Disclaimer: Nada é meu, tudo é da J.K.Rowling.

Esta fic é Harry/Draco – Slash – Estejam avisados.

Nota da Tradutora: Bom! me desculpem pela demora, mas aconteceu de tudo comigo, neste tempo, desde o computador que costumo escrever me trair e estragar, até meu cachorro comer meus óculos aconteceu! Hehehe, parece até história de aluno que não fez o dever de casa. Me desculpem se tiver alguns erros mas minha visão está meio desfocada no momento hehehe. Mas prometo que fiz o melhor que pude.

Ah! e para quem gostar da fic, deixe uma mensagensinha, pode ser só um "gostei " não tem problema, vou adorar do mesmo jeito. Isso me deixa mais animada a continuar e ser mais rápida com o capítulo.


Capítulo Seis

Me Fui Detrás De Ti

Pasabas por allí, no sé bien

Que vibró dentro de mi

Y sin pensar me fui detrás de ti

La luna en tu melena me ayudó a

Seguir tus pasos por la acera.

-- Mecano

Em seus sonhos Harry tinha recebido um soldadinho de brinquedo no natal e ele lhe havia concedido três desejos. Depois de ter pedido uma vassoura voadora nova e um grande sorvete de três sabores com chantilly e cobertura de chocolate; Harry estava preparando-se para fazer outro pedido, quando um passarinho começou a assoviar musiquinhas em sua orelha. Seus olhos abriram-se sonoletos para ver uma nuvem de formas indistinguíveis. Óculos, pensou em seguida, e esticou seu braço para apalpar sobre a sua mesa de cabeceira. Que estranho!, pensou quando sentiu a fria tampa da escrivaninha que estava vazia, e tentou se lembrar o que havia feito na noite passada, para ver se achava alguma pista de onde poderia tê-lo deixado. Seus pensamentos foram interrompidos mais uma vez pelo passarinho cantor, que desta vez não podia ser parte de um sonho. Virou-se para o lugar de onde provinha a melodia e viu a figura de uma pessoa de frente para a pia do banheiro. Era uma pessoa que parecia muito com... Malfoy? Malfoy! Uma enxurrada de lembranças começaram a fluir por sua mente, muitas bastante quentes, com certeza censuráveis para menores de idade, e todas tinham como protagonista um galã de cabelo loiro-quase-branco e nariz arrebitado, arrebitadíssimo.

- Seus óculos estão na gaveta da mesinha de cabeceira – disse Malfoy com voz divertida Harry abriu a gaveta com desconfiança (depois de tudo ele ainda era Malfoy), mas realmente encontrou seus óculos ali.

Enquanto limpava-os, ouviu novamento o assovio alegre, e quando conseguiu colocar os óculos, voltou a ver Malfoy e seu queixo caiu. Vestido somente com uma calça jeans, sem camisa, Malfoy estava de frente para o espelho segurando uma navalha de barbear, e enquanto sua mão livre acariciava seu pescoço para sentir a proximidade do corte, a outra dançava com graça ao rítmo da melodia que estava assoviando. Ver Malfoy em um momento tão comum e ao mesmo tempo tão intímo encheu o peito de Harry com uma sensação de bem-estar, e de ter voltado ao lar. Malfoy, no espaço de tempo que levava para piscar, tinha se convertido na coisa mais pessoal que Harry já tinha conhecido, cada nota que ele assoviava parecia sair de sua própria boca, cada movimento de seu pulso sentia como uma extenção de seu próprio corpo. Malfoy, não, Draco... Draco havia se convertido na coisa mais bonita que Harry já tinha conhecido.

Draco terminou seu ritual secando os fragmentos do creme de barbear com uma toalha. Consciente da platéia silênciosa que o admirava, olhou para Harry e apoiou-se sobre o marco da porta do banheiro. Indiscutivelmente dono da situação, e deu a Harry um sorriso encantador. Harry tragou saliva e se avermelhou, ao que Draco soltou uma risada limpa que parecia não poder evitar, e Harry rápidamente se escondeu até fazer uma bolinha em baixo do lençol. Se fosse por ele, ficaria ali todo o dia; preferívelmente do que ter que se comportar como um adolescente a cada vez que Draco fosse tão... mmm.

Uma abertura no lençol encheu de luz seu pequeno refúgio, e um pouco depois um olho cinza apareceu por ela. Harry resignou-se, e levantou o lençol para se levantar, mas Draco foi mais rápido e se deitou na cama junto dele. Draco apoiou o cotovelo sobre a almofada e inclinou sua cabeça sobre sua mão, obrigando Harry a avermelhar-se ainda mais. Harry ficou um pouco tonto ao ver as curvas que formavam os bíceps e o ombro de Draco e pela primeira vez observou seus lábios rosados a luz do dia e de tão perto. Draco parecia não poder conter o sorriso brincalhão que brincava em seus lábios, e aproximou-se um pouco mais, ao ver que Harry respondeu com um pulo, e começou a afundar-se de novo na segurança das cobertas. Mas Draco agiu e colocou sua mão sobre o ombro de Harry. Deslizou-a por suas costas até chegar a entrada que formava o fim da coluna e o começo de sua bunda. De repente aproximou Harry um pouco mais dele, até que estivessem a centímetros um do outro e, para surpresa de Harry, deteve-se alí. Harry sentiu arder o calor em suas bochechas, na garganta, em seu peito e em seu estômago. A espera o estava matando e cedo ia matar Draco também se ele não beijasse-o naquele momento. Mas Draco não cedeu, a leve cor rosada em suas bochechas era o único indício de que ele também estava afetado, talvez estivesse tão desesperado quanto Harry para beijá-lo. Com coragem renovada, Harry tentou aproximar-se. Bateram na porta. Draco saiu desesperado da cama e colocou a camisa azul celeste e seu casaco com mais eficiência do que Harry gostaria. Segundos depois a senhora Graham entrou no quarto.

- Senhor Malfoy, Senhor Potter – Graham comprimentou-os com um movimento de cabeça – espero que algum tempo sozinhos tenha ensinado a vocês a resolverem suas diferenças de outras maneiras do que com socos. – disse com uma expressão parecida com a que McGonagall utilizava naquele tipo de situação. Draco adotou uma expressão de total inocência e arrependimento.

- De fato, minha querida professora, descobrimos que a comunicação oral é muito mais satisfatória – respondeu Draco, e depois virou-se para olhar Harry e dar-lhe um sorriso irresistível. Piscou um olho – Não é verdade, Potter?

Harry notou com grande tristeza que no espelho em frente, seu rosto estava tão colorido que tinha ficado com uma tonalidade azulada – Sim – Harry tentou e falhou em dizer; saiu algo que soava mais parecido a pársel mal falado.

Graham olhou-os com desconfiança e continuou – em uma situação diferente, faria vocês limparem alguma sujeira desagradável no chão de alguma sala de aula, mas como estamos de férias, irei deixar o castigo para quando voltarmos a Hogwarts. Malfoy, já que está pronto pode me acompanhar ao café-da-manhã. Potter, troque-se imediatamente.

Draco tomou uma postura um poico cabisbaixa, mas rápido deu um sorriso encantador para Graham, e saiu pela porta, seguido por ela. Harry suspirou e entrou no banheiro para tomar banho.

Harry&Draco

O dia passou rápido. Esta mesma noite os alunos de Hogwarts iriam à festa de natal e despedida da viagem. Uma mistura de emoções era sentida no ar, e ninguém parecia poder ficar calado sobre o que aconteceria, como as luzes estariam, a música e a comida da festa. Na cabeça de harry flutuavam o mesmo tipo de perguntas, mas de uma natureza um pouco mais específica. Como Draco estaria, como iluminaria o salão com seu sorriso, como estaria sua voz e o que pensaria Draco depois de um dia sem estar com ele.

Hermione conseguiu enganá-lo mais uma vez a usar as roupas de sua escolha, mas desta vez Harry não queixou-se nem um pouco. Iria estar eternamente agradecido a Hermione por conseguir que Draco o notasse na outra noite na boate. Se Hermione pudesse fazer sua magia mais uma vez, Harry não se queixaria.

- Harry, na verdade admiro a maneira calma que faz tudo o que Hermione diz. Mas te entendo, amigo, quando não consegue o que quer essa mulher dá medo – disse Ron enquanto Hermione colocava em Harry uma gravata cor prata sobre a camisa negra.

- Ron, deixa de falar como se eu não estivesse aqui – respondeu Hermione ajustando o nó da gravata um pouco mais apertado.

- Vou falar todo o dia como se você não estivesse aqui – disse Ron com o tom tedioso que mais irritava Hermione. Harry teria rido se não fosse porque Hermione ainda segurava a gravata e tinha os olhos entrecerrados de raiva.

- Deveriam estar agradecidos por terem a mim, e não aparecerem nas festas feito uns idiotas – disse Hermione com indignação.

- Estamos agradecidos de chegar nela com vida depois das torturas de beleza que nos coloca – sussurrou Ron dando um sábio passo para trás.

- Ron! – exclamou Hermione – não tem vergonha?

Harry pensou que Hermione ia bater em Ron com a escova de cavelo, mas no último momento, Hermione notou a expressão de surpresa de Ron e em vez disso soltou gargalhadas. O pobrezinho de Ron estava transparente pelo susto, mas conseguiu sorrir um pouco e em alguns segundo os três estavam rindo juntos como sempre.

Draco&Harry

Harry, Ron e Hermione desceram cedo para a entrada do hotel e aproximaram-se das grandes portas de vidro pelas quais passava-se para o salão principal. Desde que chegaram este salão tinha estado fechado ou servia para reuniões ou festas particulares, mas pelo natal havia sido organizado uma festa para as pessoas hospedadas alí. Os alunos do último ano de Hogwarts haviam invadido quase todos os dormitórios, pelo qual eram quase completamente donos da festa. As portas abriram-se poucos minutos depois, e os três amigos entraram seguidos por vários de seus companheiros. Pegaram uma mesa perto da principal árvore de natal e perto da lareira que ardia com um fogo azulado. Ao inspecionar mais de perto, harry notou que as lenhas eram na verdade pedaços de gelo, e uma substância azulada que emanava deles dava a impressão de chamas frias. O mais surpreendente era que ainda assim, o lugar desprendia um calor confortante que parecia chegar a todos os cantos.

Já sentados, Ernie Macmillan e Ron começaram o ritual de perguntas e respostas, uma acirrada disputa de brincadeiras e jogos de palavras da qual só eles podiam responder. Ernie realmente era rápido, mas Ron não ficou atrás, e em poucos dias havia desenvolvido uma velosíssima criatividade humorística que nem Harry nem Hermione tinham suspeitado que possuísse.

Harry observava como Hermione quase não conseguia respirar de tanto rir, e nos momentos que conseguia parar, não conseguia evitar mostrar a Ron seus sentimentos, puxando-lhe uma orelha, tocando seu ombro e bagunçando seus cabelos. Ron então piscava-lhe um olho e dedicava um pouco de seu repertório somente a ela, e nesses momentos parecia que existia uma redoma de cristal que rodeava-os, e que dentro dela só tinha espaço para os dois. Era incrível para harry que os dois não haviam se dado conta, mas talvez fosse melhor assim, estavam felizes desta maneira inocente, e Harry achava que ainda que dissessem o quanto um importava para o outro, nada de sua relação mudaria, porque já eram o casal perfeito.

Pouco tempo depois os músicos começaram a prostarem-se em seus lugares e esquentar seus instrumentos. O salão estava quase cheio, e Harry estava agradecido por ter escutado Hermione sobre sua roupa, já que a maioria dos presentes estavam muito elegantes. Alguns deles estavam de terno como Harry, e outros vestiam túnicas de festa como é a tradição dos magos. As mulheres quase sem exceção vestiam vestidos longos de todas as cores, brilhantes e que flutuavam suavemente, como se estivessem sobre a água. O ambiente cheio de luzes e enfeites de natal era espetacular, e quando os músicos tocaram as primeiras notas de Jazz, Harry tinha certeza que a noite seria perfeita.

Uma hora mais tarde, sem demora, essa idéia foi enfraquecendo e foi pouco a pouco sendo substituída por um sentimento de preocupação. Draco não tinha aparecido ainda. A maioria dos sonserinos tinham chegado mais tarde que os outros, como era de costume, mas todos já tinham chegado a mais ou menos vinte minutos, a excessão dele. Harry pediu licença e levantou-se da mesa indo até o banheiro. Ao caminhar perto de um canto escuro ou aparecer atrás de um enfeite, Harry esperava encontrar com o menino do nariz arrebitado e os lábios rosados, mas não o viu. Chegou ao banheiro e molhou o rosto. Algo não estava bem, Draco não podia estar fazendo ele esperar de propósito, deixando-o cultivar uma angústia sem objetivo; devia ter acontecido alguma coisa. Harry pôs-se no papel de descobrir mistérios que tinha o caracterizado desde o primeiro ano em Hogwarts. Secou o rosto, viu sua expressão determinada no espelho, aguçou seu olhar e andou com passos firmes até o salão.

A pouca distância da porta de saída, uma explosão de uma estranha natureza apoderou-se do lugar, como se houvessem diminuido o volume da música, ou como se as luzes tivessem se intensificado, ou como se o murmúrio animado dos garotos e garotas tivessem mudado de tom. Harry sentiu como se uma onda estivesse batendo em seu corpo, como um raio de luz que cegou sua visão por um centésimo de segundo. Seu corpo virou por vontade própria, e em frente a ele viu a origem de suas sensações. Uma visão de grandiosidade e beleza, Draco estava de pé alternando sua atenção entre os amigos que rodeavam-o, sorrindo sinceramente sem receio. Sua túnica de festa era branco gelo, e o tecido leve formava as delicadas curvas de seu corpo esbelto, e caia em volta de suas pernas com movimentos, flutuando e formando dobras aqui e ali. Mas aquilo não era o que mais lhe favorecia. Era o leve tom rosado que dava graça ao seu rosto, a expressão livre, o movimento sutíl de suas mãos que falavam de um tempo melhor.

Harry sentiu seu coração pulsar com uma dor fascinante quando viu os olhos de Draco vagar ao seu redor procurando algo, ou alguém. Por fim pousaram em sua figura, e por um segundo pensou que Draco iria sorrir. Em vez disso, sua expressão mudou para uma de desagrado e muita indiferença, e se sentou com os outros. Harry ficou paralisado de surpresa e confusão, tanto que teve que praticamente arrancar seu olhar da razão de sua tristeza. Caminhou para sua mesa e sentou-se tentando recuperar o sentido da realidade.

Depois da janta os casais começaram a se levantar e a dançar, e Harry passou o tempo desfolhando as flores que enfeitavam sua mesa. Várias meninas tinham tentado chamar sua atenção, Harry era consciente disso, mas havia-se feito de desentendido e não havia lhes dado oportunidade de aproximarem-se. A única pessoa que recebia sua atenção era Draco. Draco em sua roupa de neve, Draco com seu sorriso de sol, Draco, Draco... Draco que nesta noite tinha seu coração em suas mãos e o abertava aos poucos, fazendo-o sangrar com cada palavra ou gesto dirigido a outra pessoa.

Ao se ver ameaçado com a volta de seus amigos, cheios de murmúrios de preocupação que o aturdiam e perguntas que não estava preparado para responder, Harry pediu licença novamente e se encontrou indo até o banheiro. Depois de molhar o rosto com água fria por um bom tempo, e dar-se conta que não estava sozinho e que alguns meninos o olhavam, com estranhesa, não pôde aguentar mais e saiu do banheiro apressado, dirigindo-se para as portas que davam para o jardim dos fundos, vazio de pessoas. Que haviam preferido ficar no interior para protegerem-se do frio. Harry pensou que de fato vazia bastante frio, mas que era um preço justo a pagar por um pouco de tranquilidade. Alguns minutos mais tarde sentiu-se enganado no trato, ao dar-se conta que não havia ganhado nem um pouco de serenidade, e o fantasma de Draco ainda o acompanhava, não o deixava esquecer. Não queria saber as razões, não queria exigir desculpas, simplesmente queria sentir frio, tanto frio que não o deixasse pensar, que não o deixasse sequer considerar que tudo o que tinha passado havia sido um sonho.

Alguns flocos de neve começaram a cair, unindo-se com seus irmãos sobre o manto de neve do jardim. Harry tinha deixado de tremer de frio, e seu olhar estava fixo na lua. Tentou se libertar da imagem de Draco sentado na janela, a luz da lua refletindo em seu cabelo como prata, e em sua pele azul céu. Mas quando mais se esforçava em esquecer, mais viva era a imagem de Draco em sua mente, mais intenso o desejo de tocar de novo seu rosto, ou simplesmente sentar-se e escutar seus comentários arrogantes, que Harry adorava, porque fazia de Draco um Malfoy, e porque era muito mais especial quando Malfoy era Draco, emocionado com uma caverna de quedas, encantado por uma pintura medíocre feita por um amador, somente porque era sua, ou talvez porque Harry tinha feito.

O primeiro que sentiu foi um calor que rodeava-o, e rápido se deu conta que eram braços o que o envolviam pelas costas com força, braços inconfundíveis, e o roçar de um cabelo suave sobre sua bochecha. Harry estava alucinando, tinha ficado muito tempo alí fora e tinha congelado seu cérebro, a razão. Draco não poderia estar descansando o queixo em seu ombro, nem inclinando seu corpo inteiro sobre suas costas, nem abraçando-o até pousar sua mão sobre seu peito, e a outra ao redor de sua cintura.

- O que está fazendo aqui, Potter – sussurrou o Draco de sua imaginação -. Está gelado.

Mas Harry escutou-o, Harry sentiu sua respiração em sua orelha, Harry adorou o calor de seus lábios quando beijaram sua bochecha. Estava acontecendo realmente, Draco estava alí. Por quê, por qual motivo? Harry virou o corpo até estar frente a frente com seu melhor inimigo.

- É você! Você está aqui! – Harry não parecia não conseguir arrumar seus pensamentos. Draco mostrou indícios de preocupação em seu rosto, que passou furtivo sem deixar rastro. Olhou para Harry com atenção e em silêncio - Esperei por você, mas não chegava. Nunca chegou. Onde estava? Por quê demorou tanto?

Draco parecia confuso, e ficou em silêncio pou um longo tempo. Logo pegou Harry pelas mãos, e falou. – O que aconteceu agora a pouco foi tudo mentira, um teatro montado por mim para que ninguém suspeitasse do que está acontecendo -. Hary não esperava por esta resposta e não gostou do sorriso que Draco deu para tentar tirar importância do assunto. – Mas agora estamos sozinhos, e podemos fazer o que quisermos.

Harry demorou algum tempo para assimilar o que Draco propunha. Então sua mente se encheu de fúria, e olhou Draco com receio. – O que sou para você, Draco? Alguém que deve esconder de seus amigos porquê lhe dá vergonha?

- Não! – o olhar de Draco era de incrédualidade, mas rápido recuperou a compostura e respirou fundo. – Harry – essa palavra soava novamente em sua boca, estranhamente agradável, - o que aconteceu esta noite... nestas últimas semanas, você foi... você é... – uma pausa – Não é vergonha, não há nada de ruim no que estamos tendo. Não esperei que se sentisse assim hoje, não esperei que você... também... – Seu olhar caiu. Harry não acreditava no que o outro garoto estava dando a entender. Draco soltou suas mãos e deu um passo para trás. – Isto não está dando certo.

Draco se afastou de Harry e entrou no salão novamente. Harry estava surpreso. Draco tinha dito alguma coisa, e Harry estava certo que tinha a ver com o que pensava dele. Algo bom!. Mas talvez Draco tivesse entendido mal a mensagem. Talvez tinha saído pensando que harry estava tão furioso que não o perdoaria. Harry não podia suportar não ter tentado falar, pedir que ficasse. Suas pernas moveram-se lentamente, uma na frente da outra, aumentando a velocidade enquanto aproximava-se das portas. Era urgente que alcança-se Draco, antes que acontece-se algo irreversível.

Ao pôr o pé no salão, Harry deu-se conta que a música tinha silenciado, a pista de dança estava deserta, os casais de volta em suas mesas. Draco terminou sua conversa com o saxofônista da banda, e poucos segundos depois entoaram as primeiras notas da versão de jazz de uma canção de natal. Harry não podia lembrar qual era aquela melodia que soava tão conhecida e tão nova ao mesmo tempo. Draco aproximou-se com passos longos e determinados para o local em que ele estava, cada par de olhos no salão observaram curiosos o que acontecia. Draco deteve-se na sua frente, e com um sorriso nervoso, comprimetou-o e estendeu a mão para Harry.

- Quer dançar comigo? – disse Draco com voz firme e carinhosa ao mesmo tempo, seus olhos fixos nos de Harry.

Harry duvidou um segundo, prestando atenção nos murmúrios que se espalhavam entre as pessoas presentes, uma pessoa repetindo a pergunta mais elaborada que a anterior, adicionando palavras que Draco não havia pronunciado, mas a mensagem no fundo era a mesma. Quer dançar comigo?

Harry voltou a realidade quando sentiu um dedo traçar o contorno de sua mandíbula, como apenas Draco fazia. Seu olhar centrou-se em Draco e depressa o mundo ao seu redor se tornou borrado, e a única imagem nítida era Draco, uma mão suspensa no ar, esperando resposta. Draco tinha arriscado muito, tinha declarado suas intenções para ele da maneira mais pública que podia, sem estar seguro de como reagiria. Ainda assim Harry sabia que ele queria, sem importar o que os demais esperavam. Levantou uma mão e colocou-a sobre a mão estendida de Draco, provocando um sorriso de alívio em seu rosto e um grito sufocado unânime de todos os demais. Um sonserino levou um grifinório pela mão até o centro da pista, e dançaram.

Draco aproximou-se e pegou Harry pela cintura com firmeza, colocou sua face junto a dele. Só então Harry pôde escutar um leve murmúrio que provinha de Draco. Estava cantando a melodia, Harry reconheceu-a em um instante; era a que Draco assoviou pela manhã, a que tinha invadido seus sonhos e o trouxe de volta a realidade, a que tinha interrompido os pensamentos de Harry quando acordou. Harry estreitou seus braços ao redor dos ombros de Draco, e enterrou seu nariz em seu pescoço. Sorriu e fechou os olhos. Queria afogar-se em Draco, e gravar o perfume em sua mente, e deixar-se dominar pelo som de sua voz. Ficou assim pelo que pareceram horas. Antes de que acabasse a canção, Harry pôde sentir os dedos de Draco entrelaçar-se entre seus cabelos e acaríciar sua nuca. Draco o abraçou fortemente uma última vez e se separou dele. Para então sairem da pista cheia de casais, e com destreza da parte de Draco, e muito avermelhar da parte de Harry, escaparem, ainda com as mãos unidas.


No próximo capítulo: De volta em Hogwarts, tudo parece caminhar bem, mas uma surpresa e um mal entendido fazem com que Harry seja obrigado a tomar uma das decisões mais difíceis de sua vida.

Nota da tradutora: Bom! o que posso dizer deste capítulo... ai! Ai!... não é lindo!... e a maneira como Harry se esconde entre as cobertas, imagino que só do nariz para cima ficou descoberto hehehe, tão fofo... ai! Ai!. E a dança o que foi aquilo? Eu também quero uma parecida, e com os dois hehehehe.

Mell Deep Dark: Olá, mesmo assim não deixe de dar uma passadinha aqui e dar uma lidinha na minha tradução e claro comentar, adoro comentários; ah! e obrigada pela sugestão, na hora de traduzir, eu entendi direitinho o que queria dizer, mas não conseguia achar uma palavra adequada, e como entendi perfeitamente, pensei que vocês conseguiriam. Obrigada pela ajuda!

Srta Black: Bom... deu pra ver que eles se entenderam né hehehe, ai ai..., e diz aí esse fim também não foi perfeito, vale uma sessação de suspiros ai ai... bom quanto a roupa eu também tenho minhas dúvidas, mas estou aqui apenas como tradutora, hehehehe. Beijos e não deixe de comentar este cap.

Pandora: Demorou um pouquinho desculpe... a mas fala a verdade, valeu a pena esperar não valeu? Estou supirando até agora ai ai... preciso de um chocolate urgente.

Sofiah Black: Nossa muito obrigada pelo elogio, me deixa mais animada a continuar a tradução; nossa o Draco é perfeito até mesmo quando bate no meu lindinho hehehe. Adoro este Harry inocente... ai ai... ah! e é claro também detesto a Chorona humpf! Beijos.