - ele olhou ao redor e depois olhou novamente para o Ministro. - Sem querer parecer rude, eu peço que você vá, nós dois precisamos de uma boa noite de sono, disso eu tenho certeza.
- É, você tem razão. - ele se levantou e o diretor também, apertaram as mão e o outro já se encaminhava para a saída quando pareceu se lembrar de algo e virou para encarar Dumbledore, perguntando. - Quem foram dessa vez?
- Draco Malfoy e Ginevra Weasley.
O Ministro pareceu mais cansado do que nunca, e então, o mais rápido que conseguiu, desapareceu atrás da porta de carvalho que levava a sala do diretor.
Dumbledore passou as mãos no rosto e foi em direção a uma porta nos fundos da sala, precisava urgentemente de um banho e uma boa cama.
Largado em cima da mesa ficou uma folha, que parecia ter sido arrancada de um livro, nela estavam escritas poucas palavras, mas essas poucas palavras tinham sido o suficiente para selar o destino de duas pessoas.
"Para sempre iguais, para sempre presos, congelados nas masmorras de um castelo abandonado estarão apaixonados para sempre, ainda que seus corações estejam muito gelados para sentir.
Os próximos virão, e jamais sairão, pensamentos positivos não vão ajudar esse amor infinito fadado a matar"
N/A: Um milhão de desculpas, como sempre, pela demora. Eu tive um pequeno bloqueio, nada muito sério, nada para se preocupar.
E então o que vocês acharam do capítulo? A pergunta volta com toda a força, agora com um pouco mais de respostas, se vocês prestarem atenção nos detalhes.
Charlen Gein, o nosso vilão implacável, é uma pessoa muito simpática, vocês não acham?
O nome dele vem do nome de dois Serial Killers, Charles Manson e Ed Gein, eu achei que ele tinha que ser bem mal e o nome tinha que ser de pessoas más também!
Eu queria agradecer a Franinha Malfoy, mione03, Sandy Mione, Thaysa, Ane Malfoy, Mione G. Potter RJ, Musa K. Malfoy e Laura pelas reviews, muito obrigada mesmo!
Beijos e até o próximo capítulo!
