N.A: Capítulo2! Desde já agradecendo a todos os que mandaram reviews! Espero que gostem!!!! Bjs CACL
Para: Os verdadeiros Christopher, Kristine, Ronald, Priscila, Jaqueline... que embora eu não saiba ainda bem ao certo quem são, pelo menos algumas, sei que são meus amigos, pois personagens destas não são simplesmente inventadas, tem de ser baseadas em pessoas que conheço!
"Uma viagem de 1000 milhas começa com um passo."
(Lao-Tse)
Capítulo 2
A Floresta Proibida
Foi com prazer que Christopher chegou a casa essa tarde, atrás dele vinha o pai que tal como ele vinha carregado de livros e outros objectos que ele ia precisar na escola. Tinham apanhado o Autocarro Cavaleiro e depois um barco até Inglaterra e daí tinham apanhado outro Autocarro Cavaleiro até à Diagon-Al visto que a sua lareira não estava ligada ao Pó de Fool e mesmo que estivesse Patrick não tinha desse pó!
Na realidade eles podiam ter-se ficado pela Irlanda, o seu pai contara-lhe que Galway tinha também uma mini-cidade de feiticeiros como a Diagon-Al, chama-se Prismal, e corria desparalelamente ao longo duma das ruas secundárias da cidade. Pelo que percebera a cidade tinha uma forma em prisma, qual deles o pai não referira pois não era aí que eles iam, eles iam para a Diagon-Al, pois o seu pai queria que ele tivesse uma varinha das melhores, e as melhores varinhas eram as do Sr. Ollivanders, e ele só tinha uma loja e essa loja ficava na Diagon-Al, por isso para não irem a dois sítios diferentes fariam as suas compras todas no mesmo sítio.
Foi com orgulho que Christopher tirou a sua varinha recordando o que acontecera algumas horas antes quando a fora buscar...
- Flasback -
Christopher entrou para dentro de Ollivander's enquanto o seu pai ia buscar os mantos dele que já deviam estar prontos. Tinham lá ido primeiro para que quando acabassem de comprar tudo os mantos já estivessem prontos. O Sr. Ollivander apareceu de repente, exactamente quando Christopher ia tocar na campainha do balcão.
- AH! Sr. Bleue... questionava-me quando o veria!!!
Christopher sentiu um arrepio a percorrer-lhe a espinha. Mas quando acabou de o sentir viu que fitas métricas o mediam sozinho e que o Sr. Ollivander continuava a falar:
- Bem, bem... já foi há bastante tempo que o seu pai e a sua mãe vieram aqui buscar as suas primeiras varinhas...
- A sério- quis dizer Christopher mas as fitas começaram a medir-lhe o nariz nessa altura impedindo de falar e fazendo-lhe comichão.
- O seu pai levou uma varinha de madeira de pinheiro... pouco comum...
mas a sua mãe levou uma varinha de madeira do Pólo Norte... quando digo que ela levou quero dizer que a varinha escolheu ser levada, visto ser ela que escolhe o feiticeiro se é que me entende...
- Tipo como as espadas??- questionou Christopher.
- Sim- respondeu o velho sorrindo- um pouco como as espadas mágicas ou
sagradas! Elas escolhem o cavaleiro e as minhas varinhas escolhem o seu feiticeiro...
Christopher assentiu. Nessa altura o Sr. Ollivander começou a passar-lhe varinhas para a mão, para ele as experimentar...
A primeira foi um desastre, todas as caixas saíram do sítio criando uma confusão tremenda. Christopher corou todas cores possíveis e imaginárias, o Sr. Ollivander apenas sorriu e com um golpe de varinha arrumou tudo antes de lhe passar outra varinha. A segunda tentativa foi tão frustrante como a primeira, um par de feiticeiros que iam a entrar na loja ficaram subitamente sem mantos e completamente em roupa interior tendo que sair a correr todos corados. Christopher não sabia se havia de rir ou chorar...
O Sr. Ollivander abanou a cabeça enquanto murmurou:
- Também me parecia que não!!!!
Christopher começava a desesperar, Patrick entrou na loja e olhando admirado para os feiticeiros que corriam perguntou:
- Pelas Barbas de Merlim! Que se passa aqui??
Christopher lançou um olhar triste ao pai que percebeu a situação.
- AH! Já percebi! Está a ser difícil!! Não te preocupes é para compensar a tua mãe... com ela foi á primeira... ela passava a vida a queixar-se que não se tinha divertido nada a escolher a varinha...
Christopher fez um sorriso e voltou-se para o Sr. Ollivander que tinha uma caixa branca na mão.
- Sim, se bem me recordo foi realmente há primeira...- comentou o Sr. Ollivander- por vezes ainda me custa acreditar... um pouco tal como quando me falaram da morte dos Potter...
Christopher experimentou a varinha da caixa branca e também nada, a não ser claro o facto dum gato castanho que uma rapariga levava ao colo perto da montra ter ficado rosa choque. Agora estava mesmo desesperado, Patrick colocou a mão no ombro do filho e disse para este descansar um pouco enquanto ele ia falar com Sr. Ollivander. Christopher sentou-se num banco perto da janela enquanto o seu pai e o Sr. Ollivander conversavam. Então a voz voltou:
- Christopher...
Sem saber porquê Christopher disse:
- Mãe...
- Christopher... aqui… aqui… em baixo…
Christopher reparou então que a segurar uma das pernas do banco estava uma caixa de varinha. Pegou na caixa e sacudiu-lhe o pó, a caixa parecia estar ali há tanto tempo que já tinha marcado o sítio onde a ponta da perna estava apoiada. Curioso abriu a caixa, lá dentro estava uma bela varinha cor de fogo com talhas douradas no cabo, talhas que lembravam runas. Pegou-lhe e aí sentiu... sentiu algo incrível... era como... como se ele pudesse fazer tudo... como se parte dele, uma parte da qual ele nunca tinha sentido falta tivesse voltado... fez um gesto de varinha e o jarro ao pé do seu pai começou a levitar calmamente e caiu-lhe em cima.
Patrick deu um salto quando sentiu a água a cair-lhe pela cabeça abaixo. Christopher riu e jurou ouvir a voz rir também, mas muito ao longe e muito fininho. Patrick voltou-se para Christopher e viu-o rir com gosto e acabou por sorrir também... ela costumava pregar-lhe partidas destas, rir ao ver a sua reacção e depois começar a fugir... mas não foi só por causa disso que Patrick tinha sorrido, ele tinha sorrido porque Christopher tinha finalmente encontrado uma varinha.
O Sr. Ollivander, secou Patrick com um gesto de varinha e em seguida pegou na varinha de Christopher comentando:
- Esta... esta foi uma das primeiras que fiz... nunca escolheu ninguém... sempre deu problemas e por isso escondia... mas agora ela escolheu-te a ti rapaz... sabes a última vez que alguém me deu tanto trabalho a escolher uma varinha essa escolha teve duas vertentes... uma foi para o Senhor Negro, coisas horríveis ele fez... a outra foi para o Senhor Potter, ele derrotou o Senhor Negro... ambos realizaram grandes feitos... acho que podemos esperar algo de ti rapaz... prometes... tal como a tua mãe prometia e cumpriu...
- Fim do Flashback -
Christopher interrogava-se, que quereria o Sr. Ollivander dizer com aquilo. Suspirou, estava a fazer a mala, podia esperar mais um ou dois dias para fazer a mala mas a ansiedade ganhara e ele agora fazia a mala por entre assobios e recordações. Isto até ouvir alguém tocar há campainha. Sorrindo, sem saber muito bem porquê, desceu as escadas duas a duas curioso. Raramente tinham visitas, só os avós e algo lhe dizia que de certeza que não eram eles, não depois daquela enorme discussão.
Quando chegou á sala encontrou um senhor de cabelos negros e óculos parecidos com os seus, vestido com uma camisa branca com riscas verdes e uma calças de ganga. Patrick estava em frente á personagem, tapando um pouco o convidado mas quando abriu a boca, Christopher, escondido atrás dum postigo, pode ouvir perfeitamente:
- Harry...
~ * ~
Em Hogwarts, Ginny andava da esquerda para a direita com o seu filho Arthur ao colo. Arthur, com cinco anos, tinha vivido praticamente toda a sua vida em Hogwarts e Hogwarts era a única coisa que se lembrava desde sempre. Com os cabelos e olhos do seu pai, Arthur devia ser o único Weasley que fugira á "Maldição" dos cabelos ruivos. A sua roupa verde com desenhos dourados de veados estava a ficar amachucada.
Hermione observava a cena divertida. Ginny estava preocupada e aborrecida ao mesmo tempo... Harry ia dormir no sofá essa noite... As gémeas, Ronald e Lily estavam com a avó Weasley, até ao dia em que as aulas iam começar para poderem vir com os outros estudantes no comboio que era a parte mais gira da viagem para Hogwarts. Apenas Arthur por Ginny ser uma mãe galinha e pelo facto dele ser muito novo para vir de comboio para Hogwarts não tinha ido.
- Mamã- disse Arthur de súbito- para de andar toou a ficar tonto! E depois... já não sou um bebé para ter de andar ao colo...
Ginny pousou Arthur no chão calmamente e manda-o deitar-se.
- Mas mãe!!!- queixa-se Arthur.
- Ou vais ou chamo o Peeves!!!- disse Ginny enervada.
Arthur arrepiou-se e correu pelos corredores até ao seu quarto onde se escondeu debaixo dos lençóis da cama. Hermione riu e comentou:
- Quem me dera que ainda pudesse fazer isso aos meus...
Ginny riria se a situação não fosse, pelo menos do seu ponto de vista, séria.
- Como... como... ele é LOUCO! Escreve o que te digo Herm ele é louco!!! Ir ao mundo Muggle, sozinho e para falar com o ... nós não os vemos desde... desde que... desde que...
- Desde que ela morreu...- completou Hermione.
- Sim!- diz Ginny sentando-se exausta- OH! Herm... nada me daria mais prazer do que ver o Christopher aqui! Onde ele pertence, entre aqueles que são como ele... mas por outro não posso deixar de pensar no destino da mãe dele quando descobriu este mundo...
- Ginny- comentou Hermione seriamente- nesses tempos ninguém estava seguro! Ela, o Ron... muitos outros que não conhecemos pereceram nesses tempos... mas agora acabou!!!
- Foi isso que dissera quando o Harry venceu o quem nós sabemos aos dois anos de idade!!!- resmungou Ginny- E olha o que se sucedeu...
- Sim Ginny mas desta vez é diferente! Nós vimos, nós enterramo-lo! Ele não se transformou em ar e desapareceu como dessa vez...
Ginny assentiu num gesto de cabeça e nessa altura Harry bateu há porta e entrou na sala com um sorriso. Ginny foi ter com ele deu-lhe um abraço, suspirou e...
- COMO TE ATREVESTE!!! QUERIAS MATAR-ME DE SUSTO!! TU ALGUMA VEZ MEDISTE AS CONSEQUÊNCIAS DOS TEUS ACTOS OH GRANDE RAPAZ QUE SOBREVIVEU....
Harry sorria o que fez Ginny parar de falar e tal como Hermione piscar os olhos assustada.
- Ele vem!- diz Harry contente- o Patrick está 100% de acordo! Ele vem para Hogwarts Gin. o meu afilhado vem para cá!! Ele recusou a carta da Escola de Magia e Feitiçaria Finn McCool para vir para Hogwarts!! AH! Ele vai ser o meu orgulho...
Ginny sorriu e abraçou o seu marido comentando profeticamente:
- Pois vai...
~ * ~
Finalmente o dia 1 de Setembro tinha chegado. Com Alvorecer dentro da sua caixa de viagem e com as malas no carrinho, Christopher dirigia-se alegremente com o seu pai para a Plataforma 9 e ¾, o seu pai tinha ido buscar a sua coruja Pipoca, que embora ofendida pelo súbito abandono, tinha sido deixada em casa dos pais de Patrick, parecia disposta a perdoar o seu dono, estava agora empoleirada no seu ombro e de vez em quanto bicava as orelhas de Patrick na brincadeira. Pipoca era uma coruja meio amarelada meio branca com alguns traços de castanho, lembrava mesmo uma pipoca, Christopher desconfiava que o seu nome devia vir daí.
Depois de ser ter direccionado contra o pilar entre as Plataformas 9 e 10, Christopher encontrou uma estação cheia de estudantes que corriam da esquerda para a direita. A hora de partida aproximava-se e todos estavam a fazer coisas de última hora. Patrick ajudou o filho a subir os malões e disse:
- Quando voltares, voltaremos a casa...
- ???
Christopher estava perdido, Patrick expressou-se melhor:
- Á casa onde vivíamos antes da tua mãe morrer... numa comunidade mágica... que me dizes?!?!
Christopher sorriu e assentiu num gesto de cabeça feliz.
- Mandarei a Pipoca saber como estás, aí de ti que não respondas!! Digo-lhe para ela te picar até escreveres uma carta decente!!- Patrick pôs uma voz irónica- A tua avó vai adorar saber como o seu amado neto se está a sair...
Christopher riu e disse que sim com a cabeça, claro que a sua avó iria adorar saber como ele se estava a sair. Nessa altura uma senhora ruiva e avantajada, que estava rodeada de um grupo de raparigas ruivas, aproximou-se e disse:
- Patrick Bleue! Não acredito...
Patrick voltou-se, à medida que as raparigas entravam satisfeitas para dentro do comboio, e sorriu reconhecendo a pessoa e disse educadamente:
- Miss Molly Weasley! Como está???
- Bem…- disse Molly desconcertada- mas, mas que faz aqui?!?
- Longa história...
Christopher entrou para o comboio percebendo que a conversa ia demorar, estava prestes a sentar-se quando viu três rapazes, um deles loiro, a atacarem uma rapariga que devia ter a sua idade que tremia de medo e parecia estar sozinha.
Devagarinho Christopher desceu da carruagem e foi até o sítio onde eles se encontravam. Quando lá chegou pode ouvir:
- Sangue de Lama! Desaparece!!!
- Desculpem- disse Christopher- interrompo!?!?
Os rapazes voltaram-se para ele. O loiro era um magricelas e os outros dois morenos pareciam estúpidos mas por outro lado eram fortes. A rapariga tinha longos cabelos negros presos numa trança que lhe dava abaixo dos ombros mas antes do meio das costas, os olhos dela eram também negros, negros como a noite e lá dentro pareciam albergar a lua e as estrelas e Christopher teve a certeza de que a lua e as estrelas tinham casa durante o dia, ela seria os olhos daquela rapariga.
O rapaz loiro olhou-o de cima a baixo e perguntou num tom superior:
- E tu? Quem és??? Não me lembro de ti... és um puro ou um sangue de lama???
Christopher não respondeu, foi ter com a rapariga e ajudou-a a levantar falando com ela como se os outros não estivessem presentes:
- Peço imensa desculpa por qualquer incomodo que estes senhores lhe possam ter causado Miss...
- Kristine... Kristine Shakespeare... e o Senhor???
Christopher apanhou um laço azul do chão que devia prender os cabelos negros da rapariga e que devia ter caído ou sido puxado e enquanto lho estendia disse:
- Christopher... Christopher Bleue...
Kristine assentiu, segurando o seu laço e colocando-o tal como Christopher suspeitava no final da traça para disfarçar o elástico. O rapaz loiro falou num tom irónico…
- Não posso... um Bleue... como é que tens coragem de mostrar a tua cara depois do que ...
Nesse momento o comboio apitou e começou a andar. Os três rapaz saltaram para a última carruagem e Christopher puxou Kristine e tentou fazer o mesmo, mas Kristine, embora da mesma idade, era mais pequena e não conseguia correr tão depressa e o comboio partiu sem eles enquanto os outros três gozavam com eles...
- Adeus Bleue... Sangue de Lama... cumprimentos de Malfoy...
Mais há frente, Patrick viu o comboio partir e suspirou de alívio. Nada de grandes alvoroços, nada de grandes nada... estava tudo bem, parecia que nunca tinha deixado o mundo mágico... que bem que sabia estar de volta... AH! O Mundo Muggle era um mundo frio e cruel... o Mundo Mágico podia por vezes ser cruel mas era sempre quente...
- Pai!
Patrick deu um salto e ao voltar-se viu Christopher e uma rapariga que não conhecia.
- Christopher?!?! Mas... tu não devias... Por Morgana... que se passou?? E quem é a menina??
Christopher não percebia porque o seu pai olhava para ele e para Kristine admirado e com os olhos arregalados, até que de súbito se apercebeu que ainda segurava a mão de Kristine. Corou um pouco e soltou-a antes de contar toda a sua história. Patrick ouviu tudo atentamente e por fim comentou:
- Bem... vamos ter que fazer algo... se o Harry não te vê chegar mata-se ou então mata-me e eu ainda quero viver mais uns aninhos antes de ir ter com a tua mãe...
Kristine que até então se interrogava por onde andaria a mãe de Christopher apercebeu-se que esta tinha morrido e por isso falar da sua mãe na presença dele não seria muito aconselhável, ainda por cima sendo ele a única pessoa que conhecia e que a podia ajudar. De súbito outra voz cortou a estação.
- Oh não! Perdi-o! A avó vai matar-me!! Como posso ter perdido o comboio!! Foram as gémeas elas enganaram-me!!!
Voltando-se Patrick, Christopher e Kristine viram um rapaz que devia ser da idade dos jovens, com cabelos cor de fogo, olhos azul acinzentado que vestia umas calças de ganga e uma camisa, tentando assim imitar o estilo Muggle no entanto os sapatos de vela destoavam o conjunto.
Christopher aproximou-se do rapaz e apertou-lhe a mão apresentando-se. Patrick levou as mãos á cabeça comentando:
- Ah! Não! Vocês combinaram não foi! Ronald Granger- Weasley… estou a ter uma sensação de déjà vu!!!
Christopher e Ronald voltaram-se para Patrick e piscaram os olhos não percebendo muito bem o que este queria dizer com isso.
- Sr. Bleue- a voz de Kristine trouxe Patrick de volta á terra- e agora?? Pode ajudar-nos...
Patrick sorriu e disse:
- Acho que sim... como te chamas??
- Kristine!! Kristine Shakespeare...
Patrick piscou os olhos por um momento e Christopher teve a sensação de que ele se devia estar a lembrar de algo esquisito. No entanto o seu pai acabou por sorrir e disse:
- Acho que sim Kristine... Esperem aqui!!!
Ronald, Christopher e Kristine sentaram-se num dos bancos da estação conversando e tentando conhecer-se, coisa normalmente feita no comboio.
- Acho que nos devíamos conhecer!- pediu Kristine- quem quer começar...
- Bem... - disse Ronald tomando a iniciativa- Tenho montes de tios e tias, uns 12 para ser exacto, e cada uns deles tem mais de 2filhos por isso tenho montes de primos... os meus avós trabalharam em tempos para o Ministério da Magia mas agora estão reformados... quando digo eles quero dizer o meu avó porque a minha avó sempre foi domestica o que não é surpreendente com 7filhos para criar... o meu pai... o meu pai morreu antes de eu nascer e a minha mãe trabalha no Ministério da Magia... depois há as gémeas...
- Então?- disse Christopher- tens irmãs??
- YA!- respondeu Ronald- duas... as gémeas... chamam-se Hermione e Heather, costumam ser simpáticas mas hoje como estavam com a Jaqueline e outras colegas... creio que se chamam Priscila e Leda, costumam falar delas nas cartas... devem ter decidido gozar um pouco com a minha cara... sabem é que não sei onde deixei a minha colecção de Cromos dos Grandes Feiticeiros e Feiticeiras que saem nos Sapos de Chocolate... só me faltam o Agrippa e o Ptolemy... da Antiga Colecção, são os mais raros...- Ronald baixou a cabeça por momentos, tinha sido o seu pai a começar essa colecção, nunca se a perdoaria se a tivesse perdido- elas disseram-me que me tinham visto com ela na mão aqui na estação perto das casas de banho e eu lembrei-me que tinha ido à casa de banho e se calhar me tinha esquecido lá da colecção mas não estava lá... e quando saí da casa de banho... bem... vocês sabem o resto da história... Ei! Christopher como sabia o teu pai o meu nome...
Kristine piscou os olhos e comentou:
- Isso quer dizer que te chamas mesmo Ronald Granger- Weasley???!
- YAP! E tu quem és???
- Eu sou a Kristine e...
Nessa altura uma vendedora de doces apareceu e depois de ouvir a triste história dos jovens ofereceu-lhes três sapos de chocolate para ver se melhoravam. Os jovens agradeceram e comeram os sapos, Ronald correu a ver o seu cartão...
- AH! A Morgana! Já tenho 5 dela... melhor sorte para vocês...
Christopher olhou para o seu cromo. Lá a sorrir para ele estava o senhor que ido a sua casa. No entanto na foto ele tinha umas belas vestes vermelhas e douradas e não a roupa Muggle que usara quando os visitara. Olhando para a legenda leu:
- Harry Potter...
- Ei!- disse Ronald- não sabia que o Tio Harry tinha um cartão com ele...
deve fazer parte da nova colecção... dessa só me faltam 5... bem, é mais um que me falta... que diz???
Voltando o cartão Christopher leu:
- Harry Potter... Actualmente é Professor de Defesa Contra as Artes das
Trevas em Hogwarts depois dum acidente o impedir de continuar na Liga Internacional de Quidditch a jogar pelos Chudley Cannons, casado e com dois filhos é considerado um dos maiores feiticeiros do nosso tempo juntamente com Dumbledor a quem muito ajudou na Grande Guerra contra o Quem- Nós- Sabemos....
Kristine que se tinha apoiado no ombro de Christopher comentou:
- Ele vai então ser nosso professor... Fixe...
Christopher virou-se para Kristine e perguntou:
- E a ti? Qual saiu??
Kristine olhou para o seu cartão. Uma bela senhora de cabelos castanhos e olhos verdes, vestida de prateado sorriu para ela antes de sair a correr do cartão e levar as letras com ela. Kristine encolheu os ombros e disse:
- Não sei... fugiu e levou as letras com ela... deve ser tímida... deixa estar...
Christopher e Ronald encolheram os ombros. Ronald disse para Kristine:
- Não acabaste de falar...
Kristine assentiu e disse:
- Bem... tenho um irmão mais novo chamado William, ele tem nove anos, e os meus pais são Muggles... assim como toda a minha família... embora eles me tenham ajudado nas compras e isso tudo há última da hora começaram a pensar que talvez tudo tivesse sido uma encenação e por isso deixaram-me em King's Cross sozinha para o caso de ser algo para os Apanhados ou para o Isto Só Visto... e tudo estava bem até á altura em que aquele gay cobarde loiro se atravessou no meu caminho e me começou a atacar e chamar Sangue de Lama...
- Deixa-me adivinhar...- disse Ronald- Malfoy!!!
Christopher e Kristine assentiram e Ronald comentou:
- É mesmo deles... Não ligues são estúpidos, cobarde e mais uma data de coisas parecidas há mais de 10gerações não é agora que vão mudar...
Kristine sorriu e assentiu. Então ela e Ronald olharam para Christopher como que a lhe pedirem para falar. Christopher suspirou e disse:
- Sou filho único... a minha mãe morreu quando eu era criança... não tenho tios ou tias... pelo menos que saiba porque até dia 25 de Julho eu não sabia que o meu pai era feiticeiro...
Ronald fez uma cara admirada.
- Isso que dizer que vivias como Muggle assim como a Kristine... Uma mistura... feiticeiro casa com Muggle...
- Não! Não!- respondeu Christopher rapidamente, recordando a sua aventura pela Diagon-Al e o comentário do Sr. Ollivander- a minha mãe também era feiticeira...
- Como???- disse Ronald- Não creio que ainda se morra de doenças ou algo parecido no mundo mágico... foi um acidente...
- RONALD!- disse Kristine reprovadoramente.
- O que foi???- perguntou Ronald enquanto Kristine abanava a cabeça.
[N.A: Não noto nenhum gene do Ron aqui!!! ^_^]
- Não sei!- informou Christopher- a única coisa que eu sei é que ela morreu para me proteger de algo... de vez em quanto tenho pesadelos com isso... normalmente não me lembro... mas por vezes sei que estou a dormir embora esteja consciente e ouço-me a dizer Mãe, cuidado... atrás de ti... foge... foge... ele vai matar-te foge... é por isso que eu sei que ela morreu para eu viver...
Christopher piscou os olhos, porque estava a contar tanto de si a dois desconhecidos, a verdade é que sentia bem ao pé deles, como se fossem velhos amigos, era esquisito. Tanto Ronald como Kristine tinham ouvido da boca dele coisas que ele nunca pusera em palavras ditas, só pensadas, talvez nem pensadas. Confiava neles, não sabia porquê mas confiava, talvez por sentir que era a primeira vez que o ouviam de livre vontade ou porque queria ter amigos, talvez por ter salvo Kristine... Era difícil de explicar mas poderia resumir tudo na frase: Confio neles!!
Kristine, que devia estar naquela altura do mês, praticamente chorava por esta altura. Com um fungo conseguiu que Christopher e Ronald se voltassem para ela.
- OH! Christopher- disse- é maravilhoso… quer dizer… os meus pais deixaram-me sozinha no momento em que mais precisei deles e a tua mãe deu aquilo que mais tinha de preciso para te salvar... és um sortudo...
Com isto Kristine deu um abraço a Christopher que ficou de todas as cores. Ronald piscou os olhos admirado e deu uma cotovelada a Christopher aproveitando a altura em que Kristine se assoava para comentar:
- Boa malha!!! Daqui a uns anos vai ser prefeito para atraíres todas as raparigas que quiseres... só te falta um carro...
De súbito a face de Ronald iluminou-se e...
- Tive uma ideia...
~ * ~
Molly Weasley, não mudou muito, sem ser claro o facto de que agora é avó e que é mais mãe galinha do que alguma vez foi. Durante a guerra, e por várias vezes, este muito próximo de perder um dos seus filhos ou o seu marido, isso tronou-a forte mas tronou-a também demasiado preocupada. Por isso assim que Patrick a apanhou já a sair da estação, tinha sido impedida de sair mais cedo por Miss Layer, uma amiga de infância, e lhe contou o que tinha acontecido ao seu neto, Molly ficou bastante preocupada.
- O Rony é tal e qual o pai...- comenta Molly tristemente- tenho tanta pena que eles não se tenham conhecido... iam amar-se... igualzinhos... mas talvez seja melhor assim, pelo menos não haverá a dor da separação ...
Patrick assentiu e comentou:
- Miss Molly Weasley... não sei se será muito bom para si vê-los juntos... eles são exactamente... exactamente como o Harry, o Ron e a Hermione... assusta vê-los juntos... o Christopher é tão parecido com o Harry como o Rony é com o Ron... e a Kristine tem parecenças com a Hermione suficientes para ser quase como ela...
Molly assentiu num gesto de cabeça e nada mais disse. Nesse momento chegaram ao sítio onde Patrick os tinha deixado. O banco estava vazio, nele apenas a existência de três caixas de sapos de chocolate vazias provava a existência das três crianças. Patrick piscou os olhos e engoliu a seco...
Molly começou a ficar branca e ia tirar da varinha para realizar um feitiço de busca quando Patrick a impediu dizendo.
- Acho que sei para onde eles foram...
Começando a correr Patrick dirigiu-se para a saída da Plataforma 9 e ¾ apenas para chocar com Arthur Weasley que vinha a correr. Assim que viu a mulher Arthur disse-lhe:
- Roubaram o carro...
Molly voltou-se para Patrick e disse:
- Não acha que...
- Acho sim!- disse Patrick olhando para o tecto da estação como se pudesse ver o céu- acho sim...
~ *~
- VOU MORRER!!- gritava Kristine dentro do carro.
Ronald encolheu os ombros e comentou:
- Exagerada! Está bem que não tenho idade para guiar mas daí até isso...
Christopher sorriu e voltou-se para trás dizendo:
- Tem calma Kristine! Queres que vá para ao pé de ti???
Kristine começou a tremer na parte de trás do carro onde se sentava ao pé dum monte de malas com etiquetas que informavam que pertenciam a Molly e Arthur Weasley, Alvorecer e Pig estavam tal como as malas do grupo no comboio, e comentou:
- Não tens espaço...
Christopher assentiu e perguntou:
- Queres vir para ao pé de mim???
Kristine ia para dizer que não quando de súbito Ronald se desviou dum bando de pássaros o que fez com que a porta do lado das malas se abrisse e as malas caiassem todas no vazio e só não levaram Kristine atrás porque Christopher a agarrou e puxou para a frente. Aí Kristine sentou-se entre as mudanças e Christopher de modo a não ficar perto duma porta. Estava branca e parecia poder chorar a qualquer momento. Christopher pôs um braço nos ombros desta e Kristine começou a chorar baixinho contra o ombro de Christopher enquanto Ronald se tentava desculpar...
- Perdão Kristine... foram os pássaros... desculpa a sério... eu não te quero mal acredita...
- Tens a certeza!?- perguntou Kristine em voz baixa- não é... não é por causa de eu ser uma... uma Sangue de Lama é??
Ronald riu e Christopher olhou para ele chocado enquanto Kristine parou de chorar durante uns segundos.
- Claro que não!- disse Ronald explicando-se- a minha mãe é uma Sangue de Lama... e digo-te o meu pai era um sangue puro tal como eu e não se importou de casar com ela porque havia eu de me importar em ser teu amigo...
Kristine sorriu e Christopher quase suspirou de alívio, uma discussão não era bem o que vinha a calhar naquela situação em que eles se encontravam. Pouco tempo depois sobrevoavam uma floresta, quando Christopher achou por bem ligarem o rádio. Uma melodia triste mas bela encheu o carro, saxofones acompanhados de piano e alguns violinos faziam um efeito devastador. Ronald viu a cara de Christopher tronar-se séria e perguntou-lhe o que se passava, Christopher respondeu:
- Esta música... sabes como se chama??
- Não!- disse Ronald- Como??
- Dying Young... Morrer Novo…
Kristine começou a cantarolar baixinho...
- Forever Young... I want to be forever young... I want to live forever… forever young… I want to stay forever… forever young… (Para sempre nova… quero ser para sempre nova.. quero viver para sempre... para sempre nova... quero ficar para sempre... para sempre nova...)
Ronald ouvia a música atentamente, e acompanhava a doce voz de Kristine quando chegava a altura do refrão, quando a música acabou a única coisa que conseguiu comentar, enquanto olhava para a janela, a música tinha-o lembrado do pai, foi...
- Lindo... triste mas lindo.. acho que...
- RONALD CUIDADO!!- gritou Christopher.
Ronald voltou-se para a frente para ver uma árvore que era mais alta que as outras, sem tempo para virar Ronald pôs as mãos em frente aos olhos, enquanto Christopher agarrou Kristine que o agarrava com todas as suas forças...
~ * ~
Harry estava com Hagrid na estação e andavam impacientemente dum lado para o outro. Hagrid estava a segui-lo com o olhar mas acabou por desistir...
- Harry... para pô favô! Estás a fazer-me ficar tonto…
Harry parou de andar e voltou-se para Hagrid dizendo:
- Desculpa Hagrid mas é que... parece-me tão irreal... a última vez que o vi ele mal andava e agora vem para Hogwarts... o meu afilhado vem para cá... eu... eu... OH Hagrid quando me contaram que a mãe dele tinha morrido... eu pensei que ele tinha morrido também... que tinha perdido os dois... mas depois disseram-me que ele e o Patrick estavam bem... quase que dei pulos de alegria mas depois o Patrick partiu e levou-o com ele e proibiu-nos de nos aproximar-mos...
- Eu sei Harry nã precisas de m' contar...
Harry assentiu e era para voltar a falar quando o comboio chegou, os alunos começaram a descer. Hagrid chamou os primeiros anos para ao pé de si e de Harry. Este observou-os a todos mas não encontrou nem Christopher nem Ronald...
- Hagrid?!? Onde estão o Christopher e o Rony...
- PRIMEIROS ANOS!! POR AQUI!! JÁ ESTÃO CÁ TODOS???
Um riso sarcástico e uma voz diabólica ouviram-se:
- Bem dois tenho a certeza que cá não estão... um tal Bleue e uma Sangue de Lama... ficaram na estação lá em Londres...
Harry aproximou-se, os alunos que tinham começado a rir calaram-se, embora mais de metade não fizesse a menor ideia de quem aquele feiticeiro era, todos constataram que a figura de Harry metia respeito.
- E posso saber quem falou??
Malfoy aproximou-se.
- Eu professor, eu sou...
Harry olhou para Malfoy e interrompeu:
- Espera deixa-me adivinhar... Loiro, sarcástico, inimigo de Sangues de Lama... tu deves ser um Malfoy!
Malfoy era para falar mas Hagrid chamou os alunos para os botes. Assim que todos se afastaram um sorriso apareceu na face de Harry enquanto este pronunciava:
- Esta foi por ti Ron... a vingança é mesmo doce...
No entanto a mente de Harry estava preocupada com outras coisas, com três estudantes perdidos na plataforma 9 e ¾ ou quem soubesse já em casa e prontos a desistir de vir para Hogwarts, o problema era que Harry sentia que eles estavam numa embrulhada pior, muito pior...
~ * ~
Christopher sentiu-se abanado, sonhava que estava num barco ou estaria nos braços da mãe, sentia-se a ser embalado e ouvia algo suave e cristalino ao fundo, tanto podia ser o mar como a voz da mãe... sentiu-se de novo abanado só que com mais força e uma voz chamou-o ...
- Christopher... Chris... vá lá meu acorda...
Christopher abriu os olhos e viu Ronald a olhar para ele. Ronald sorriu e comentou:
- Ainda bem que acordaste!- de súbito a sua face ficou séria- temos que encontrar a Kristine...
Num pulo Christopher estava a pé, concentrou-se e pareceu-lhe ouvir alguém a chorar. Seguindo essa direcção acompanhado por Ronald foi encontrar Kristine que estava no chão e tinha uma mão no joelho enquanto chorava baixinho. Assim que os viu Kristine quase deu dois pulos de contentamento:
- Chris... – disse- acho que parti a perna ou pelo menos torci o tornozelo!Não me aguento em pé...
Ronald suspirou de alívio ao ver que Kristine estava viva mas Christopher fez uma cara preocupada quando á informação que Kristine lhes tinha dado. Aproximou-se dela passou-lhe um braços pelos ombros e ajudou-a a pôr-se em pé na perna que estava boa. Ronald passou então para o outro lado de Kristine e suportou metade do seu peso. Começaram a andar...
- Então e agora?- perguntou Kristine- onde estamos? Vamos demorar muito a chegar a Hogwarts? Vamos chegar ou morrer a meio caminho??
Ronald fez uma cara de quem não está a achar piada há brincadeira mas respondeu dizendo:
- Agora temos que continuar a andar! Ficarmos parados não vai ajudar... não faço ideia de quanto tempo vamos demorar e acho que sim, devemos chegar a Hogwarts...
- Mas- perguntou Christopher- Onde estamos exactamente....
Ronald olhou em redor, pensou um pouco e acabou por responder:
- Provavelmente... quase de certeza... na Floresta Proibida...
- Isso é mau, não é!!!- começou Kristine- quer dizer ela deve ser Proibida por algum motivo...
- YA!- responde Ronald- Centauros, Lobisomens, Aranhas... BRUG! Odeio Aranhas... Morcegos, Vampiros, Cobras gigantes... Gigantes, Ogres... nada de especial...
Kristine ficou branca e de súbito, antes que alguém a pudesse impedir, gritou em plenos pulmões:
- VOU MORRER!!!
Christopher tapou-lhe a boca rapidamente dizendo:
- Shiuuu... não queremos que saibam que estamos aqui...
Kristine assentiu e parou de gritar. Christopher suspirou e Ron fez um feitiço, em voz baixa. Era um feitiço simples que costumava usar quando brincava á apanhada com as irmãs, quer dizer, que elas usavam para o apanhar. Visto serem irmãos eles tinham um elo eterno, por muito que se afastassem uns dos outros estariam sempre ligados. Como era um feitiço base e normalmente só usado em caso de desaparecimento o Ministério da Magia nada fazia para evitar que os alunos o usassem, afinal ele não podia magoar ninguém.
Rapidamente uma linha azul clara rasgou a escuridão e Ronald explicou a Kristine e a Christopher o que tinha feito. Juntos começaram a seguir a linha em silêncio até que Kristine perguntou se podia cantar algo para se esquecer da dor que tinha na perna. Ambos os rapazes aceitaram, desde que não fosse muito alto e não contivesse a frase "Vou morrer", Kristine deu um pontapé leve a Christopher pela piada e começou a cantar:
- May it be and evening star
Shines down upon you
May it be when darkness falls
Your heart will be true
You walk a lonely road
Oh! How far you are from home…
~ * ~
Num sítio escuro algo se levanta…
Ia ser tão fácil... todos pensavam que ao terem derrotado Voldemort tudo ia ficar bem, pois a verdade é que não ia... se eles tivessem descoberto toda a verdade... tê-lo-iam morto e não apenas desprezado e abandonado... agora ele sabia o que fazer e como o fazer, como fazer o grande vencedor do Senhor das Trevas cair e pedir piedade aos seus pés... a sua sorte tinha sido que os únicos dois que tinham descoberto a verdade estavam mortos... Ronald Weasley... esse tinha sido complicado... tinham tido que ser cinco ao mesmo tempo para o matar... e a Bleue... essa ainda tinha sido pior... a sorte dele tinha sido o rapazinho... o filho dela... como qualquer mãe ela preferira ser morta a ver o filho morrer... o que no fundo ia dar ao mesmo visto que agora ele ia matar o rapaz... sim, ele era pequeno na altura mas podia lembrar-se e se ele se lembrasse esse seria o fim dele... mas tinha o rapaz na mão... o inseguro rapaz na mão...
~ * ~
- Mornie utúlië (darkness has come)
Believe and you will find your way
Mornie alantië (darkness has fallen)
A promise lives within you now
Christopher olhava para todos os lados, não sabia porquê mas a música cantada por Kristine estava a deixá-lo em estado de alerta, a escuridão parecia realmente aumentar, e ele começava a lembrar-se duma promessa...
- Acredita em ti e encontrarás o teu caminho...- sussurrou a voz que ele agora identificava como sendo a da sua mãe.
Christopher respirou fundo e disse que sim com a cabeça. Ronald começava a sentir-se cansado e Kristine sentia que embora cantasse a perna recomeçava a dor. Christopher parou de andar e colocou Kristine nas suas costas dizendo:
- Como nunca tive amigos dediquei-me á ginástica... tá descansada que não pesas nada... agora toca a despachar antes que o feitiço desapareça, o Ronald começa a ficar cansado demais para fazer outro...
Ronald e Kristine assentiram. Pouco tempo depois caminhavam novamente em silêncio até Ronald dizer:
- Ei Kristine podias... sei lá... continuar a cantar... estava a gostar...
Kristine sorriu e continuou a música...
- May it be the shadows call
will fly away
May it be your journey on
To light the day
When the night is overcome
You may rise to find the sun
De súbito Christopher caiu. Ronald correu a ajudá-lo e a ajudar Kristine que devia ser agora um peso nas costas dos amigo. No entanto Christopher apenas disse:
- Calados! Ouçam...
Ambos os amigos calaram-se e ouviram o que Christopher estava a ouvir. Era uma respiração ofegante, uma respiração de caçador e eles deviam ser a presa. O pior era que não conseguiam identificar de onde vinha a respiração... podia vir de qualquer lado, ou então podia ser uma manada duma coisa qualquer que os tivesse rodeado. Kristine queria gritar, chorar, gemer mas no entanto soube que o melhor era estar calada, simplesmente agarrou-se a Christopher com toda a sua força. Por pouco que Christopher não gritava de dor, as unhas de Kristine estavam a penetrar a sua pele, ele tinha a certeza, no entanto ele percebia-a ele também estava com medo...
Ronald apenas engolia em seco. Se ele saísse vivo desta embrulhada nunca, mas é que nunca, nunca, ele já tinha referido que nunca, mais acreditaria nas gémeas quando elas estivessem com aquele sorrisinho diabólico.
O medo era agora terrível, rodeava-os tal como a escuridão. Nenhum dos três se atrevia a respirar alto, Kristine chorava agora sem voz e sem fungar, as lágrimas caiam-lhe pelo rosto silenciosas. Agora ela tinha a certeza de que eles iam morrer, o que quer que fosse que estava a fazer aquele barulho não era bom. Encolheram-se perto das raízes da grande árvore como se isso os tronasse invisíveis.
- Pensem- disse Ronald- que não estamos aqui...
- Ãh??- disse Christopher.
- Faz aquilo que eu te digo!!!
Kristine e Christopher assentiram e começaram a pensar para eles próprios "Eu não estou aqui..." Pouco tempo depois um enorme centauro apareceu na clareira, olhou em redor como quem procura algo e como não viu ninguém partiu tão rápido como tinha chegado.
Kristine suspirou de alívio, enquanto Christopher se voltou para Ronald e comentou:
- É impossível que ele não nos tenha visto.. quer dizer... ele estava a menos
de 5metros de nós...
Ronald sorriu e comentou:
- Lembras-te do que eu vos mandei pensar... é a teoria dum psicólogo qualquer... eu acho... ele diz que se tu te mentalizares que não estás não estarás mesmo mas é claro que só funciona em situações deste género... em locais escuros...
Christopher sorriu e assentiu. Decidiram esperar um pouco mais antes de saírem de onde estavam, quando finalmente tiveram a certeza de que não vinha ninguém ou algo naquela direcção saíram do esconderijo. Ronald ajudou Kristine a subir para as cavalitas de Christopher e estavam prontos a seguir caminho quando uma sombra enorme formou-se á sua frente e eles ouviram um rosnar baixo. Sem se conterem as três crianças berraram o mais alto que puderam e Ronald fez de novo o feitiço dos irmãos e eles seguiram-no a correr entre berros.
Se os três se tivessem dado ao trabalho de se voltar teriam visto Fang a correr os 200m que separavam aquela clareira da cabana de Hagrid num segundo e entre ganidos de medo...
Corriam os três tão rápido que nem viram duas enormes sombras formarem-se á sua frente, só se sentiram a chocar com elas. Outro berro saiu das suas bocas assustadas e cortou o silêncio da floresta enquanto as duas sombras tiveram das respectivas varinhas e faziam feitiços...
- Lumos...
Fim do Capítulo 2
N.A: Espero que tenham gostado! Bjs
P.s. Quero muitas reviews, sim!?!? A vossa opinião é bastante importante para mim! Bjs
Para: Os verdadeiros Christopher, Kristine, Ronald, Priscila, Jaqueline... que embora eu não saiba ainda bem ao certo quem são, pelo menos algumas, sei que são meus amigos, pois personagens destas não são simplesmente inventadas, tem de ser baseadas em pessoas que conheço!
"Uma viagem de 1000 milhas começa com um passo."
(Lao-Tse)
Capítulo 2
A Floresta Proibida
Foi com prazer que Christopher chegou a casa essa tarde, atrás dele vinha o pai que tal como ele vinha carregado de livros e outros objectos que ele ia precisar na escola. Tinham apanhado o Autocarro Cavaleiro e depois um barco até Inglaterra e daí tinham apanhado outro Autocarro Cavaleiro até à Diagon-Al visto que a sua lareira não estava ligada ao Pó de Fool e mesmo que estivesse Patrick não tinha desse pó!
Na realidade eles podiam ter-se ficado pela Irlanda, o seu pai contara-lhe que Galway tinha também uma mini-cidade de feiticeiros como a Diagon-Al, chama-se Prismal, e corria desparalelamente ao longo duma das ruas secundárias da cidade. Pelo que percebera a cidade tinha uma forma em prisma, qual deles o pai não referira pois não era aí que eles iam, eles iam para a Diagon-Al, pois o seu pai queria que ele tivesse uma varinha das melhores, e as melhores varinhas eram as do Sr. Ollivanders, e ele só tinha uma loja e essa loja ficava na Diagon-Al, por isso para não irem a dois sítios diferentes fariam as suas compras todas no mesmo sítio.
Foi com orgulho que Christopher tirou a sua varinha recordando o que acontecera algumas horas antes quando a fora buscar...
- Flasback -
Christopher entrou para dentro de Ollivander's enquanto o seu pai ia buscar os mantos dele que já deviam estar prontos. Tinham lá ido primeiro para que quando acabassem de comprar tudo os mantos já estivessem prontos. O Sr. Ollivander apareceu de repente, exactamente quando Christopher ia tocar na campainha do balcão.
- AH! Sr. Bleue... questionava-me quando o veria!!!
Christopher sentiu um arrepio a percorrer-lhe a espinha. Mas quando acabou de o sentir viu que fitas métricas o mediam sozinho e que o Sr. Ollivander continuava a falar:
- Bem, bem... já foi há bastante tempo que o seu pai e a sua mãe vieram aqui buscar as suas primeiras varinhas...
- A sério- quis dizer Christopher mas as fitas começaram a medir-lhe o nariz nessa altura impedindo de falar e fazendo-lhe comichão.
- O seu pai levou uma varinha de madeira de pinheiro... pouco comum...
mas a sua mãe levou uma varinha de madeira do Pólo Norte... quando digo que ela levou quero dizer que a varinha escolheu ser levada, visto ser ela que escolhe o feiticeiro se é que me entende...
- Tipo como as espadas??- questionou Christopher.
- Sim- respondeu o velho sorrindo- um pouco como as espadas mágicas ou
sagradas! Elas escolhem o cavaleiro e as minhas varinhas escolhem o seu feiticeiro...
Christopher assentiu. Nessa altura o Sr. Ollivander começou a passar-lhe varinhas para a mão, para ele as experimentar...
A primeira foi um desastre, todas as caixas saíram do sítio criando uma confusão tremenda. Christopher corou todas cores possíveis e imaginárias, o Sr. Ollivander apenas sorriu e com um golpe de varinha arrumou tudo antes de lhe passar outra varinha. A segunda tentativa foi tão frustrante como a primeira, um par de feiticeiros que iam a entrar na loja ficaram subitamente sem mantos e completamente em roupa interior tendo que sair a correr todos corados. Christopher não sabia se havia de rir ou chorar...
O Sr. Ollivander abanou a cabeça enquanto murmurou:
- Também me parecia que não!!!!
Christopher começava a desesperar, Patrick entrou na loja e olhando admirado para os feiticeiros que corriam perguntou:
- Pelas Barbas de Merlim! Que se passa aqui??
Christopher lançou um olhar triste ao pai que percebeu a situação.
- AH! Já percebi! Está a ser difícil!! Não te preocupes é para compensar a tua mãe... com ela foi á primeira... ela passava a vida a queixar-se que não se tinha divertido nada a escolher a varinha...
Christopher fez um sorriso e voltou-se para o Sr. Ollivander que tinha uma caixa branca na mão.
- Sim, se bem me recordo foi realmente há primeira...- comentou o Sr. Ollivander- por vezes ainda me custa acreditar... um pouco tal como quando me falaram da morte dos Potter...
Christopher experimentou a varinha da caixa branca e também nada, a não ser claro o facto dum gato castanho que uma rapariga levava ao colo perto da montra ter ficado rosa choque. Agora estava mesmo desesperado, Patrick colocou a mão no ombro do filho e disse para este descansar um pouco enquanto ele ia falar com Sr. Ollivander. Christopher sentou-se num banco perto da janela enquanto o seu pai e o Sr. Ollivander conversavam. Então a voz voltou:
- Christopher...
Sem saber porquê Christopher disse:
- Mãe...
- Christopher... aqui… aqui… em baixo…
Christopher reparou então que a segurar uma das pernas do banco estava uma caixa de varinha. Pegou na caixa e sacudiu-lhe o pó, a caixa parecia estar ali há tanto tempo que já tinha marcado o sítio onde a ponta da perna estava apoiada. Curioso abriu a caixa, lá dentro estava uma bela varinha cor de fogo com talhas douradas no cabo, talhas que lembravam runas. Pegou-lhe e aí sentiu... sentiu algo incrível... era como... como se ele pudesse fazer tudo... como se parte dele, uma parte da qual ele nunca tinha sentido falta tivesse voltado... fez um gesto de varinha e o jarro ao pé do seu pai começou a levitar calmamente e caiu-lhe em cima.
Patrick deu um salto quando sentiu a água a cair-lhe pela cabeça abaixo. Christopher riu e jurou ouvir a voz rir também, mas muito ao longe e muito fininho. Patrick voltou-se para Christopher e viu-o rir com gosto e acabou por sorrir também... ela costumava pregar-lhe partidas destas, rir ao ver a sua reacção e depois começar a fugir... mas não foi só por causa disso que Patrick tinha sorrido, ele tinha sorrido porque Christopher tinha finalmente encontrado uma varinha.
O Sr. Ollivander, secou Patrick com um gesto de varinha e em seguida pegou na varinha de Christopher comentando:
- Esta... esta foi uma das primeiras que fiz... nunca escolheu ninguém... sempre deu problemas e por isso escondia... mas agora ela escolheu-te a ti rapaz... sabes a última vez que alguém me deu tanto trabalho a escolher uma varinha essa escolha teve duas vertentes... uma foi para o Senhor Negro, coisas horríveis ele fez... a outra foi para o Senhor Potter, ele derrotou o Senhor Negro... ambos realizaram grandes feitos... acho que podemos esperar algo de ti rapaz... prometes... tal como a tua mãe prometia e cumpriu...
- Fim do Flashback -
Christopher interrogava-se, que quereria o Sr. Ollivander dizer com aquilo. Suspirou, estava a fazer a mala, podia esperar mais um ou dois dias para fazer a mala mas a ansiedade ganhara e ele agora fazia a mala por entre assobios e recordações. Isto até ouvir alguém tocar há campainha. Sorrindo, sem saber muito bem porquê, desceu as escadas duas a duas curioso. Raramente tinham visitas, só os avós e algo lhe dizia que de certeza que não eram eles, não depois daquela enorme discussão.
Quando chegou á sala encontrou um senhor de cabelos negros e óculos parecidos com os seus, vestido com uma camisa branca com riscas verdes e uma calças de ganga. Patrick estava em frente á personagem, tapando um pouco o convidado mas quando abriu a boca, Christopher, escondido atrás dum postigo, pode ouvir perfeitamente:
- Harry...
~ * ~
Em Hogwarts, Ginny andava da esquerda para a direita com o seu filho Arthur ao colo. Arthur, com cinco anos, tinha vivido praticamente toda a sua vida em Hogwarts e Hogwarts era a única coisa que se lembrava desde sempre. Com os cabelos e olhos do seu pai, Arthur devia ser o único Weasley que fugira á "Maldição" dos cabelos ruivos. A sua roupa verde com desenhos dourados de veados estava a ficar amachucada.
Hermione observava a cena divertida. Ginny estava preocupada e aborrecida ao mesmo tempo... Harry ia dormir no sofá essa noite... As gémeas, Ronald e Lily estavam com a avó Weasley, até ao dia em que as aulas iam começar para poderem vir com os outros estudantes no comboio que era a parte mais gira da viagem para Hogwarts. Apenas Arthur por Ginny ser uma mãe galinha e pelo facto dele ser muito novo para vir de comboio para Hogwarts não tinha ido.
- Mamã- disse Arthur de súbito- para de andar toou a ficar tonto! E depois... já não sou um bebé para ter de andar ao colo...
Ginny pousou Arthur no chão calmamente e manda-o deitar-se.
- Mas mãe!!!- queixa-se Arthur.
- Ou vais ou chamo o Peeves!!!- disse Ginny enervada.
Arthur arrepiou-se e correu pelos corredores até ao seu quarto onde se escondeu debaixo dos lençóis da cama. Hermione riu e comentou:
- Quem me dera que ainda pudesse fazer isso aos meus...
Ginny riria se a situação não fosse, pelo menos do seu ponto de vista, séria.
- Como... como... ele é LOUCO! Escreve o que te digo Herm ele é louco!!! Ir ao mundo Muggle, sozinho e para falar com o ... nós não os vemos desde... desde que... desde que...
- Desde que ela morreu...- completou Hermione.
- Sim!- diz Ginny sentando-se exausta- OH! Herm... nada me daria mais prazer do que ver o Christopher aqui! Onde ele pertence, entre aqueles que são como ele... mas por outro não posso deixar de pensar no destino da mãe dele quando descobriu este mundo...
- Ginny- comentou Hermione seriamente- nesses tempos ninguém estava seguro! Ela, o Ron... muitos outros que não conhecemos pereceram nesses tempos... mas agora acabou!!!
- Foi isso que dissera quando o Harry venceu o quem nós sabemos aos dois anos de idade!!!- resmungou Ginny- E olha o que se sucedeu...
- Sim Ginny mas desta vez é diferente! Nós vimos, nós enterramo-lo! Ele não se transformou em ar e desapareceu como dessa vez...
Ginny assentiu num gesto de cabeça e nessa altura Harry bateu há porta e entrou na sala com um sorriso. Ginny foi ter com ele deu-lhe um abraço, suspirou e...
- COMO TE ATREVESTE!!! QUERIAS MATAR-ME DE SUSTO!! TU ALGUMA VEZ MEDISTE AS CONSEQUÊNCIAS DOS TEUS ACTOS OH GRANDE RAPAZ QUE SOBREVIVEU....
Harry sorria o que fez Ginny parar de falar e tal como Hermione piscar os olhos assustada.
- Ele vem!- diz Harry contente- o Patrick está 100% de acordo! Ele vem para Hogwarts Gin. o meu afilhado vem para cá!! Ele recusou a carta da Escola de Magia e Feitiçaria Finn McCool para vir para Hogwarts!! AH! Ele vai ser o meu orgulho...
Ginny sorriu e abraçou o seu marido comentando profeticamente:
- Pois vai...
~ * ~
Finalmente o dia 1 de Setembro tinha chegado. Com Alvorecer dentro da sua caixa de viagem e com as malas no carrinho, Christopher dirigia-se alegremente com o seu pai para a Plataforma 9 e ¾, o seu pai tinha ido buscar a sua coruja Pipoca, que embora ofendida pelo súbito abandono, tinha sido deixada em casa dos pais de Patrick, parecia disposta a perdoar o seu dono, estava agora empoleirada no seu ombro e de vez em quanto bicava as orelhas de Patrick na brincadeira. Pipoca era uma coruja meio amarelada meio branca com alguns traços de castanho, lembrava mesmo uma pipoca, Christopher desconfiava que o seu nome devia vir daí.
Depois de ser ter direccionado contra o pilar entre as Plataformas 9 e 10, Christopher encontrou uma estação cheia de estudantes que corriam da esquerda para a direita. A hora de partida aproximava-se e todos estavam a fazer coisas de última hora. Patrick ajudou o filho a subir os malões e disse:
- Quando voltares, voltaremos a casa...
- ???
Christopher estava perdido, Patrick expressou-se melhor:
- Á casa onde vivíamos antes da tua mãe morrer... numa comunidade mágica... que me dizes?!?!
Christopher sorriu e assentiu num gesto de cabeça feliz.
- Mandarei a Pipoca saber como estás, aí de ti que não respondas!! Digo-lhe para ela te picar até escreveres uma carta decente!!- Patrick pôs uma voz irónica- A tua avó vai adorar saber como o seu amado neto se está a sair...
Christopher riu e disse que sim com a cabeça, claro que a sua avó iria adorar saber como ele se estava a sair. Nessa altura uma senhora ruiva e avantajada, que estava rodeada de um grupo de raparigas ruivas, aproximou-se e disse:
- Patrick Bleue! Não acredito...
Patrick voltou-se, à medida que as raparigas entravam satisfeitas para dentro do comboio, e sorriu reconhecendo a pessoa e disse educadamente:
- Miss Molly Weasley! Como está???
- Bem…- disse Molly desconcertada- mas, mas que faz aqui?!?
- Longa história...
Christopher entrou para o comboio percebendo que a conversa ia demorar, estava prestes a sentar-se quando viu três rapazes, um deles loiro, a atacarem uma rapariga que devia ter a sua idade que tremia de medo e parecia estar sozinha.
Devagarinho Christopher desceu da carruagem e foi até o sítio onde eles se encontravam. Quando lá chegou pode ouvir:
- Sangue de Lama! Desaparece!!!
- Desculpem- disse Christopher- interrompo!?!?
Os rapazes voltaram-se para ele. O loiro era um magricelas e os outros dois morenos pareciam estúpidos mas por outro lado eram fortes. A rapariga tinha longos cabelos negros presos numa trança que lhe dava abaixo dos ombros mas antes do meio das costas, os olhos dela eram também negros, negros como a noite e lá dentro pareciam albergar a lua e as estrelas e Christopher teve a certeza de que a lua e as estrelas tinham casa durante o dia, ela seria os olhos daquela rapariga.
O rapaz loiro olhou-o de cima a baixo e perguntou num tom superior:
- E tu? Quem és??? Não me lembro de ti... és um puro ou um sangue de lama???
Christopher não respondeu, foi ter com a rapariga e ajudou-a a levantar falando com ela como se os outros não estivessem presentes:
- Peço imensa desculpa por qualquer incomodo que estes senhores lhe possam ter causado Miss...
- Kristine... Kristine Shakespeare... e o Senhor???
Christopher apanhou um laço azul do chão que devia prender os cabelos negros da rapariga e que devia ter caído ou sido puxado e enquanto lho estendia disse:
- Christopher... Christopher Bleue...
Kristine assentiu, segurando o seu laço e colocando-o tal como Christopher suspeitava no final da traça para disfarçar o elástico. O rapaz loiro falou num tom irónico…
- Não posso... um Bleue... como é que tens coragem de mostrar a tua cara depois do que ...
Nesse momento o comboio apitou e começou a andar. Os três rapaz saltaram para a última carruagem e Christopher puxou Kristine e tentou fazer o mesmo, mas Kristine, embora da mesma idade, era mais pequena e não conseguia correr tão depressa e o comboio partiu sem eles enquanto os outros três gozavam com eles...
- Adeus Bleue... Sangue de Lama... cumprimentos de Malfoy...
Mais há frente, Patrick viu o comboio partir e suspirou de alívio. Nada de grandes alvoroços, nada de grandes nada... estava tudo bem, parecia que nunca tinha deixado o mundo mágico... que bem que sabia estar de volta... AH! O Mundo Muggle era um mundo frio e cruel... o Mundo Mágico podia por vezes ser cruel mas era sempre quente...
- Pai!
Patrick deu um salto e ao voltar-se viu Christopher e uma rapariga que não conhecia.
- Christopher?!?! Mas... tu não devias... Por Morgana... que se passou?? E quem é a menina??
Christopher não percebia porque o seu pai olhava para ele e para Kristine admirado e com os olhos arregalados, até que de súbito se apercebeu que ainda segurava a mão de Kristine. Corou um pouco e soltou-a antes de contar toda a sua história. Patrick ouviu tudo atentamente e por fim comentou:
- Bem... vamos ter que fazer algo... se o Harry não te vê chegar mata-se ou então mata-me e eu ainda quero viver mais uns aninhos antes de ir ter com a tua mãe...
Kristine que até então se interrogava por onde andaria a mãe de Christopher apercebeu-se que esta tinha morrido e por isso falar da sua mãe na presença dele não seria muito aconselhável, ainda por cima sendo ele a única pessoa que conhecia e que a podia ajudar. De súbito outra voz cortou a estação.
- Oh não! Perdi-o! A avó vai matar-me!! Como posso ter perdido o comboio!! Foram as gémeas elas enganaram-me!!!
Voltando-se Patrick, Christopher e Kristine viram um rapaz que devia ser da idade dos jovens, com cabelos cor de fogo, olhos azul acinzentado que vestia umas calças de ganga e uma camisa, tentando assim imitar o estilo Muggle no entanto os sapatos de vela destoavam o conjunto.
Christopher aproximou-se do rapaz e apertou-lhe a mão apresentando-se. Patrick levou as mãos á cabeça comentando:
- Ah! Não! Vocês combinaram não foi! Ronald Granger- Weasley… estou a ter uma sensação de déjà vu!!!
Christopher e Ronald voltaram-se para Patrick e piscaram os olhos não percebendo muito bem o que este queria dizer com isso.
- Sr. Bleue- a voz de Kristine trouxe Patrick de volta á terra- e agora?? Pode ajudar-nos...
Patrick sorriu e disse:
- Acho que sim... como te chamas??
- Kristine!! Kristine Shakespeare...
Patrick piscou os olhos por um momento e Christopher teve a sensação de que ele se devia estar a lembrar de algo esquisito. No entanto o seu pai acabou por sorrir e disse:
- Acho que sim Kristine... Esperem aqui!!!
Ronald, Christopher e Kristine sentaram-se num dos bancos da estação conversando e tentando conhecer-se, coisa normalmente feita no comboio.
- Acho que nos devíamos conhecer!- pediu Kristine- quem quer começar...
- Bem... - disse Ronald tomando a iniciativa- Tenho montes de tios e tias, uns 12 para ser exacto, e cada uns deles tem mais de 2filhos por isso tenho montes de primos... os meus avós trabalharam em tempos para o Ministério da Magia mas agora estão reformados... quando digo eles quero dizer o meu avó porque a minha avó sempre foi domestica o que não é surpreendente com 7filhos para criar... o meu pai... o meu pai morreu antes de eu nascer e a minha mãe trabalha no Ministério da Magia... depois há as gémeas...
- Então?- disse Christopher- tens irmãs??
- YA!- respondeu Ronald- duas... as gémeas... chamam-se Hermione e Heather, costumam ser simpáticas mas hoje como estavam com a Jaqueline e outras colegas... creio que se chamam Priscila e Leda, costumam falar delas nas cartas... devem ter decidido gozar um pouco com a minha cara... sabem é que não sei onde deixei a minha colecção de Cromos dos Grandes Feiticeiros e Feiticeiras que saem nos Sapos de Chocolate... só me faltam o Agrippa e o Ptolemy... da Antiga Colecção, são os mais raros...- Ronald baixou a cabeça por momentos, tinha sido o seu pai a começar essa colecção, nunca se a perdoaria se a tivesse perdido- elas disseram-me que me tinham visto com ela na mão aqui na estação perto das casas de banho e eu lembrei-me que tinha ido à casa de banho e se calhar me tinha esquecido lá da colecção mas não estava lá... e quando saí da casa de banho... bem... vocês sabem o resto da história... Ei! Christopher como sabia o teu pai o meu nome...
Kristine piscou os olhos e comentou:
- Isso quer dizer que te chamas mesmo Ronald Granger- Weasley???!
- YAP! E tu quem és???
- Eu sou a Kristine e...
Nessa altura uma vendedora de doces apareceu e depois de ouvir a triste história dos jovens ofereceu-lhes três sapos de chocolate para ver se melhoravam. Os jovens agradeceram e comeram os sapos, Ronald correu a ver o seu cartão...
- AH! A Morgana! Já tenho 5 dela... melhor sorte para vocês...
Christopher olhou para o seu cromo. Lá a sorrir para ele estava o senhor que ido a sua casa. No entanto na foto ele tinha umas belas vestes vermelhas e douradas e não a roupa Muggle que usara quando os visitara. Olhando para a legenda leu:
- Harry Potter...
- Ei!- disse Ronald- não sabia que o Tio Harry tinha um cartão com ele...
deve fazer parte da nova colecção... dessa só me faltam 5... bem, é mais um que me falta... que diz???
Voltando o cartão Christopher leu:
- Harry Potter... Actualmente é Professor de Defesa Contra as Artes das
Trevas em Hogwarts depois dum acidente o impedir de continuar na Liga Internacional de Quidditch a jogar pelos Chudley Cannons, casado e com dois filhos é considerado um dos maiores feiticeiros do nosso tempo juntamente com Dumbledor a quem muito ajudou na Grande Guerra contra o Quem- Nós- Sabemos....
Kristine que se tinha apoiado no ombro de Christopher comentou:
- Ele vai então ser nosso professor... Fixe...
Christopher virou-se para Kristine e perguntou:
- E a ti? Qual saiu??
Kristine olhou para o seu cartão. Uma bela senhora de cabelos castanhos e olhos verdes, vestida de prateado sorriu para ela antes de sair a correr do cartão e levar as letras com ela. Kristine encolheu os ombros e disse:
- Não sei... fugiu e levou as letras com ela... deve ser tímida... deixa estar...
Christopher e Ronald encolheram os ombros. Ronald disse para Kristine:
- Não acabaste de falar...
Kristine assentiu e disse:
- Bem... tenho um irmão mais novo chamado William, ele tem nove anos, e os meus pais são Muggles... assim como toda a minha família... embora eles me tenham ajudado nas compras e isso tudo há última da hora começaram a pensar que talvez tudo tivesse sido uma encenação e por isso deixaram-me em King's Cross sozinha para o caso de ser algo para os Apanhados ou para o Isto Só Visto... e tudo estava bem até á altura em que aquele gay cobarde loiro se atravessou no meu caminho e me começou a atacar e chamar Sangue de Lama...
- Deixa-me adivinhar...- disse Ronald- Malfoy!!!
Christopher e Kristine assentiram e Ronald comentou:
- É mesmo deles... Não ligues são estúpidos, cobarde e mais uma data de coisas parecidas há mais de 10gerações não é agora que vão mudar...
Kristine sorriu e assentiu. Então ela e Ronald olharam para Christopher como que a lhe pedirem para falar. Christopher suspirou e disse:
- Sou filho único... a minha mãe morreu quando eu era criança... não tenho tios ou tias... pelo menos que saiba porque até dia 25 de Julho eu não sabia que o meu pai era feiticeiro...
Ronald fez uma cara admirada.
- Isso que dizer que vivias como Muggle assim como a Kristine... Uma mistura... feiticeiro casa com Muggle...
- Não! Não!- respondeu Christopher rapidamente, recordando a sua aventura pela Diagon-Al e o comentário do Sr. Ollivander- a minha mãe também era feiticeira...
- Como???- disse Ronald- Não creio que ainda se morra de doenças ou algo parecido no mundo mágico... foi um acidente...
- RONALD!- disse Kristine reprovadoramente.
- O que foi???- perguntou Ronald enquanto Kristine abanava a cabeça.
[N.A: Não noto nenhum gene do Ron aqui!!! ^_^]
- Não sei!- informou Christopher- a única coisa que eu sei é que ela morreu para me proteger de algo... de vez em quanto tenho pesadelos com isso... normalmente não me lembro... mas por vezes sei que estou a dormir embora esteja consciente e ouço-me a dizer Mãe, cuidado... atrás de ti... foge... foge... ele vai matar-te foge... é por isso que eu sei que ela morreu para eu viver...
Christopher piscou os olhos, porque estava a contar tanto de si a dois desconhecidos, a verdade é que sentia bem ao pé deles, como se fossem velhos amigos, era esquisito. Tanto Ronald como Kristine tinham ouvido da boca dele coisas que ele nunca pusera em palavras ditas, só pensadas, talvez nem pensadas. Confiava neles, não sabia porquê mas confiava, talvez por sentir que era a primeira vez que o ouviam de livre vontade ou porque queria ter amigos, talvez por ter salvo Kristine... Era difícil de explicar mas poderia resumir tudo na frase: Confio neles!!
Kristine, que devia estar naquela altura do mês, praticamente chorava por esta altura. Com um fungo conseguiu que Christopher e Ronald se voltassem para ela.
- OH! Christopher- disse- é maravilhoso… quer dizer… os meus pais deixaram-me sozinha no momento em que mais precisei deles e a tua mãe deu aquilo que mais tinha de preciso para te salvar... és um sortudo...
Com isto Kristine deu um abraço a Christopher que ficou de todas as cores. Ronald piscou os olhos admirado e deu uma cotovelada a Christopher aproveitando a altura em que Kristine se assoava para comentar:
- Boa malha!!! Daqui a uns anos vai ser prefeito para atraíres todas as raparigas que quiseres... só te falta um carro...
De súbito a face de Ronald iluminou-se e...
- Tive uma ideia...
~ * ~
Molly Weasley, não mudou muito, sem ser claro o facto de que agora é avó e que é mais mãe galinha do que alguma vez foi. Durante a guerra, e por várias vezes, este muito próximo de perder um dos seus filhos ou o seu marido, isso tronou-a forte mas tronou-a também demasiado preocupada. Por isso assim que Patrick a apanhou já a sair da estação, tinha sido impedida de sair mais cedo por Miss Layer, uma amiga de infância, e lhe contou o que tinha acontecido ao seu neto, Molly ficou bastante preocupada.
- O Rony é tal e qual o pai...- comenta Molly tristemente- tenho tanta pena que eles não se tenham conhecido... iam amar-se... igualzinhos... mas talvez seja melhor assim, pelo menos não haverá a dor da separação ...
Patrick assentiu e comentou:
- Miss Molly Weasley... não sei se será muito bom para si vê-los juntos... eles são exactamente... exactamente como o Harry, o Ron e a Hermione... assusta vê-los juntos... o Christopher é tão parecido com o Harry como o Rony é com o Ron... e a Kristine tem parecenças com a Hermione suficientes para ser quase como ela...
Molly assentiu num gesto de cabeça e nada mais disse. Nesse momento chegaram ao sítio onde Patrick os tinha deixado. O banco estava vazio, nele apenas a existência de três caixas de sapos de chocolate vazias provava a existência das três crianças. Patrick piscou os olhos e engoliu a seco...
Molly começou a ficar branca e ia tirar da varinha para realizar um feitiço de busca quando Patrick a impediu dizendo.
- Acho que sei para onde eles foram...
Começando a correr Patrick dirigiu-se para a saída da Plataforma 9 e ¾ apenas para chocar com Arthur Weasley que vinha a correr. Assim que viu a mulher Arthur disse-lhe:
- Roubaram o carro...
Molly voltou-se para Patrick e disse:
- Não acha que...
- Acho sim!- disse Patrick olhando para o tecto da estação como se pudesse ver o céu- acho sim...
~ *~
- VOU MORRER!!- gritava Kristine dentro do carro.
Ronald encolheu os ombros e comentou:
- Exagerada! Está bem que não tenho idade para guiar mas daí até isso...
Christopher sorriu e voltou-se para trás dizendo:
- Tem calma Kristine! Queres que vá para ao pé de ti???
Kristine começou a tremer na parte de trás do carro onde se sentava ao pé dum monte de malas com etiquetas que informavam que pertenciam a Molly e Arthur Weasley, Alvorecer e Pig estavam tal como as malas do grupo no comboio, e comentou:
- Não tens espaço...
Christopher assentiu e perguntou:
- Queres vir para ao pé de mim???
Kristine ia para dizer que não quando de súbito Ronald se desviou dum bando de pássaros o que fez com que a porta do lado das malas se abrisse e as malas caiassem todas no vazio e só não levaram Kristine atrás porque Christopher a agarrou e puxou para a frente. Aí Kristine sentou-se entre as mudanças e Christopher de modo a não ficar perto duma porta. Estava branca e parecia poder chorar a qualquer momento. Christopher pôs um braço nos ombros desta e Kristine começou a chorar baixinho contra o ombro de Christopher enquanto Ronald se tentava desculpar...
- Perdão Kristine... foram os pássaros... desculpa a sério... eu não te quero mal acredita...
- Tens a certeza!?- perguntou Kristine em voz baixa- não é... não é por causa de eu ser uma... uma Sangue de Lama é??
Ronald riu e Christopher olhou para ele chocado enquanto Kristine parou de chorar durante uns segundos.
- Claro que não!- disse Ronald explicando-se- a minha mãe é uma Sangue de Lama... e digo-te o meu pai era um sangue puro tal como eu e não se importou de casar com ela porque havia eu de me importar em ser teu amigo...
Kristine sorriu e Christopher quase suspirou de alívio, uma discussão não era bem o que vinha a calhar naquela situação em que eles se encontravam. Pouco tempo depois sobrevoavam uma floresta, quando Christopher achou por bem ligarem o rádio. Uma melodia triste mas bela encheu o carro, saxofones acompanhados de piano e alguns violinos faziam um efeito devastador. Ronald viu a cara de Christopher tronar-se séria e perguntou-lhe o que se passava, Christopher respondeu:
- Esta música... sabes como se chama??
- Não!- disse Ronald- Como??
- Dying Young... Morrer Novo…
Kristine começou a cantarolar baixinho...
- Forever Young... I want to be forever young... I want to live forever… forever young… I want to stay forever… forever young… (Para sempre nova… quero ser para sempre nova.. quero viver para sempre... para sempre nova... quero ficar para sempre... para sempre nova...)
Ronald ouvia a música atentamente, e acompanhava a doce voz de Kristine quando chegava a altura do refrão, quando a música acabou a única coisa que conseguiu comentar, enquanto olhava para a janela, a música tinha-o lembrado do pai, foi...
- Lindo... triste mas lindo.. acho que...
- RONALD CUIDADO!!- gritou Christopher.
Ronald voltou-se para a frente para ver uma árvore que era mais alta que as outras, sem tempo para virar Ronald pôs as mãos em frente aos olhos, enquanto Christopher agarrou Kristine que o agarrava com todas as suas forças...
~ * ~
Harry estava com Hagrid na estação e andavam impacientemente dum lado para o outro. Hagrid estava a segui-lo com o olhar mas acabou por desistir...
- Harry... para pô favô! Estás a fazer-me ficar tonto…
Harry parou de andar e voltou-se para Hagrid dizendo:
- Desculpa Hagrid mas é que... parece-me tão irreal... a última vez que o vi ele mal andava e agora vem para Hogwarts... o meu afilhado vem para cá... eu... eu... OH Hagrid quando me contaram que a mãe dele tinha morrido... eu pensei que ele tinha morrido também... que tinha perdido os dois... mas depois disseram-me que ele e o Patrick estavam bem... quase que dei pulos de alegria mas depois o Patrick partiu e levou-o com ele e proibiu-nos de nos aproximar-mos...
- Eu sei Harry nã precisas de m' contar...
Harry assentiu e era para voltar a falar quando o comboio chegou, os alunos começaram a descer. Hagrid chamou os primeiros anos para ao pé de si e de Harry. Este observou-os a todos mas não encontrou nem Christopher nem Ronald...
- Hagrid?!? Onde estão o Christopher e o Rony...
- PRIMEIROS ANOS!! POR AQUI!! JÁ ESTÃO CÁ TODOS???
Um riso sarcástico e uma voz diabólica ouviram-se:
- Bem dois tenho a certeza que cá não estão... um tal Bleue e uma Sangue de Lama... ficaram na estação lá em Londres...
Harry aproximou-se, os alunos que tinham começado a rir calaram-se, embora mais de metade não fizesse a menor ideia de quem aquele feiticeiro era, todos constataram que a figura de Harry metia respeito.
- E posso saber quem falou??
Malfoy aproximou-se.
- Eu professor, eu sou...
Harry olhou para Malfoy e interrompeu:
- Espera deixa-me adivinhar... Loiro, sarcástico, inimigo de Sangues de Lama... tu deves ser um Malfoy!
Malfoy era para falar mas Hagrid chamou os alunos para os botes. Assim que todos se afastaram um sorriso apareceu na face de Harry enquanto este pronunciava:
- Esta foi por ti Ron... a vingança é mesmo doce...
No entanto a mente de Harry estava preocupada com outras coisas, com três estudantes perdidos na plataforma 9 e ¾ ou quem soubesse já em casa e prontos a desistir de vir para Hogwarts, o problema era que Harry sentia que eles estavam numa embrulhada pior, muito pior...
~ * ~
Christopher sentiu-se abanado, sonhava que estava num barco ou estaria nos braços da mãe, sentia-se a ser embalado e ouvia algo suave e cristalino ao fundo, tanto podia ser o mar como a voz da mãe... sentiu-se de novo abanado só que com mais força e uma voz chamou-o ...
- Christopher... Chris... vá lá meu acorda...
Christopher abriu os olhos e viu Ronald a olhar para ele. Ronald sorriu e comentou:
- Ainda bem que acordaste!- de súbito a sua face ficou séria- temos que encontrar a Kristine...
Num pulo Christopher estava a pé, concentrou-se e pareceu-lhe ouvir alguém a chorar. Seguindo essa direcção acompanhado por Ronald foi encontrar Kristine que estava no chão e tinha uma mão no joelho enquanto chorava baixinho. Assim que os viu Kristine quase deu dois pulos de contentamento:
- Chris... – disse- acho que parti a perna ou pelo menos torci o tornozelo!Não me aguento em pé...
Ronald suspirou de alívio ao ver que Kristine estava viva mas Christopher fez uma cara preocupada quando á informação que Kristine lhes tinha dado. Aproximou-se dela passou-lhe um braços pelos ombros e ajudou-a a pôr-se em pé na perna que estava boa. Ronald passou então para o outro lado de Kristine e suportou metade do seu peso. Começaram a andar...
- Então e agora?- perguntou Kristine- onde estamos? Vamos demorar muito a chegar a Hogwarts? Vamos chegar ou morrer a meio caminho??
Ronald fez uma cara de quem não está a achar piada há brincadeira mas respondeu dizendo:
- Agora temos que continuar a andar! Ficarmos parados não vai ajudar... não faço ideia de quanto tempo vamos demorar e acho que sim, devemos chegar a Hogwarts...
- Mas- perguntou Christopher- Onde estamos exactamente....
Ronald olhou em redor, pensou um pouco e acabou por responder:
- Provavelmente... quase de certeza... na Floresta Proibida...
- Isso é mau, não é!!!- começou Kristine- quer dizer ela deve ser Proibida por algum motivo...
- YA!- responde Ronald- Centauros, Lobisomens, Aranhas... BRUG! Odeio Aranhas... Morcegos, Vampiros, Cobras gigantes... Gigantes, Ogres... nada de especial...
Kristine ficou branca e de súbito, antes que alguém a pudesse impedir, gritou em plenos pulmões:
- VOU MORRER!!!
Christopher tapou-lhe a boca rapidamente dizendo:
- Shiuuu... não queremos que saibam que estamos aqui...
Kristine assentiu e parou de gritar. Christopher suspirou e Ron fez um feitiço, em voz baixa. Era um feitiço simples que costumava usar quando brincava á apanhada com as irmãs, quer dizer, que elas usavam para o apanhar. Visto serem irmãos eles tinham um elo eterno, por muito que se afastassem uns dos outros estariam sempre ligados. Como era um feitiço base e normalmente só usado em caso de desaparecimento o Ministério da Magia nada fazia para evitar que os alunos o usassem, afinal ele não podia magoar ninguém.
Rapidamente uma linha azul clara rasgou a escuridão e Ronald explicou a Kristine e a Christopher o que tinha feito. Juntos começaram a seguir a linha em silêncio até que Kristine perguntou se podia cantar algo para se esquecer da dor que tinha na perna. Ambos os rapazes aceitaram, desde que não fosse muito alto e não contivesse a frase "Vou morrer", Kristine deu um pontapé leve a Christopher pela piada e começou a cantar:
- May it be and evening star
Shines down upon you
May it be when darkness falls
Your heart will be true
You walk a lonely road
Oh! How far you are from home…
~ * ~
Num sítio escuro algo se levanta…
Ia ser tão fácil... todos pensavam que ao terem derrotado Voldemort tudo ia ficar bem, pois a verdade é que não ia... se eles tivessem descoberto toda a verdade... tê-lo-iam morto e não apenas desprezado e abandonado... agora ele sabia o que fazer e como o fazer, como fazer o grande vencedor do Senhor das Trevas cair e pedir piedade aos seus pés... a sua sorte tinha sido que os únicos dois que tinham descoberto a verdade estavam mortos... Ronald Weasley... esse tinha sido complicado... tinham tido que ser cinco ao mesmo tempo para o matar... e a Bleue... essa ainda tinha sido pior... a sorte dele tinha sido o rapazinho... o filho dela... como qualquer mãe ela preferira ser morta a ver o filho morrer... o que no fundo ia dar ao mesmo visto que agora ele ia matar o rapaz... sim, ele era pequeno na altura mas podia lembrar-se e se ele se lembrasse esse seria o fim dele... mas tinha o rapaz na mão... o inseguro rapaz na mão...
~ * ~
- Mornie utúlië (darkness has come)
Believe and you will find your way
Mornie alantië (darkness has fallen)
A promise lives within you now
Christopher olhava para todos os lados, não sabia porquê mas a música cantada por Kristine estava a deixá-lo em estado de alerta, a escuridão parecia realmente aumentar, e ele começava a lembrar-se duma promessa...
- Acredita em ti e encontrarás o teu caminho...- sussurrou a voz que ele agora identificava como sendo a da sua mãe.
Christopher respirou fundo e disse que sim com a cabeça. Ronald começava a sentir-se cansado e Kristine sentia que embora cantasse a perna recomeçava a dor. Christopher parou de andar e colocou Kristine nas suas costas dizendo:
- Como nunca tive amigos dediquei-me á ginástica... tá descansada que não pesas nada... agora toca a despachar antes que o feitiço desapareça, o Ronald começa a ficar cansado demais para fazer outro...
Ronald e Kristine assentiram. Pouco tempo depois caminhavam novamente em silêncio até Ronald dizer:
- Ei Kristine podias... sei lá... continuar a cantar... estava a gostar...
Kristine sorriu e continuou a música...
- May it be the shadows call
will fly away
May it be your journey on
To light the day
When the night is overcome
You may rise to find the sun
De súbito Christopher caiu. Ronald correu a ajudá-lo e a ajudar Kristine que devia ser agora um peso nas costas dos amigo. No entanto Christopher apenas disse:
- Calados! Ouçam...
Ambos os amigos calaram-se e ouviram o que Christopher estava a ouvir. Era uma respiração ofegante, uma respiração de caçador e eles deviam ser a presa. O pior era que não conseguiam identificar de onde vinha a respiração... podia vir de qualquer lado, ou então podia ser uma manada duma coisa qualquer que os tivesse rodeado. Kristine queria gritar, chorar, gemer mas no entanto soube que o melhor era estar calada, simplesmente agarrou-se a Christopher com toda a sua força. Por pouco que Christopher não gritava de dor, as unhas de Kristine estavam a penetrar a sua pele, ele tinha a certeza, no entanto ele percebia-a ele também estava com medo...
Ronald apenas engolia em seco. Se ele saísse vivo desta embrulhada nunca, mas é que nunca, nunca, ele já tinha referido que nunca, mais acreditaria nas gémeas quando elas estivessem com aquele sorrisinho diabólico.
O medo era agora terrível, rodeava-os tal como a escuridão. Nenhum dos três se atrevia a respirar alto, Kristine chorava agora sem voz e sem fungar, as lágrimas caiam-lhe pelo rosto silenciosas. Agora ela tinha a certeza de que eles iam morrer, o que quer que fosse que estava a fazer aquele barulho não era bom. Encolheram-se perto das raízes da grande árvore como se isso os tronasse invisíveis.
- Pensem- disse Ronald- que não estamos aqui...
- Ãh??- disse Christopher.
- Faz aquilo que eu te digo!!!
Kristine e Christopher assentiram e começaram a pensar para eles próprios "Eu não estou aqui..." Pouco tempo depois um enorme centauro apareceu na clareira, olhou em redor como quem procura algo e como não viu ninguém partiu tão rápido como tinha chegado.
Kristine suspirou de alívio, enquanto Christopher se voltou para Ronald e comentou:
- É impossível que ele não nos tenha visto.. quer dizer... ele estava a menos
de 5metros de nós...
Ronald sorriu e comentou:
- Lembras-te do que eu vos mandei pensar... é a teoria dum psicólogo qualquer... eu acho... ele diz que se tu te mentalizares que não estás não estarás mesmo mas é claro que só funciona em situações deste género... em locais escuros...
Christopher sorriu e assentiu. Decidiram esperar um pouco mais antes de saírem de onde estavam, quando finalmente tiveram a certeza de que não vinha ninguém ou algo naquela direcção saíram do esconderijo. Ronald ajudou Kristine a subir para as cavalitas de Christopher e estavam prontos a seguir caminho quando uma sombra enorme formou-se á sua frente e eles ouviram um rosnar baixo. Sem se conterem as três crianças berraram o mais alto que puderam e Ronald fez de novo o feitiço dos irmãos e eles seguiram-no a correr entre berros.
Se os três se tivessem dado ao trabalho de se voltar teriam visto Fang a correr os 200m que separavam aquela clareira da cabana de Hagrid num segundo e entre ganidos de medo...
Corriam os três tão rápido que nem viram duas enormes sombras formarem-se á sua frente, só se sentiram a chocar com elas. Outro berro saiu das suas bocas assustadas e cortou o silêncio da floresta enquanto as duas sombras tiveram das respectivas varinhas e faziam feitiços...
- Lumos...
Fim do Capítulo 2
N.A: Espero que tenham gostado! Bjs
P.s. Quero muitas reviews, sim!?!? A vossa opinião é bastante importante para mim! Bjs
