N.A: Eu sei! Eu sei! e quanto ao Afilhado Perdido não me pronuncio!!! Tou atrasadissima!!!!! *.*
Danna, houve um problema! Mandas-te o cap todo betado mas ele apareceu todo alterado, com F3 e quadrados pelo meio, pelo que o capítulo segue não betado! :p Desculpem os erros!!!
Disc. A música foi retirada da Manga "Sailor Moon", volume 16 ou 17, já não me recordo, tradução francesa da Glenat.
Para a Wolf Warrior, apesar dela não ser muito fã de HP e não ler esta fic! ^.~
"Na solidão a fénix retirada
As asas quando o sol mais arde, estende,
Dali desce, e batendo-as fogo acende
Donde, depois renasce de abrasada.
E tudo o que era humano feito brasas
Das cinzas já divino ressuscita."
Bernarda Ferreira De Lacerda, Soneto (Adaptado)
Capítulo Onze
"Fénix Renascida"
Patrick patinava no gelo. Como tivera saudades daquela sensação... nunca mais patinara desde que se tinha mudado para o mundo Muggle. Bryan Fate, o seu melhor amigo patinava um pouco atrás dele. Patrick deu uma volta e foi ter com o amigo que sorriu e disse:
- Sempre o Mestre da Patinagem ãh?? Podias ter ganho sabias???
Patrick deixou a sua mente voltar atrás no tempo...
--- FLASHBACK ---
Um ringue de patinagem gigantesco, as bancadas cheias, faixas por todo o lado, um quadro com as pontuações das equipas de cada país. E ele sentado calmamente no cubículo da sua equipa aguardando a sua vez.
Estava um pouco nervoso mas não era por ir patinar em frente a tanta gente, já o tinha feito e também tinha patinado praticamente toda a sua vida, fora a patinar que conhecera Jane, tinham chocado, graças ao Destino [Fate], neste caso um destino chamado Bryan que o tinha empurrado para cima dela.
Suspirou, passava-se algo. Recordou as palavras da sua mulher, "Ainda Falta uma semana! Relaxa, eu não posso ir mas acompanho pela TV! Vai... tu mereces! Lutaste por isto..."
Sorriu, amava-a tanto, só mesmo Jane para o obrigar a vir estando ela tão próxima da hora. Recordou Jane com uma barriga enorme, Christopher devia ir ser enorme!
Nesse momento alguém da equipa disse-lhe que tinha alguém ao telefone para ele. O seu treinador disse-lhe para se despachar que a sua vez era dali a cinco minutos. Assentiu e foi ao telefone:
- Estou sim??
- Patrick???- perguntou uma voz feminina.
- OH! Olá Agathe!- disse surpreendido para a seguir acrescentar a medo- Está tudo bem??
- Até agora tudo pelo melhor!! Se a Jane sonha que te telefonei mata-me! E eu penses o que pensares não tenho 9 vidas!!!
Sorriu antes de perguntar:
- Porque te iria ela matar??
- Patrick...
- Sim???- perguntou cada vez mais curioso.
- A Jane entrou em Trabalho de Parto...
O telefone quase lhe escorregou das mãos. Sentiu-se a tremer que nem varas verdes, em seguida só se ouviu a dizer:
- Está mesmo tudo bem??? Porque raio é que ela não me telefonou?? Ela foi para St. Mungos?? Conta-me o que se passa Agathe!!!!
- Patrick! Ela está óptima! Descontado as dores claro, ela está na Maternidade rapaz, não em St. Mungos!!! Está tudo óptimo!! E porque é que ela não te telefonou é lógico, ela não queria que perdesses a prova! Ela sabe que podes ganhar Patrick, todos sabemos! Tu vais ganhar!!!
- Eu quero lá saber da Taça!!!!! Eu quero é saber de como é que ela....
- UHUHU!!!
Patrick piscou os olhos, a chamada tinha caído.
- Alô?? Alô???
- Alô digo eu!!- disse uma voz ao seu lado e pela primeira vez Patrick reparou porque a chamada tinha caído, o seu treinador tinha colocado a mão sobre o descanso do telefone.
- Eu estava ao telefone!- reclamou Patrick.
- E eu estou há mais de meia hora a chamar-te! É a tua vez, sobe e faz o que tens a fazer rapaz!!!!
- Mas a minha mulher está a dar à luz o meu filho!!!!- reclamou Patrick.
- Ora!- respondeu o treinador- as galinhas da minha mãe dão à luz ovos todos os dias e ninguém se importa!!!! Faz o que tens a fazer e depois podes ir que eu vou receber a taça por ti...
Antes que pudesse contra argumentar Patrick sentiu-se puxado e atirado para o meio do ringue. Patinou até meio e ficou lá quieto, ouvindo a música da sua coreografia e a luz centrada nele, enquanto o resto do ringue estava na escuridão. Não se mexeu, não estava lá, a sua alma procurava desesperadamente a alma da mulher que tanto amava e que por amor devia estar a sofrer dores sem igual. Sabia que mesmo que fizesse a dança toda nada lhe correria bem, a sua alma tinha de estar com ele e não estava, a sua alma buscava a de Jane e algo lhe dizia que alguma coisa não estava a correr bem.
Jane estava sozinha na maternidade, claro que Agathe estava com ela, mas Agathe não era ele e era ele quem devia lá estar, ele tinha prometido, ele tinha jurado a si mesmo. Christopher era a realização dum sonho, que pai seria ele se não visse o seu sonho nascer. A música recomeçou e ele olhou para cima decidido. Patinou rapidamente pelo ringue e entrou no cubículo da sua equipa, começando a tirar os patins.
- Que estás a fazer??- resmungou o treinador.
- Vou-me embora! Não posso patinar... não agora...
O Treinador fez uma cara ameaçadora e disse:
- Ou voltas para lá e danças ou que faço com que tu nunca mais patines...
Patrick não respondeu, já corria pelos corredores procurando um sítio que pudesse usar para Aparecer na maternidade.
--- Fim do FASLHBACK---
Patrick abanou a cabeça e disse ao amigo:
- Não, não podia...
- Claro que podias!- reclamou Bryan rapidamente e chateado só para a seguir acrescentar um pouco triste- se a Jane não tivesse entrado em Trabalho de Parto podias...
- Quem sabe...
- Raios Patrick!- reclamou Bryan- eras... tenho a certeza que ainda és o melhor!!! Patinaste antes de andar, tal e qual como o Christopher... nasceste no inverno, treinaste toda a tua vida, conheceste a Jane no gelo, casaste em pleno inverno... toda a tua vida... o teu grande sonho de provares que...
Patrick levantou o braço para calar o amigo e disse:
- Naquele momento eu tive de optar... ou dançava, ganhava a Taça e mostrava a todos que realmente era bom nalguma coisa ou ia ter com Jane, estar ao lado dela e ver o nosso filho nascer, pegar-lhe ao colo... estar com eles, estar com a minha família que sempre me tinha apoiado... ou provava à minha família de sangue que era bom, ou provava à minha família o quanto a amava... fiz a minha escolha não me arrependo...
Bryan assentiu, percebendo que o assunto "Taça", estava encerrado. Patinaram mais um bocado. Patrick deixou a sua alma relaxar, no ringue começou a passar uma música antiga, francesa, a mesma música que tinha tocado quando Bryan o tinha subitamente empurrado para cima de Jane...
"Je cherche sans cesse ton parfum
Ma voix s'envole vers toi
Je t'aime…
Où es-tu aujourd'hui ?
Ma princesse…
Entends ma voix !"
Patrick deu por si a cantar o refrão para si...
- Je t'aime…/ Où es-tu aujourd'hui ?/ Je t'aime…/ Ma princesse…/ Entends ma voix !
Tinha cantado este refrão antes de Bryan o empurrar tal e qual. Olhou para cima e viu um par de olhos verdes a fintá-lo, um par de olhos verdes que ele bem conhecia.
- Jane...
Parou de patinar bruscamente e voltou-se, o ringue estava deserto atrás de si, a única pessoa que estava perto dele era Bryan e ele devia estar a uns bons 10metros. Mas ele tinha visto, ele tinha sentido o perfume dela...
- Jane...- voltou a dizer.
Mãos transparentes tocaram-lhe no rosto, e lábios isentos de calor beijaram os seus, enquanto lágrimas de puro cristal corriam pela face de Jane. Jane abraçou Patrick mesmo sabendo que este não a sentia... Ele tinha-a visto...
- Estou aqui...- murmurou- e ouço a tua voz, sempre ouvi... também te amo...
~ * ~
Christopher espreguiçou-se, tinha adormecido no comboio, depois de Kristine o ter acordado de noite não tinha conseguido voltar a adormecer. Não existia nada melhor que o leve balançar dum comboio para adormecer.
- Bem vindo...- exclamou Ronald meio chateado- estava a começar a pensar que ia viajar sozinho todo o caminho de volta...
Ronald tinha adormecido de novo assim que se tinha deitado. Era incrível como aquele rapaz parecia poder dormir em qualquer lado. Mas não era isso que tinha motivado Ronald a fazer o comentário. Kristine também dormia encostada ao ombro de Christopher, a sua respiração era leve e ritmada, devia estar a ter um bom sonho. Christopher olhou para Ronald e disse:
- Desculpa companheiro... é que não dormi muito bem...
- Eu reparei!- disse Ronald pousando uma caderneta nova para Cromos dos Sapos de Chocolate- além do mais isso deu-me tempo para colocar aqui todos os cromos!!!!
Christopher assentiu num gesto de cabeça e fez uma cara séria perguntando:
- Quanto ao nosso... policial...
- Bem...- disse Ronald-... temos aqui algo sem dúvida... mas há algo que não me entra... é que... vamos a ver... A tal Pedra Filosofal... dá imortalidade e pode transformar tudo em ouro, não é???
- Mais coisa, menos coisa...- respondeu Christopher- por aquilo que eu percebi...
- Bom... será que a tua mãe tinha a Pedra e depois a deu ao pai que a deu aos Flamel?!!? Não me parece, quer dizer se eu tivesse criado uma pedra tão poderosa não a ia deixar andar de mão em mão...
- Sim, tem lógica... só se...
- Só se o quê???- perguntou Ronald.
Christopher coçou a cabeça e disse:
- Isto é um pouco estúpido mas... Ronald? O teu pai metia-se em embrulhadas???
Ronald piscou os olhos e pôs-se a pensar. Embrulhadas??? Ronald lembrou-se dos comentários do Prof. Snape e do Prof. Potter. Lembrou-se que de cada vez que fazia alguma asneira ouvia sempre "és mesmo igual ao teu pai" ou "parecem mesmo coisas ao teu pai..."
- Sim, creio que sim...
- Isto pode não ter lógica nenhuma mas segue o meu raciocínio... O teu pai metia-se em embrulhadas mas...
- Podíamos sempre contar com ele para salvar o dia...- completou Ronald.
- Eu tenho os olhos da minha mãe... que foi o que a matou... os olhos servem para ver e o que tu vês tu sabes.... por isso...
- Ela sabia algo que não devia!!!- disse Ronald de repente lembrando-se do que o seu amigo lhe contara sobre Finn McCool- e o meu o pai também... mas sabiam demais sobre o quê???
- O Hagrid disse-nos!- comentou de súbito Kristine- Harry, Ron, Hermione contem à Mellody a vossa aventura com a Pedra Filosofal...
O silêncio instaurou-se na carruagem mas não sem antes Ronald comentar:
- A Priscila estava certa...
~ * ~
Patrick e Bryan estavam na Estação de King's Cross, Bryan tinha ido ao hospital numa visita de rotina, Patrick acompanhara-o e agora era a vez de Bryan acompanhar Patrick. Há muito tempo que Bryan não via Christopher, estava curioso para ver como o filho do seu melhor amigo se tinha desenvolvido.
Passaram para a Plataforma 9 e ¾, Miss Molly já lá estava, vinha esperar os seus netos, visto que os pais deles só viriam para casa dali a dois dias. Depois duma rápida troca de impressões o comboio chegou.
Os alunos começaram a sair todos entretidos, alguns traziam malões com coisas que queriam deixar em casa, outros traziam apenas o indispensável. Christopher, Ronald e Kristine foram dos últimos a sair do comboio, quando o fizeram viram que as gémeas, Jack e Priscila estavam entretidas a um canto a combinarem, encontrar-se e irem dar umas voltas!!!
- E depois vamos ao ci- ne- ma!!- disse Jack, soletrando cinema para dar um
maior ênfase à palavra.
- Ci quê???- perguntou Priscila.
- Cinema Pris!- disse Hermione com um sorriso- fomos lá o ano passado, uma sala escura onde projectam...
- Já estou a ver! Já estou a ver!!!- disse Priscila rapidamente- os Muggles inventam cá cada palavra mais complicada!!!
As raparigas riram e continuaram a discutir as datas e os locais que iriam visitar. Tinham parques, exposições, discotecas, cinemas... Ronald voltou-se para os amigos e disse:
- Bem... altura de me darem as moradas se querem receber presentes...
Kristine abriu a sua mochila e tirou uma pequena agenda onde escreveu a sua morada duas vezes. Em seguida cortou o papel ao meio e deu a cada um dos seus amigos. Christopher por sua vez parecia atrapalhado...
- Eu bem... eu não faço a mais pequena ideia de onde moro!!!!
Kristine e Ronald olharam para ele admirados. Christopher explicou-se:
- É que bem.. o meu pai mudou de casa nas férias!!!
- AH!- disse Kristine- bem quando souberes escreve...
- Basta eu achar o meu p...- começou Christopher.
Patrick e Bryan apareceram nessa altura, vindos do nada, acenado para Christopher, que acenou de volta.
- Olá campeão!- disse Bryan.
Christopher ficou a olhar para Bryan admirado. Ele era-lhe familiar mas ao mesmo tempo... nunca o tinha visto mais gordo!!! Patrick sorriu e disse:
- Christopher este é o teu "tio" Bryan!! O meu melhor amigo quando andava em Hogwarts e ainda o melhor!!!!
Christopher sorriu e estendeu a mão ao seu novo tio.
- Olá tio!!!
Bryan apertou a mão a Christopher. Pensando para si como ele era parecido com Jane, tinham o mesmo olhar. Christopher explicou ao seu pai o problema com a sua morada e este esclareceu tudo rapidamente:
- Fénix Renascida... Nós moramos na Fénix Renascida!! Se quiseres a morada da tua avó...
- Não pai!- disse Christopher rapidamente- por favor sê egoísta uma vez na vida!!! Eles não merecem conhecer tamanha bondade! Vamos guardar tudo para nós!!!!
Bryan pôs a mão na boca para abafar o riso e comentou para Christopher:
- Já vi que gostas tanto da tua avó como a tua mãe...
Patrick aclarou a voz e começou a imitar a voz da sua esposa:
- "Não creio que queira que o meu filho conheça a tua mãe, Patrick... Ele não merece conhecer uma pessoa com um coração tão grande, quer dizer o pobre do rapaz vai-se sentir inferiorizado! Pensar que só a sua avó merece o céu!!! Não, não... vamos deixá-lo na ignorância de pensar que um dia lá poderá viver..."
Christopher e os seus amigos riram, imaginado a mãe de Patrick das formas mais "santas" possíveis. Ronald e Kristine tomaram nota da morada de Christopher e ambos partiram. Kristine foi a primeira pois ia apanhar o autocarro e se o perdesse só tinha outro dali a uma hora, Ronald pelo seu lado foi para ao pé das suas irmãs que também já se tinham despedido das amigas e esperavam por ele para voltarem para casa.
Bryan também se despediu:
- Bem Família Rebelde, tenho de ir trabalhar!!! Divirtam-se....
Christopher ficou a ver Bryan a afastar-se e perguntou ao seu pai:
- Família Rebelde??
Patrick sorriu levemente e disse:
- Era o que nos chamavam... a ti, a mim, e à tua mãe... éramos a família Bleue Rebelde! Se disseres muito rápido parece Bom Rebelde! Um filme Muggle muito bom e do qual a tua mãe gostava muito...
- Ah...- foi a única expressão que saiu da boca de Christopher.
~ * ~
Christopher passou as mãos lentamente pela cadeira de baloiço. Olhou em redor. O seu quarto era no sótão da casa. Era enorme. Tinha duas janelas e casa de banho privativa, assim como uma cama de casal, uma mesinha de cabeceira, uma estante cheia de livros educativos, várias prateleiras cheias de livros de histórias, uma secretária que era ao pé duma das janelas, duma janela redonda. O tecto era de madeira, o chão de azulejo azul esbranquiçado, Alvorecer tinha um canto só para si, com brinquedos, poste de arranhar, cama, embora Christopher desconfia-se que Alvorecer iria sempre dormir ao pé dele.
Voltou-se novamente para a cadeira de baloiço, e passando as mãos suavemente pelos braços da cadeira murmurou para si:
- "Night has brought to those who sleep/ Only dreams they cannot keep…"
Era ali que a sua mãe o embalava e esta era uma das canções que ela lhe costumava cantar. Não sabia como o sabia mas era verdade que o sabia...
Observou as prateleiras perto da cadeira e sorriu. Chegando-se ao pé delas tirou a primeira história que viu, era um livro de tamanho médio, cheio de ilustrações, mas não daquelas ilustrações para crianças, eram ilustração realmente bonitas, ilustrações que pareciam saltar do papel. Virou as páginas durante algum tempo até encontrar uma imagem que lhe era vagamente familiar.
A imagem representava um anjo, um belo anjo de cabelos castanhos claros bastante longos, coroados de estrelas, vestido de azul claro com umas belas asas brancas. Ao pé do anjo, um príncipe de cabelos negros e face triste. O anjo estava a partir, ou talvez estivesse a chegar. O príncipe levava pela mão um rapaz pequeno e apontava para o céu como que a explicar algo.
Intrigado Christopher leu o texto perto da imagem:
- "O jovem Rei levou o seu filho à varanda e disse:
- Queres saber onde está a tua mãe??
- Quero!- disse o pequeno príncipe.
O jovem Rei apontou para o céu e disse:
- A tua mãe foi muito amada, por mim, por ti, por todos os que a
conheciam, por isso agora ela está lá em cima numa constelação, donde nos vê, nos guia e nos protege..."
Christopher sorriu e lançou um olhar para a janela mais próxima. Ainda não era de noite, mas ele sabia que a sua mãe também estava a protege-lo, a vê-lo e ele iria fazer possíveis e impossíveis para que ela se orgulhasse dele.
- Almoço!!!- Christopher ouviu o seu pai chamar.
- Estou a ir!!- respondeu colocando o livro rapidamente na estante, quando o fez outro livro caiu, um livro com uma capa simples e roxa.
Christopher abaixou-se para apanhar o livro, passou a mão pela capa e intrigado por este não ter título abriu-o, na primeira página. Estava a começar a ler o título quando:
- Christopher!!!!
- A ir, a ir!!!- disse Christopher mandado o livro rapidamente para cima da cama, mas por azar o livro falou a cama e deslizou para debaixo desta.
Christopher desceu as escadas duas a duas, ignorando os retratos que sorriam e acenavam para ele. A sua casa estava cheia de fotografias, da mãe, do pai, do Prof. Potter, da Psicóloga Weasley, da Prof. Granger e dum homem ruivo que Christopher começava a desconfiar ser o pai de Ronald, visto estar sempre ao pé da Prof. Granger.
Depois de descer dois andares e passar a sala de estar, chegou à cozinha, o seu pai tinha acabado de pôr no seu prato ovos mexidos.
- Ora aqui estás tu! Pensei que nunca mais te via...
- Estava lá em cima no meu quarto!!!- respondeu Christopher enquanto se sentava.
- Já desconfiava...- disse Patrick- e então? Que achas dele???
- É o melhor quarto que já vi...- respondeu Christopher e a seguir perguntou a medo- Foi... Foi a mãe que o mobilou???
Patrick sorriu e disse:
- Na realidade fomos os dois, mas a tua mãe sem dúvida leva a maior parte do crédito!!!!
Christopher sorriu e Alvorecer miou enquanto se lambuzava a um canto com uma taça cheia de leite tal e qual um gatinho.
~ * ~
Harry, Ginny, Artur e Lily entraram em casa. Lily subiu as escadas a correr para o seu quarto dizendo um rápido...
- Olá Dobby!
... antes de desaparecer por trás da porta do seu quarto. Harry respirou fundo, estava em casa, sabia bem poder dizer isso. Artur começou também a correr pela casa, mas antes deu um abraço a Dobby e desejou-lhe umas boas férias.
Harry pegou nas malas, ajudado por Ginny. Rapidamente um grupo de elfos domésticos, todos bem vestidos e com um ar bastante limpo apareceram e levaram alegremente as malas dos seus senhores para o quarto onde desempacotariam tudo e arrumariam a roupa nos respectivos lugares.
Ginny foi para a sala e sentou-se numa poltrona tirando os sapatos de salto alto. Tinha vindo no Autocarro Cavaleiro, que como sempre tinha vindo acima de 180km hora, muito acima! Harry sentou-se noutra poltrona e olhou em redor, de cima da lareira numa das fotos os seus pais disseram-lhe adeus, assim como Sirius, Remus, Ron e Jane. Sorriu e deu um rápido adeus às fotos.
Dobby apareceu pouco tempo depois e disse com um sorriso:
- Dobby tem boas notícias senhor!!!
- A sério Dobby?- perguntou Harry com um sorriso- que boas notícias são essas???
- Winky contar a Dobby, que os Senhores da Fénix Renascida voltar finalmente para sua casa!!!! Ela dizer a Dobby que lá estar a viver agora um rapaz muito parecido com Harry Potter quando este novo... Mas ela dizer que ele ter ar doente... pele muito branca, ela dizer que uma boa colher de óleo de bacalhau poder fazer milagres com aquele rapaz parecido com Harry Potter...
Harry sorriu e imaginou alguém que não fosse Jane a tentar fazer Christopher engolir fosse o que fosse. A experiência dizia-lhe que isso era mais difícil que a nova e melhorada versão de Missão Impossível 3!
- Podes dizer à Winky Dobby que o rapaz, que se chama Christopher Bleue, não está doente... a pele dele é mesmo assim! É de família...
- Winky ir ficar muito feliz Senhor!- disse Dobby- ela dizer a Dobby que começar a ficar realmente preocupada com o rapaz! Winky mandar dizer também que a Miss Hermione Weasley, chegará ou hoje à noite ou amanhã de manhã, ela ter de ir a um sítio no ministério por causa da campa do Amigo Weasley!!!
Harry assentiu. Onze anos, seria possível, Ron e Jane estavam mortos à onze anos, ele poderia jurar que ainda ontem tinha falado com eles. De súbito uma imagem cruzou-lhe a mente e a voz de Jane quebrou a barreira do espaço/tempo.
- Vá lá Harry! Vem lá jantar connosco!!!
Abanou a cabeça, outra vez não. O que estava feito, feito estava! Suspirou, o que levou Ginny a olhar para ele preocupada, o seu marido só suspirava quando pensava nos que já tinham partido.
- Harry...- murmurou.
Harry olhou para Ginny e sorriu levemente dizendo:
- Está tudo bem.. estava aqui a pensar para comigo...
- Se o dizes!- disse Ginny não muito convencida.
Harry olhou novamente para as fotos em cima da lareira e disse para Ginny:
- Talvez devesse ir visitar os Bleue... que te parece...
Ginny sorriu e disse:
- Acho que te faria bem, veres o teu Afilhado onde ele pertence...
~ * ~
Ronald atirou a Quaffle mais uma vez contra o tecto. Estava deitado na sua cama sem nada para fazer. A sua mãe tinha saído para ir tratar de qualquer coisa no Ministério e as suas irmãs tinham ido dar uma volta com Priscila e Jack. A Quaffle, obrigada pela lei da gravidade e por não estar embruxada, voltou para baixo e Ronald tronou a mandá-la para cima. Estava aborrecido, Christopher e Kristine estavam longe e ele não tinha ninguém sem ser Winky para conversar e ele não era louco ao ponto de se por a falar com Winky, até porque já descobrira que não conseguia arrancar dela nada que dissesse respeito ao seu pai e mesmo que consegui-se a elfa castigar-se-ia e ele não gostava que ela se magoa-se.
Atirou a Quaffle novamente e levantando-se da cama rapidamente deixou-a cair em cima do edredão laranja dos Chudley Cannos, equipa de Quidditch do seu pai e na qual o seu Tio Harry jogara. Sentou-se na secretária e decidiu escrever uma carta a Christopher perguntando sobre os desenvolvimentos do policial.
Pegou numa Pena de Açúcar e meteu-a na boca, enquanto tirava outra pena, desta feita real, para escrever uma carta. Ia para começar a escrever quando quase vomitou a pena que tinha na boca.
- Pasta de dentes!?!?- perguntou admirado, apenas para a seguir acrescentar- MÃE!!!!
Com avós dentistas desde cedo que Ronald se tinha habituado a uma perfeita higiene oral, mas isso nunca o tinha impedido de gostar de doces e come-los sempre que podia, mas agora até as suas favoritas Penas de Açúcar a sua mãe tinha roubado. Hum... talvez pudesse pedir a Christopher para lhe comprar umas quando fosse comprar as prendas de Natal, visto que ele teria sem dúvida a mãe à perna.
Sim, era mesmo isso que ia fazer. Colocou a pena sobre o papel mas não sabia ao certo o que escrever. Resmungou, Pig voltou-se no sono e Ronald voltou-se para ela, tendo uma visão ampla do seu quarto.
Tinha um quarto de tamanho médio, onde lhe cabia uma cama, um guarda-roupa, uma secretária, cesto dos papeis, a gaiola de Pig. As paredes estavam cheias de posters da sua equipa de Quidditch, só havia um poster que não era de Quidditch, um poster que estava escondido. Que Ronald não contara ainda a ninguém que o tinha, um poster que ele tinha a sensação ter sido o seu pai a deixar-lhe. O fundo era simples, negro e à frente viam-se os contornos duma rosa vermelha. Escrito por baixo a letras prateadas brilhantes estava escrito Ordem da Rosa. Ele não sabia o que era a Ordem da Rosa mas o nome não lhe era estranho, já o ouvira algures.
Ordem da Rosa... lembrava-lhe aqueles filmes que os seus avós por vezes viam com ele, filmes antigos, com cruzados e cavaleiros, eles normalmente faziam Ordens! Ordem do Bom Jesus, Ordem dos Templários... Seria esta Ordem da Rosa algo do género? Seria possível que a Ordem da Rosa fosse uma Ordem da qual o seu pai tivesse feito parte? Se sim para quê tinha sido criada a Ordem da Rosa? Serviria ela para...
- O meu pai sabia demais! Assim como a mãe do Christopher!! Eles não podiam estar no lugar errado, na altura errada podiam??- Ronald pensava para si e a verdade era que estava cada vez mais confuso- Quer dizer... o meu pai, a mãe e o Tio Harry... a pedra filosofal... mas onde é que a mãe do Christopher se encaixa aqui no meio!??!
A Quaffle deslizou da cama e foi para debaixo desta. Ronald não se deu ao trabalho de a ir buscar. Ron sentou-se melhor em cima da cama, tendo cuidado para não deixar cair mais nada. Esperava que o filho compreendesse este sinal...
- Vá lá Ronald...- disse- tu és esperto o suficiente para conseguires resolver isto... não é assim tão difícil! Só tens de manter o espírito aberto e lembrares-te que a brincar é que por vezes se dizem as verdades...
Ronald levantou-se e sentou-se na cama mesmo ao lado do seu pai, que se voltou de lado para ele para observar o filho melhor. Ronald deitou-se na cama e olhando para o tecto, continuou a pensar.
- Vamos a ver... o Hagrid deu-nos pistas bastante significativas!!! O Tio Harry teve de lutar contra o Voldemort, porque este queria provavelmente a Pedra Filosofal... mas a Pedra, não havia de estar à mão de semear não é??? Isso explicaria o facto do Tio Harry ter de apanhar a tal chave voadora, e o tabuleiro de xadrez no qual o pai quase morreu, e as poções que a mãe distinguiu....
- Bem, já estamos a chegar a algum sítio!- disse Ron com um sorriso- eu sabia que havias de puxar a mim nalgum sítio!!!
Ronald sentou-se na cama e cruzou as pernas.
- Por isso o meu Pai sabia da Pedra Filosofal! Mas se a mãe do Chris também sabia, e a minha mãe e o Tio Harry também sabiam... porque é que só o meu pai e a mãe do Chris foram mortos... isso só teria lógica se...- Ronald hesitou um pouco- ...se eles soubessem mais que os outros....
- Duplo Jack Pot!!!- felicitou Ron.
- Mas o que me está a baralhar é a mãe do Chris!!!! O que raio faz ela no meio desta equação?!?! Ela é a peça do puzzel que não entra!!!
- A Jane sempre adorou confundir as pessoas!- explicou Ron embora soubesse que o seu filho não o ouvia- é natural!!! Deixa para lá a mãe do Chris! Podes voltar a ela depois!!! Pensa agora com o que sabes!!!!
Ronald abanou a cabeça e disse em voz alta para ninguém em especial:
- Vou lá para fora!!!
Pig voltou-se de novo no sono e Ron levantou-se, ia para seguir o filho, quando sentiu que a sua mulher precisava dele. Com um PUFF, desapareceu do quarto deixando Ronald sozinho.
~ * ~
Hermione passou a mão pelo pescoço, enquanto pensava:
- Ron onde estás tu quando és preciso!?!?!
Ron apareceu ao lado da esposa e ocupou a cadeira vaga ao seu lado. Olhou para a pessoa que estava em frente desta. Um homem vestido de negro com uma face horrenda.
- Xi!- comentou- alguém acordou do lado errado da cama hoje!!!
Hermione suspirou e disse:
- Vamos recapitular por favor!!! Está a dizer que eu não posso manter a lápide no cemitério porque não há corpo por baixo... é isso??
- Sim!- disse o homem mecanicamente como se fosse um robô.
- Mas eu paguei o terreno, eu paguei a lápide! Eu tenho tudo formalizado!
Está tudo perfeito há onze anos, todos os anos eu confirmo tudo!! O que se passou???
- Nova lei! Sem corpo, não há lápide! Uma gaveta, mas não lápide! A não ser claro que queria mudar a lápide para o seu quintal...
- OH que querido!!!- resmungou Ron- que mania a dos vivos de se meterem na vida dos mortos...
Ron sentiu alguém a tocar-lhe no ombro e voltou-se para ver uma anja sua conhecida.
- Olá Jane!- disse sorrindo- então também te querem expulsar!!
Jane disse que sim com a cabeça e apontou para Patrick que tinha acabado de entrar na mesma sala, em que eles agora se encontravam. A sua face tomou contornos sérios ao dizer:
- Sabes porque estão a fazer isto??
- Sei!- disse Ron seriamente.
Jane assentiu e disse voltando a cabeça para Patrick.
- Não os podemos deixar!!! Se tiram o nosso memorial ficaremos impossibilitados dos ajudar...- voltou-se para Ron- ... ideia do De Valera! Ele sempre gostou de História dos Mortos demasiado para o meu gosto...
Ron assentiu, e viu Hermione a mexer e remexer nos papeis que o homem lhe tinha dado. Em seguida disse para Jane:
- Se alguém descobrir uma maneira de nos ajudar é a Mione!!!
Jane sorriu e disse alegremente:
- Porque achas que vim falar contigo!!!! Assim que acabares aqui Ele quer falar contigo sobre isso...- e acrescentou seriamente- ainda temos muito para fazer...
Os anjos voltaram-se cada um para o seu companheiro e olharam terna e seriamente para eles ao mesmo tempo.
~ * ~
A pedido de Hermione, que lhe tinha mandado uma coruja rápida, Harry passou pela Pessegueiro Selvagem para ver se estava tudo bem com Ronald. Bateu à porta e olhou em redor, uma leve camada de neve começava a cobrir tudo, menos os pessegueiros que estavam protegidos com um feitiço.
Winky abriu a porta e esboçou um grande sorriso quando viu Harry.
- Harry Potter... mas que honra senhor! Entre! Entre!! Winky estava agora mesmo a acabar um pequeno lanche para o Menino Ronald...
Harry assentiu e entrou. A Pessegueiro Selvagem era sem dúvida mais ou menos do tamanho da sua casa, a Mansão dos Marotos, os móveis eram de madeira de cerejeira, os sofás duma cor creme. Winky disse-lhe para ele se dirigir para a sala enquanto ia buscar Ronald ao quarto. Harry sentou-se na sala num sofá para duas pessoas, donde podia ver um piano de cauda, um sonho de Hermione, quadros com cenas campestres e vários arranjos de flores. Uma ambiente que inspirava uma certa harmonia. Pendurada em cima da lareira estava uma foto de família que devia ter sido trocada à pouco tempo visto que Ronald aparentava ter dez anos e as suas irmãs catorze, quinze. Atrás deles estava Hermione que sorria e dizia adeus. Mais a baixo numa moldura à parte estava uma imagem de Ron, que saiu a correr da sua moldura e se foi juntar à sua família na foto grande.
Harry sorriu, nessa altura Winky apareceu preocupada:
- Winky não encontrar menino Ronald Senhor!!!!!
~ * ~
Sim, o primeiro já estava...
Só faltava mais dois e depois seria tão fácil obter o que queria. Ah! A vida podia ser tão horrivelmente bela...
O plano já estava montado, os objectivos traçados, não havia maneira daqueles pirralhos fazerem alguma coisa. De Valera tinha sido castigado, mas perdoado visto ter tido uma boa ideia. Aquele historiador de Além Túmulo era útil por causa de coisas como esta...
Sem um memorial, os espíritos não podiam ajudar os que amavam. Tinham sido esquecidos, seriam banidos para sempre para o Outro Mundo, a única maneira de voltarem seria como Espíritos Vingativos, e sabia bem que eles amavam demasiado as suas famílias para lhes causarem qualquer mal.
Sim, estava na altura dos Vivos derrotarem e aniquilarem para sempre os Mortos... estava na altura dos Vivos Matarem os Mortos...
Fim do Capítulo
N.A: Não! Não! Como é que eu tive coragem!!! Não posso acabar o capítulo aqui!!! *.* Mas vou! :p Não sei como é que vocês me aturam!! :p
Bom deixa cá ver... Pontos nos quais podemos reflectir... Na realidade eu queria fazer uma pergunta! Andei a deixar indicios porque tinha pedido à Pris para ser ela mesmo, e não a personagem, a fazer uma teoria sobre o que se tinha passado! Ora a teoria foi desvendada no último capítulo! Será que vale a pena eu continuar a deixar indicios???
Por favor digam algo! *.*
Neste capítulo vou deixar...
- Fate! Destino... Foi ele que juntou o Patrick e a Jane... Curioso... E mais curioso é que o Patrick parece ter sido um bom patinador, na realidade pela sua descrição ele parece ter ido às Olímpiadas!! :0 Não é para toda a gente! E mais, ele desistiu das Olímpiadas pela Jane e pelo Christopher... Que esposo e pai dedicado!!! ^.^
- Agathe? Quem é a Agathe?? E como é que ela estava com Jane exactamente quando ela se lembrou de entrar em trabalho de parto? Terá sido coincidência? O Patrick parece conhecer bem a Agathe e ela parece estar dentro do assunto, quando o Patrick pergunta se a Jane está em St. Muggos ela acalma-o e diz que está tudo bem...
- O Harry quer ir ver o seu Afilhado onde ele pertence, tirando as palavras da boca de Ginny. O Christopher pertence à Fénix Renascida, lembro-me dum rapaz igualzinho a ele mas com uma cicatriz e outro que se tronou um Lord que diziam que Hogwarts era onde eles pertenciam!! O que quererá isso dizer? E que livro roxo era aquele??? Será que a Fénix Renascida é muito mais do que a simples casa que aparenta?
- O Ronald é um génio, não é? Realmente ele quando quer consegue descobrir muita coisa!! Devia ter alguma coisa da mãe não é mesmo? :p No entanto parece que ele desapareceu ou pior foi raptado ou pior ainda... Morto! Quem é este novo ser maligno que se levanta? E o que quer ele a Chris e aos seus companheiros?
- Chegou a altura dos Vivos matarem os Mortos... A Jane e o Ron não morreram! Nunca morrerão enquanto forem lembrados! Mas De Valera parece empinhado em fazer com que todos os esqueçam... para quê??
Bom, voei... Reviwes please e quem quiser escrever directamente pode fazê-lo para o : faustinogirl@sapo.pt Bjs para todos!!!
Danna, houve um problema! Mandas-te o cap todo betado mas ele apareceu todo alterado, com F3 e quadrados pelo meio, pelo que o capítulo segue não betado! :p Desculpem os erros!!!
Disc. A música foi retirada da Manga "Sailor Moon", volume 16 ou 17, já não me recordo, tradução francesa da Glenat.
Para a Wolf Warrior, apesar dela não ser muito fã de HP e não ler esta fic! ^.~
"Na solidão a fénix retirada
As asas quando o sol mais arde, estende,
Dali desce, e batendo-as fogo acende
Donde, depois renasce de abrasada.
E tudo o que era humano feito brasas
Das cinzas já divino ressuscita."
Bernarda Ferreira De Lacerda, Soneto (Adaptado)
Capítulo Onze
"Fénix Renascida"
Patrick patinava no gelo. Como tivera saudades daquela sensação... nunca mais patinara desde que se tinha mudado para o mundo Muggle. Bryan Fate, o seu melhor amigo patinava um pouco atrás dele. Patrick deu uma volta e foi ter com o amigo que sorriu e disse:
- Sempre o Mestre da Patinagem ãh?? Podias ter ganho sabias???
Patrick deixou a sua mente voltar atrás no tempo...
--- FLASHBACK ---
Um ringue de patinagem gigantesco, as bancadas cheias, faixas por todo o lado, um quadro com as pontuações das equipas de cada país. E ele sentado calmamente no cubículo da sua equipa aguardando a sua vez.
Estava um pouco nervoso mas não era por ir patinar em frente a tanta gente, já o tinha feito e também tinha patinado praticamente toda a sua vida, fora a patinar que conhecera Jane, tinham chocado, graças ao Destino [Fate], neste caso um destino chamado Bryan que o tinha empurrado para cima dela.
Suspirou, passava-se algo. Recordou as palavras da sua mulher, "Ainda Falta uma semana! Relaxa, eu não posso ir mas acompanho pela TV! Vai... tu mereces! Lutaste por isto..."
Sorriu, amava-a tanto, só mesmo Jane para o obrigar a vir estando ela tão próxima da hora. Recordou Jane com uma barriga enorme, Christopher devia ir ser enorme!
Nesse momento alguém da equipa disse-lhe que tinha alguém ao telefone para ele. O seu treinador disse-lhe para se despachar que a sua vez era dali a cinco minutos. Assentiu e foi ao telefone:
- Estou sim??
- Patrick???- perguntou uma voz feminina.
- OH! Olá Agathe!- disse surpreendido para a seguir acrescentar a medo- Está tudo bem??
- Até agora tudo pelo melhor!! Se a Jane sonha que te telefonei mata-me! E eu penses o que pensares não tenho 9 vidas!!!
Sorriu antes de perguntar:
- Porque te iria ela matar??
- Patrick...
- Sim???- perguntou cada vez mais curioso.
- A Jane entrou em Trabalho de Parto...
O telefone quase lhe escorregou das mãos. Sentiu-se a tremer que nem varas verdes, em seguida só se ouviu a dizer:
- Está mesmo tudo bem??? Porque raio é que ela não me telefonou?? Ela foi para St. Mungos?? Conta-me o que se passa Agathe!!!!
- Patrick! Ela está óptima! Descontado as dores claro, ela está na Maternidade rapaz, não em St. Mungos!!! Está tudo óptimo!! E porque é que ela não te telefonou é lógico, ela não queria que perdesses a prova! Ela sabe que podes ganhar Patrick, todos sabemos! Tu vais ganhar!!!
- Eu quero lá saber da Taça!!!!! Eu quero é saber de como é que ela....
- UHUHU!!!
Patrick piscou os olhos, a chamada tinha caído.
- Alô?? Alô???
- Alô digo eu!!- disse uma voz ao seu lado e pela primeira vez Patrick reparou porque a chamada tinha caído, o seu treinador tinha colocado a mão sobre o descanso do telefone.
- Eu estava ao telefone!- reclamou Patrick.
- E eu estou há mais de meia hora a chamar-te! É a tua vez, sobe e faz o que tens a fazer rapaz!!!!
- Mas a minha mulher está a dar à luz o meu filho!!!!- reclamou Patrick.
- Ora!- respondeu o treinador- as galinhas da minha mãe dão à luz ovos todos os dias e ninguém se importa!!!! Faz o que tens a fazer e depois podes ir que eu vou receber a taça por ti...
Antes que pudesse contra argumentar Patrick sentiu-se puxado e atirado para o meio do ringue. Patinou até meio e ficou lá quieto, ouvindo a música da sua coreografia e a luz centrada nele, enquanto o resto do ringue estava na escuridão. Não se mexeu, não estava lá, a sua alma procurava desesperadamente a alma da mulher que tanto amava e que por amor devia estar a sofrer dores sem igual. Sabia que mesmo que fizesse a dança toda nada lhe correria bem, a sua alma tinha de estar com ele e não estava, a sua alma buscava a de Jane e algo lhe dizia que alguma coisa não estava a correr bem.
Jane estava sozinha na maternidade, claro que Agathe estava com ela, mas Agathe não era ele e era ele quem devia lá estar, ele tinha prometido, ele tinha jurado a si mesmo. Christopher era a realização dum sonho, que pai seria ele se não visse o seu sonho nascer. A música recomeçou e ele olhou para cima decidido. Patinou rapidamente pelo ringue e entrou no cubículo da sua equipa, começando a tirar os patins.
- Que estás a fazer??- resmungou o treinador.
- Vou-me embora! Não posso patinar... não agora...
O Treinador fez uma cara ameaçadora e disse:
- Ou voltas para lá e danças ou que faço com que tu nunca mais patines...
Patrick não respondeu, já corria pelos corredores procurando um sítio que pudesse usar para Aparecer na maternidade.
--- Fim do FASLHBACK---
Patrick abanou a cabeça e disse ao amigo:
- Não, não podia...
- Claro que podias!- reclamou Bryan rapidamente e chateado só para a seguir acrescentar um pouco triste- se a Jane não tivesse entrado em Trabalho de Parto podias...
- Quem sabe...
- Raios Patrick!- reclamou Bryan- eras... tenho a certeza que ainda és o melhor!!! Patinaste antes de andar, tal e qual como o Christopher... nasceste no inverno, treinaste toda a tua vida, conheceste a Jane no gelo, casaste em pleno inverno... toda a tua vida... o teu grande sonho de provares que...
Patrick levantou o braço para calar o amigo e disse:
- Naquele momento eu tive de optar... ou dançava, ganhava a Taça e mostrava a todos que realmente era bom nalguma coisa ou ia ter com Jane, estar ao lado dela e ver o nosso filho nascer, pegar-lhe ao colo... estar com eles, estar com a minha família que sempre me tinha apoiado... ou provava à minha família de sangue que era bom, ou provava à minha família o quanto a amava... fiz a minha escolha não me arrependo...
Bryan assentiu, percebendo que o assunto "Taça", estava encerrado. Patinaram mais um bocado. Patrick deixou a sua alma relaxar, no ringue começou a passar uma música antiga, francesa, a mesma música que tinha tocado quando Bryan o tinha subitamente empurrado para cima de Jane...
"Je cherche sans cesse ton parfum
Ma voix s'envole vers toi
Je t'aime…
Où es-tu aujourd'hui ?
Ma princesse…
Entends ma voix !"
Patrick deu por si a cantar o refrão para si...
- Je t'aime…/ Où es-tu aujourd'hui ?/ Je t'aime…/ Ma princesse…/ Entends ma voix !
Tinha cantado este refrão antes de Bryan o empurrar tal e qual. Olhou para cima e viu um par de olhos verdes a fintá-lo, um par de olhos verdes que ele bem conhecia.
- Jane...
Parou de patinar bruscamente e voltou-se, o ringue estava deserto atrás de si, a única pessoa que estava perto dele era Bryan e ele devia estar a uns bons 10metros. Mas ele tinha visto, ele tinha sentido o perfume dela...
- Jane...- voltou a dizer.
Mãos transparentes tocaram-lhe no rosto, e lábios isentos de calor beijaram os seus, enquanto lágrimas de puro cristal corriam pela face de Jane. Jane abraçou Patrick mesmo sabendo que este não a sentia... Ele tinha-a visto...
- Estou aqui...- murmurou- e ouço a tua voz, sempre ouvi... também te amo...
~ * ~
Christopher espreguiçou-se, tinha adormecido no comboio, depois de Kristine o ter acordado de noite não tinha conseguido voltar a adormecer. Não existia nada melhor que o leve balançar dum comboio para adormecer.
- Bem vindo...- exclamou Ronald meio chateado- estava a começar a pensar que ia viajar sozinho todo o caminho de volta...
Ronald tinha adormecido de novo assim que se tinha deitado. Era incrível como aquele rapaz parecia poder dormir em qualquer lado. Mas não era isso que tinha motivado Ronald a fazer o comentário. Kristine também dormia encostada ao ombro de Christopher, a sua respiração era leve e ritmada, devia estar a ter um bom sonho. Christopher olhou para Ronald e disse:
- Desculpa companheiro... é que não dormi muito bem...
- Eu reparei!- disse Ronald pousando uma caderneta nova para Cromos dos Sapos de Chocolate- além do mais isso deu-me tempo para colocar aqui todos os cromos!!!!
Christopher assentiu num gesto de cabeça e fez uma cara séria perguntando:
- Quanto ao nosso... policial...
- Bem...- disse Ronald-... temos aqui algo sem dúvida... mas há algo que não me entra... é que... vamos a ver... A tal Pedra Filosofal... dá imortalidade e pode transformar tudo em ouro, não é???
- Mais coisa, menos coisa...- respondeu Christopher- por aquilo que eu percebi...
- Bom... será que a tua mãe tinha a Pedra e depois a deu ao pai que a deu aos Flamel?!!? Não me parece, quer dizer se eu tivesse criado uma pedra tão poderosa não a ia deixar andar de mão em mão...
- Sim, tem lógica... só se...
- Só se o quê???- perguntou Ronald.
Christopher coçou a cabeça e disse:
- Isto é um pouco estúpido mas... Ronald? O teu pai metia-se em embrulhadas???
Ronald piscou os olhos e pôs-se a pensar. Embrulhadas??? Ronald lembrou-se dos comentários do Prof. Snape e do Prof. Potter. Lembrou-se que de cada vez que fazia alguma asneira ouvia sempre "és mesmo igual ao teu pai" ou "parecem mesmo coisas ao teu pai..."
- Sim, creio que sim...
- Isto pode não ter lógica nenhuma mas segue o meu raciocínio... O teu pai metia-se em embrulhadas mas...
- Podíamos sempre contar com ele para salvar o dia...- completou Ronald.
- Eu tenho os olhos da minha mãe... que foi o que a matou... os olhos servem para ver e o que tu vês tu sabes.... por isso...
- Ela sabia algo que não devia!!!- disse Ronald de repente lembrando-se do que o seu amigo lhe contara sobre Finn McCool- e o meu o pai também... mas sabiam demais sobre o quê???
- O Hagrid disse-nos!- comentou de súbito Kristine- Harry, Ron, Hermione contem à Mellody a vossa aventura com a Pedra Filosofal...
O silêncio instaurou-se na carruagem mas não sem antes Ronald comentar:
- A Priscila estava certa...
~ * ~
Patrick e Bryan estavam na Estação de King's Cross, Bryan tinha ido ao hospital numa visita de rotina, Patrick acompanhara-o e agora era a vez de Bryan acompanhar Patrick. Há muito tempo que Bryan não via Christopher, estava curioso para ver como o filho do seu melhor amigo se tinha desenvolvido.
Passaram para a Plataforma 9 e ¾, Miss Molly já lá estava, vinha esperar os seus netos, visto que os pais deles só viriam para casa dali a dois dias. Depois duma rápida troca de impressões o comboio chegou.
Os alunos começaram a sair todos entretidos, alguns traziam malões com coisas que queriam deixar em casa, outros traziam apenas o indispensável. Christopher, Ronald e Kristine foram dos últimos a sair do comboio, quando o fizeram viram que as gémeas, Jack e Priscila estavam entretidas a um canto a combinarem, encontrar-se e irem dar umas voltas!!!
- E depois vamos ao ci- ne- ma!!- disse Jack, soletrando cinema para dar um
maior ênfase à palavra.
- Ci quê???- perguntou Priscila.
- Cinema Pris!- disse Hermione com um sorriso- fomos lá o ano passado, uma sala escura onde projectam...
- Já estou a ver! Já estou a ver!!!- disse Priscila rapidamente- os Muggles inventam cá cada palavra mais complicada!!!
As raparigas riram e continuaram a discutir as datas e os locais que iriam visitar. Tinham parques, exposições, discotecas, cinemas... Ronald voltou-se para os amigos e disse:
- Bem... altura de me darem as moradas se querem receber presentes...
Kristine abriu a sua mochila e tirou uma pequena agenda onde escreveu a sua morada duas vezes. Em seguida cortou o papel ao meio e deu a cada um dos seus amigos. Christopher por sua vez parecia atrapalhado...
- Eu bem... eu não faço a mais pequena ideia de onde moro!!!!
Kristine e Ronald olharam para ele admirados. Christopher explicou-se:
- É que bem.. o meu pai mudou de casa nas férias!!!
- AH!- disse Kristine- bem quando souberes escreve...
- Basta eu achar o meu p...- começou Christopher.
Patrick e Bryan apareceram nessa altura, vindos do nada, acenado para Christopher, que acenou de volta.
- Olá campeão!- disse Bryan.
Christopher ficou a olhar para Bryan admirado. Ele era-lhe familiar mas ao mesmo tempo... nunca o tinha visto mais gordo!!! Patrick sorriu e disse:
- Christopher este é o teu "tio" Bryan!! O meu melhor amigo quando andava em Hogwarts e ainda o melhor!!!!
Christopher sorriu e estendeu a mão ao seu novo tio.
- Olá tio!!!
Bryan apertou a mão a Christopher. Pensando para si como ele era parecido com Jane, tinham o mesmo olhar. Christopher explicou ao seu pai o problema com a sua morada e este esclareceu tudo rapidamente:
- Fénix Renascida... Nós moramos na Fénix Renascida!! Se quiseres a morada da tua avó...
- Não pai!- disse Christopher rapidamente- por favor sê egoísta uma vez na vida!!! Eles não merecem conhecer tamanha bondade! Vamos guardar tudo para nós!!!!
Bryan pôs a mão na boca para abafar o riso e comentou para Christopher:
- Já vi que gostas tanto da tua avó como a tua mãe...
Patrick aclarou a voz e começou a imitar a voz da sua esposa:
- "Não creio que queira que o meu filho conheça a tua mãe, Patrick... Ele não merece conhecer uma pessoa com um coração tão grande, quer dizer o pobre do rapaz vai-se sentir inferiorizado! Pensar que só a sua avó merece o céu!!! Não, não... vamos deixá-lo na ignorância de pensar que um dia lá poderá viver..."
Christopher e os seus amigos riram, imaginado a mãe de Patrick das formas mais "santas" possíveis. Ronald e Kristine tomaram nota da morada de Christopher e ambos partiram. Kristine foi a primeira pois ia apanhar o autocarro e se o perdesse só tinha outro dali a uma hora, Ronald pelo seu lado foi para ao pé das suas irmãs que também já se tinham despedido das amigas e esperavam por ele para voltarem para casa.
Bryan também se despediu:
- Bem Família Rebelde, tenho de ir trabalhar!!! Divirtam-se....
Christopher ficou a ver Bryan a afastar-se e perguntou ao seu pai:
- Família Rebelde??
Patrick sorriu levemente e disse:
- Era o que nos chamavam... a ti, a mim, e à tua mãe... éramos a família Bleue Rebelde! Se disseres muito rápido parece Bom Rebelde! Um filme Muggle muito bom e do qual a tua mãe gostava muito...
- Ah...- foi a única expressão que saiu da boca de Christopher.
~ * ~
Christopher passou as mãos lentamente pela cadeira de baloiço. Olhou em redor. O seu quarto era no sótão da casa. Era enorme. Tinha duas janelas e casa de banho privativa, assim como uma cama de casal, uma mesinha de cabeceira, uma estante cheia de livros educativos, várias prateleiras cheias de livros de histórias, uma secretária que era ao pé duma das janelas, duma janela redonda. O tecto era de madeira, o chão de azulejo azul esbranquiçado, Alvorecer tinha um canto só para si, com brinquedos, poste de arranhar, cama, embora Christopher desconfia-se que Alvorecer iria sempre dormir ao pé dele.
Voltou-se novamente para a cadeira de baloiço, e passando as mãos suavemente pelos braços da cadeira murmurou para si:
- "Night has brought to those who sleep/ Only dreams they cannot keep…"
Era ali que a sua mãe o embalava e esta era uma das canções que ela lhe costumava cantar. Não sabia como o sabia mas era verdade que o sabia...
Observou as prateleiras perto da cadeira e sorriu. Chegando-se ao pé delas tirou a primeira história que viu, era um livro de tamanho médio, cheio de ilustrações, mas não daquelas ilustrações para crianças, eram ilustração realmente bonitas, ilustrações que pareciam saltar do papel. Virou as páginas durante algum tempo até encontrar uma imagem que lhe era vagamente familiar.
A imagem representava um anjo, um belo anjo de cabelos castanhos claros bastante longos, coroados de estrelas, vestido de azul claro com umas belas asas brancas. Ao pé do anjo, um príncipe de cabelos negros e face triste. O anjo estava a partir, ou talvez estivesse a chegar. O príncipe levava pela mão um rapaz pequeno e apontava para o céu como que a explicar algo.
Intrigado Christopher leu o texto perto da imagem:
- "O jovem Rei levou o seu filho à varanda e disse:
- Queres saber onde está a tua mãe??
- Quero!- disse o pequeno príncipe.
O jovem Rei apontou para o céu e disse:
- A tua mãe foi muito amada, por mim, por ti, por todos os que a
conheciam, por isso agora ela está lá em cima numa constelação, donde nos vê, nos guia e nos protege..."
Christopher sorriu e lançou um olhar para a janela mais próxima. Ainda não era de noite, mas ele sabia que a sua mãe também estava a protege-lo, a vê-lo e ele iria fazer possíveis e impossíveis para que ela se orgulhasse dele.
- Almoço!!!- Christopher ouviu o seu pai chamar.
- Estou a ir!!- respondeu colocando o livro rapidamente na estante, quando o fez outro livro caiu, um livro com uma capa simples e roxa.
Christopher abaixou-se para apanhar o livro, passou a mão pela capa e intrigado por este não ter título abriu-o, na primeira página. Estava a começar a ler o título quando:
- Christopher!!!!
- A ir, a ir!!!- disse Christopher mandado o livro rapidamente para cima da cama, mas por azar o livro falou a cama e deslizou para debaixo desta.
Christopher desceu as escadas duas a duas, ignorando os retratos que sorriam e acenavam para ele. A sua casa estava cheia de fotografias, da mãe, do pai, do Prof. Potter, da Psicóloga Weasley, da Prof. Granger e dum homem ruivo que Christopher começava a desconfiar ser o pai de Ronald, visto estar sempre ao pé da Prof. Granger.
Depois de descer dois andares e passar a sala de estar, chegou à cozinha, o seu pai tinha acabado de pôr no seu prato ovos mexidos.
- Ora aqui estás tu! Pensei que nunca mais te via...
- Estava lá em cima no meu quarto!!!- respondeu Christopher enquanto se sentava.
- Já desconfiava...- disse Patrick- e então? Que achas dele???
- É o melhor quarto que já vi...- respondeu Christopher e a seguir perguntou a medo- Foi... Foi a mãe que o mobilou???
Patrick sorriu e disse:
- Na realidade fomos os dois, mas a tua mãe sem dúvida leva a maior parte do crédito!!!!
Christopher sorriu e Alvorecer miou enquanto se lambuzava a um canto com uma taça cheia de leite tal e qual um gatinho.
~ * ~
Harry, Ginny, Artur e Lily entraram em casa. Lily subiu as escadas a correr para o seu quarto dizendo um rápido...
- Olá Dobby!
... antes de desaparecer por trás da porta do seu quarto. Harry respirou fundo, estava em casa, sabia bem poder dizer isso. Artur começou também a correr pela casa, mas antes deu um abraço a Dobby e desejou-lhe umas boas férias.
Harry pegou nas malas, ajudado por Ginny. Rapidamente um grupo de elfos domésticos, todos bem vestidos e com um ar bastante limpo apareceram e levaram alegremente as malas dos seus senhores para o quarto onde desempacotariam tudo e arrumariam a roupa nos respectivos lugares.
Ginny foi para a sala e sentou-se numa poltrona tirando os sapatos de salto alto. Tinha vindo no Autocarro Cavaleiro, que como sempre tinha vindo acima de 180km hora, muito acima! Harry sentou-se noutra poltrona e olhou em redor, de cima da lareira numa das fotos os seus pais disseram-lhe adeus, assim como Sirius, Remus, Ron e Jane. Sorriu e deu um rápido adeus às fotos.
Dobby apareceu pouco tempo depois e disse com um sorriso:
- Dobby tem boas notícias senhor!!!
- A sério Dobby?- perguntou Harry com um sorriso- que boas notícias são essas???
- Winky contar a Dobby, que os Senhores da Fénix Renascida voltar finalmente para sua casa!!!! Ela dizer a Dobby que lá estar a viver agora um rapaz muito parecido com Harry Potter quando este novo... Mas ela dizer que ele ter ar doente... pele muito branca, ela dizer que uma boa colher de óleo de bacalhau poder fazer milagres com aquele rapaz parecido com Harry Potter...
Harry sorriu e imaginou alguém que não fosse Jane a tentar fazer Christopher engolir fosse o que fosse. A experiência dizia-lhe que isso era mais difícil que a nova e melhorada versão de Missão Impossível 3!
- Podes dizer à Winky Dobby que o rapaz, que se chama Christopher Bleue, não está doente... a pele dele é mesmo assim! É de família...
- Winky ir ficar muito feliz Senhor!- disse Dobby- ela dizer a Dobby que começar a ficar realmente preocupada com o rapaz! Winky mandar dizer também que a Miss Hermione Weasley, chegará ou hoje à noite ou amanhã de manhã, ela ter de ir a um sítio no ministério por causa da campa do Amigo Weasley!!!
Harry assentiu. Onze anos, seria possível, Ron e Jane estavam mortos à onze anos, ele poderia jurar que ainda ontem tinha falado com eles. De súbito uma imagem cruzou-lhe a mente e a voz de Jane quebrou a barreira do espaço/tempo.
- Vá lá Harry! Vem lá jantar connosco!!!
Abanou a cabeça, outra vez não. O que estava feito, feito estava! Suspirou, o que levou Ginny a olhar para ele preocupada, o seu marido só suspirava quando pensava nos que já tinham partido.
- Harry...- murmurou.
Harry olhou para Ginny e sorriu levemente dizendo:
- Está tudo bem.. estava aqui a pensar para comigo...
- Se o dizes!- disse Ginny não muito convencida.
Harry olhou novamente para as fotos em cima da lareira e disse para Ginny:
- Talvez devesse ir visitar os Bleue... que te parece...
Ginny sorriu e disse:
- Acho que te faria bem, veres o teu Afilhado onde ele pertence...
~ * ~
Ronald atirou a Quaffle mais uma vez contra o tecto. Estava deitado na sua cama sem nada para fazer. A sua mãe tinha saído para ir tratar de qualquer coisa no Ministério e as suas irmãs tinham ido dar uma volta com Priscila e Jack. A Quaffle, obrigada pela lei da gravidade e por não estar embruxada, voltou para baixo e Ronald tronou a mandá-la para cima. Estava aborrecido, Christopher e Kristine estavam longe e ele não tinha ninguém sem ser Winky para conversar e ele não era louco ao ponto de se por a falar com Winky, até porque já descobrira que não conseguia arrancar dela nada que dissesse respeito ao seu pai e mesmo que consegui-se a elfa castigar-se-ia e ele não gostava que ela se magoa-se.
Atirou a Quaffle novamente e levantando-se da cama rapidamente deixou-a cair em cima do edredão laranja dos Chudley Cannos, equipa de Quidditch do seu pai e na qual o seu Tio Harry jogara. Sentou-se na secretária e decidiu escrever uma carta a Christopher perguntando sobre os desenvolvimentos do policial.
Pegou numa Pena de Açúcar e meteu-a na boca, enquanto tirava outra pena, desta feita real, para escrever uma carta. Ia para começar a escrever quando quase vomitou a pena que tinha na boca.
- Pasta de dentes!?!?- perguntou admirado, apenas para a seguir acrescentar- MÃE!!!!
Com avós dentistas desde cedo que Ronald se tinha habituado a uma perfeita higiene oral, mas isso nunca o tinha impedido de gostar de doces e come-los sempre que podia, mas agora até as suas favoritas Penas de Açúcar a sua mãe tinha roubado. Hum... talvez pudesse pedir a Christopher para lhe comprar umas quando fosse comprar as prendas de Natal, visto que ele teria sem dúvida a mãe à perna.
Sim, era mesmo isso que ia fazer. Colocou a pena sobre o papel mas não sabia ao certo o que escrever. Resmungou, Pig voltou-se no sono e Ronald voltou-se para ela, tendo uma visão ampla do seu quarto.
Tinha um quarto de tamanho médio, onde lhe cabia uma cama, um guarda-roupa, uma secretária, cesto dos papeis, a gaiola de Pig. As paredes estavam cheias de posters da sua equipa de Quidditch, só havia um poster que não era de Quidditch, um poster que estava escondido. Que Ronald não contara ainda a ninguém que o tinha, um poster que ele tinha a sensação ter sido o seu pai a deixar-lhe. O fundo era simples, negro e à frente viam-se os contornos duma rosa vermelha. Escrito por baixo a letras prateadas brilhantes estava escrito Ordem da Rosa. Ele não sabia o que era a Ordem da Rosa mas o nome não lhe era estranho, já o ouvira algures.
Ordem da Rosa... lembrava-lhe aqueles filmes que os seus avós por vezes viam com ele, filmes antigos, com cruzados e cavaleiros, eles normalmente faziam Ordens! Ordem do Bom Jesus, Ordem dos Templários... Seria esta Ordem da Rosa algo do género? Seria possível que a Ordem da Rosa fosse uma Ordem da qual o seu pai tivesse feito parte? Se sim para quê tinha sido criada a Ordem da Rosa? Serviria ela para...
- O meu pai sabia demais! Assim como a mãe do Christopher!! Eles não podiam estar no lugar errado, na altura errada podiam??- Ronald pensava para si e a verdade era que estava cada vez mais confuso- Quer dizer... o meu pai, a mãe e o Tio Harry... a pedra filosofal... mas onde é que a mãe do Christopher se encaixa aqui no meio!??!
A Quaffle deslizou da cama e foi para debaixo desta. Ronald não se deu ao trabalho de a ir buscar. Ron sentou-se melhor em cima da cama, tendo cuidado para não deixar cair mais nada. Esperava que o filho compreendesse este sinal...
- Vá lá Ronald...- disse- tu és esperto o suficiente para conseguires resolver isto... não é assim tão difícil! Só tens de manter o espírito aberto e lembrares-te que a brincar é que por vezes se dizem as verdades...
Ronald levantou-se e sentou-se na cama mesmo ao lado do seu pai, que se voltou de lado para ele para observar o filho melhor. Ronald deitou-se na cama e olhando para o tecto, continuou a pensar.
- Vamos a ver... o Hagrid deu-nos pistas bastante significativas!!! O Tio Harry teve de lutar contra o Voldemort, porque este queria provavelmente a Pedra Filosofal... mas a Pedra, não havia de estar à mão de semear não é??? Isso explicaria o facto do Tio Harry ter de apanhar a tal chave voadora, e o tabuleiro de xadrez no qual o pai quase morreu, e as poções que a mãe distinguiu....
- Bem, já estamos a chegar a algum sítio!- disse Ron com um sorriso- eu sabia que havias de puxar a mim nalgum sítio!!!
Ronald sentou-se na cama e cruzou as pernas.
- Por isso o meu Pai sabia da Pedra Filosofal! Mas se a mãe do Chris também sabia, e a minha mãe e o Tio Harry também sabiam... porque é que só o meu pai e a mãe do Chris foram mortos... isso só teria lógica se...- Ronald hesitou um pouco- ...se eles soubessem mais que os outros....
- Duplo Jack Pot!!!- felicitou Ron.
- Mas o que me está a baralhar é a mãe do Chris!!!! O que raio faz ela no meio desta equação?!?! Ela é a peça do puzzel que não entra!!!
- A Jane sempre adorou confundir as pessoas!- explicou Ron embora soubesse que o seu filho não o ouvia- é natural!!! Deixa para lá a mãe do Chris! Podes voltar a ela depois!!! Pensa agora com o que sabes!!!!
Ronald abanou a cabeça e disse em voz alta para ninguém em especial:
- Vou lá para fora!!!
Pig voltou-se de novo no sono e Ron levantou-se, ia para seguir o filho, quando sentiu que a sua mulher precisava dele. Com um PUFF, desapareceu do quarto deixando Ronald sozinho.
~ * ~
Hermione passou a mão pelo pescoço, enquanto pensava:
- Ron onde estás tu quando és preciso!?!?!
Ron apareceu ao lado da esposa e ocupou a cadeira vaga ao seu lado. Olhou para a pessoa que estava em frente desta. Um homem vestido de negro com uma face horrenda.
- Xi!- comentou- alguém acordou do lado errado da cama hoje!!!
Hermione suspirou e disse:
- Vamos recapitular por favor!!! Está a dizer que eu não posso manter a lápide no cemitério porque não há corpo por baixo... é isso??
- Sim!- disse o homem mecanicamente como se fosse um robô.
- Mas eu paguei o terreno, eu paguei a lápide! Eu tenho tudo formalizado!
Está tudo perfeito há onze anos, todos os anos eu confirmo tudo!! O que se passou???
- Nova lei! Sem corpo, não há lápide! Uma gaveta, mas não lápide! A não ser claro que queria mudar a lápide para o seu quintal...
- OH que querido!!!- resmungou Ron- que mania a dos vivos de se meterem na vida dos mortos...
Ron sentiu alguém a tocar-lhe no ombro e voltou-se para ver uma anja sua conhecida.
- Olá Jane!- disse sorrindo- então também te querem expulsar!!
Jane disse que sim com a cabeça e apontou para Patrick que tinha acabado de entrar na mesma sala, em que eles agora se encontravam. A sua face tomou contornos sérios ao dizer:
- Sabes porque estão a fazer isto??
- Sei!- disse Ron seriamente.
Jane assentiu e disse voltando a cabeça para Patrick.
- Não os podemos deixar!!! Se tiram o nosso memorial ficaremos impossibilitados dos ajudar...- voltou-se para Ron- ... ideia do De Valera! Ele sempre gostou de História dos Mortos demasiado para o meu gosto...
Ron assentiu, e viu Hermione a mexer e remexer nos papeis que o homem lhe tinha dado. Em seguida disse para Jane:
- Se alguém descobrir uma maneira de nos ajudar é a Mione!!!
Jane sorriu e disse alegremente:
- Porque achas que vim falar contigo!!!! Assim que acabares aqui Ele quer falar contigo sobre isso...- e acrescentou seriamente- ainda temos muito para fazer...
Os anjos voltaram-se cada um para o seu companheiro e olharam terna e seriamente para eles ao mesmo tempo.
~ * ~
A pedido de Hermione, que lhe tinha mandado uma coruja rápida, Harry passou pela Pessegueiro Selvagem para ver se estava tudo bem com Ronald. Bateu à porta e olhou em redor, uma leve camada de neve começava a cobrir tudo, menos os pessegueiros que estavam protegidos com um feitiço.
Winky abriu a porta e esboçou um grande sorriso quando viu Harry.
- Harry Potter... mas que honra senhor! Entre! Entre!! Winky estava agora mesmo a acabar um pequeno lanche para o Menino Ronald...
Harry assentiu e entrou. A Pessegueiro Selvagem era sem dúvida mais ou menos do tamanho da sua casa, a Mansão dos Marotos, os móveis eram de madeira de cerejeira, os sofás duma cor creme. Winky disse-lhe para ele se dirigir para a sala enquanto ia buscar Ronald ao quarto. Harry sentou-se na sala num sofá para duas pessoas, donde podia ver um piano de cauda, um sonho de Hermione, quadros com cenas campestres e vários arranjos de flores. Uma ambiente que inspirava uma certa harmonia. Pendurada em cima da lareira estava uma foto de família que devia ter sido trocada à pouco tempo visto que Ronald aparentava ter dez anos e as suas irmãs catorze, quinze. Atrás deles estava Hermione que sorria e dizia adeus. Mais a baixo numa moldura à parte estava uma imagem de Ron, que saiu a correr da sua moldura e se foi juntar à sua família na foto grande.
Harry sorriu, nessa altura Winky apareceu preocupada:
- Winky não encontrar menino Ronald Senhor!!!!!
~ * ~
Sim, o primeiro já estava...
Só faltava mais dois e depois seria tão fácil obter o que queria. Ah! A vida podia ser tão horrivelmente bela...
O plano já estava montado, os objectivos traçados, não havia maneira daqueles pirralhos fazerem alguma coisa. De Valera tinha sido castigado, mas perdoado visto ter tido uma boa ideia. Aquele historiador de Além Túmulo era útil por causa de coisas como esta...
Sem um memorial, os espíritos não podiam ajudar os que amavam. Tinham sido esquecidos, seriam banidos para sempre para o Outro Mundo, a única maneira de voltarem seria como Espíritos Vingativos, e sabia bem que eles amavam demasiado as suas famílias para lhes causarem qualquer mal.
Sim, estava na altura dos Vivos derrotarem e aniquilarem para sempre os Mortos... estava na altura dos Vivos Matarem os Mortos...
Fim do Capítulo
N.A: Não! Não! Como é que eu tive coragem!!! Não posso acabar o capítulo aqui!!! *.* Mas vou! :p Não sei como é que vocês me aturam!! :p
Bom deixa cá ver... Pontos nos quais podemos reflectir... Na realidade eu queria fazer uma pergunta! Andei a deixar indicios porque tinha pedido à Pris para ser ela mesmo, e não a personagem, a fazer uma teoria sobre o que se tinha passado! Ora a teoria foi desvendada no último capítulo! Será que vale a pena eu continuar a deixar indicios???
Por favor digam algo! *.*
Neste capítulo vou deixar...
- Fate! Destino... Foi ele que juntou o Patrick e a Jane... Curioso... E mais curioso é que o Patrick parece ter sido um bom patinador, na realidade pela sua descrição ele parece ter ido às Olímpiadas!! :0 Não é para toda a gente! E mais, ele desistiu das Olímpiadas pela Jane e pelo Christopher... Que esposo e pai dedicado!!! ^.^
- Agathe? Quem é a Agathe?? E como é que ela estava com Jane exactamente quando ela se lembrou de entrar em trabalho de parto? Terá sido coincidência? O Patrick parece conhecer bem a Agathe e ela parece estar dentro do assunto, quando o Patrick pergunta se a Jane está em St. Muggos ela acalma-o e diz que está tudo bem...
- O Harry quer ir ver o seu Afilhado onde ele pertence, tirando as palavras da boca de Ginny. O Christopher pertence à Fénix Renascida, lembro-me dum rapaz igualzinho a ele mas com uma cicatriz e outro que se tronou um Lord que diziam que Hogwarts era onde eles pertenciam!! O que quererá isso dizer? E que livro roxo era aquele??? Será que a Fénix Renascida é muito mais do que a simples casa que aparenta?
- O Ronald é um génio, não é? Realmente ele quando quer consegue descobrir muita coisa!! Devia ter alguma coisa da mãe não é mesmo? :p No entanto parece que ele desapareceu ou pior foi raptado ou pior ainda... Morto! Quem é este novo ser maligno que se levanta? E o que quer ele a Chris e aos seus companheiros?
- Chegou a altura dos Vivos matarem os Mortos... A Jane e o Ron não morreram! Nunca morrerão enquanto forem lembrados! Mas De Valera parece empinhado em fazer com que todos os esqueçam... para quê??
Bom, voei... Reviwes please e quem quiser escrever directamente pode fazê-lo para o : faustinogirl@sapo.pt Bjs para todos!!!
