Disclaimer: Nada é meu, tudo é da J.K. Rowling.
Ai cansei! Todos já estão cansados de saber do que se trata esta história, então não colocarei hehehe.
Atenção: Leiam a nota que deixei no fim da página.
Capítulo Sete
Amar Es El Empiece
Pero cuanto más me cura,
Al ratito más me escuece,
Porque amar es el empiece
De la palavra amargura.
-- Mecano
Os alunos que voltaram para Hogwarts não demoraram em comunicar ao resto do colégio o momento histórico em que Harry Potter aceitou dançar com Draco Malfoy. Mas nenhum reagiu de maneira mais desconcertante do que Cho Chang. A pessoa que tinha pedido a benção de Harry para poder sair com Draco, a mesma que havia chorado em seus braços, a que tinha colocado sua confiança nele. Ela, ao escutar a notícia, tinha sorrido. Um sorriso forçado e vazio.
Parecia que com cada semana que passava, Cho era mais amável ainda. Isso preocupava Harry. Mencionou isso a Draco um dia em uma das sessões de pintura, quando tinha toda a intenção de terminar o retrato, e seu modelo tinha toda a intenção de distraí-lo. Já era a quinta vez que Draco tinha passado a mão pelo pescoço, parecendo estar dando-se uma massagem. Era a quinta vez que Harry esquecia o pincel para olhá-lo em cada pequeno detalhe.
A coisa que mais adorava, era o efeito que um de seus olhares tinha sobre o outro garoto. Em um dia qualquer, ou ainda em um péssimo humor, Draco era inegavelmente atraente. Mas uma vez que Harry colocava seus olhos sobre ele, seus músculos faciais relaxavam, de tal maneira que sua usual expressão arrogante mudava para uma mais calma; mais terna. Claro que isso ele nunca mencionaria pelo risco de morrer jovem.
Algumas vezes, quando tinha sorte, podia fazer com que Draco perdesse um pouco de seu controle calculado. Sorriu ao ver que esta era uma dessas ocasiões, porque a cor rosada tinha aparecido em suas bochechas, e soltou um sorriso selvagem: natural e bonito.
Deixou o pincel no cavalete, limpou as mãos em uma toalha úmida e aproximou-se dele. Draco tinha ocultado seu breve deslize – com certeza não queria que ficasse sabendo que ficava tímido sobre seu olhar – com um sorriso sedutor e perfeitamente treinado. Harry já sabia o truque de memória, e que não lhe incomodaria que afastasse o cabelo do rosto, traçar os nós dos dedos sobre suas bochechas. Realizar qualquer gesto de carinho genuíno – o que era muito fácil – era suficiente para que sua atuação desmorona-se. Desta vez passou seus dedos pelos seus cabelos. Tinha descoberto recentemente que esse gesto, por um lado, fazia-o ficar com raiva por desarrumar seus cabelos, e pelo outro lhe provocava calafrios. Draco enrrugou o nariz de desgosto enquanto sacudia os ombros tentando sem êxito esconder sua fraqueza.
- Você fica lindo quando se enraivece por uma bobagem – falou Harry com um sorriso.
- Já te falei que gosto do meu cabelo muito bem arrumado, e pensei que havia ficado bem claro para você que seus carinhos são de muito mau gosto e nem um pouco bem vindos – seu tom era ácido, mas não ajudou muito seu sorriso e nem seu olhar encantado.
- E eu pensei que havia ficado bem claro para você que não me importa nem um pouco que não goste da forma como eu demonstro meu amor. Vou continuar fazendo o que eu quero.
Draco abriu a boca para protestar, mas logo suspirou, olhou para cima com irritação e mostrou-se aborrecido. Como sempre, mostrava-se surpreso quando Harry dizia o que sentia por ele. Tinha compreendido nos meses que haviam estado juntos, que Draco não conseguia dizer, sabia mais demonstrar. Como por exemplo, a maneira quase abobada com que o estava olhando nesse momento. Sabia que ele gostava do verde de seus olhos, porque tinha dito há algumas noites, depois de insistentes pedidos de Harry para que dissesse pelo menos uma coisa que gostava nele. Draco tinha-o olhado incrédulo, como se a resposta fosse óbvia. Como não era, disse "tudo!". E depois tinha enumerado a longa lista que formava o tudo, até que Harry lhe pediu para não continuar se desejava mantê-lo com vida. Draco tinha rido e Harry sentiu que finalmente seu sangue circulava direito. Em vez de se acumular em seu rosto.
Agora a vítima da investigação era Draco. E não parecia estar levando melhor que Harry.
- Potter idiota e chato! – foi sua eloqüente resposta. Harry pegou-o da cintura e o apertou fortemente.
- Você se valoriza tão pouco, Malfoy! As pessoas que se apaixonam por...
- Cala a boca e me dá um beijo.
Harry não se fez de rogado. Pegou seu rosto e aproximou-se com suavidade, e beijou cada curva de sua boca, enquanto acariciava cada centímetro de sua face. Draco deixou-se beijar, e um pouco tonto, só lembrava de pressionar seu corpo contra o de Harry, palmas sobre suas costas. Draco era delicado e menor que ele. Encaixava-se perfeitamente em seus braços, e cheirava maravilhosamente bem.
- Draco, – disse dando um último beijo no nariz arrebitado.
- O que foi? – Draco ainda estava risonho por causa do beijo.
- Cho me tira do sério. Depois do que aconteceu entre vocês na viagem, ela não consegue aceitar nosso relacionamento. – queixou-se. Draco suspirou.
- Harry, já falamos disso. Cho é uma menina maravilhosa e que está feliz por nós.
- Tão maravilhosa? – não pôde evitar o tom ciumento em que saiu sua voz.
- Alguma vez já te disse que você é um bobalhão, amor? Ah sim, eu lhe disse ontem, e no dia anterior, e no dia anterior a esse...
- Está bem, já captei a idéia – Harry sorriu – Ainda assim não gosto como ela te olha, e ultimamente a vejo em todos os lados. Acho que está planejando alguma coisa.
Draco olhou-o com olhos cansados e pegou sua mão. Beijou dedo por dedo, fechando os olhos em sinal de carinho profundo.
- Entende? – Draco olhou-o e avermelhou-se – olha como você me tem. Acredita que eu gosto de ficar com esta cara de idiota toda vez que você me olha? Não posso evitar. Pensa no hoje, Harry. Nada mais importa.
Harry concordou. Mesmo que não entendesse por que Draco insistia em dizer que aproveitasse o agora. Era praticamente negar um amanhã!
Durante as seguintes semanas Cho converteu-se em uma pedra no sapato. Ela e Draco se cumprimentavam todos os dias e conversavam longe dos ouvidos de Harry, com uma distância muito curta para seu gosto um do outro. Olhava todos esses acontecimentos particulares com ciúme, e observou que ela chegava com um semblante apagado, mas saía sorrindo abertamente, cortesia da companhia que Draco lhe oferecia tão voluntariamente.
O cúmulo foi quando começaram a treinar quadribol juntos. Draco dizia estar lhe ensinando algumas táticas de apanhador. Para Harry pareceu suspeitoso alguém tão competitivo como o apanhador sonserino compartilhasse suas estratégias com um oponente tão facilmente. Isto não estava bem. Tinha estado assim já havia muito tempo e já era hora de colocar um fim.
- Ainda não entendo por que é que tem que além de aquentar suas queixas, dar aulas para ela também.
Draco passou a mão pelo rosto em um gesto de frustração.
- As razões pelas quais penso que devo fazer isso só incubem a mim e a Chang. Deveria bastar para você minha palavra.
- Mas não me basta – disse Harry em voz alta – Estou farto de ver essa garota pavoneando-se na sua frente no grande salão, pelos corredores e agora no campo de quadribol. Como se eu não existisse!
Draco soltou uma gargalhada. Só conseguiu fazer com que Harry enraivecesse mais.
- Potter, escute. Os ciúmes te tiraram o juízo. Quanta vez mais tem que repetir para você que não está acontecendo nada entre ela e eu?
- Mais nenhuma vez porque aqui termina. Vai deixar de vê-la se te importa um pouco nossa relação.
- Só pode estar brincando – seu sorriso era divertido. Mas quando Harry não disse nada, passou a ser frio – Eu não posso permitir isso. Tenho todo o direito de ter amigos e fazer com eles o que eu quero enquanto não esteja deixando você de lado. – Uma pausa – Vou ir treinar com Chang, e espero que quando volte tenha pensado bem no que disse hoje, e mudado sua opinião – saiu com passos rápidos.
Não estava saindo como o planejado. A vítima aqui era Harry e mesmo assim Draco havia arrumado para que ele se sentisse culpado. Draco nunca tinha sido tão seco sobre um tema sério. Harry suspeitou que tinha exagerado um pouco e decidiu pedir perdão.
Draco&Harry
Esteve bastante inquieto pelas duas horas que durava o treino, e faltando dez minutos para acabar, caminhou para o campo para encontrá-lo. Não tinha mais ninguém no ar, mas a luz dos vestiários estava acessa, então se dirigiu para lá.
Entrando no corredor principal escutou vozes que vinham de um dos quartos. Já mais próximo distinguiu claramente a voz de Cho. Parecia estar chorando.
-...Quero dizer para você uma coisa muito importante. Nunca tinha conhecido alguém como você. No pouco tempo em que ficamos juntos você me mostrou o que significa ser amada. Aconteça o que acontecer sempre te guardarei em meu coração.
Alguém abriu a porta com estrondo, descobrindo uma cena perturbadora. Mais tarde Harry daria-se conta que esse alguém tinha sido ele mesmo, mas no momento seus sentimentos confusos o impediam.
Draco abraçava, não, agarrava a cintura de Cho, e esta tinha a cabeça apoiada em seu ombro. Os dois assustaram-se ao ouvir a porta chocando-se contra a parede, e uma nuvem de óbvia culpa cobriu seus olhares ao darem-se conta de quem os tinham encontrado no meio dessa troca tão íntima.
Harry nunca esqueceria o que sentiu nesse momento. O acelerado palpitar de seu coração estava o obrigando a tomar ar muito rápido, e o mundo rodava. Pensou... Desejou que seu coração explodisse com a pressão. Draco não teve nem a decência de se afastar dela, apenas murmurou um "desculpa, tenho que falar com ele particularmente". Nesse instante foi que Harry escutou seu coração quebrar, literalmente. Pôde jurar que sentia seu sangue se espalhar quente e pegajoso pelas fendas. Uma dor aguda no peito era a única coisa que lhe dizia que estava vivo.
- Harry, venha comigo. – disse com uma voz muito calculada, muito despreocupada, muito inocente pelo que acabara de acontecer. Pegou-o pelo braço.
- Não! – Harry sacudiu seu braço com força – não me toque! – ameaçou com uma voz irreconhecível.
Draco pareceu cair na conta de que as coisas estavam pior do que pareciam porque manteve a serenidade, mas deixou cair sua cabeça para um lado, o que fez que Chang desse a volta e passasse pela porta. Era incrível. Até liam a mente um do outro.
- Isto é o que chama ficar calmo, Potter? – murmurou entre dentes.
- Como pode ousar falar sobre o que eu deveria ou não fazer quando você esteve... Agarrado com essa pu...
- CUIDADO! – respirou fundo – com o que diz.
- E ainda a defende! Me diz, qual é sua desculpa desta vez? Talvez estivessem trocando receitas de culinária. Ou talvez estive-se ensinando defesa pessoal. O que diabos poderia estar fazendo agarrando-a como se fosse... – de repente sentiu como se tivesse esquecido seus óculos, porque o mundo estava nublado e... Úmido?
O rosto de Draco abrandou-se um pouco.
- Harry... Por Merlín, não é o que você imagina. Somos amigos, Harry. Essa é a razão. Você teve uma infância difícil, incompleta e talvez por isso não sabe, não reconhece.
- Não! – foi quase uma ordem – Não vai jogar sobre mim a culpa porque você nunca aprendeu a amar! – Draco franziu a testa, doído – Pode ser que quando criança eu não conheci o amor, mas agora sei o que se sente, e o reconheço. É você quem não o respeita.
- Está bem, está bem, – aceitou – pode ser que nós dois estejamos fazendo algo ruim. Vamos falar, arrumar as coisas. Mas vamos esperar que você se acalme um pouco para podermos conversar, tudo bem?
Harry lembrou do que tinha sentido desde que Cho tinha invadido suas vidas. Pensou em todas as ocasiões em que repetiu para Draco que Cho era um problema, e ele não escutou. Pensou no que tinha acontecido hoje. Quando já dolorido abriu seu coração ainda mais para dar outra oportunidade para Draco, e ao fazê-lo a única coisa que recebeu foi um golpe mais forte. Esse era o problema: Harry dava-se por inteiro, e ainda assim não sentia que Draco fizera o mesmo. Tinha confiado nele e havia saído machucado.
- Quero ir embora!
- Para a torre da grifinória? Está bem, deve descansar.
- Não – Draco não entendia, não podia entender o que ele significava para Harry – Quero alguém que me entenda, quem se importe com o que eu sinto e necessito.
- Harry...- sua voz quebrou-se – Harry, não pode estar falando sério. Foi apenas um mal entendido, foi apenas isso. Por favor, – era a primeira vez que o dizia – Te peço que não tome sua decisão esta noite.
Estava muito nublado para conseguir vê-lo, e era necessário olhar para Draco principalmente nesse momento. Talvez seria o último... Harry piscou para deixar cair duas lágrimas. Não tinha chorado desde os quatro anos, quando disse a sua tia Petúnia que a amava, e ela lhe recomendou que guardasse seu amor para alguém que correspondê-se.
Quando a imagem de Draco esteve nítida, Harry viu-se nele como um espelho. Talvez as lágrimas não tivessem molhado sua face, mas seus músculos estavam contraídos em profunda tristeza.
- Perdão. É muito tarde, – disse Harry. Alguma coisa na expressão de Draco se quebrou – não me procure mais.
Nota da Tradutora: Bom gente, por hoje isso é tudo, viu como demorei muito menos do que semana passada. Foi pelas reviews que recebi que me animaram e é claro meus óculos que chegaram hehehehe, então fiz o meu melhor para ir com mais rapidez.
Não posso deixar de comentar aqui duas partes uma é a que Draco fala o que gosta em Harry, gente o que é aquilo? Gostaria de ter alguém que me falasse a mesma coisa aiai...(babando). E a outra foi como ele se entregou para Harry, claro não da forma como Harry queria, mas da única forma que Draco conseguia aiai... Ah eu morro de dó dos meus fofuchos neste capítulo coitadinhos... Que vontade de consolá-los... Aiai...
Bom, a escritora foi má neste capítulo e não colocou um tiquinho do que vai acontecer no próximo capítulo, mas vou dar uma dica, leiam o primeiro capítulo de novo quem não lembra, porque vocês vão começar a entendê-lo.
Mel Deep Dark: Que bom que você gostou do capítulo anterior, eu também adoro, morro de vontade de agarra-los hehehehe. Beijos.
Srta. Kinomoto: Obrigada, e deu pra perceber que também não demorei né, não irei falar nada do Draco, porque é claro, a baba não deixa.
Pandora III: Ai obrigada, seu pedido é uma ordem e o capítulo esta aí.
Moi Lina: Nossa obrigada por estar gostando e pelo review, significam muito pra mim, eu amo esta fic, e não pude deixar de fazer com que mais gente lesse.
Sofiah Black: Eu também adoro como a Lici escreve, ela escreve muito bem, e o que posso dizer deste loirinho espetacular... Bah! Ele é tudo de bom e mais um pouco hehehehe, ai quem dera tivesse um Draco em minha vida aiai... Beijos.
