Disclaimer: Nada é meu, tudo é da J.K. Rowling.
Esta fic é Harry/Draco – Slash – estejam avisados!
Capítulo Cinco
Sin Ti Ya No
Tú como la cal,
Que húmeda es mortal
Tú blanqueas mi razón
Calando hasta el colchón.
-- Mecano
- Hermione, não tem como eu ir vestido assim a uma boate cheia de gente que me conhece – disse Harry incrédulo, olhando-se de cima a baixo no espelho. Hermione apenas riu. Tinha sido muito convincente e de algum modo tinha conseguido que Harry prova-se as roupas que ela escolheu.
Suas únicas calças negras tinham sido vítimas de um feitiço redutor, feito por Hermione. Ficou muito bem nele, não podia negar, mas estava muito incomodo. Em cima tinha uma camisa negra simples de um pano muito suave, e por cima tinha vestido o que mais lhe preocupava: Uma jaqueta de couro mais vermelha que Harry já tinha visto em seus 17 anos. Ainda assim, estava muito bem. Apesar de não conseguir domesticar seus cabelos, Harry não estava longe de pensar que sua aparência era mais que agradável.
- Vamos Harry, chegaremos tarde – disse Hermione com um grande sorriso. Ela e Ron puxaram Harry quase arrastado para a saída.
A boate "Anima Aquosa" desprendia odor a cigarro e música a todo volume que desorientou Harry quando entrou. Era subterrâneo e a decoração havia sido baseada na Caverna das quedas. A pista de dança era na realidade um pequeno lago com algum tipo de feitiço e em vez de mesas havia cubículos cavernosos, aonde mais de um casal já estava aproveitando a privacidade dísponivel.
Harry foi até o bar e pediu uma bebida gasosa sem gelo, já que não vendiam licor. Apoiou suas costas no bar e observou as pessoas dançando. Blaise Sabini e Parvarti estavam movimentando a pista com seus movimentos, e um grupo de pessoas já começava a rodeá-los. Harry sorriu ao ver a tentativa frustrada de Ron em tentar dançar com Hermione antes de tirá-la da pista. Harry divertiu-se ao ver que Hermione seguiu seu jogo e os dois criaram alguns passos bastante originais. Harry uniu-se a eles quando seus amigos fizeram-lhe sinais. Hermione então surpreendeu-se ao ver que Harry dançava bem, e fez Harry avermelhar-se dizendo-lhe a cada dez minutos.
Foi então que o viu. As luzes se acenderam, o volume da música diminuiu consideravelmente, e o lugar encheu-se de seu perfume. Malfoy cruzou seu olhar com o de Harry enquanto ia até o bar, e meio segundo depois, como se tivesse se dado conta, virou-se de novo olhando Harry em cheio. Seus olhos piscaram, e registraram rapidamente Harry de cima a baixo. Seus lábios entreabriram-se, e Harry podia jurar que viu incredualidade em seus olhos. Cho fez sua aparição no momento menos apropriado, pegando o pulso de Malfoy para não perdê-lo no meio das pessoas. O olhar de Malfoy se endureceu e este andou atrás de Cho.
Harry avisou seus amigos que estava indo ao banheiro, mas em vez disso, subiu alguns degraus até um dos cubículos. Já sentado fundiu sua cabeça em suas mãos apoiando os cotovelos sobre as pernas e tentou tranquilizar-se. O rápido encontro com Malfoy o tinha deixado em um estado preocupante. Sentia-se sem ar e seu coração batia a toda velocidade. Quando tudo tinha mudado? Harry abraçou seu estômago em uma tentativa de diminuir a dor aguda que aumentava rápidamente. Todas essas sensações eram novas, e não tinha certeza se gostava. Respirou fundo e decidiu atribuí-las a música que quase o ensurdecia, as luzes que o cegavam e ao odor de fumaça, suor e Malfoy. Parou e se esticou para aparecer por cima do muro rochoso, de onde podia se ver melhor. Malfoy estava com um sorriso falso, o que usava quando um professor falava com ele. Suas mãos na cintura de Cho fecharam-se lentamente, até formar punhos fortemente fechados. Harry viu como Malfoy se aproximou de Cho, cada vez mais, e ela fechou os olhos. Então Harry viu que uma mão firme segurou Draco pela gola da camisa e o separou de Cho com força. Demorou mais algum tempo para que Harry se desse conta que aquela mão era a sua, e que agora puxava Malfoy com força até chegar ao cubículo de antes.
Lançou malfoy contra a parede e empurrou sua mão contra o peito do menino – O que acha que está fazendo com a Cho? – gritou na cara de Malfoy, mas sua voz apenas foi ouvida sobre a música.
Malfoy tinha perdido a compostura e estava furioso. – O que eu faça ou não faça com ela não é da sua conta, Potter – respondeu com raiva estampada nos lábios e bochecha rosadas.
- Não vou permitir que machuque a Cho depois de tudo que ela passou, Malfoy, e não acho nem por um momento que você se importa com ela – disse no ouvido de Malfoy, para que só ele escuta-se.
Malfoy lhe deu um sorriso amargo. – não se faça de idiota, Potter, você e eu sabemos do que se trata na realidade.
Harry tirou suas mãos do peito de Malfoy confuso. – Aquilo foi um erro Malfoy, um estúpido erro que não vou cometer de novo, mesmo que minha vida dependa disso – disse Harry com intenção de que soasse convincente, mesmo que ele não acreditasse.
Malfoy abriu os olhos mais do que o normal e se aproximou com o olhar ardendo de fúria – É triste que eu saiba melhor o que você quer do que você mesmo.
Harry respondeu sem dúvidar – E suponho que você saiba exatamente o que quer, Malfoy.
O olhar de Malfoy se abriu por um segundo, e nele Harry leu mil sentimentos diferentes que mostravam sua confusão. Malfoy estava vulnerável ao descer seu olhar para uma de suas mãos. Subiu seu olhar até o de Harry, e o susteve enquanto levantava sua mão até o rosto de seu inimigo. Harry sentiu um dedo percorrer sua mandíbula pelo mesmo caminho pelo qual tinha sujado de tinta naquele dia inesquecível.
Harry fechou os olhos para embriagar-se dessa sensação elétrica que sentia da ponta do cabelo até os pés. Quando abriu os olhos Malfoy deslisou sua mão pelos seus cabelos até pousar sobre a nuca de Harry e o aproximou suavemente até que seus lábios roçassem a sua orelha.
- Sei exatamente o que quero – sussurrou com força sobre a música. Harry sentiu seu hálito percorrer suas costas e parar em seu peito; uma incrível sensação de calor que o enlouquecia. Malfoy separou-se de repente e olhou para Harry com uma fúria que era estranha sobre a luz do que acabava de acontecer. Malfoy fechou o punho, tomou impulso e golpeou Harry na mandíbula com tanta força que Harry viu estrelas. Caiu ao chão mergulhado em uma completa escuridão.
Draco&Harry
Harry despertou para se encontrar deitado em uma cama, sua cabeça apoiada em uma almofada muito branca. Tocou sua mandíbula mas não sentiu dor, devido certamente a alguma medicina mágica. Seus olhos se acostumaram a escuridão. Se sentou encostado na cama e piscando tentou reconhecer o lugar onde se encontrava. Era um quarto do hotel onde estavam hospedados, só que menor que o seu. Uma janela do lado de sua cama deixava entrar a luz azulada de um céu com uma lua cheia. Harry voltou seu olhar quanto viu um movimento do outro lado do quarto. Uma pessoa se levantou do sofá em um canto escuro, e aproximou-se até ele. Quando chegou até a janela Harry conseguiu distinguir, com medo, fúria e antecipação que era Malfoy.
- Está se sentindo melhor? – veio a voz arrastada de Malfoy.
Harry franziu a testa pela pergunta estranha que vinha da pessoa que o tinha feito sentir dor. A ignorou – O que aconteceu? – perguntou em vez de responder.
Malfoy sentou-se na janela. A luz da lua tingia sua face de azul; e seu cabelo deixou de ser loiro para se tornar prateado – Discutimos, te dei um soco, a Graham nos encontrou e nos mandou dormir – Malfoy sorriu divertido – Estamos no quarto dos alunos castigados.
Harry abriu a boca em indignação – Malfoy, eu não fiz nada, foi você o desgraçado que decidiu bater em mim sem nenhuma razão, e enquanto eu estava inconsciente, sem dúvida aproveitou para inventar a melhor mentir... – Malfoy aproximou-se de repente e sentou-se sobre seus joelhos, de frente para Harry. Pousou sues dedos sobre os lábios de Harry, indicando que se cala-se. Harry não podia sequer imaginar o que planejava Malfoy desta vez.
- Foi um plano engenhoso, não acha? – disse Malfoy com um sorriso maldoso.
Harry arregalou olhos em completa indignação. Malfoy tinha perdido o juizo e pensando que deixá-lo inconsciente tinha sido um favor. Tirou a mão de Malfoy de sua boca e pegou ar para começar a chingá-lo, quando de repente Malfoy acabou de se aproximar e lhe fechou os lábios com um beijo. Harry desligou-se do mundo por um instante, sem entender o que estava acontecendo. Quando Malfoy se separou Harry tinha perdido o ar e seu coração estava para sair do peito.
- Harry, se não se calar, nunca vai saber o que é exatamente o que quero – sussurou Malfoy com um sorriso limpo, desses que Harry sempre tinha guardado na memória,
Harry observou o rosto de Malfoy, normalmente cheio de segredos, mas que agora o olhava com curiosidade, e um pouco de antecipação. Harry tocou sua bochecha pela primeira vez, e sentiu-se flutuar. Malfoy inclinou sua cabeça sobre sua mão e fechou os olhos. Harry tomou ar e soltou com um suspiro. Malfoy olhou-o e lhe deu um pequeno sorriso.
Então algo diferente apoderou-se de Harry. Pegou a outra bochecha de Malfoy com sua segunda mão e aproximou esse rosto ao seu cuidadosamente, sentindo que se não o pegasse agora não poderia fazer nunca mais. Viu Malfoy olhá-lo com surpresa e desejo, e o beijou, com toda a raiva, angústia e a doçura que tinham se juntado em seu coração desde o dia em que Malfoy mudou o mundo que Harry conhecia. Beijou suas bochechas rosadas, seu nariz arrebitado, seus olhos de cílios claros e novamente seus lábios mornos. Malfoy respondia a cada um de seus beijos com um suspiro, um olhar entregue ou um beijo igual. Harry beijou sua orelha e lhe sussurrou com uma voz que não soava como a sua, agitada e sensual – Você é o que eu quero, Draco.
O efeito que tiveram essas palavras foi surpreendente, e emocionante. O olhar de Malfoy se escureceu de luxúria, empurrou Harry na cama e se deitou em cima dele, beijando seu pescoço e passando sua língua por sua mandíbula. Harry suspirou adivelmente e isso só aumentou a determinação com a que Malfoy estava beijando cada lugar que deixava-o completamente louco. As mãos de Harry deslizaram pelas costas de Malfoy, podia sentir a pele quente mesmo através da camisa colada que preservava suas curvas. Desceram parecendo que tinham vida própria até subir o monte firme e maravilhoso que era o traseiro de Malfoy, e o apertou com força para descarregar um pouco da energia que dominava seu corpo.
Malfoy gemeu seu nome, e Harry exitou-se tanto que não se reconheceu. Assustou-se. Tentou ordenar seus pensamentos novamente e pegou o rosto de Malfoy com firmeza.
- Malfoy – sussurou.
- Me chame de Draco – Pediu Malfoy com um sorriso difícil de recusar, e beijou Harry na boca.
- Draco, espera – disse Harry enquanto tentava se controlar e não cair de novo por esses beijos incríveis.
- O que foi? – perguntou Draco por fim.
- Por muito que me encanta beijá-lo – disse Harry dando-lhe um beijo como prova – Temos que conversar.
Malfoy lhe deu o sorriso mais encantador que Harry havia visto nele até esse dia – Mas claro, Harry. Falaremos tudo o que quiser... – disse com um brilho travesso em seus olhos – Quando eu canse de te beijar.
E então cumprindo com sua palavra, lhe deu o beijo mais intenso e apaixonado de todos. Harry não pôde fazer mais que render-se por completo nos braços de Draco Malfoy.
No próximo capítulo: Harry e Draco por fim se beijaram, muito bem, mas as mudanças, em suas vidas apenas começaram...
Nota da Autora: A roupa de harry na boate me baseei em uma foto do Daniel Radcliffe quando viajou em uma premere de HP no Japão. Mesmo que não acreditem, a jaqueta vermelha ficou ótima com a camisa negra, e não acredito que haja foto que favoreça mais ao menino. Tem que se difundir o bom gosto.
Nota da Tradutora: Ai...Ai...! Que vontade de estar no lugar do Harrizinho neste momento ai...ai...! apertar aqueles montes... meu sonho...! Ops! Indo para o assunto que me trouxe aqui, espero que todos vocês tenham gostado deste capítulo, mesmo que tenha Draco sadomasoquista, hehehe, espero contar com vocês no próximo capítulo, abraços a todos ( Se tiver alguém lendo é claro! ).
O próximo capítulo vai demorar um pouquinho, porque estou atolada de coisas pra fazer e não estou tendo muito tempo... mas podem ficar tranquilos não vai passar de duas semanas.
Anônimo: A autora e eu agradecemos; muito obrigada pelo elogio, deixou meu dia muito mais feliz, e mesmo você já tendo lido a história, dá uma passadinha aqui de vez enquando para aumentar a auto-estima da tradutora, hehehehe, beijinhos.
Pandora: Fico feliz por você ter gostado; e calma que aqui está o capítulo.
