N.A.1: Daqui para a frente, para criar um clima bacana, algumas cenas terão dicas de músicas perfeitas (na minha "humilde" opinião) como trilha sonora. Teremos desde Counting Crows e The Cure à Evanescence e Iron Maiden... dando umas voltas com Marilyn Manson. Eu ouço essas músicas quando estou escrevendo. Tomara que dê certo e que vocês consigam sentir o clima que quero criar.

N.A.2: Outro dia, assisti aquele filme do Kiefer Sutherland no qual ele é um vampiro... alguém assistiu? Eu acho aquele filme muito "sem noção". Se alguém gosta daquele filme, gosto não se discute... mas que eu acho ridículo, acho mesmo (se bem que o cara manda ver na série "24 Horas"). E o que falar do Rutger Hauer? Quem viu o cara em "Blade Runner", "O Feitiço de Áquila" e "Fúria Cega"; sente uma vontade de vomitar quando o vê em "Buffy, A Caça-Vampiros", como aquele vampirão que mais parece uma mistura (malsucedida) de Conde Drácula e Jerry Lewis... nada contra o seriado (é até legalzinho de se ver, "assistível" como eu digo), mas que o filme é uma , isso é!

N.A.3: Idéias absurdas aparecem sem parar quando eu escrevo, alguém tem o mesmo problema? Cenas ridículas que escrevo e releio, releio, releio, e releio (isso é a causa de muitas cenas embaraçosas, como rindo sozinho na sala... outro dia meu pai perguntou se eu estava ficando doido... como se ele já não soubesse). Afinal, o que seria loucura? Quando tentamos copiar atitudes e agir como pessoas "normais" (existe isso?), dizem para sermos originais... mas quando somos originais, nos chamam de malucos e "criadores de moda"... vai entender. Para mim, loucura seria aquele lugar entre o nirvana e o estado alfa, sofrendo influências das ondas magnéticas dos anéis de Saturno... entenderam? Sei que não, porque nem eu entendo. Por falar nisso, alguém já leu "Alice no País das Maravilhas"? É um ótimo livro sobre a loucura, nada a ver com literatura infantil... procurem ler para dizer se estou errado ou não.

N.A.4: A alguns dias atrás, aconteceu aqui, em Belém, uma Feira do Livro. Um certo gordinho foi a causa de uma inundação (rapidamente solucionada) ao se ver diante de uma estante repleta de livros da Anne Rice, o marginal obeso produziu uma grande quantidade de saliva. O mesmo gordinho fez uma criancinha quase abandonar a série "Harry Potter" ao explicar como funcionava a série "Artemis Fowl". Não se sabe ao certo por onde anda tal arruaceiro. Dizem que ele está, atualmente, escrevendo uma fic na , mostrando a indefesos(?) leitores um pedaço de sua mente tortuosa.

- TENHAM CUIDADO! – Alastor "Olho-Tonto" Moody grita do fundo da sala – VIGILÂNCIA PERMANENTE!

Agora, vamos parar de besteiras! Sentem-se e apertem os cintos... a cortina já vai subir!


Capítulo Cinco – O Alto Preço da Liberdade

Exodus do Evancescence; Colorblind do Counting Crows

A ala Galek Bryan Malfoy nunca deu muito trabalho para os elfos domésticos do Lar de Aquiles. Era um lugar pouco visitado, com estantes de madeira escura e vasos antigos, tão antigos quanto a própria história da família Malfoy. Alguns eram de valor inestimáveis, vindos da China e de outros países onde existiam membros e aliados dos Malfoy. Os quartos enormes (dez ao todo) estavam trancados na maioria do tempo, salvo quando acontecia as famosas festas na mansão (reunindo familiares e celebridades mágicas) e todos os outros cinqüenta quartos estavam ocupados. Mas poucos eram os que recebiam essa honra. Sendo assim, tudo os que elfos domésticos tinham que fazer era: trocar as roupas de cama e tirar o pó dos móveis e vasos.

Até a noite em que Narcissa descobrira o que aconteceu com seu filho.

Ela fizera questão de destruir tudo. Os vasos jaziam em pedaços no chão e suas estantes deixaram marcas feias nas paredes, quando foram atiradas nelas. O fino tapete persa que percorria o corredor, tinha uma grande poça de vômito adicionando o belo desenho que tinha. De fato, apenas os quadros da família Malfoy, recentemente adicionados à decoração do local, não sofreram nada à crise histérica da senhora Malfoy. Os personagens dos quadros assistiram, impassíveis, a destruição da ala (até mesmo o próprio Galek não falara nada).

Quando não havia mais nada a ser destruído, o único barulho no corredor era o choro de Narcissa. Como em todos os corredores em que haviam quartos, um permanente feitiço do silêncio a salvou de ser escutada por Lúcio (mesmo porque ele ainda estava no calabouço, dando instruções a Draco e rindo da dor de Charles). Ela estava deitada no chão, perto do seu vômito, dando murros no chão e torcendo a foto com a outra mão.

Foi nesse estado, que Yhn a encontrou.

O castigo de Lúcio ainda não tinha terminado. Para que ele não ficasse com o braço defeituoso, Lúcio permitiu que uma tipóia fosse colocada em seu braço. Usando tábuas velhas (que não serviam nem para as lareiras da mansão e nem para o forno) e um pedaço do vestido velho que ele próprio usava, a tipóia (ou melhor, o projeto de tipóia) imobilizava seu braço quebrado. Ao entrar na ala, seu queixo quase caiu... o que acontecera ali? Tudo estava de pernas para o ar... os vasos destruídos... as estantes também... as paredes, sempre limpas, marcadas como se alguma coisa pesada tivesse sido lançada contra elas... e, ao se aproximar do final do corredor, viu Narcissa deitada e esmurrando no chão.

- MINHA SENHORA! – ele guichou de espanto e, desviando dos afiados cacos de porcelana e pedaços de madeira, foi até ela – MINHA SENHORA, O QUE ACONTECEU?

Narcissa levantou sua cabeça e seu rosto era a própria descrição de dor e amargura. Ela se levantou tremendo, ficando de joelhos, sem parar de chorar.

- Minha senhora... – o elfo insistiu – o que aconteceu? A senhora está bem? Devo chamar o mest...

Silêncio

A frase morreu em sua garganta, pois no momento em que ia dizer "mestre", a expressão do rosto de Narcissa passou de dolorida para furiosa num instante. Sem se importar, ela pegou sua varinha do meio de seu próprio vômito e a apontou para o elfo. Yhn sentiu uma pressão fortíssima no pescoço... um feitiço estrangulador fora lançado contra ele.

- Não... fale... de... seu... "mestre"... – ela cuspiu a palavra, enquanto grunhia para o elfo – perto... de... mim...

Os grandes olhos violetas estavam virando em suas órbitas. Não conseguia respirar, era como estivesse em uma coleira estranguladora. Se Narcissa aumentasse a força do feitiço, seu fino pescoço seria partido. A sua salvação foi Lilandra.

- Minha cara... o elfo não tem culpa de nada. Solte-o.

- E pensar que só nos resta a recorrer a ela. – Antonyas sussurrou para Lilandra, apontando com desprezo para Narcissa – A que ponto desceremos mais?.

- Vamos, Narcissa... – Lilandra ignorou o irmão – a morte desse elfo não tornará seu filho humano... além do mais, pude observar que ele é seu único aliado nessa mansão.

Narcissa a olhou pelo canto dos olhos. Ela estava certa... ele ainda poderia ser útil. Sem tirar a expressão furiosa do rosto, o feitiço é cancelado. O elfo doméstico desabou no chão, respirando com dificuldade.

- Você sabe onde meu filho está escondido, elfo? – faíscas saíam da ponta da varinha – Sabe em que calabouço aquele monstro aprisionou Draco?

- COF! COF! Nã-Não... Yhn não sabe, minha senhora. – Yhn massageava seu pescoço – Yhn pensava que o jovem mestre estava morto... ele não está?

- Graças ao seu "mestre", meu filho sofreu um destino pior do que a morte, elfo. – Narcissa abaixou a varinha – E eu o matarei por isso.

- Minha cara, sejamos francos... você não é páreo para Lúcio. – Lilandra intrometeu-se – Lembre-se de que ele é um assassino treinado e conhecedor profundo das Artes das Trevas.

- E o que quer que eu faça, Lilandra? Finja que não sei de nada? Ser a fraca que sempre fui?

- Mas é claro, minha cara. – Lilandra falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Você só pode estar brincando! Não consigo nem pensar no que farei se o vir na minha frente!

- Narcissa... – Lilandra suspirou cansada, "às vezes, chego até a concordar com Antonyas... essa mulher é irritante e ingênua demais para ser uma Malfoy." – se Lúcio desconfiar que você sabe o que aconteceu a Draconius, ele apagará sua memória e tirará seu filho da mansão... é isso que quer? Eu acho que não.

Esse pensamento fez correr um calafrio na espinha de Narcissa. Lúcio seria capaz de fazer isso...

- Elfo, limpe essa bagunça e não escute a conversa que terei com esses quadros. – Narcissa achou melhor escutar o que Lilandra tinha a dizer, por mais raiva que tivesse da família Malfoy.

Mal ela sabia que era isso mesmo que Lilandra queria... uma chance para destilar seu veneno. Quem sabe o que aconteceria se Narcissa desse as costas para eles naquela hora? Será que as coisas que aconteceriam depois daquilo seriam diferentes? Talvez sim... talvez não... ninguém pode saber...

- Como eu ia dizendo, minha cara, se Lúcio desconfiar de que você sabe o que aconteceu com Draco, tudo estará perdido. Não terá chance de salvá-lo e nem de se salvar. – Lilandra sorriu, tudo estava indo conforme seus planos – Então, sim, você precisará fingir... confirmar a certeza de Lúcio de está desvastada pela "morte" de Draco... e esperará pela oportunidade perfeita para agir. E enquanto espera pela oportunidade, procure descobrir em que calabouço seu filho está... – Lilandra deu uma olhada rápida para os outros quadros – Lúcio nos contou que faria um especialmente para ele... já esteve lá embaixo?

- Sim... algumas vezes eu ia buscá-lo... – Narcissa olhou para o elfo para confirmar se ele estava cumprindo suas ordens e não estava escutando nada. Yhn estava reconstruindo uma das estantes, bem longe deles – quando ele sumia por mais de um dia... aquele monstro sempre usava o mesmo calabouço para torturar Draco.

- Esteja preparada. – Antonyas falou, olhando para unhas – Provavelmente, Lúcio fez um bem distante para o garoto... e, com certeza, deve haver armadilhas e feitiços de aprisionamento bem fortes, já que estamos falando de um vampiro... é melhor usar o seu "amiguinho" para descobrir isso para você.

- Deixemos essa parte para Narcissa. – Lilandra apertou o braço do irmão – Ela saberá o que fazer. Assim que descobrir onde seu filho está, o melhor a fazer será fugir. Para onde ficará a seu critério. Suas chances serão melhores lá fora do que permanecer aqui.

- Isso se houver alguma... – Antonyas sussurrou para Lilandra.

- Procure descobrir meios de se fortalecer, minha cara. – Lilandra olhou de soslaio para Antonyas – E a seu filho também... não esqueça que seus inimigos os perseguirão sem cansar... e quando voltarem... porque vocês precisam voltar, uma afronta dessas não pode ficar sem resposta. Quando voltarem, faça-os pagar. Mas, não se engane, será difícil e tudo está contra vocês.

- Eu tinha planejado a mesma coisa, Lilandra. – Narcissa fez sumir o vômito e se arrumava – Fiz os preparativos necessários para uma partida rápida, esperançosa de que Draco retornasse aquela noite e de que aquele... desgraçado – ela torceu a varinha em suas mãos – demorasse um pouco mais para dar um fim ao meu filho. – Narcissa olhou decidida para Lilandra – Também sei que seremos perseguidos, nunca me enganei quanto a isso. Seu conselho de nos fortalecer parece lógico e propício... porém... – ela guardou a varinha e olhou ao redor, para os quadros que a cercavam (todos com expressões sérias em seus rostos) – porquê está me ajudando? Porquê não ouço nenhum protesto quando falamos de vingança contra o monstro que é meu marido? Não é só porque ele os colocou aqui e nem porque estão querendo ajudar meu filho e a mim.

- De fato, minha cara. – Lilandra fez uma careta de desgosto – Temos nosso próprio interesse no seu sucesso. Uma coisa que somente nós, Malfoys, podemos compreender e que não é de sua conta. O próximo movimento nesse jogo é seu.

Narcissa ainda ficou algum tempo encarando Lilandra e Antonyas. Quais seriam os verdadeiros motivos deles? Ela sentia que era uma peça de um tabuleiro de xadrez, uma peça importante no jogo que os membros da família Malfoy estavam contra Lúcio... e talvez, até contra Voldermort. Seria ela uma rainha? Ou o peão que antecederia os movimentos da rainha (Draco)?

- Não confio em vocês... mas não tenho outra alternativa. Acredito que meu filho e eu não somos mais do que peças nesse jogo doentio de vocês. – Narcissa virou de costas e foi caminhando para fora do corredor – Eu odeio sua família mais do que nunca... mas não tenho outra alternativa... – ela se virou para eles, de novo – só torçam para que seus esquemas não se virem contra vocês e sua família. – e dizendo isso, Narcissa se retirou da ala, caminhando para o seu quarto.

Os quadros ficaram calados, resolvendo esperar o elfo terminar sua arrumação para que pudessem conversar em paz. Foi preciso uma hora exaustiva de trabalho para que tudo voltasse a ser como era antes de Narcissa receber a notícia do destino de Draco. Assim que se viram sozinhos na ala, os membros da família começaram a rir.

- Por Merlin! – Antonyas gargalhava – Eu não disse a vocês? A mulher é uma estúpida! "Só torçam para que seus esquemas não se voltem contra vocês e sua família"... com quem ela acha que está lidando? Com Weasleys?

- De fato, Antonyas... – Victor voltou para o quadro dele – poderia até sentir pena dela... se soubesse o que é ter pena.

- Por favor, meus caros... – Lilandra estava satisfeita – não façamos pouco dela. Pensem no favor que ela nos fará!

- É uma tristeza ver que o fim do lado inglês da família seja esse... – Garek Malfoy falou sombrio, era o único que não ria – precisamos avisar os clãs franceses e irlandeses. Avisar-lhes que o sangue inglês falhou.

- De fato, Garek. – Antonyas falava ofegante, ainda se recuperando da gargalhada – Apesar de nossas raízes pertencerem a outro lugar, nos demos bem neste país. – Antonyas beijou a mão de sua irmã antes de retornar ao seu quadro. Chegando lá, ele falou para todos os parentes – Quem sabe? Talvez algum dia no futuro, os Malfoys retornem à Inglaterra.


Música tema de seu filme de terror favorito... opinião do autor: tema de "Sexta-Feira 13" ou de "Hallowen"

Algumas horas depois...

Lúcio levou o que restava do corpo de Parkinson direto para Voldermort. O homem, que se julgava mais poderoso que seu pai, gritou como um porco durante a tortura (dando muito prazer a Lúcio, que ria como nunca aos apelos de "misericórdia"). Draco fazia-se de surdo aos gritos e risadas, tudo que estava na sua mente era a possibilidade de Narcissa passar pelos mesmos feitiços que Lúcio lhe aplicara quando era humano. Então, ele executava os comandos de seu pai como um robô.

O som dos ossos sendo partidos ecoavam como tiros no calabouço. Lúcio fez questão que todos os ossos dos braços (desde os dedos até o ombro) e das pernas (desde os pés até a região da pélvis) fossem feitos em pó, literalmente. Draco nem precisava fazer força para cumprir isso.

Agora, com tudo terminado, o jovem vampiro tinha mais um fantasma em sua mente... mais uma vítima... a lhe lançar acusações na escuridão do calabouço. O pior foi ter que escutar calado enquanto Lúcio fazia uma reverência exagerada, elogiando um serviço bem feito (o único que ele fez, o senhor do Lar de Aquiles fez questão de salientar). A raiva foi tanta, que Draco dilacerou todos os cadáveres de sua cela assim que Lúcio saiu. O chão ficou coberto de tripas e pedaços de carne rasgada.

Até quando? Até quando ele teria que viver(?) daquele jeito?

Draco estava sentado no chão, esmagando o que restara de um estômago, segurando a cabeça de sua primeira vítima humana diante de si.

- Você não sabe o quanto teve sorte, não é? – Draco sussurrou para a cabeça – Morreu rápido... e sem dor. Nem teve oportunidade de pedir misericórdia... não que isso importasse... eu o mataria de qualquer jeito. Estava com sede... você entende, não é? – o vampiro deu uma risadinha - Devo estar ficando maluco... conversando com uma cabeça... daqui a pouco estarei declamando "ser ou não ser". – ele inclinou sua cabeça, com os cabelos brancos empapados de sangue grudados em sua face – Sem falar que não se parece em nada com o Yorick que eu imaginava... muito calado para ser um bobo da corte... não, meu amigo... nesta peça de horrores, só há lugar para um bobo da corte... – os narizes gelados se tocaram num bizarro "beijo de esquim" – e ele, sou eu.

Ao dizer isso, Draco esmagou a cabeça com suas mãos, eliminando seu concorrente. Adicionando mais vísceras ao chão do calabouço e ao seu rosto.


Mesma dica da cena anterior... mas o silêncio também vai bem

Enquanto isso, no Castelo Dunkelheit...

O salão do trono de Lorde Sanguis era o aposento mais luxuoso do Castelo da Escuridão. O aposento era amplo e seu teto era muito alto, como uma igreja. As paredes e o chão eram de mármore cinza e as colunas, brancas. Cada coluna entre as janelas, era em forma de uma estátua imensa, representando mulheres de toga com as mãos levantadas como se estivessem segurando o teto. Um longo tapete vermelho, com detalhes pretos, ia do maciço portão de mogno (onde anjos e crianças no meio de nuvens, talhados em cada porta, se mexiam) até os quatro pequenos degraus que delineavam a região do Trono de Sangue, feito de uma madeira vermelha que não existe mais em território europeu. O encosto do Trono de Sangue tinha mais de quatro metros de altura, que parecia maior quando as cento e cinqüenta velas do aposento eram acendidas.

O caixão antiquíssimo de Lorde Sanguis ficava localizado logo atrás do Trono de Sangue. A peça, datada do séc. V, era feita da mesma madeira vermelha do trono e tinha a própria figura do Lorde do Sangue, envolto em asas de morcego, talhada em sua tampa. A figura era o segundo vigia do caixão e emitia um grito estridente e atordoante quando alguma coisa ameaçava o dono. Somente dois seres possuíam a permissão de Lorde Sanguis (e de seu vigia) de se aproximarem do caixão: Isabeau e Jun (N.A.5: lê-se Iun).

Jun era o primeiro vigia da câmara e guarda-costas de Lorde Sanguis. Um lobo negro (que sentado ultrapassava os dois metros e trinta de seu dono) e uma criatura vampiro aterrorizante e mortal, pois possuía gigantescas asas negras de ave e a habilidade de ficar invisível e imperceptível, mesmo para as demais criaturas das trevas... contanto que ficasse com sua horrenda boca fechada (vapores vermelhos e um hálito pútrido o denunciariam facilmente). Seus olhos violetas eram os únicos no mundo que conseguiam enxergar através da névoa negra que Lorde Sanguis era capaz de criar. Como uma aberração dessas foi criada? Algumas gotas de sangue de nosferatu, umas pitadas de poder das trevas e uma dieta balanceada de: mantícoras, unicórnios, centauros e todo tipo de criatura mágica que tivesse o azar de cruzar seu caminho. Ele sempre dormia ao lado do caixão e nunca deixava o lado de seu mestre... a não ser quando houve a reunião com os Comensais (seu mestre precisou se transformar para que ele ficasse e protegesse Dunkelheit com Isabeau). Mais terrível que sua aparência era sua inteligência... sua mente era muito parecida com a de seu criador. Ele somente aceitava ordens de Lorde Sanguis, Isabeau e Lúcio (por quem sentia um carinho especial).

Jun estava preocupado com o seu mestre. Desde o seu retorno da Inglaterra, uma sombra de dúvida cobria o rosto de Lorde Sanguis. Somente uma vez Jun viu seu mestre daquele jeito, quando séculos atrás houve a Krieg des Bluthimmels (Guerra do Céu Sangrento), a maior guerra vampírica já registrada, onde os nosferatus de toda a Romênia movimentaram seus clãs para assumir o castelo deixado por Drácula. O poder desencadeado nas batalhas foi tão grande que envolveu todo o país em trevas, o Sol e a Lua apareciam vermelhos no céu e ficou assim durante os cinqüenta anos que durou a Krieg des Bluthimmels. Nem mesmo os caçadores tiveram coragem de se envolver no conflito, deixando o fraco Ministério da Magia romeno ter que se "virar" para proteger os bruxos e trouxas romenos (forçando-o a desocupar o país praticamente... e a conseguir o recorde mundial de feitiços da memória mais executados num povo ao mesmo tempo).

No final, apenas cinco clãs (dos quinze) restaram no país. O Schwarz Engels emergiu da névoa de sangue e poeira como o vencedor... e Lorde Sanguis sentou no trono de Drácula, tomando Dunkelheit para si. Desde então, os clãs restantes esperavam o momento oportuno para "destroná-lo". Mas havia algo estranho com seu mestre... Jun podia sentir. Ele estava sentado ao lado de Lorde Sanguis, que não havia saído de seu trono desde seu retorno.

- Mestre, – Jun podia falar, mais uma conseqüência de sua transformação – o que aconteceu? O senhor está muito calado... não falou nada desde que retornou da Inglaterra, a não ser quando conversou com Isabeau.

- Não é nada... – Lorde Sanguis respondeu vagamente, de olhos fechados.

- Por favor... quem o conhece a mais tempo do que eu? Não vejo essas rugas na sua testa desde a grande guerra. – Jun deu um salto e ficou de frente com Lorde Sanguis – O que o preocupa? Alguém a quem devo visitar?

- Não, velho amigo. – o nosferatu sorriu, sem abrir os olhos – Não se preocupe, não há novos inimigos... ainda.

- Então o que o incomoda, mestre? Não me force a perguntar mais uma vez...

- É apenas um pressentimento... – Lorde Sanguis abriu os olhos e se levantou, caminhando até uma das janelas, seguido de perto pelo lobo – mas, eu só posso estar errado.

- Do que está falando, mestre?

- Enquanto estive na Inglaterra, transformei o filho de Lúcio em um vampiro... a pedido dele, claro. Um novo meio de tortura que ele havia pensado para o garoto. – Lorde Sanguis começou a estalar os dedos das mãos – Pessoalmente, eu o mataria sem dó e sem piedade. Era uma criança irritante e petulante... o problema foi a transformação...

- Como assim, mestre? – Jun sentou ao lado de Sanguis – O que aconteceu quando o transformou?

- Quando o mordi e provei seu sangue, uma súbita euforia e uma onda de poder tomou conta de mim... como sempre imaginei que seria se viesse a transformar Lúcio. Afinal, aconteceu algo parecido quando trouxe Isabeau para o nosso mundo. O sangue mágico dos Malfoy é mais antigo... talvez ainda mais antigo do que o meu e detentor de um poder latente imenso. Não é à toa que Lúcio seja tão forte.

- Entendo... e quanto ao garoto?

- Ele é mais poderoso do que Lúcio, muito mais. E quando a transformação se completou, ficou parecidíssimo com Drácula. O que mais me incomoda é pensar no poder que ele possui agora que é vampiro. O sangue mágico de um bruxo funciona como uma lente de aumento quando ele é transformado em vampiro... como você e eu bem sabemos.

- O senhor disso isso a Lúcio?

- Claro que sim... mas ele acha que conseguirá controlar o garoto.

- E o que o senhor acha?

- O que eu acho? – Lorde Sanguis estalou o último dedo – Acho que logo ouviremos falar de Draconius, meu caro Jun... e dificilmente serão notícias boas para nós...


Três semanas se passaram... a data exata é 1º de Setembro de 19XX...

Mansão Malfoy, O Lar de Aquiles.

A noite de 1º de Setembro de 19XX teve a Lua Cheia mais impressionante dos últimos cem anos na Inglaterra, o satélite se aproximou tanto da Terra que era possível contar suas crateras. E tal era a luz refletida por ela, que doía olhar para o céu. Uma noite magnífica para os apaixonados, estudantes de astronomia e lobisomens.

Foi exatamente esta noite que o destino escolheu para começar a terrível vingança de Draconius Antonyas Malfoy. Também foi esta a noite em que Mark Lewis Stevenson e seu amigo, Dimitri Stanislau Samenirov, encontrarão a morte.

Os dois estudaram juntos em Durmstrang. E, juntos, se alistaram nos Comensais da Morte. Eles não cabiam em si de tanto orgulho quando receberam instruções de guardar a mansão de Lúcio e cuidar do seu "bichinho de estimação". Uma missão fácil e que podia lhes render bastante prestígio entre os Comensais, pensaram eles.

Mark possuía olhos verdes, cabelos loiros à moda escovinha, um físico desenvolvido e uma personalidade divertida (o que atraía bastante as garotas). Dimitri tinha olhos castanhos penetrantes, cabelo preto longo que vivia lhe cobrindo a face, um físico parecido com o amigo e não era nada divertido (o que atraía ainda mais as garotas de Durmstrang). Os dois eram da mesma altura: um metro e setenta e quatro (apesar de Mark sempre brincar que era o mais alto da dupla). Eles estavam no salão de entrada da mansão, tomando uma vodka que Dimitri recebera de presente quando foi aceito por Voldermort. A garrafa estava na metade.

- Não podemos beber muito, Mark. – Dimitri falou sério ao ver a garrafa – Lembre do que conversamos.

- Por favor, Dimy... – a voz saiu meio enrolada – o que pensa que eu sou? Um irresponsável?

- Eu já falei que odeio esse apelido! – Dimitri fez uma careta zangada – E não penso que você é um irresponsável... eu sei que é!

- Por que mesmo somos amigos?

- Porque você sempre precisa de mim para se livrar das encrencas que arruma, tovarisch. – Dimitri termina a bebida de seu copo em um gole só e tampa a garrafa – e já bebemos o bastante. Ainda temos nossas funções para cumprir esta noite.

- Estamos aqui a duas semanas e nada! - Mark fez um gesto de desdém - Você fala como se a qualquer momento um ataque fosse acontecer. Quem teria a coragem de invadir essa mansão?

- Ninguém que nós conheçamos... mas é nos momentos de calmaria que...

- "que um inimigo se aproveita para atacar.". – Mark cantarolou ao completar a frase de Dimitri – Parece até meu pai falando.

- E você parece que quer que falhemos na nossa primeira missão! – Dimitri se levanta com violência, dando o assunto por encerrado – Agora levante-se e vamos realizar nossa ronda!

- Está bem, está bem... – Mark suspira e termina sua bebida, sabia que não adiantava discutir com Dimitri.

Eles percorreram toda a mansão com cuidado. Mark fazia piadinhas todo o tempo, dizendo que talvez no próximo corredor eles encontrariam os famigerados aurores e teria que salvar a vida de Dimitri sendo o bruxo poderoso que era.

- Pelo que me lembro, ó poderoso Mark Stevenson, – Dimitri se deu o direito de sorrir enquanto averiguavam uma sala – fui eu quem o salvou de uma certa mantícora no sexto ano.

- Puro descuido! – Mark riu ao se lembrar do episódio – Tudo culpa daquele professor inútil.

- E foi aquele professor inútil que a chamou de "cara-de-vômito" durante a aula? Estranho... não ouvi isso durante a explicação que ele dava sobre o animal...

- Ah... mas ela tinha! O que posso fazer se quando a olhei meu estômago embrulhou? Ainda bem que você a matou e o professor foi substituído.

- Sei... – eles saíram da sala – e quando aquele gnoll tentou arrancar suas tripas devido a outro comentário seu? Também um descuido do OUTRO professor?

- Aquele foi diferente! Ele babava enquanto olhava para a minha namorada.

- Qual era a da semana?

- Lorenna Hanserdoff... aquela que você achava que usava maquiagem demais nos olhos.

- A maquiagem que ela usava era tanta que dava para maquiar todas as garotas de Durmstrang... e ainda sobrava para as bichas.

- Por falar em garotas... porque não vamos dar uma olhada no quarto da senhora Malfoy? – os olhos de Mark pareciam brilhar no escuro ao se lembrar de Narcissa.

- Qualquer dia desses, você vai se meter numa enrascada em que eu não poderei lhe ajudar... – Dimitri disse, enquanto entravam no corredor onde ficava o quarto de quem Mark queria tanto ver.

Ainda demorou um pouco para que eles chegassem ao quarto de Narcissa. Mark ficava apressando seu amigo toda hora para que eles fossem logo ver se sua "deusa nórdica" estava dormindo... ou os esperando com uma camisola transparente e convidativa. Dimitri a achava bonita também, porém muito triste e melancólica (apesar de ser uma pessoa séria, ele gostava de pessoas divertidas e sem preocupação, um dos motivos pelo qual ele era amigo de Mark).

Dimitri abriu a porta com delicadeza e bem devagar, a última coisa que queria era que o sonho de Mark se realizasse. Pois uma coisa é transar com a mulher de um bruxo poderoso (Dimitri já tinha dormido com a mulher de um professor de Artes das Trevas da escola), outra coisa é levar para a cama a mulher de Lúcio Malfoy... além do que, ainda havia muitas mulheres no mundo que ele queria conhecer. Ele tinha apenas vinte anos, por Merlin!

O quarto até que estava bem iluminado pela luz do luar, não era preciso acender as velas e nem utilizar a varinha. Um corpo bonito de mulher estava coberto pelo lençol de seda e de costas para eles. Dimitri pôde ouvir um muxoxo de decepção. Eles entraram bem devagar e deram uma olhada pelo quarto... na verdade, Dimitri olhou o quarto enquanto Mark estava ocupado demais olhando para a mulher que ressonava tranqüila na cama. Foi preciso o russo puxar o amigo pelas vestes para que continuassem a ronda pela mansão.

Porém, ao saírem e fecharem a porta, o corpo que estava na cama se desfez.


A capa de invisibilidade valia cada galeão que havia sido gasto. Narcissa nem piscou quando teve que trocar algumas jóias por ela. Desde a semana passada, ela seguia os Comensais durante essas rondas na esperança de eles a levassem até Draco. Tudo que ela descobriu até aquela noite foi que o loiro a desejava e que o de cabelo castanho era o único que levava o trabalho de "vigiá-la" a sério.

- Vamos ter de alimentar a coisa hoje? – Mark perguntou pesaroso.

- Vamos. – Dimitri fechava a porta do escritório de Lúcio – Não podemos mais postergar... a última vez que ele se alimentou foi quando o senhor Malfoy nos dava as instruções antes de viajar, duas semanas atrás.

- Que merda... – Mark não havia gostado desse aspecto da missão – quem será aquele garoto? O que será que ele fez para o senhor Malfoy?

Narcissa quase desmaiou quando ouviu isso. Finalmente veria seu filho... ou o que restou dele. O seu coração batia tão forte que temia que os Comensais escutassem.

- Não sei. Não é da minha conta e nem da sua.

Narcissa seguiu os dois até a cozinha onde uma mulher estava amarrada e desacordada. Era uma jovem muito bonita, no máximo quinze anos, provavelmente trouxa. Ela viu eles a levitarem e abrirem a passagem secreta (atrás do enorme fogão de lenha) para os calabouços da mansão.

A caminhada foi longa e complicada. Para sua surpresa, Lúcio também tinha colocado dois dementadores para vigiar os corredores... ela viu os capuzes maltrapilhos (onde seus rostos se escondiam) a seguirem enquanto passava por eles. O que fez eles a deixarem passar sem avisar os Comensais, Narcissa nunca soube... e nem ninguém, pois os que testemunharam essa cena não existem mais.

De fato, foi construído (praticamente) uma ala totalmente dedicada a Draco. Um longo corredor, escondido atrás de uma parede do último calabouço conhecido por Narcissa, foi revelado assim que Dimitri ergueu sua varinha e pronunciou: Somente os covardes escolhem a luz. A parede cheia de limo subiu sem fazer barulho. Assim que entraram no corredor, uma centena de velas nas paredes se acenderam. O som monótono dos passos dos Comensais ecoou pelo corredor, Narcissa estava descalça e procurava fazer o menor barulho possível.

- Será que ele não podia ter feito um lugar menos aterrorizante? – Mark tentava, em vão, não demonstrar medo.

- Condiz com o hóspede. – Dimitri fez um gesto de desdém.

O calabouço de Draco ficava no final do corredor, mais ou menos duzentos metros de distância da porta secreta. O cheiro pútrido que dominava todo o corredor fez os rostos dos "visitantes" adquirirem um coloração verde de enjôo. Narcissa se segurava como podia, aquele cheiro não era um bom sinal... o que ela veria quando a porta do calabouço fosse aberta? Sua resposta logo viria... e, com certeza, não gostaria dela.


Behind Blue Eyes, versão do Limp Bizkit

A sede que sentia era demais... aquele tempo sem sangue o estavam deixando mais louco do que já estava. Ele chegou a cuspir em algumas poças de sangue seco para poder matar um pouco da sede... o chão ficou limpo de poças em pouco tempo. Draco suspirou aliviado quando sentiu o cheiro de sangue novo chegando... mas... havia um cheiro conhecido... conhecido demais... não podia ser... ele só poderia estar errado... a sede estava lhe pregando uma peça... só podia ser isso...

A porta se abriu, os dois Comensais entraram com uma jovem desacordada. O cheiro ainda o incomodava e estava mais forte agora. A jovem aterrisou em sua frente e eles saíram, fechando a porta. "Quando matar minha sede, essa porra de cheiro sumirá.", ele pensou lambendo os beiços. Draco puxou a jovem para mais perto e mordeu seu pescoço. Depois de alguns minutos, enquanto saciava sua sede, ele ouviu a porta ser aberta de novo.

O que ele viu naquele momento o assombraria para o resto de sua existência: sua mãe, com a mão na boca e um pavor indescritível nos seus belos olhos, cheios de lágrimas... e em sua outra mão, uma capa de invisibilidade. Ele sentia o sangue pingar do seu queixo e o corpo da garota esfriar em seus braços. O tempo que ficaram se encarando não se sabe ao certo, pois o tempo perdeu seu significado e Draco nunca contou o que se passou naquele calabouço para ninguém enquanto existiu. Nem mesmo para a sua amada, que ele encontraria mais tarde, e a única que chegou a conhecer mais de seus segredos.

- O que quer aqui? – Draco perguntou finalmente – E quem é você?

- Merlin... – ela sussurrou.

- Merlin? Um nome estranho para uma mulher... – Draco lambeu os lábios cheios de sangue – em que posso ajudá-la, Merlin?

- Eu... eu...

- Você... você... – Draco chupava os dentes, fazendo muito barulho.

- Não faça isso... por favor...

- Não fazer o quê, Merlin? – Draco jogou com força o corpo sem vida para a parede, o som choco da carne sendo esmagada e de ossos partindo abafou os soluços de Narcissa – Isso? Desculpe, já fiz. – ele limpou o queixo com o braço e lambeu o sangue dele.

- Draco... o que fizeram com você?

- Draco? – ele se levantou – Porta errada, querida. Quem sabe se você tentar um outro calabouço...

- PARE COM ISSO! – o grito saiu embargado – PARE COM ISSO, DRACO!

- Por quê? É divertido. Não foi para isso que você veio? – Draco caminhou até os limites de Angainor e os símbolos começaram a brilhar – Todos que vêm até os meus "domínios" – ele abre os braços, exibindo seu calabouço – esperam um pouco de diversão. Estou somente cumprindo minha função.

- Você esta fazendo isso para que eu vá embora... que esqueça que é meu filho...

- Seu filho? Sinto muito, minha querida. Eu não sou seu filho. – Draco deu as costas à ela, cada palavra cortava-lhe o coração... mas precisava ser feito.

- Quem o conhece mais do que eu? – Narcissa deu alguns passos em direção a Draco, quem sabe com um abraço ele pararia com aquela besteira.

- Não se aproxime de mim, humana... – a voz dele saiu grossa e abafada – se deseja ver mais uma vez a luz do Sol.

O efeito que ele queria aconteceu: Narcissa ficou apavorada e parou a alguns centímetros dos símbolos de Angainor. Draco precisava expulsá-la rápido, antes que ele próprio fraquejasse. Então achou melhor tomar medidas drásticas... e ao se virar para encarar sua mãe, botou em sua face uma expressão gelada. Iria expulsá-la de qualquer jeito.

- Olhe bem para mim, mortal. Talvez no passado eu tenha sido seu filho... só que chegou tarde. Ele não existe mais. Draco... se foi.

- Não... – as lágrimas caíam sem parar – se isso fosse verdade, teria me matado como matou aquel... AAAH!

Narcissa não chegou a completar a frase, pois seu amado filho ativou Angainor ao pular em sua direção numa tentativa óbvia de matá-la. "Isso deve convencê-la.", foi o que Draco pensou quando sentiu as correntes queimar-lhe os pulsos e os tornozelos.

- O que estava dizendo, humana? – Draco se debateu um pouco para provocar um efeito melhor, depois se afastou e o feitiço sumiu – Eu só não a mato porque tem esse feitiço que me impede. Mas se quiser mesmo provar sua teoria, tudo que precisa fazer é atravessar esses símbolos.

Narcissa recuou até bater com as costas na porta. O terror em seu olhar foi mais uma apunhalada no coração de Draco... as únicas lágrimas que ele ainda derrama em vida se deve aos olhares de Narcissa ao vê-lo em sua pior atuação... tudo para fazê-la esquecer dele e desistir de tentar salvá-lo, era a única coisa em sua mente. Ela era a rainha das bruxas boas... ela tinha que sobreviver, governar seu reino e lutar contra o grande vilão... não deixá-lo cometer os mesmo crimes... ele era dispensável. Por mais piegas e absurda que essa idéia pudesse parecer, era o que lhe ocorria naquele momento. Pelo menos, seu plano parecia estar dando certo. Eles ficaram calados por um bom tempo, Draco evitava olhar para ela e ficou olhando para a parede ao seu lado. Narcissa olhava para o chão e enxugava suas lágrimas com as costas de suas mão direita.

- Nem ouso imaginar como é para você... ser obrigado a fazer isso para viver... – a voz dela saía trêmula.

- Não sou obrigado a nada, humana. – Draco disse desdenhoso – Pareci que estavam me forçando a matar aquela garota? Eu a matei porque quis... e não me arrependo, ela tinha um gosto ótimo. Adoro mulheres... vocês têm o sangue mais quente, sabe? E mais adocicado.

- Você... está falando como ele.

- Ele quem, sua tola?

- Lúcio.

Silêncio

Os dois ficaram calados um bom tempo, se encarando. Draco sabia que estava falando como seu pai... seria capaz de tudo para mandá-la para longe dele, até mesmo aquilo: imitar Lúcio.

- Vá embora. – Draco sentiu sua voz cansada quando falou de novo – Você me cansou. Não é nada divertida e deve ter um gosto ruim, apesar de ser bem bonita.

- Não. – ela levantou a cabeça, era a vez dela de assumir uma expressão gelada no rosto lavado de lágrimas.

- Não?

- Não. Não falharei de novo. – e para o terror de Draco, ela puxou a varinha – Nada me deterá.

- O que pensa que está fazendo? – Draco não podia acreditar, seu plano estava desmoronando como um castelo de cartas ao vento.

- Devo admitir que você quase conseguiu, Draco. – ela sorriu de modo sarcástico - Mas não foi o somente de Lúcio que você herdou sua teimosia e determinação. Eu apenas escolho muito bem os meus momentos – Narcissa apontou a varinha para um dos símbolos no chão.

- NÃO! – Draco correu em sua direção e tentou impedi-la... o feitiço foi ativado novamente – NÃO, MAMÃE! É O FEITIÇO ANGAINOR! VAI MATÁ-LA!

- Sei perfeitamente do que se trata, meu filho. Esqueceu com quem sou casada? – Narcissa o olhou docemente – Assim que tudo estiver terminado, procure pelo elfo Yhn. Ele irá ajudá-lo.

- NÃO! – ele começou a chorar desesperado – PRECISA VIVER! – nunca ele lutou tanto contra as correntes – POR FAVOR... NÃO FAÇA ISSO COMIGO!

- Eu amo você, Draco... nunca se esqueça disso. – ela sorriu e olhou para o símbolo, segurando a varinha mais firmemente – Adeus... meu filho.

- MAMÃE! MAMÃE! MAMÃÃÃÃÃÃÃÃE!

E aconteceu a cena mais triste daquela noite de Lua Cheia de 1º de Setembro de 19XX.

- FINITE INCANTATEM!

Assim que o feitiço de cancelamento atingiu o símbolo, uma explosão de luz azul aconteceu. Draco sentiu as correntes sumirem e viu sua mãe desabar no chão, sem vida. Em seus olhos tudo isso acontecia bem devagar... o brilho daqueles lindos olhos azuis apagando... a boca entreaberta, com a última sílaba do feitiço nela... os braços e as pernas caindo molemente com o corpo. Nada do que lhe aconteceria dali por diante, o machucou tanto... nada.

Ele ficou paralisado, vários minutos se passaram antes que Draco se aproximasse do corpo lentamente, a cada passo torcia para que não fosse verdade... que ela se levantasse e o abraçasse, dizendo que tudo estava bem, que fugiriam juntos para qualquer lugar longe de Lúcio, da mansão e da guerra. Mas o silêncio do calabouço provava o contrário, não ouvia as batidas do coração dela... não ouvia a respiração dela. E quando a tocou, ainda sentiu seu corpo quente... e a abraçou, chorando. A dor que sentia no peito era tanta que ele achava que não iria suportar... ela estava morta... morta...

A mente de Draco começou a dar voltas... sua mãe lhe abraçando quando sua magia despertou... o corpo dela em seus braços... ela sorrindo pelo desenho que ele fizera dela... os olhos azuis opacos e sem vida... Narcissa correndo para recebê-lo depois de seu primeiro ano em Hogwarts... o corpo esfriando... ela dançando com ele numa festa de natal na casa de Fudge... ela dizendo que o amava antes de se matar...

Cada lembrança, Lúcio aparecia atrás deles (com seu sorrisinho sarcástico) como uma sombra os envolvendo. Tudo tinha sido culpa dele.

Draco a colocou de volta no chão, gentilmente. Antes de se levantar, ele pegou um anel de pequenos brilhantes azuis dela. O anel tinha sido seu presente de natal do ano passado para ela, Narcissa gostava tanto do anel que não o tirava nem para dormir. Draco colocou o anel no seu dedo do meio, na mão esquerda. Ele tremia descontroladamente, de olhos fechados e sem perceber que seu corpo estava envolto numa tênue aura branca.

E depois de cinco minutos ou mais, o Lar de Aquiles tremeu ante a explosão de fúria do vampiro.


Out of My Way - Seether

Mark e Dimitri estavam deitados em seus quartos quando a mansão tremeu, ouvindo também um grito horrendo que fez gelar o sangue em suas veias. Eles saíram correndo com as varinhas em punho em direção ao salão de entrada. Mas ao chegarem lá, eles ouviram um barulho surdo vindo de dentro da casa.

- Tem vezes que eu odeio estar certo... – Dimitri sussurrou.

- O que será que estão usando? – a voz de Mark saiu trêmula - Um trasgo? Um gigante?

E antes que pudessem especular mais sobre o ataque que estavam sofrendo, uma das portas que separava o resto da casa do salão de entrada voou na direção deles, fazendo cada um pular para um lado para escapar de serem esmagados. A porta atravessou a parede que atingiu, adicionando mais uma entrada na mansão. Mark ainda estava de joelhos, começando a se levantar, quando ouviu uma coisa rolando em sua direção: a cabeça de um dementador bateu no seu joelho direito. Ele tentou gritar de pavor quando uma outra cabeça, também de dementador, atingiu-lhe em cheio no peito, o jogando contra a parede e lhe quebrando três costelas.

Dimitri, por sua vez, estava de joelhos também e estava paralisado. A criatura responsável pelo ataque estava entrando no salão naquele momento: o vampiro do calabouço. Ele estava brilhando e seu rosto tinha uma expressão furiosa mil vezes pior do que a mantícora que Dimitri tinha matado... era personificação do ódio e seus olhos estavam totalmente brancos. O vampiro virou a cabeça na direção dele e, com um sorriso, sumiu. Antes que ele pudesse pensar em se levantar e se defender, o vampiro reapareceu sorrindo bem na sua frente e enfiou sua mão esquerda no peito do Comensal. O sangue nem começou a jorrar e o vampiro retirou sua mão com o coração de Dimitri ainda batendo nela. Dimitri viu o órgão pulsar duas vezes antes de morrer.

Mark, respirando com dificuldade, viu o vampiro esmagar o coração assim que seu amigo tombou no chão. A criatura lambeu os dedos de sua mão e se abaixou, pegando o corpo sem vida de Dimitri. Ele começou a tremer quando vampiro começou a estraçalhar o corpo, jogando os membros arrancados para as paredes e fazendo nelas placas de carne e sangue. Quando apenas a cabeça restou, o vampiro arrancou os olhos dela e a esmagou com o pé. Ele guardou num dos bolsos os olhos castanhos de Dimitri.

E então, o vampiro o olhou... e sumiu, novamente.

Mark fechou os olhos. Ele sentiu o vampiro reaparecer em sua frente, fedendo a sangue e carniça.

- Onde... ele... está? – a voz grossa e arrastada do vampiro invadiu seus ouvidos – Onde... está... Lúcio?

- Piedade... – Mark sussurrava – por favor... piedade...

O vampiro o levantou com violência e o imprensou contra a parede, apertando seu pescoço com a mão esquerda, as unhas ameaçando perfurar seu pescoço.

- Olhe para mim, mortal... OLHE! – Mark abriu os olhos, uma solitária lágrima percorreu-lhe o rosto – Por acaso, pareço alguém piedoso? Já viu um vampiro... uma criatura das trevas... ter piedade? – o vampiro levantou sua outra mão e a exibiu para Mark – Onde... está... Lúcio? Eu não perguntarei de novo, mortal imundo.

- Eu não sei... – Mark disse ofegante – eu juro que não sei.

- Então, você é inútil para mim.

E com isso, Mark Lewis Stevenson teve sua cabeça esmagada contra a parede. Os olhos pularam das órbitas e o vampiro os guardou também.


A música continua

Os quinze elfos domésticos do Lar de Aquiles dormiam numa casinha nos fundos da propriedade, um pouco longe da mansão. Yhn era o único que não dormia, alguma coisa estava acontecendo... podia sentir na pele. A senhora Malfoy ordenou que ficasse de prontidão, que a qualquer momento eles fugiriam e Yhn teria sua libertação. Ficar acordado durante as últimas noites não o cansava, como aconteceria com um humano, porém dificultava o processo de cura de seus ferimentos. Ele tinha escondido os baús no lugar mais improvável do mundo: dentro do relógio do escritório de Lúcio, encolhidos. O local tinha sido escolhido por Lilandra. Entrar naquele lugar tinha sido seu ato mais corajoso e insano (na opinião dele)... o que não sabia, era que haveria mais atos como aquele.

Ele teve a certeza quando a porta do casebre foi arrancada do seu lugar e jogada a vários metros dali. Os elfos pularam do chão e avançaram para atacar o invasor. Um elfo doméstico tem poder mágico o suficiente para matar qualquer coisa que ameaçasse seus mestres, mas o mesmo poder mágico o impedia de machucar seus mestres (lhes causando uma enorme dor física). Então, quando os elfos tentaram enfeitiçar o "estranho", eles se contorceram de dor e olharam com mais atenção para ele... o invasor era o jovem mestre.

Silêncio

- Onde está o elfo Yhn? – perguntou Draco, o luar e o brilho de seu corpo lhe davam uma aparência fantasmagórica.

- Yhn está aqui... jovem mestre. – Yhn foi o único a ficar parado durante o contra-ataque e caminhou por entre seus colegas até Draco. Chegando em sua frente, Yhn se curvou como pôde – Yhn sou eu. Onde está a senhora?

- Está morta. – o brilho de Draco intensificou-se e iluminou o ambiente tanto quanto o luar iluminava - Por minha culpa... e de Lúcio. – ele rosnou ao dizer o nome do pai – Ela disse que me ajudaria... e então?

- Yhn fará como pode, jovem mestre.

- "timo. – Draco voltou seu olhar para os outros elfos – Não arrumem a mansão, isto é uma ordem.

- Mas... – um elfo arriscou falar, os outros se afastaram dele como se estivesse com uma doença contagiosa – o mestre falou para elfos não obedecer mais ordens do jovem mestre, que estava morto, e nem da senhora, jovem mestre.

Draco só precisou olhar para o elfo impertinente. A pobre criatura se ajoelhou e começou a bater com a cabeça no chão violentamente. Para Yhn, aquele olhar era muito parecido com o do mestre, só que achou melhor não falar nada... o jovem mestre parecia ficar mais furioso com a menção do mestre, assim como a falecida senhora.

Draco caminhou lentamente até ele. Quando o elfo se preparava para mais uma cabeçada, Draco agarrou a cabeça dele e a empurrou com força contra o chão... os elfos sufocaram seus gritos quando pedaços gelatinosos de cérebro, osso e carne espalharam-se pelo chão. O vampiro repetiu seu ritual macabro: guardou os enormes olhos da criatura no bolso.

- Alguém mais quer falar alguma coisa? - nenhum deles respondeu e abaixaram suas cabecinhas – "timo, já perdi tempo demais com vocês. – Draco pegou Yhn pelo seu braço bom e o arrastava para fora do casebre. Assim que saiu, ele gritou para os elfos que se amontoaram na entrada – E nem pensem em avisar seu mestre do que aconteceu!

Ele arrastou o elfo até a frente da mansão e ficou sabendo do que sua mãe planejara. Draco ordenou que o elfo pegasse os baús e retornasse imediatamente ou iria buscá-lo pelo seu braço quebrado. Enquanto esperava por Yhn, ele pensava sobre o trato que Narcissa tinha feito. Se deixasse aquele elfo livre, Lúcio poderia rastreá-lo... uma chance pequena de sucesso... mas mesmo assim havia uma chance. Que adiantaria a liberdade se morreria na certa algum tempo depois? Aquele elfo merecia coisa melhor, já que ele ajudou sua mãe.

- Jovem mestre? – Yhn voltara e encontrou Draco pensativo – Yhn já está de volta.

- Mesmo? Achei que minha consciência resolveu falar comigo numa voz ridícula. – Draco respondeu, sem olhar para o elfo – Minha mãe lhe prometeu a liberdade, não foi? – o elfo balançou sua cabeça afirmando – Pois a terá, elfo... mais tarde. Preciso de você.

- Mas... – Yhn começou a tremer, ele tinha aceitado a idéia de ser livre e agora isso? – a senhora disse...

- A senhora está morta. – uma sombra de dor passou no rosto de Draco – Manterei a palavra dela. Só que preciso de você. – Draco virou-se para encarar o elfo – Você pode escolher: ou vai comigo em minha jornada escura, cheia de perigos e espera uma chance de se libertar; ou fica aqui, esperando pela volta de seu mestre e pela morte eminente, porque é o que acontecerá a todos aqueles elfos que ficaram e me obedeceram.

Outra escolha óbvia para Yhn.

- Yhn irá com o senhor, jovem mestre. – Yhn falou pesaroso – Yhn acredita que jovem mestre cumprirá sua palavra.

- Pois bem. Quando arranjar uma varinha, realizarei o pacto mágico. Agora, temos que fugir.

- O jovem mestre permite que Yhn lhe dê um conselho antes de irmos?

- Sim?

- O jovem mestre precisa se vestir e assumir uma aparência normal.

- É verdade. – Draco deu um sorriso bem triste – É melhor mesmo. – ele respirou fundo e seu corpo parou de brilhar e as íris cinzas reapareceram em seus olhos.

Draco escolheu vestes azul-escuras e uma capa preta com capuz, vestiu-as rapidamente e, junto com Yhn, deixou a mansão para trás. Somente muito tempo depois, ele voltaria a pisar novamente naquelas terras.


N.A.6: Acho que esse capítulo não teve muitas surpresas, não é? Mas, posso dizer que esse foi o mais emocionante até agora (pelo menos para mim). Pensei muito sobre como seria a morte de Narcissa... tentei fazer o mais triste possível (para mim). Espero que a trilha sonora tenha ajudado. Fiquei parado nessa cena a maior parte do tempo.

N.A.7: A parte dos dementadores resolvi deixar para a imaginação de vocês. A luta foi intensa e rápida, como devem ter notado. Achei melhor assim porque (admito) não me ocorria idéias de como a deixar emocionante (sem parecer uma luta de desenho japonês... se bem que essa transformação, não sei não). Só posso dizer que o trauma de ver a mãe morta foi tão grande que causou esse efeito nele, mas Draco ainda não descobriu qual é o seu "presente das trevas" (Lestat e Anne Rice... tudo a ver conosco, não acham?) e quais as extensões verdadeiras de seus poderes de vampiro.

N.A.8: Os próximos três (ou quatro) capítulos serão em forma de diário, narrando a viagem de Draco e Yhn em busca de informações e meios de matar os vilões. Esperem de tudo, galera. Usarei criaturas do universo Dungeons e Dragons, Magic The Gathering e vários outros títulos de RPG e fantasia. Eles serão uma peça importante para o fortalecimento de Draco. Como alguns puderam notar, usei os "gnolls" (criaturas cachorro-homem ou hiena-homem) como parte da narrativa.

N.A.9: Resolvi, finalmente, incluir o Jun (um personagem que uso de vez em quando) na parada. Ele dará muito trabalho, acreditem.

N.A.10: Uma das grandes dúvidas desse capítulo seria incluir ou não uma parte de Lúcio. Aliás, isso também atrasou (e muito, acreditem) o lançamento deste capítulo. Eu iria colocar o senhor Malfoy desfrutando dos prazeres do Ritz de Paris. Visitem a página do hotel e me digam se não é a cara dele se hospedar num lugar assim... dá até medo de entrar no lugar de tanto luxo. Não coloquei porque queria dar mais ênfase aos outros personagens. Poderei usar mais tarde... quem sabe?

N.A.11: Minha querida Lily Dragon (desculpa não ter falado aquele dia com você, estava cansado pacas) me falou de um RPG chamado "Vampiro, A Máscara". Eu tenho uma revista que fala dele e do "Guia do Sab", um livro complementar do "Vampiro". Você (ou alguém, por obséquio) tem eles? Estou procurando como um louco por eles. Antigamente, conseguia achar livros de RPG aqui em Belém e dava umas lidinhas. Agora, é difícil achar e o preço é um roubo. Estou caçando eles pela internet e agradeceria a ajuda... Ah, e antes que eu me esqueça: Draco irá para Dunkelheit, minha linda, na hora certa. Se acalme e leia. (risos) Mais uma vez peço desculpas pelo "barra ignore" que lhe dei.

N.A.12: Mel Morgan Weasley daria uma ótima criadora de conspirações. Eu também penso assim, acho a mesmíssima coisa.

- "Morte ao TCC!!! – o autor grita com todos os pulmões... e antes de gritar de novo, vira-se para Mel Morgan Weasley – Aliás... você está fazendo pós-graduação em quê?

N.A.13: PatHG, sinto dizer que sim. A tendência dos capítulos, daqui para a frente, é de demorar a aparecerem. Pois estou fazendo TCC e procurando emprego (e quem não está?). Prometo que farei o possível (e o impossível também) para que não esperem muito... mas não prometo nada. Adoro escrever tanto quanto ler e assistir filmes (isso quer dizer que preciso fazer essas coisas tanto quanto preciso respirar).

N.A.14: Para quê ele quer os olhos? Não sei... só posso garantir que é um motivo bem macabro. Draco está caminhando a largos passos para estar na próxima edição de "SERIAL KILLERS – os bruxos também têm os seus".

Sem mais nada a relatar, um beijo para vocês.

A cortina se fecha.

- Joça de fic... quando será que eu vou aparecer? Moody resmunga ao sair da sala.