N.A: Ahaha... Raios, demaram-me a volta... cá está mais um capítulo e eu ainda não tenho 10reviwes... só 7... mas já estamos a chegar a algum lado!! Ainda só vou por o quinto capítulo por isso... tenho uma reviwe por capítulo.... Descontando o Trailer... e o Prólogo... e... vamos mas é despachar isto...

Para: Bem.... isto é complicado visto que eu prometi dedicar o capítulo a quem adivinha-se quem ia dar a noticia ao Christopher... ninguém deu nomes por isso eu vou dedicá-lo às minhas manas Jo, Gaby e Maggy, visto que elas adivinharam quando eu lhes estava a contar a história...

"Um perigo previsto está meio evitado"

Ass. ??

Capítulo Cinco

«Entre Finn McCool e Hogwarts»

Christopher desviou os olhos da fotografia da rapariga coberta de neve, que lhe sorria e dizia Adeus duma maneira estranhamente reconfortante, e olhou para o professor Potter que andava dum lado ao outro da sala, como se estivesse a tentar encontrar coragem para lhe dizer algo. Por fim o professor sentou-se na sua secretária e disse:

- Christopher eu... nós... bem, o teu...

- O meu, professor??

- O teu teste...

- Falhei!?!?- questionou Christopher de cabeça baixa.

- Não... não...- apressou-se Harry a responder- claro que não... o que se passa é que ele bateu certo com o que alguns de nós professores já suspeitávamos...

Christopher levantou a cabeça e perguntou intrigado:

- Ah sim!?!?

- Sim e bem... Como já deves ter reparado Christopher tu tens... eeer... umas capacidades a cima da média... e por isso achámos que te sentirias melhor na Escola Finn McCool, que é especial para pessoas como tu...

Christopher piscou os olhos tristemente antes de dizer:

- Estão a mandar-me embora...

- NÃO!

Christopher deu um salto ao berro de Harry, e sentiu Alvorecer a enroscar-se mais nas suas pernas.

- Isto quer dizer- disse Harry acalmando-se- não, é claro que não... Ouve- me Christopher nada me daria mais prazer do que ensinar-te durante sete anos, no entanto... olha o nosso objectivo era passares uma semana aqui em Hogwarts e outra na Escola de Magia Finn McCool e depois onde te sentisses melhor ficasses percebes?!?!

- Sim- disse Christopher- Penso que sim... e o meu pai???

Harry sorriu e disse:

- Escrevemos-lhe uma carta a contar o sucedido e ele assinou a autorização!

Christopher assentiu e Harry suspirou, então Christopher disse:

- Sobre a minha mãe professor... que me pode dizer...

Harry sorriu para Christopher que olhava para ele com os olhos a brilhar. Harry recordou-se de como se sentia de cada vez que descobria algo novo sobre os seus pais, era um sentimento incrível e demasiado poderoso para ser descrito. Abriu a boca para contar algumas coisas mas a campainha tocou, Christopher resmungou entre dentes e dirigiu-se lentamente para fora da sala sempre acompanhado pelo olhar de Harry que se voltou para trás assim que Christopher saiu da sala e comentou para a foto:

- Se ele soubesse que bastava olhar ao espelho... ele é tão parecido contigo...

~ * ~

Aula de Voo nos campos de Hogwarts era para alguns feiticeiros o que as aulas de ginástica são para muitos Muggles, tortura garantida. Ronald olhava para a sua vassoura meio desconfiado, Kristine tremia e sussurrava o seu já famoso "É hoje que vou morrer!", Ned engolia a seco, Cory parecia descontraído, Lucius estava mais que convencido, assim como os outros Slytherines, sempre descontado a pobre rapariga, que segundo chegara aos ouvidos de Christopher através de Ned se chamava Mary Hugh, e que parecia não acreditar que realmente se pudesse voar em vassouras. No entanto Christopher estava longe, muito longe...

Pensava em como seria a sua mãe... teria ela os seus cabelos ou tê-los ia de outra cor!? Seria alta, baixa, de estatura mediana!??! Gorda, Magra!?!? Bonita, feia?!?! Ouvia os amigos falarem das mães por vezes, apenas ele e Ronald não o faziam e Christopher sabia que Ronald não falava da mãe porque tinha, embora ele dissesse que não, sido proibido de o fazer, e mesmo que não estivesse com o medo que alguns alunos começava a fomentar da Prof. Granger se eles soubessem que Ronald era o filho dela... Kristine também falava da mãe o mínimo que podia, não por medo ou proibição mas por respeito a Christopher...

Madame Hooch apareceu no campo e disse:

- Muito bem vamos começar... Desde já aviso que não vou tolerar partidas! Voar não é de longe nem de perto algo que se aprenda do pé para a mão, a não ser claro que tenham um talento incrível...

Christopher suspirou e Madame Hooch apanhou-o .

- Sr. Bleue!- Christopher resmungou- Pelo que vejo está desmotivado... vai ser o primeiro...

Christopher assentiu colocou-se ao lado da vassoura e disse calmamente:

- Para cima...

A vassoura subiu... lentamente mas sem problemas, Madame Hooch assentiu e ordenou aos outros alunos para o fazerem. A vassoura de Kristine nem se mexeu, embora ela praticamente gritasse "PARA CIMA!", a de Ronald subiu bem, a de Ned rebolou no chão durante algum tempo antes de subir de repente e lhe bater no nariz. Lucius riu com os seus colegas que já há muito tinham a vassoura nas mãos, a Mary a vassoura tal como para Christopher voara sem problemas para as suas mãos, eles não acreditavam que iam voar, por isso não tinham medo...

Madame Hooch explicou o que iriam fazer nessa aula e apitou, provando assim a Mary e a Christopher que eles realmente iam voar, instaurando em Mary um medo tão grande que ela ficou sem força nas pernas e caiu no chão, enquanto a ia ajudar Madame Hooch ordenou aos resto dos alunos para continuarem e estes subiram nas vassouras...

~ * ~

A semana estava a chegar ao fim e Christopher tinha reunido muito poucas boas recordações de Hogwarts, primeiro tinha perdido quilos de pontos para Gryffindor e alguns alunos começavam a olhá-lo de lado, segundo tinha perdido uma vassoura durante a aula de voo, ela tinha começado a ficar doida e tinha tentado levá-lo para dentro duma nuvem cinzenta cheia de raios, Christopher tinha saltado e a única coisa que o tinha salvo tinha sido o facto de Cory estar a voar um pouco mais abaixo e lhe ter aparado a queda à custa de ter partido um braço, o braço com que ele manejava a varinha...

Snape parecia odiá-lo mais que tudo no mundo e tirava-lhe pontos por tudo e por nada, a Prof. Granger dava-lhe trabalhos de 3º ano para ele ter de se esforçar tanto como os seus colegas e a Madame Hooch tinha-lhe arranjado para as aulas de voo uma vassoura velha que tremia ao mais pequeno toque...

As únicas boas recordações que Christopher tinha eram misteriosamente vindas das fotos que o Prof. Potter tinha espalhado pelas paredes do seu gabinete/sala de aula, passava a maior parte do tempo de aula a olhar para elas, principalmente para a da rapariga da moldura azul que tinha escrito em cima "Floco de Neve"...

A rapariga parecia tê-lo achado giro, pensava Christopher, visto que lhe sorria e dizia adeus como se o tivesse conhecido toda a vida. Pelas fotos ele conseguia vê-la crescer desde essa idade, que devia ser uns 17/18, até há altura dos seus 21/22 anos depois as fotos paravam, como se ela tivesse parado de crescer. Christopher sabia que ela tinha morrido pela conversa que tinha tido com o Prof. Potter mas custava-lhe a querer que alguém quisesse mal aquela rapariga...

Outra boa recordação que Christopher tinha era das tardes na cabana de Hagrid, desde da guerra que Hagrid por vezes tinha lapsos de memória e por vezes confundia Christopher com Harry, Ronald com o seu pai e Kristine com Hermione...

- Hermione acho que estás a ficar com o cabelo negro...- comentou Hagrid numa das tardes em que convidara "Harry", "Ron" e "Hermione" para tomar uma chávena de chá consigo.

Kristine assentiu e disse com um sorriso:

- É da mudança de idade...

Hagrid piscou os olhos.

- É Me'mo!?!?

Kristine voltou a assentir num gesto de cabeça enquanto Ronald tentava disfarçadamente partir um biscoito com o pé, tinha-o sem querer deixado cair e tentava agora esmagá-lo ou pelo menos parti-lo em partes mais pequenas. Hagrid assentiu e voltou-se para Christopher dizendo:

- Ent' Harry' uvi dizer que caíste d' vassoira ãh!?!

- Pois...- disse Christopher baixando a cabeça, tentando não se lembrar do caso.

Hagrid colocou a mão no ombro de Christopher e disse:

- Não te preocupes Harry, acontece aos melhores...

Christopher sorriu e assentiu. Nessa altura Harry, o verdadeiro e original, bateu à porta e entrou. Hagrid olhou para Harry e disse com um sorriso:

- James!!!! Que' stás aqui a fazer!?!? AH! Já sei! Vieste ver o teu filho- dá uma palmada nas costas de Christopher- a jogar Quidditch como tu né!?!?

Harry sorriu e disse:

- Bolas Hagrid descobriste o meu plano por completo!

Hagrid riu e comentou:

- Tá bom! Sabes que de mim ninguém consegue esconder nada!!!

Harry sorriu e comentou:

- Lá isso é verdade velho amigo...- em seguida voltou-se para Christopher e para os outros dizendo- Bem Harry, deduzo que estes sejam o Ron e a Hermione...

Kristine e Ronald assentiram com um sorriso e Harry continuou a falar:

- Bem miúdos está na altura de ir embora! Vão ter aulas daqui a pouco...

- Vê se dormes bem Harry!- comentou Hagrid ajudando Christopher a levantar-se depois de lhe ter dado uma palmada nas costas que quase o derrubou- tens de apanhar a Snitch próxima sexta-feira... e ainda por cima é treze...

Christopher voltou-se para Hagrid, Alvorecer saltou-lhe para os ombros e ele comentou:

- É por ser treze Hagrid que eu a apanharei...

Harry olhou para Christopher pensando para si próprio que nunca o vira mais parecido com sua mãe...

~ * ~

- Christopher... Christopher...

Christopher ouviu alguém chama-lo, estava num sítio escuro e uma nuvem negra avançava na sua direcção, queria fugir mas era como se estivesse completamente colado ao chão. Voltou-se usando todas as suas forças e viu uma luz dourada, era calma e reconfortante, não conseguia ver distintamente mas via os contornos duma pessoa...

- Christopher... Cuidado... Christopher...

- MÃE!!!- gritou Christopher conseguindo arranjar forces para correr em

direcção á luz que parecia se afastar- MÃE, NÃO VÁS.... MÃE...

A nuvem vinha atrás de si e estava cada vez maior, parecia ter forma duma capa que cobria a cara a alguém que sorria maldosamente e que estendeu a mão cobrindo a luz erradicada pela sua mãe. Christopher deu um grito e com salto sentou-se na cama...

- MÃE!!!

Hermione e Heather olharam uma para a outra.

- Não Chris, não somos a tua mãe- disse Heather.

Christopher olhou em redor, estava de novo no seu dormitório, a nuvem e a sua mãe tinham desaparecido. Era a primeira vez em muitos anos que sonhava com ela, embora não se lembrasse sabia que quando era novo sonhava muitas vezes com ela, a sua mãe tinha sido a sua amiga imaginária até o seu pai o convencer que isso não era saudável e que ele tinha que seguir em frente ou ele casaria de novo e lhe arranjaria uma Madrasta horrível. Embora fosse só uma ameaça tinha resultado e todas as poucas memórias que tinha de sua mãe tinha sido apagadas do seu cérebro.

Ronald olhou para ele e disse:

- 'Bora! As gémeas querem mostrar-nos uma coisa...

Christopher saltou da cama e pôs o robe, Kristine também se encontrava no dormitório, desta vez em vez duma única trança tinha duas e Christopher pensou para si que nunca a tinha visto com o cabelo solto. As gémeas chamaram-nos e disseram:

- Antes de mais tem de prometer.... nem uma palavra disto há mãe...

- Principalmente tu Rony!- disse Hermione.

Ronald olhou de lado para as irmãs e disse:

- Até parece que me "chibo" muito...

Heather admirada para a irmã e comentou "inocentemente":

- Ele tem razão Hermione, quando foi que ele nos entregou...

- Consigo lembrar-me duma vez Heather...- disse Hermione fazendo uma cara pensativa.

- Meia dúzia...

- Praticamente...

- DE TODAS AS VEZES!!!- completaram em coro.

Ronald deu um salto quando as suas irmãs acabaram de falar, Kristine tapou a boca com a mão e riu baixinho, Christopher também riu e viu que pouco tempo depois os três irmãos já tinham feito as pazes e riam também.

Kristine voltou-se então para as gémeas e perguntou:

- Que nos queriam mostrar?!?!

As gémeas olharam uma para a outra e sorriram sinistramente. Christopher olhou-as desconfiado e Kristine apertou o robe com força...

~ * ~

Olhou para um espelho e viu-se rodeado de vassalos, e todos os que lhe eram queridos, então era aquele o Espelho dos Invisíveis, que estupidez só mesmo feiticeiros estúpidos ou Muggles se poderiam perder em frente dele...

De súbito o som duma porta a abrir, escondeu-se, ainda não estava na altura de o verem...

~ * ~

Christopher olhou em redor, Kristine agarrou-lhe o braço, Christopher tocou-lhe ao de leve e disse sorrindo:

- Vamos morrer...

Ronald teve que morder a mão para não rir e Kristine fez uma cara aborrecida mas acabou por sorrir. Com um golpe de varinha as gémeas ligaram a luz e Christopher pode ver onde estas os tinham levado. A sala estava cheia de objectos esquisitos e tinham alguns letreiros nas paredes a dizer "Não Mexer! Altamente Perigoso", eles estavam na sala proibida do corredor do terceiro andar.

Abriram a boca de espanto e olharam em redor de novo, as gémeas sorriram e disseram:

- Bora dar uma volta...

- Mas por favor!- pediu Heather- Não toquem em nada!!!!!!

Hermione entrou e olhando em redor comentou:

- Pena que a Priscila e a Jaqueline não tenham podido vir!!!

- Sabes muito bem que quando a Priscila se põe a dormir ninguém a acorda- disse Heather seriamente para a seguir acrescentar- pelo menos não sem antes levar um bofetão, bolas aquela miúda além de sono pesado mexe-se que se farta, não sei como é que ainda não caiu da cama abaixo...

- E eu não estou a ver a Jack a cooperar nisto!- disse Ronald vendo montes de bestas apontadas na sua direcção- quer dizer ela teve um trabalhão dos diabos a safar-vos da última vez, se lhe dissessem que vinham para aqui ela passava-se...

Hermione e Heather olharam uma para a outra e concordaram com Ronald, realmente estavam a dever uma a Jack por ela as ter salvo de não jogarem Quidditch o ano inteiro, o que elas sabiam ser milagre, visto que Jack queria jogar quase tanto como elas. O que lhes valia era que Jack era uma boa amiga, uma grande amiga mesmo. Como Priscila... quando não tinham de ser elas a acordá-la! As gémeas lembraram-se duma vez em que Leda tinha acordado Priscila depois duma noite má dormida... Leda teria ficado com a marca do bofetão durante uma semana, pelo menos, se não tivesse ido à enfermaria da escola. Pensando bem... devia ter sido aí que a rivalidade entre elas tinha começado...

Entretanto o grupo já se espalhara pela sala, Christopher estava a ver uma estante cheia de livros, que segundo a legenda gritariam assim que fossem abertos, Ronald via as bestas envenenadas cujas flechas passariam através de qualquer feitiço e matariam a sua presa, as gémeas estavam pelo seu lado a ver uma vassoura muito antiga, uma das primeiras usadas para jogar Quidditch, pareciam estar num museu, se tivessem cuidado, tudo correria bem!

Kristine viu um grande espelho e aproximou-se, talvez por curiosidade, talvez para ver se estava apresentável, o problema foi que assim que se aproximou uma imagem difusa tomou conta do espelho.

- O que é isto!?!?- perguntou amedrontada, recordando de súbito o que o chapéu lhe tinha dito em surdina ao ouvido.

Hermione aproximou-se e olhou para um pequeno suporte ao lado do espelho que tinha um papel e leu:

- "Espelho dos Invisíveis... Blá, Blá... Mostra os nossos desejos mais secretos..."

Ronald piscou os olhos e era para falar mas Kristine, que olhava para o espelho, estava a ficar corada e ele não resistiu a perguntar:

- Que vês Kristine!?!?

Kristine, não ouviu Ronald, a sua mente estava perdida entre a imagem e as palavras do chapéu, antes que desse por isso repetiu-as num murmúrio:

- E esse espelho do desejo a verdade te mostrará... tudo o que nele vires verdade se tornará...

Num instante como se tivesse tomado consciência da pergunta de Ronald, Kristine voltou-se para os companheiros e perguntou a medo:

- Não... não conseguem ver!?!?

Christopher olhou atentamente por cima do ombro de Kristine para o espelho e disse:

- Além dos nossos reflexos não vejo mais nada...

Kristine suspirou de alívio, mas mesmo assim não deixou de estar corada, e os rapazes olharam espantados um para o outro, enquanto as gémeas deitaram olhares cúmplices entre si. Depois do Espelho dos Invisíveis o grupo viu ainda um Detector de Mentiras, que piscava uma luz vermelha de cada vez que uma pessoa num raio de 200m dizia uma mentira Ronald testou-o dizendo que "Adorava Aranhas!" o que fez com que este disparasse a luz vermelha, uma Bola de Cristal, que supostamente preveria o futuro mas que segundo as gémeas devia ser só treta e que cada um apenas diria o que lhe vinha à imaginação, [N.A: Também não vejo nenhum gene da Hermione aqui!!! ^.^] Armaduras de Guarda, que atacavam as visitas indesejadas Heather que se aproximou demais pode comprovar a eficácia delas pois se não fosse a sua gémea teria ficado sem cabeça...

Quando estavam quase a acabar a exposição quando outra Bola de Cristal apareceu, ou pelo menos assim o parecia...

Heather, curiosa pelo facto de existir um objecto repetido, aproximou-se e leu:

- "Caçadora de Almas" Que nome... "Quando alguém que nos é próximo e querido morre pode tronar-se o nosso Anjo da Guarda, fica escondido dentro de nós e dá-nos força, a Caçadora de Almas retira os espíritos Guardiães daqueles que lhe colocarem a mão em cima, quantos mais espíritos um feiticeiro tiver mais forte será. A Caça a Almas era um dos desportos favoritos dos Magos Negros, que fabricavam Caçadoras de Almas para capturarem as Almas e aumentarem assim o seu poder..."

O grupo piscou os olhos e olhou aterrado para a não tão inocente bola de cristal que afinal não o era.

- Raios...- comentou Ronald- Eles não estavam para brincadeiras!!!

Ninguém no grupo teve coragem de experimentar o famoso item e por isso seguiram em frente. Ronald que era o que ia mais perto da Caçadora sentiu de súbito uma coisa quente, quando olhou de lado viu que a Caçadora libertava uma luz vermelha intensa e chamativa.

O grupo estava prestes a sair quando de súbito Christopher pode jurar ouvir a voz da sua mãe dizer "O RONALD!!".

Christopher voltou-se a tempo de ver Ronald a estender a mão para a Caçadora. Num salto Christopher afastou Ronald da Caçadora mesmo a tempo, infelizmente deitaram a estante de livros gritadores ao chão o que, claro, chamou a atenção de Filch e de praticamente todos os Professores que se levantaram num salto ao ouvirem o berro em unisom.

- ESTÁS LOUCO!- perguntou Christopher- QUE RAIO IAS FAZER!??!?!

- Não sei... Só me lembro de a ver brilhar e...

De súbito o som duma porta a abrir-se sobrepôs-se, aos ouvidos de Christopher, aos gritos dos livros.

- Vamos embora, o Filch vem aí...

As gémeas assentiram e indicaram um tapete na parede, todos correram até lá e entraram num corredor.

- Isto leva directamente à casa de banho do dormitório masculino do sétimo ano de Gryffindor... Uma das poucas passagens decentes neste castelo... o Filch está proibido de a usar!!!

Christopher e Ronald olharam um para o outro meio admirados meio enojados mas continuaram a correr...

~ * ~

Perto da Caçadora de Almas, num espelho um reflexo apareceu. O reflexo dum Anjo Guardião, do Anjo Guardião de Ronald... Um Anjo com uma aparência bastante nova visto parecer não ter mais que uns 23/24anos, os seus cabelos eram ruivos e os olhos cinzentos azulados... Era o pai de Ronald, Ron envergando uma armadura azul escura de cavaleiro e um belo par de asas azuis claras...

- Esta foi à justa...- comentou Ron a tom de suspirou.

- Percebo o que dizes...- respondeu uma voz que lembrava o vento a bater nas copas da árvores.

Ron voltou-se e viu uma mulher de 27/28anos, com longos cabelos castanhos e olhos verdes, o seu vestido era dourado e as suas asas prateadas.

- Obrigada! O teu filho saltou mesmo a tempo...- comentou Ron voltando-se para o tapete por onde o grupo tinha fugido.

- O Christopher é assim...- respondeu a mulher com um sorriso- sempre a tempo... tal como pai...

- Quem está aí minha gatinha...- ouviram Flich perguntar.

Ron voltou-se para a mulher que simplesmente disse antes de desaparecer pelos corredores reflectidos no espelho:

- Está na altura de irmos..

Ron assentiu e partiu atrás da amiga na exacta altura em que Filch abriu a porta e entrou na Sala Proibida ...

~ * ~

Christopher sentou-se no sofá da sala comum esgotado, Kristine sentou-se ao seu lado e Ronald imitou-a, as gémeas ocuparam duas cadeiras individuais e começaram a falar uma com a outra discutindo os pormenores da sua nova aventura. Ronald olhou para elas e comentou para os amigos:

- São o orgulho dos meus tios Fred e George, foi mesmo bué esquisito, eles são gémeos mas nenhum deles teve gémeos e a mãe, que não é gémea ou o pai, tiveram-nas a elas...

Hermione e Heather continuavam entretidas e se ouviram o comentário do irmão fingiram não ter ouvido...

Passados uns cinco minutos Christopher foi-se deitar de novo e tronou a sonhar com a nuvem, com a sua mãe e com a nuvem a apanhar a sua mãe. Sentiu lágrimas a turvar-lhe a vista e de súbito o sonho mudou e ele viu-se de novo na Sala Proibida a olhar de perto para o Espelho dos Invisíveis e pela primeira vez reparou com horror que num canto do espelho estava reflectida a imagem do feiticeiro da capa, do feiticeiro que nos seus pesadelos o queria apanhar e matar a sua mãe...

~ * ~

O resto da semana passou rápido e antes que Christopher desse por isso tinha a mala empacotada e ia partir para a Escola de Magia e Feitiçaria de Finn McCool, tirou montes de fotos com Ron e Kristine, até mesmo as gémeas, as suas amigas e Lily quiseram tirar fotos com ele.

Cory, Ned e os outros Gryffindor do seu ano também se dispuseram a tirar uma foto com ele, não estavam chateados com ele, não ainda pelo menos, e a título de quererem uma foto de turma fizeram um silencioso pedido de desculpas que Christopher percebeu e aceitou...

Harry era quem ia acompanhar Christopher até à Escola Finn McCool, tinha-se oferecido e nenhum professor tinha sido capaz de dizer que não. No Autocarro Cavaleiro Harry e Christopher, com Alvorecer ao colo, viajaram no mais completo silêncio até chegarem ao Cais onde apanhariam um Ferryboat para a Irlanda do Norte, aí Harry começou a falar:

- Er! Então Christopher que achaste de Hogwarts!?!?

Christopher que ouvia o vento a acariciar o oceano comentou:

- Parece-me um sítio óptimo para viver uma aventura mas não sei...

Harry olhou espantado para Christopher, quando a guerra tinha acabado ele, Ron, Hermione, Patrick, Ela e mais alguns amigos chegados, entre os quais Dumbledore e McGonnagal tinham prometido nunca contar a ninguém as fantásticas e por vezes terríveis aventuras que Harry e os seus companheiros tinham vivido em Hogwarts, eles queriam proteger os filhos, queriam impedir que eles sofrerem o que eles tinham sofrido...

- Não sabes o quê Christopher!??!

- Não sei nada Professor, nem sobre mim, nem sobre a minha mãe... Não sei porquê mas tinha a ideia de que indo para Hogwarts encontraria o verdadeiro Eu... Toda a minha vida fui posto de lado ou obrigaram-me a por pessoas de lado... Nunca descobri a minha verdadeira natureza, a carta de Hogwarts foi como uma luz no escuro, uma luz que encadeou e quando lá cheguei... não sei... não que me tenha sentido desapontado, longe disso, Hogwarts é uma escola excelente, o Ronald e a Kristine são os melhores amigos que alguma vez podia desejar, mas mesmo assim falta algo... algo grande... Algo que irei descobrir...

Harry olhou admirado para o rapaz que tinha à sua frente, muitas vezes lhe tinham dito que ele sempre tinha sido maduro demais para a idade que tinha mas Christopher conseguia bate-lo. Harry tirou uma fotografia do bolso e estendeu-a a Christopher dizendo:

- Não será isto que procuras...

Christopher olhou para a fotografia. Uma bela senhora de cabelos castanhos e olhos verdes vestida de dourado estava representada em grande plano e ao seu colo estava um rapazinho que não devia ter mais que 6meses, o rapaz tinha cabelos negros e olhos verdes, as suas mãos roçavam o rosto da mãe que sorria e o apertava com força.

Christopher, ficou a olhar muito tempo para a foto. Olhando para cada linha da face daquela mulher que o seu inconsciente e o seu coração tão bem conheciam. Por fim sorriu e voltou-se para Harry dizendo:

- Sou eu e a mãe, não é!??!

Harry assentiu num gesto de cabeça e disse:

- Sabia que a devia ter algures num álbum velho e quando soube que vinhas para tão longe dela pensei para mim que devias gostar de ao menos levar uma imagem dela...

Christopher olhou com mais atenção para a foto e passado algum tempo, riu e comentou:

- Sabe professor agora estava a pensar em como a minha mãe é parecida com a rapariga que tem nas fotos do seu gabinete... Mas é uma estupidez! Não ligue!- passado algum tempo Christopher acrescentou- Ela era bonita...

Harry assentiu e comentou:

- Meu amigo se alguém alguma vez o soube só tu... A maior beleza da tua mãe era o seu interior, ela era boa, meiga... conseguia fazer amigos da mesma maneira como tu e eu estalamos os dedos... praticamente todos os rapazes que conhecia queriam casar com ela, mas ela só amava o teu pai e lutou por ele, como deves saber a tua avó é uma pessoa difícil de satisfazer...- Christopher rolou os olhos, sim ele tinha uma vaga ideia- a tua mãe praticamente teve de a pegar pelos colarinhos para ela a deixar casar com o Patrick sem que a tua avó os amaldiçoa-se!!!

Christopher riu, conseguia imaginar a cena tão bem...

~ * ~

Roger McHill, esperava pacientemente pelo novo aluno e pelo professor que o vinha a acompanhar. Era o Guarda das Marés de Finn McCool, embora os alunos o chamassem de Porteiro Roger, malditas pestes, nem pelo seu apelido o tratavam.

O Ferryboat aportou e Roger fez sinal a um Autocarro Cavaleiro para parar, o grande autocarro desta feita verde esmeralda com letras douradas parou e abriu a porta da frente.

Christopher e Harry desceram do ferryboat e localizaram Roger com facilidade, bem, os seus longos cabelos negros e roupas que mais lembravam uma toga romana ajudavam e o facto de ser o único na doca à espera também. O motorista do autocarro olhava para o relógio e bufava como quem diz "Depressa não tenho o dia todo!". Harry perguntou a Christopher se este queria que o acompanhasse...

- Não professor, não vale a pena... Muito Obrigado por me ter acompanhado até aqui e... pela fotografia!

Harry assentiu e voltou para o cais esperando pelo Ferryboat que o levaria de volta a sua querida e velha Inglaterra. Christopher olhou para McHill desconfiado, a sua aparência era a dum velho subalimentado mas algo lhe dizia que era mesmo só aparência. Durante o caminho Christopher descobriu algumas coisas, para começar McHill não era nada mas mesmo nada parecido com Hagrid, não contava piadas, não se ria, parecia estar á espera que algum feiticeiro negro lhe saltasse para cima e o matasse e o mais estranho é que parecia vazio, como se lhe tivessem sugado a vida, bem... isso explicaria o facto dele ser tão magro que lembrasse um osso... outra coisa, era alérgico a gatos e visto Alvorecer se recusar por algum motivo a deixar os ombros de Christopher, McHill passou a viagem toda a espirar e a amaldiçoar Alvorecer que apenas lhe lançava olhares de desdém ou abanava a cauda na sua direcção como que a provocá-lo...

O autocarro parou ao pé dum penhasco e McHill e Christopher saíram. McHill voltou-se para Christopher e fez um gesto que dizia claramente "Anda", em seguida começou a caminhar em direcção ao precipício de Ulster, a famosa "ponte" começada mas nunca acabada por Finn McCool. Christopher começou a ficar preocupado, quereria McHill que ele se atirasse do precipício!?!? Onde estava a escola!??!

McHill chegou a uma pedra perto do pico do penhasco e tocou-lhe com a varinha dizendo algumas palavras que Christopher não ouviu. A pedra rodou levemente para a direita revelando um lance de escadas que descia para dentro do penhasco. McHill começou a descer e Christopher seguiu-o...

~ * ~

Elevou o cálice e olhou para a bola de cristal observando Roger e o rapaz à medida que estes desciam a escada em caracol. Observou o rapaz e pegou na ficha à sua frente, Christopher Bleue, uhu...

Mandou a imagem aproximar-se e observou-o mais demoradamente, tinha a pele branca e os cabelos negros característicos dos Bleue, mas os olhos verdes eram os olhos dela, verdes esperança, verdes coragem, verdes amanhã, este ia trazer problemas tal como a mãe dele tinha trazido, tinha sido à justa mais um pouco e ela teria conseguido incriminá-lo e aí tudo estaria perdido, mas ela estava morta e em breve, com um pouco de sorte, a pessoa que a tinha morto mataria o seu filho e aí tudo voltaria ao normal...

Depois de ter conseguido fazer com que o tomassem por um superdotado o seu único problema tinha sido o pai do rapaz. Olhou para um papel à sua frente cheio de tentativas falhadas de falsificar a assinatura de Patrick Bleue, no entanto no final tinha conseguido e a prova disso era que o rapaz estava cá...

~ * ~

Christopher seguia McHill em silêncio mas olhava para tudo curioso, a escada descia em caracol para o que parecia ser o centro da terra. Talhadas nas paredes de pedra estavam imagens do gigante McCool que colocava as pedras uma após a outra para alcançar a ilha onde morava a sua amada...

- Não penses disparates miúdo...- disse McHill- a estúpida lenda que vos

ensinam é a mais pura mentira... McCool não queria nada chegar à outra ilha, ele queria chegar onde chegou, ao espaço entre as ilhas para poder construir uma escola para gigantes... Infelizmente nas lutas praticamente todos morreram, ou pelo menos os inteligentes, McCool morreu ao defender a sua escola protegendo-a com um encantamento... Depois foi descoberta por nós feiticeiros irlandeses que a torna-mos a nossa escola de feitiçaria... como a nossa escola é feita para gigantes para honrar a memória de McCool, os feiticeiros que a descobriram prometeram só ensinar aqui os que tinham potencial para serem grandes feiticeiros...

Christopher sentiu Alvorecer a roçar o seu nariz na sua face como que a dizer "vês, eu sabia que ias ser grande" e sorriu passando a mão ao de leve pela cabeça do seu gato, em seguida olhou para o chão e perguntou:

- Sr. McHill!? Como está esta escola organizada!?!?

McHill sorriu para si próprio ao perceber que tinha explicado ao miúdo quem mandava e com um ar importante explicou:

- O nosso director é o Prof. De Valera, muito respeito sim rapaz, ele é o maior feiticeiro irlandês que já dirigiu esta escola, aqui como na tua antiga escola também dividimos os alunos por equipas... uma estupidez a meu ver mas que se à de fazer, as equipas são O'Connor, a MacBride e a Bleue mais referidas como equipa Laranja, equipa Branca e equipa Azul...

Christopher piscou os olhos e disse:

- Por favor podia repetir o nome das equipas!??!

- És surdo rapaz!?!?- perguntou McHill chateado antes de responder- O'Connor, MacBride e Bleue...

Christopher piscou os olhos antes de comentar:

- Bem me parecia...

~ * ~

Harry suspirou à medida que o ferryboat se afastava da costa irlandesa. Sentou-se e fechou os olhos por instantes, assim que os fechou conseguiu ver os olhos dela e ouvir a sua voz a dizer:

- Socorro...

Deu um salto e olhou em redor, não ainda estava no barco, não tinha voltado atrás no tempo e nada do que fizesse a traria de volta. Olhou de novo para a costa e algo lhe disse a veria mais cedo que imaginava...

~ * ~

Christopher tinha achado que as portas em Hogwarts eram grandes, mas isso era porque ele ainda não tinha visto as portas de Finn McCool, tal como McHill afirmara Finn McCool era uma escola para gigantes, grandes gigantes mesmo, cada porta devia ter mais 20metros do que o tamanho do gigante em si que já devia ser uns bons 5/10m o que dava aproximadamente portas com praticamente 30m de alto, as portas eram gigantescas, pareciam não acabar os corredores pareciam auto-estradas de tão largos que eram...

Os quadros não mexiam mas Christopher não conseguia deixar de se sentir observado. Quando finalmente chegou ao salão de jantar pensou ter entrado para um relvado dum estádio de futebol, as mesas em vez de serem compridas eram redondas mas nem assim conseguiam ocupar o espaço todo. A mesa de professores, essa sim era rectangular e bastante comprida também, com uns 10/15m de comprimento por uns 2/3m de largura. Estava coberta com uma toalha branca e por cima da toalha na diagonal como se fosse um losango estava uma toalha quadrada duma azul pálido e cuja ponta tocava ao de leve no chão.

Era fácil reconhecer as mesas das equipas, a mesa da equipa laranja tinha cadeiras de estofos laranjas, várias laranjas espalhadas pela mesa com hera a liga-las e o facto do alunos estarem praticamente só vestidos de laranja e branco ajudava imenso a identificar a mesa, o uniforme que eles usavam quer rapazes quer raparigas eram calças e camisa, nas costas das cadeiras Christopher pode ver vários mantos negros pendurados.

A mesa da equipa branca tinha tal como a mesa da equipa laranja cadeira com estofos brancos mas em vez de laranjas tinha um grande vaso de tulipas brancas no meio da mesa, Christopher também conseguiu ver que os talheres pareciam de crianças tendo cabos em forma de tulipas brancas, mas eram espantosamente bastante elegantes. Aqui as alunas tinham saia e as suas blusas eram de mangas a três quartos e em vez de botões tinha cordões, os rapazes vestiam calças largas e blusas normais.

A mesa da equipa azul... Christopher piscou os olhos, ele estava a ver bem, olhou para as mesas das outras equipas, conseguia ver rapazes e raparigas com idades entre os 10 e os 18 em ambas as mesas a rirem e a brincarem, mesmo os de 10anos confratizavam com os de 18 e vice-versa olhando de novo para a mesa da equipa azul Christopher não teve outra palavra senão chocado para descrever a sua situação, a mesa da equipa azul apenas tinha uma aluna...

Ela nova, devia ter uns 10, talvez quase 11anos, tinha cabelos negros como Kristine e olhos castanhos que lembravam a Christopher os olhos da Prof. Granger, o seu uniforme mais parecia um vestido de elfo, bastante leve, azul claro, ela parecia uma espécie de fantasma azul...

A mesa azul era, Christopher tinha a certeza, a mais bela das três mesas. Também era redonda como as outras mas tinha ao centro uma toalha branca por cima da grande toalha azul céu, em cima da toalha branca, ou viria de debaixo da toalha?!?!, crescia uma roseira cujas rosas eram do mais belo azul que Christopher já tinha tido o prazer de ver, um azul escuro mágico, a roseira envolvia as cadeiras de estofo azul, passeava pela mesa como rainha e senhora mas não se aproximava da área reservada aos pratos.

McHill subiu ao estrado dos professores e com um jacto de cores que lançou da varinha chamou a atenção dos alunos que se sentaram para o ouvir.

- Meninos, este é o novo aluno de que o director vos falou espero que acolham bem... Rapaz estas são as três equipas de que te falava, os laranjas são os O'Connor, os brancos os MacBride e os azuis, rufem tambores que está é difícil, os ou neste caso A Bleue...

Christopher assentiu e viu que A Bleue o observava com os olhos a brilhar como se tivesse esperança que ele a salvasse da solidão. McHill continuou a falar:

- Aqui não dividimos os alunos por características e sim por matérias a seguir... Os O'Connor estudam Artes Malditas, Maldições e Contra Maldições, os MacBride estudam os Muggles e as relações políticas que se podem dar entre nós e os... A Bleue estuda relações humanas, sentimentos é mesmo coisa de mulher, e literatura antiga, runas e essas coisas que não lembra nem às Ancromantulas ... Bem rapaz que área escolhes...

Christopher olhou em redor, todos tinham os olhos postos nele, mas há muito que ele tinha decidido e pelo que parecia Alvorecer estava de acordo com ele, pois saltou dos seus ombros para o chão e caminhou na direcção da mesa para a qual ele apontava enquanto dizia...

- Eu escolho...

~ * ~

Kristine olhou para o prato ao seu lado e para Ronald á sua frente, nenhum deles comia, as gémeas estavam ao pé deles mas não estavam em greve de fome, comiam um pouco. Kristine suspirou e disse:

- Sinto a falta do Chris... Ele conseguia sempre pôr-nos a falar...

Hermione confirmou num gesto de cabeça e Heather disse:

- É realmente estranho... Parecia que todas as conversas iam ter com ele e ele espalhava-as por nós, como ele tínhamos sempre que dizer mesmo que só fosse "Ei hoje choquei com o Snape no corredor..."

- Parem de falar assim!!!- disse Ronald- Até parece que ele morreu!! Ele volta, não há melhor escola que Hogwarts!!!

- Mas Ronald- disse Lily juntando-se ao grupo- já pensaste bem, ele teve uma péssima semana aqui em Hogwarts e se na Finn McCool tudo lhe correr bem... qual seria a tua escolha...

Todos olharam para Lily ofendidos mas tiveram que concordar com ela. Jack olhou para os colegas e disse:

- Animo! O Ronald está certo, não existe escola melhor que Hogwarts!! Não é Priscila???

Priscila tronou a tirar a sua cabeça desta feito doutro calhamaço chamado "OS AURORS- Livro 1- O Regresso das Trevas" de Johanne Hollyday e comentou:

- Mas é claro! Não existe escola melhor que Hogwarts!!! Além de que nós estamos cá e isso é mais que suficiente para ele escolher vir para cá...

Todos riram e voltaram ao seu almoço...

~ * ~

Christopher sorriu entanto ouvia Megan a falar e se lembrava da sua apresentação á uma boa meia hora atrás:

- Olá o meu nome é Megan Jones, bem vindo á Equipa Bleue, lamento mas não tive muito tempo ou mãos para te organizar uma boa recepção!!

Megan era muito alegre e ao contrário do que Christopher chegara a temer nada tímida ou faladora demais, Megan sabia quando falar e quando ficar calada, era óptimo conversar com ela.

- E os teus amigos!??! Como se chamam eles de novo Rose e Kristy!?!?

Christopher riu antes de dizer:

- Não Megan, o Ronald e a Kristine... se bem que eu, por vezes, chame à Kristine Kristy...

Megan assentiu e continuou a falar:

- Pois a tua amiga ruiva de olhos cinzento azulados Kristine e o teu amigo de cabelos negros e olhos negros Ronald...

Christopher riu com prazer e Megan que a princípio piscou os olhos perdida acabou por se juntar a ele. Todo o salão olhava para eles mas como ambos estavam tão absorvidos na conversa não reparavam.

- Não Megan estás toda trocada, o ruivo é o Ronald e a morena é que é a Kristine... Espera eu mostro-te...

Christopher tirou então de dentro da manga uma foto sua com os seus amigos. Kristine ocupava a posição central como sempre fazia quando Christopher não a ocupava, à sua direita estava Ronald e à sua esquerda estava Christopher que sorria e dizia adeus. Os amigos passavam os braços pelos ombros uns dos outros e como se estavam a equilibrar num único tijolo de cimento de vez em quando baloiçavam para a frente quase caindo ou chegando mesmo a cair, aí era o fartote de rir e a corrida para cima do tijolo de novo...

Megan sorriu ao ver os três amigos, era para falar quando a porta do salão se abriu. Para Christopher foi como se de repente tivesse sido levado para o pólo norte em roupa interior, o olhar gelado do director atravessou-o e o sorriso glaciar que ele lhe lançou lembrou a Christopher mais o sorriso dum caçador quando encurrala a sua presa do que um sorriso de boas vindas. Alvorecer pelo seu lado ficou completamente assanhado...

~ * ~

Patrick rebolou e voltou a rebolar na cama, sentou-se e pegou no relógio olhando para as horas descobriu que já eram 2h da manhã. Levantou-se e foi à cozinha fazer um copo de leite quente, estava a colocar o chocolate quando começou a divagar...

Ela sempre tinha sabido como fazer o chocolate e deixa-lo com um bocadinho de espuma por cima, como uma cortina leve, ficava óptimo, nem ele nem Christopher tinham alguma vez conseguido fazer algo parecido. Patrick sorriu, muitas eram as vezes em que a via reflectida em Christopher, ele era bastante parecido com ela em vários aspectos mas mesmo assim não era ela...

Suspirou, as saudades estavam a consumi-lo como uma lagarta consome uma maçã por dentro sem deixar marcas por fora. A casa estava sempre vazia, para onde tinham ido os risos e a alegria, apenas Christopher parecia tê-la, apenas ele a fazia durar, mas agora Christopher estava crescido e tinha ido para Hogwarts para apreender magia, tal como ele e ela um dia tinham ido, embora ele nunca tivesse percebido ao certo porque ela tinha ido mas pronto, ela era mulher e as mulheres tem as suas manias...

Olhou para o seu chocolate e baixinho murmurou a alcunha que tinha dado à sua mulher...

- Floco de Neve...

De súbito tomou consciência que já devia estar a mexer o leite à um bom bocado, parou, tirou a colher e quando olhou para o copo viu que em cima do leite estava um pequeno véu de espuma em forma de floco de neve...

~ * ~

Christopher também estava acordado, olhava para os peixes e as sereias a passarem nas janelas do seu dormitório. O dormitório da equipa azul era mesmo no fundo do palácio, Megan brincara e dissera que era porque a fundadora da equipa queria provar que mesmo na escuridão se podia encontrar beleza, afinal como dizia a frase em latim por cima da porta de entrada do dormitório, "Há quem chore por saber que as rosas têm espinhos e há quem sorria por saber que os espinhos têm rosas"...

Não conseguia adormecer, o director tinha sido simpático para com ele, todos tinham, mas ele sentia no fundo do seu coração que era a presa daquela gente e que se não tivesse cuidado seria apanhado, Alvorecer parecia concordar com ele, o director tinha tentado dar-lhe uma festa e saíra com um corte na palma da mão e um "sssss" de aviso, Christopher nunca vira Alvorecer tão bravo. Suspirou e deitou-se, mas não sem antes olhar para a sua mesinha de cabeceira...

Quantas fotos estavam lá pousadas... Tinha uma sua com o pai, uma com a sua turma, uma com Ronald e Kristine, uma com as gémeas, uma com Lily, uma com Megan(esta tinha insistido em renovar a fotografia de turma e tinha pedido uma cópia para si e Christopher), e por último, mas a que Christopher mais gostava, uma de si e da sua mãe. Mesmo sem a luz ligada sabia qual era a foto da sua mãe, os olhos dela como que brilhavam no escuro, tal qual farol para guiar os barcos perdidos na noite...

Sem saber porquê pegou na foto, agora dentro duma moldura azul, e disse:

- Deves ser um Anjo mãe... um dos mais belos... toma conta de mim...

Com isto Christopher voltou a colocar a moldura no sítio e deitou-se. No espelho em frente à sua cama um raio de luar perdido nas trevas do fundo oceano tocou e uma bela anjo guardiã vestida de azul e com lágrimas a rolarem pelos seus olhos verdes saiu do espelho. Caminhou suavemente pelo quarto e sentando-se no lado da cama, passou as mãos pelos cabelos de Christopher, beijou-lhe a testa e murmurou:

- Sempre meu filho, sempre...

~ * ~

Um igreja, uma grande e bela igreja era o que ele via. Uma igreja que lhe era bastante familiar, tinha casado lá, os seus amigos também, os baptizados tinham sido lá todos. A igreja lembrava assim um pouco Notre Dame grandes vitrais que deixavam entrar a luz e que a coloriam de mil cores e formas... Olhou o altar que como sempre reluzia...

Que fazia ele ali?! Depois do baptizado de Arthur nunca mais lá tinha voltado, nem em sonhos, nem na vida real, que fazia ele agora ali. Então a igreja começou a encher-se de pessoas que pelas roupas festivas que tinham deviam vir para alguma celebração.

Sentiu alguém a puxá-lo por um braço e viu a sua mulher a sorrir-lhe e a dizer:

- Que fazes aqui Harry!?!? Deixa de olhar os anjos do tecto e anda, estão todos à tua espera para o baptizado...

Harry sentiu-se puxado por Ginny pelos corredores, ela tinha um belo vestido azul escuro que lhe colava o corpo e mostrava as suas curvas bem definidas, no entanto o vestido também fazia ressaltar a sua aliança o que era como um escudo sempre activo contra "pessoas dispensáveis"...

Ao aproximar-se da Pia Baptismal Harry viu aquilo que chamava a Família Rebelde... Patrick, ela e Christopher...

O que estava ela a fazer naquele sítio!?!? Não tinha ela!?!? Teria sido tudo um sonho/pesadelo acordado?!?

Então viu um pouco mais atrás da Família Rebelde a Família Ruiva. Ron tinha as gémeas ao colo e brincavam com ambas entretido, Hermione estava ao pé dele, a sua barriga já redonda e grande o suficiente para se perceber que ela não estava gorda e sim grávida.

Lembrou-se, mas claro, devia ter tido outro daqueles estúpidos sonhos, estúpidos realmente porque tudo o que tinha sonhado era impensável, viu Ginny dirigir-se a sua mãe e a tirar-lhe a jovem Lily dos braços, a sua filha, a sua mulher e agora ele ia ser padrinho, ela e Ron estavam vivos e iam viver por muitos anos ao lado da sua família, iriam levar os seus filhos à Plataforma 9 e ¾ e Ron se dúvida que iria a todos os jogos de Quidditch que ele jogasse nesta nova temporada que ia abrir em dois dias e ela sem dúvida que ia continuar com o ...

- Harry...

Piscou os olhos e sorriu, durante o seu sonho acordado tinha pedido muitas vezes para tronar a ouvir aquela voz, lembrou-se do Christopher de onze anos do seu sonho a dizer que a voz da sua mãe parecia o vento a bater nas copas das árvores.

- Harry!

Ele estava certo! Correu para ao pé da Pia Baptismal e pode ouvir Christopher a sorrir para si e a estender-lhe os braços.

- Ele gosta de ti...- ela disse e os seus olhos verdes brilharam- foi por isso que te escolhi para Padrinho...

- E a madrinha!??!- perguntou Harry.

- Bem, a ... ela não pode estar realmente de corpo presente mas está cá em espírito...

- Porquê?!?!- perguntou espantado.

Ela mordeu o lábio superior antes de dizer:

- Assuntos pessoais! Ela disse-me o que era mas Harry não te vou contar...

- Tudo bem – disse Harry embora desejasse saber o que se passava.

O tempo começou a andar rápido, mais rápido, mais rápido e quando deu por si, simplesmente ouviu o padre dizer:

- Todos sabemos que a missão dos padrinhos é encaminhar os seus afilhados pelos pais se algo lhes acontecer, é dever de todo o padrinho ser um segundo pai e de toda a madrinha ser uma segunda mãe... eles devem proteger os seus afilhados como se estes fossem seus filhos e velar pela sua segurança...

Harry suspirou e assentiu num gesto de cabeça e então tudo começou a tremer, que raio se estava a passar, parecia que um tremor de terra tinha assolado a igreja, mas era impossível a igreja estava protegida por um feitiço como é que...

- Harry Potter...

Voldemort foi o primeiro pensamento de Harry mas a voz era muito doce, muito feminina, muito familiar...

- Harry...

Harry abriu os olhos e viu Ginny a olhar para ele meio ensonada.

- Harry o teu filho está a chamar por ti...

Harry não falou apenas assentiu porque não tinha voz, ela tinha desaparecido no fundo da sua garganta, os seus olhos estavam cheios de lágrimas, tinha tido aquele sonho de novo, não, aquilo não era um sonho, era um pesadelo nem os pesadelos com Voldemort conseguiam chegar a ser tão maus, nem os em que os seus pais morriam, neste pesadelo todos os seus sonhos eram realizados e depois com brutidão eram-lhe tirados duma vez, com um só golpe...

- Pai...

Harry conseguia ouvir Arthur a gemer, levantou-se e foi ter com o filho que estava no quarto ao lado. Harry acendeu a luz da mesinha de cabeceira de Arthur com um golpe de varinha e a primeira coisa que lhe chamou a atenção foi o facto de Arthur estar a tremer debaixo dos lençóis. Harry sentou-se na cama e Arthur espreitou para fora dos lençóis...

- Pai...

- Sim Arthur!?!?

- Tu nunca me vais deixar, vais!?!?

Harry piscou os olhos antes de sorrir ternamente e dizer:

- É claro que não...

Arthur sorriu e sentou-se na cama perguntando:

- E vais proteger-me sempre, certo!?!?

- Tão certo como Hogwarts ainda estar de pé!- disse Harry passando a mão pelos cabelos do filho.

Arthur sorriu e saltou para o colo do seu pai dizendo:

- Pai...

- Esse é um dos muitos nomes que me chamam...- brincou Harry.

- É verdade que...- começou Arthur a medo.

Harry olhou para o filho curioso e questionou:

- O quê Arthur?!?

- É verdade que tu tens um afilhado!?!?- perguntou Arthur e saltou para a

cama escondendo a cabeça de novo debaixo dos cobertores.

Harry piscou os olhos, como era possível que Arthur soubesse e porque se escondia ele.

- Sim Arthur é verdade...

- Então porque é que eu nunca o vi!!!!- disse Arthur ainda debaixo dos

cobertores.

- Mas tu já o viste Arthur, só não sabias que era ele...

Arthur espreitou de novo por entre os cobertores e disse:

- A sério!?!?

- Porque haveria de te mentir Arthur?!?!?- disse Harry rindo.

Arthur sorriu e tronou a sentar-se no colo do pai perguntando:

- Pai tu vais tomar conta de mim, não vais!?!? Quer dizer, tu gostas mais de mim do que do teu afilhado não é!?!?

Harry passou a mão pelos cabelos do seu filho e abraçou-o dizendo:

- É claro Arthur! Tu és meu filho e embora o pai goste muito do afilhado ele gostará sempre mais de ti!!!

Arthur abraçou o pai contente e deixou-se adormecer tirando do seu coração infantil todas as preocupações que o seu pesadelo lhe tinha trazido...

Fim do Capítulo 5

N.A: Oooohhhh isto está a aquecer....O que terá visto Kristine no Espelho dos Invisíveis?? O que a levou a dizer aquela frase?? O que será que esconde Finn McColl e que terá Christopher que a misteriosa personagem quer?? Ficará Christopher realmente em Hogwarts ou terão Priscila e Jack razão, não há nada melhor que Hogwarts?? E Hagrid será que ele se vai descuidar e contar aos nossos heróis algo que não deva??? Tudo isto e muito mais no próximo Capítulo... no qual se ESPERAM MAIS reviwes!!! E desta vez eu digo que é sério... vamos ver o que conseguem dar...

Bjs

CACL

P.s. Mais se informa que... o Trailer, mas Trailer mesmo ou seja para ver no Windows Media Player, de Christopher e a Outra Pedra Filosofal já está disponível!!!Bjinhos