N.A: Mil perdões!!! Já tenho este cap betado há algum tempo mas tempo para o por aqui não houve!!! :p Bom uma prenda de Natal para todos!! :p
Para: A Fransoah, que FINALMENTE, aparece na história!! ^.^
"A Morte é cruel, separa-nos de quem amamos e tira-nos alegrias... E a vida?? Já pensaram que se calhar quando nascemos deixamos quem amava-mos?" Adaptação da Propaganda de "Harry Potter e a Árvore da Vida" por Sir Prongs, em breve disponível no 3V!
Capítulo Doze
"Agradecimentos em Silêncio"
-------- Flahsback--------
Patrick, com Christopher ao colo, corria que nem louco pelos corredores de St. Mungos ao lado de um Curador, que o tentava levar até ao piso certo para lá ser atendido. Quando finalmente chegou ao piso, correu até à recepção onde duas enfermeiras estavam a resolver palavras cruzadas e disse:
- Por favor... o meu filho está com mais de 40º de febre... e....
- Piso inferior...- disse uma das mulheres mecanicamente- fala com o Curador Simon!!!
- Margerite! Eu estou aqui!!- disse o Curador.
Margerite e a sua companheira olharam para cima. O seu rosto tronou-se branco. O Curador começou a preencher a ficha de atendimento a toda a velocidade.
- Nenhuma poção ou feitiço funciona!!!!- explicou rapidamente- Tem de ser levado para a Unidade de Cuidados Intensivos e ligado a uma máquina de sobrevivência... sim Margerite, eu sei que é uma coisa Muggle mas neste momento pode ser a única coisa que pode salvar a vida desta criança...
Patrick apertou Christopher com força, o seu filho estava mais quente que uma botija de água a ferver. E se ele morresse??? Jane tinha morrido... se Christopher morresse ele ficaria sozinho... a sua família, toda morta... Claro que continuaria a ter Bryan mas...
O Curador Simon acordou-o dos seus pensamentos e disse:
- Vamos dar o nosso melhor, Sr. Bleue... pelo estado as situação, perdoe-me o que lhe vou dizer, mas o melhor que tem a fazer é rezar... rezar e esperar que os Anjos o ouçam e levem as suas orações ao Senhor...
Patrick assentiu e deu um beijo na testa de Christopher murmurando uma pequena oração...
-----Fim do Flashback-----
~ * ~
Harry gritou mais uma vez o nome de Ronald, que ecoou pela casa e voltou sem resposta. Raios, maldita intuição feminina. Harry já chamara Ginny para o ajudar mas a única boa maneira de encontrarem Ronald era se as gémeas estivessem em casa, para fazerem o feitiço de irmãos, mas elas não estavam e o cinema só acabava dali a uma boa meia hora. Que se teria passado? Porque teria Ronald saído de casa sem dar satisfações a ninguém? Ele nunca saia sem pelo menos dizer a Winky para onde ia!!! [N.A: Já viram k rapazinho tão bem educado!! ^.~]
Hermione apareceu vinda das traseiras da casa com uma cara preocupada.
- Ele também não está lá...
Hermione começou a tremer, o seu maior medo podia estar prestes a realizar-se. Ginny chegou-se ao pé dela, abraçou-a e disse:
- Não vamos desistir... de certeza que está tudo bem...
Harry assentiu. Quer dizer quais eram as hipóteses de Ronald estar ferido?? De súbito algo no seu ser respondeu, "E quais eram as hipóteses de Ron ter sido assassinado?". [N.A: Para vossa curiosidade e para interromper a história um pouco, as probabilidades de uma pessoa normal, com uma saúde normal de morrer assassinada é de 1/100!!! Isto não é muito alto, mas o Ronald não é uma pessoa normal, é?? ^.^]Harry parou e suspirou... realmente...
De súbito um grito cortou o ar. Um grito de Ronald...
~ * ~
Heather, Hermione, Jaqueline e Priscila saíram do cinema. E piscaram os olhos, estava bastante luz no exterior e elas tinham passado as últimas três horas às escuras. Tinham ido ver um filme de acção e suspence, daqueles mesmo de nos fazer colar à cadeira e disparar o coração. Fred e George Weasley, padrinhos das gémeas apareceram e contaram-lhes do desaparecimento do irmão, as gémeas partiram super preocupadas e deixaram Jaqueline e Priscila apreensivas.
- Espero que o encontrem...- disse Jack.
- Também eu...- disse Priscila.
De súbito uma rapariga de cabelos castanhos, olhos castanho, vestida com umas calças de ganga, e um pulóver aproximou-se de Jack e Priscila. Jack reconheceu-a imediatamente:
- Fransoah!!!!
Fransoah sorriu e disse:
- Olá Jack! Então o cinema já acabou???
- Sim!!!- quase cantou Jack.
Priscila sorriu e desejou uma boa tarde a Fransoah que respondeu ao seu cumprimento. Jack sorriu e disse apressadamente:
- Mas que mal educada... Fransoah esta é a Priscila... Priscila esta é a minha prima Fransoah!
- Já nos tinha apresentado Jack...- disse Priscila.
- Sério??- disse Fransoah admirada e a seguir acrescentou piscando o olho e deitando a língua de fora enquanto sorria- já não me lembrava...
Depois dum breve riso, Fransoah disse:
- Bem Jack, vamos???
Jaqueline voltou-se para Priscila e disse:
- Bem, encontramo-nos noutro dia??
- Mas é claro!- disse Priscila- quando quiseres... Estou sempre à disposição...
- AH! Então se o Roger Twooei te convidar saís com ele??- perguntou uma voz vinda de trás de Priscila.
Jaqueline viu a face de Priscila tomar contornos sérios e percebeu que ela sabia quem se tinha metido com ela. Sorrindo, disse adeus com a mão e comentou:
- Bem... adorava ficar... mas temos de ir não é Fransoah??
- Bem...- disse Fransoah, observando a pessoa atrás de Priscila- ... sim...
- Óptimo!- disse Jack- VAMOS!!!!
Com isto Jack e Fransoah, Jack levando Fransoah pelo braço, desapareceram de vista. Priscila voltou-se para trás e encarou Thomas.
- Mas olha quem é ele...- disse ironicamente- o Perfeito Imperfeito Thomas Sweet, que de Doce não tem nada...
Thomas sorriu e comentou:
- Pensei que era Tom para ti...
Priscila piscou os olhos e Thomas arrependeu-se de ter falado. A face de Priscila tomou contornos sérios e ela perguntou a medo:
- O que queres dizer com isso?
Jack suspirou ao virar da esquina e largou Fransoah, que ainda estava meio abananada pela corrida que fizeram, bem mais pelo voo, que Jack tinha-a levado a voar pela rua duma maneira incrível. Fransoah seguiu Jack durante alguns minutos antes de perguntar curiosa:
- Bem Jack... que me querias...
Sem se voltar para trás Jack respondeu:
- Preciso de saber uma coisa Fransoah...
- Sim??- perguntou Fransoah.
- Bem... tu andas em Hogwarts, é esquisito pensar... não nos vemos muito...
- É normal... principalmente agora que tenho aquelas aulas todas marradas por causa dos NEWTS!
Jack assentiu e continuou:
- Diz-me Fransoah... conheces a história do Romeu e da Julieta não conheces??
- Do Shakespeare?? Sim, conheço...- disse Fransoah pondo as mãos nos bolsos das calças, estava a ficar um vento frio, embora só devessem ser umas cinco e meia da tarde.
- Então sabes como foi estúpida a maneira como eles morreram... tudo por causa duma rivalidade que ninguém sabia onde e quando tinha começado...
Fransoah assentiu e disse:
- Meu! Por vezes a meio do livro dava-me uma vontade de abanar certas personagens que nem te conto... mas Jack onde queres chegar com toda esta falinha mansa...
Jack suspirou e disse.
- O meu namorado Fransoah...
- Sim?- perguntou Fransoah- que tem ele? Não gosta de Shakesp...
Fransoah parou de súbito de falar. Foi como se um trovão a tivesse atingindo e a colado ao chão, impedido de falar e muito mais, porque de súbito ela percebeu onde Jack queria chegar.
- AH não!- disse rapidamente.
- Fransoah...- começou Jack.
- AH não!- tronou Fransoah- tu não me digas... Jack por favor diz-me que ele NÃO é um Slytherin! Por favor Jack!! Pelas barbas de Merlim que Morgana deve ter puxado tu diz-me que estás a gozar comigo...
Jack fez uma cara séria e serrado os pulsos, abanou a cabeça dizendo:
- Não! Não estou a brincar... o meu namorado É um Slytherin!! E é com ele que vamos ter agora... eu quero que o conheças Fransoah, ele é diferente! Ele não é como os outros... o Adam é especial... é único...
Fransoah ia para retaliar mas aí viu a face de Jack, ela estava tão séria, tão convicta, os olhos dela brilhavam. Fosse esse Adam quem fosse uma coisa era certa, Jack amava-o e muito. Fransoah lembrou-se de Romeu e Julieta e pensou como a vida deles teria sido diferente se eles tivessem tido o apoio de alguém, mesmo que fosse duma prima em segundo grau. Jack continuava a olhar para ela com os olhos repletos de esperança.
- Bem...- disse Fransoah sorrindo levemente- com esse nome é bom que seja...
Jack sorriu e deu um grande abraço à sua prima, que acrescentou rapidamente:
- Só espero que ele não jogue Quidditch!!!
Jack riu e respondeu:
- Não, não joga...
~ * ~
Hermione estava a andar dum lado para o outro da cozinha. Ronald sentando à sua frente, esperava pacientemente pela raiva da mãe, como uma gazela encurralada espera que o tigre salte na sua direcção. O pior eram aqueles minutos em que a mãe andava silenciosamente para trás e para a frente, depois assim que ela começasse a gritar acabaria por parar e de qualquer das maneiras, ela devia estar a começar... agora...
- COMO É QUE TU FOSTE CAPAZ DE FAZER ISTO RONALD ARTHUR GRANGER- WEASLEY!!!!!!!!!!!! TU FAZES ALGUMA IDEIA DA PREOCUPAÇÃO EM QUE EU E OS TEUS TIOS FICÁMOS!!!!!!!!! TIVEMOS DE IR MANDAR BUSCAR AS TUAS IRMÃS!!!!!! CORREMOS CASA ACIMA, CASA ABAIXO!!!!!!!!!! GRITAMOS POR TI UMAS BOAS MIL VEZES E TU NADA!!!!!!!!!!!!!!!! NÃO SABES QUE É PERIGOSO ANDAR ASSIM.... SAIR SEM SE DIZER PARA ONDE VAI!!!!!!!!!! PODIAS TER SIDO ATROPELADO, RAPTADO, TORTURADO.... MORTO!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Mas mãe...- murmurou Ronald.
- MAS MÃE NADA!!!!!!!!!!!!!!!!!! TU FAZES ALGUMA IDEIA DO QUE EU PASSEI ESTAS ÚLTIMAS HORAS RONALD ARTHUR GRANGER- WEASLEY!!!!!!!!!! TU FAZES ALGUMA IDEIA??????????
- Mãe....
- ESTÁ CALADO ENQUANTO FALO CONTIGO!!!!!!!!!!!!!! ÉS TAL E QUAL O TEU PAI! FAZEM AQUILO QUE VOS DÁ NA GANA E EU QUE ME PREOCUPE, EU QUE ME MATE DE PREOCUPAÇÃO!! EU QUE FIQUE HORAS E HORAS A PÉ À VOSSA ESPERA...
Por esta altura Ronald já desistira de protestar e prestava atenção à sua mãe, que agora parecia estar a desabafar onze anos de raiva contida.
- ... AINDA ÀS DE ARRANJAR MANEIRA DE TE MATARES!!!!!!!!- finalizou Hermione.
O silêncio instaurou-se na cozinha e antes que pudesse sequer pensar no que ia a dizer Ronald ouviu a sua voz:
- Como o Pai?? Vou arranjar maneira de me matar como o Pai???
O silêncio tronou a envadir a cozinha e era de tal modo grosso, que na sala Christopher achava que o poderia cortar à facada. Harry suspirou e olhou em redor, a Fénix Renascida...
Como fora estúpido!!! Claro que mais tarde ou mais cedo Ronald e Christopher acabariam por descobrir que eram vizinhos. Aliás era o sítio mais lógico para Ronald estar. O grito de Ronald devera-se ao facto dele ter caído da vassoura enquanto tentava mostrar a Christopher uma manobra, a queda não fora muito alta, de uns quatro, cinco metros no máximo. Tal como Ronald tinha dito, tinha sido mais o susto que outra coisa mas Hermione depois de ter a certeza que o filho estava bem, bom era o que se estava a passar agora... Mas donde raio teria vindo aquele silêncio...
Hermione fintou Ronald de frente, e este olhou para ela e disse:
- Eu sei... eu sei que o pai foi morto!!!!
A face de Hermione tomou contornos que Ronald nunca antes tinha visto.
- Quem te contou isso???
- Quem contou ao homem como fazer fogo???- perguntou Ronald.
Hermione não respondeu, sentou-se em frente ao seu filho e começou a falar claramente:
- Ronald eu...
- Sim mãe??- perguntou Ronald olhando para ela, nos olhos reparando que ela estava prestes a chorar.
- Ronald eu tenho muito medo que tu te magoes... tenta compreender... eu já perdi o teu pai, não te quero perder a ti também... por favor promete-me que não voltas a fazer nada do género...
Ronald queria dizer que não, que não prometeria nada disso mas o olhar da mãe, a sua voz. Ela estava a falar tão sinceramente com ele, coisa que não fazia desde que... desde que lhe explicara pela primeira vez onde o seu pai estava. Suspirou e disse que sim com a cabeça, passado algum tempo sentiu a sua mãe a levantá-lo e a abraça-lo.
- És o meu bebé Ronald- disse Hermione passando a mão pelos cabelos do filho- se alguma coisa te acontecer eu não sei o que faço...
Ronald sorriu e abraçou a mãe, dizendo naquela maneira silenciosa que os rapazes tem de expressar os seus sentimentos um "eu também te amo mãe".
~ * ~
Kristine estava sentada na sua secretária. Uma caixa de música que representava dois patinadores estava em cima dela e tocava uma melodia calma e triste. Kristine estava a escrever uma carta ao Pai Natal, William estava ao pé dela e ditava-lhe o que queria. William não era muito diferente de Kristine, tendo em conta o facto de que era um rapaz. Tinha o mesmo cabelo negro, mas cortado à tigela, os mesmos olhos negros céu nocturno, mas era mais moreno que a irmã. Sentado com uma bola de futebol no colo continuou a ditar a sua carta:
- E também quero... quero... ser um feiticeiro como a Kristine...
Kristine sorriu e escreveu o que William lhe tinha ditado na carta, como quem escreve "e que quero uma pista de carros ultra sónicos" ou algo banal. Quando acabou a carta Kristine deu-a ao irmão que todo satisfeito saiu a correr, William já podia escrever a sua carta sozinho, mas era uma tradição ser Kristine a escrevê-la por isso mais uma vez Kristine tinha escrito a carta.
A música parou e Kristine fechou a caixa, voltou-a e deu corda. Assim que acabou colocou a caixa na mesa de novo, e por cima do vidro colocou o casal de patinadores, que começaram imediatamente a sua dança interminável. Era uma caixa já bastante antiga, mas a sua música sempre a tinha confortado. Kristine olhou para o seu quarto. Era pequeno mas acolhedor, os cortinados eram roxos claros e chegavam até ao chão, eram tão leves que qualquer brisa, por mais pequena que fosse, os fazia dançar. A sua cama também era antiga, era bastante parecida com a sua cama de Hogwarts mas não tinha dossel, era apenas grande, velha e trabalhada. A sua colcha era aos quadrados cinzentos claros e cremes, e ao longo dele tinha a mesma frase escrita várias vezes, acompanhada pelo desenho de alguma flores roxas... "The heart opens like a flower/ open the heart slowly"… Várias luzes de presença completavam o cenário, o quarto de Kristine quase podia lembrar um quarto duma pessoa alérgica ao sol, bastante escuro mas ao mesmo tempo bastante claro. Uma mistura...
Assim como ela... a sua mãe apareceu na porta e sorriu-lhe, Kristine sorriu de volta, à muito tempo que a sua mãe não lhe sorria. A sua mãe era bonita, pelo menos ela sempre o achara, tinha o seu cabelo negro, longo como o dela, mas que agora só lhe devia ir um palmo abaixo dos ombros, os seus olhos eram azuis escuros, a sua pele suave, era muito meiga, muito feliz, até que...
A cara de Kristine tomou contornos sérios, a sua mãe suspirou e entrou no quarto, sentou-se na cama da filha e voltou-se para ela dizendo:
- Kristine... ouve... a mãe sabe que não foi por mal...
- Choraste tanto... por minha causa...- disse Kristine começando a sentir os seus olhos cheios de lágrimas.
- Sim bem... e também disse muitas coisas que não devia...
- O pai ainda não me perdoou! Nenhuma das tias... elas nunca gostaram muito de mim... foi o protesto ideal...
Samantha Rosalind Shakespeare, levantou-se e passou um braço em redor da filha que enterrou a cara no seu peito, enquanto tentava engolir as lágrimas, e acalmar os soluços. Nessa altura Theodore Amadeus Shakespeare apareceu na porta e não pode deixar de se sentir um pouco culpado, caminhou para dentro do quarto e disse sentando-se na cama:
- Kristy...
Kristine olhou para o pai admirada de o ver chamá-la assim e perguntou a medo:
- Sim pai...
Theodore sorriu ternamente e disse, num tom que pedia desculpa:
- Foi um acidente... não tiveste nada a ver com isso...
Kristine sorriu entre lágrimas e deu um grande abraço ao seu pai, que a abraçou de volta e disse:
- Agora acabou tudo...
Kristine assentiu enquanto pensava para si própria que ao fim de um ano, o seu inferno tinha por fim acabado...
~ * ~
Quando Patrick chegou a casa a sensação que teve foi a de que Jane estava viva e tinha convidado "a malta do costume" para tomar chá, e como de costume se tinha esquecido do avisar. Harry levantou-se rapidamente mas Patrick disse-lhe num gesto para se sentar, Christopher apareceu vindo da casa de banho e perguntou ao seu pai como tudo tinha corrido:
- Bom... eles querem tirar a campa da tua mãe do cemitério...
- O QUÊ????- disse Harry levantando-se rapidamente.
- Mas porquê??- perguntou Ginny mais calmamente.
Patrick encolheu os ombros e disse:
- Não faço a mais pequena ideia... nova legislação dizem eles... Acho que a Hermione deve estar com o mesmo problema em relação ao Ron, não??
O silêncio tomou conta da sala e de súbito o rosto de Christopher iluminou-se e ele disse:
- Bem já que estamos aqui todos eu vou fazer um chá! Alguém quer???
Christopher viu as faces de todos os presentes na sala, voltarem-se para ele como se ele tivesse virado um fantasma de repente. Depois de alguns minutos de silêncio Patrick começou a rir de repente e assentindo com a cabeça disse:
- Eu quero... Pode ser de limão... ou alguém não gosta...
- Na realidade meu caro- disse Ginny- se bem me lembro o Chá de Limão era o único do qual todos gostávamos...
Harry sorriu e assentiu dizendo:
- E se as gémeas e os padrinhos delas estiverem a chegar ainda mais...
Christopher sorriu e disse:
- Bom, agora é só os Granger Weasley desimpedirem a cozinha e eu vou fazer o chá...
- Chá?- perguntou uma voz vinda da cozinha- eu posso fazer...
- NÃO!!!!!!!!- gritaram todos os adultos que estavam na sala, que juntando as gémeas e aos seus padrinhos que vinham a entrar nesse momento fez um total de oito vozes, na cozinha Ronald também tinha gritado.
Foi uma Hermione bastante chateada que apareceu à porta da cozinha e perguntou:
- Porquê???
O silencio tronou a invadir a sala, ninguém sabia o que dizer, Christopher ia para argumentar porque tinha sido ele a sugerir quando Patrick disse:
- É que bem... sabes Herm... esse era o trabalho da Jane e bem.... eu sinto- me na obrigação do fazer...
Hermione assentiu e saiu da cozinha seguida por Ronald, que tinha a cabeça baixa, mas que lançou um sorriso furtivo à sua família, antes de tronar a baixar a cabeça, para que quando a sua mãe se voltasse ele parecesse miserável. Fred e George sorriram um para o outro e sentaram-se no sofá enquanto esperavam pelo chá. Heather e Hermione olhavam para tudo fascinadas, sempre se tinham interrogado quem seriam os seus vizinhos e como era a sua casa por dentro, agora estavam a ver tudo em primeira mão e queriam aproveitar ao máximo.
Christopher aproveitou a desculpa de faltarem cadeiras para ir à cozinha buscar alguns bancos, quando lá entrou viu o seu pai a fazer chá à maneira muggle, sorriu e aproximou-se dele dizendo:
- Sabes pai... há um feitiço para isso...
Patrick sorriu para o filho e disse:
- Eu sei, a tua avó faz questão de me lembrar... mas era a maneira como a tua mãe o fazia e além do mais o sabor não é o mesmo se for feito com magia ou à mão... como diria a tua mãe, à mão fica com sentimento... sabe melhor...
Christopher assentiu e olhou em redor, ainda não tinha prestado muita atenção à sua cozinha, mas a verdade é que assim que a viu com olhos de ver a catalogou de "uma típica cozinha inglesa", e era mesmo isso que aquela cozinha era.
Na sala o silêncio quebrou-se assim que Christopher saiu para a cozinha.
- Esta casa é bem bonita...- disse Heather sorrindo.
- É verdade...- concordou Hermione- olha, um espanta espíritos em forma de gato preto...
As gémeas rodearam o espanta espíritos, que realmente tinha a forma dum gato preto, que estava a arranhar algo no ar, ou como que a meio do salto para um colo. Ronald comentou sem pensar muito:
- Parece o Alvorecer...
- Tem uma coleira...- disse Heather, rodando-a.
- Diz.... – disse Hermione antes de começar a ler- "Em memória de Meia-Noite 13, minha eterna amiga", assinado Jane Bleue...
Ronald piscou os olhos e Harry desejou poder ter um Girador de Tempo, ou poder fazer um feitiço de memória a Ronald. Nesse momento Harry sentiu algo suave a roçar-lhe na cara e um breve "miau" perto dum dos seus ouvidos. Voltou-se e viu Alvorecer a lamber a pata sentado em cima do sofá, de onde ele tinha vindo, só ele o sabia. Ronald sorriu e disse:
- Por falar no Diabo... Anda cá Alvorecer...
Alvorecer olhou para Ronald pelo canto do olho e assim que acabou de lamber a pata e a passar pela orelha, deu um salto e foi sentar-se pacatamente ao pé de Ronald, como uma visita que muda de lugar numa sala. Christopher apareceu pouco tempo depois com alguns bancos, atrás dele veio Patrick com uma bandeja cheia de chávenas, bolos, um jarro de leite e um bule a fumegar. Todos se aproximaram-se da pequena mesa de centro para pegar numa chávena, quando chegou a vez de Christopher ele pegou no jarro de leite e colocando o seu pires no chão encheu-o de leite, que Alvorecer não tardou a beber mas não sem antes se roçar nas pernas do dono e miar suavemente como que a agradecer a atenção.
~ * ~
Diagon-Al estava toda enfeitada, o natal estava à porta e com ele o espírito natalício. Christopher e o seu pai patrulhavam as ruas em busca de presentes. O problema era que estava tudo cheio, e as lojas muggle não deviam estar melhores, mas Christopher sabia que havia duas coisas que ele só podia conseguir ali, e era ali que ele as iria comprar. As prendas eram para Ronald e Kristine, ele tinha algo grande em mente, eles eram os seus primeiros amigos e ele estava a contar estraga-los com "mimos", principalmente Ronald que fazia anos dia 31 de Dezembro para ele tinha arranjado um grande dois em um, que o seu pai aprovara e estava pronto a contribuir com algo.
Finalmente Christopher chegou à loja onde tinha visto aquilo que catalogara como a prenda ideal para Kristine. Colocou as mãos no vidro e sorriu dizendo:
- É aquela pai... que achas???
Patrick aproximou-se e viu a prenda. Era uma bela caixa de música, mas não era uma caixa de música vulgar, não fosse o facto de se estar na Diagon-Al, a caixa era de madeira negra toda trabalha com luas e estrelas, o fecho era banhado a prata e sobressaia duma maneira admirável. A caixa continha lá dentro nada... a caixa era especial por isso, reproduzia a imagem da pessoa a quem era oferecia e a música era cantada pela personagem em miniatura enquanto ela executava uma pequena dança, só ou acompanhada. O fundo podia ser alterado entre as quatro estações, e diversos locais, e se o letreiro ao pé da caixa estava correcto, aquela era a última.
Sorrindo Patrick disse:
- Não sei... o Ronald é capaz de não gostar...
- Pai!- disse Christopher severamente- é para a Kristine...
- AH! Então está bem... por segundos duvidei de ti Christopher…
Christopher ergueu os punhos e na brincadeira tentou bater no seu pai, mas este colocou uma mão sobre a sua cabeça e segurou-o dizendo:
- Então não vale a pena ficarmos violentos...
Em seguida soltou Christopher que correu ainda um pouco antes de voltar para trás rindo. Era incrível a mudança que se tinha operado, ele e o pai tinham passado de completos estranhos a melhores amigos. Como tudo se tinha passado Christopher não sabia e nem queria saber desde que tudo se mantivesse como estava. Patrick abriu a porta e entrou com Christopher na loja, Christopher correu para o balcão e disse:
- Boa tarde... eu gostaria de comprar aquela caixa de música que tem na montra...
O velho senhor olhou para ele admirado e Christopher fez um sorriso antes de acrescentar:
- É para oferecer...
O velho viu Patrick a aproximar-se lentamente de Christopher e sorrindo perguntou:
- É para a tua mãe???
Christopher piscou os olhos, não tinha pensado nisso, tinha de arranjar qualquer coisa para a sua mãe, olhou em redor mas não viu nada. Fez uma cara meio triste e disse:
- Não... é para uma amiga...
O velho assentiu e foi buscar a caixa. Colocou-a em cima do balcão e disse:
- Vou embrulhá-la bem mas rapaz aconselho-te a dá-la na mão e não por correio... qualquer batuque poderá ser fatal, o que para uma obra prima destas seria uma pena...
Christopher assentiu, agora que tinham de novo a "lareira a funcionar", seria só falar com o seu pai e escapulir-se alguns minutos de casa para ir dar a caixa a Kristine. O velho teve de ir ao interior da loja buscar um laço para o papel azul escuro no exacto momento em que Patrick alcançou o seu filho. Christopher voltou-se para o pai e perguntou:
- Pai?
- Sim?- perguntou Patrick curioso.
- Esquecemo-nos de algo bastante importante...- disse Christopher seriamente.
Patrick piscou os olhos, antes de comentar:
- O quê?? Já temos a prenda da tua avó, do teu avó, uma lembrança para os Malfoy...
- Para QUEM?????- perguntou Christopher espantado e ao mesmo tempo assustado, devia sem dúvida estar a ficar surdo ou então com uma imaginação hiper activa.
Patrick teria batido com a mão na boca se o velho tivesse demorado mais tempo no interior. Mas ele já tinha voltado e por isso Patrick apressou-se a explicar:
- É que bem...- explicou Patrick- a tua avó decidiu convidar o afilhado dela... e bem... não podia convidar o afilhado e deixar os pais em casa não era....
- Isto não me está a acontecer...- choramingou Christopher- eu estou a ter um pesadelo... vou ter de aturar o Lucius no natal... oh Deus que mal é que eu te fiz...
- Mas- disse Patrick tentando desviar a conversa- de que nos esquecemos
mesmo??
- Mãe!- disse Christopher olhando de tal modo seriamente para Patrick que por segundos este pensou que Jane se tinha materializado atrás de si- não comprámos prenda para ela... e eu acho que ela ia gostar....
Patrick sorriu ternamente e disse:
- Sim... acho que ia... ideias???
- Podíamos dar-lhe um colar de prata...- disse Christopher que em seguida explicou o porquê- para compensar pelos últimos 10anos...
Patrick tronou a sorrir e disse:
- Boa ideia... e como pingente um Floco de Neve... que era a alcunha dela...
Christopher sorriu e assentiu. Entretanto Alvorecer que se tinha aninhado no capuz do casaco de Christopher e dormia, voltou-se e miou, fazendo que como sempre a sua palavra fosse a última.
~ * ~
O natal estava cada vez mais perto e Christopher ficou feliz quando uma tarde a neve atingiu o ponto exacto de espessura para uma boa batalha de bolas de neve. Os Granger- Weasley apareceram lá no seu quintal e planearam uma enorme batalha, bom tão grande quanto quatro pessoas a podem fazer e vejamos 3 Weasley' s faziam parte do grupo o que era dizer muito. Depois duma breve discussão ficou decidido que fariam uma guerra rapazes contra raparigas, visto que as gémeas recusavam serem separadas e Christopher não ter dois irmãos para ser uma batalha entre famílias.
Quando Patrick Bleue pôs a cabeça de fora da janela teve presença de espírito suficiente para se arrepender a tempo e fechá-la antes de apanhar com uma grande bola de neve que Ronald tinha falhado. A guerra continuou durante uma boa hora até que Patrick chamou as crianças, que já eram adolescentes, para dentro, estava na hora do lanche.
Depois de ter deixado todos entrarem Patrick saiu, o natal estava a chegar mas ele ainda tinha de trabalhar e quando todos estavam de férias era quando o ringue onde ele trabalhava tinha mais clientes o que era equivalente a mais trabalho. As gémeas sorriam ao ver Patrick partir e pensaram exactamente ao mesmo tempo como ele era parecido com o seu pai.
O lanche foi rápido e as gémeas, que para grande insatisfação do orgulho masculino de Christopher e Ronald (principalmente de Ronald) tinham ganho a guerra de bolas de neve, tiveram de sair para mais uma vez irem dar umas voltas com Jack e Priscila.
- Outra vez...- disse Ronald- Ah... saíram com elas à três dias... odeio ficar sozinho em casa...
- Porquê tens medo maninho???- perguntou Hermione.
- Hermione- disse Heather fingindo estar muito ofendida- vê lá como falas com o Ronald ele também é meu irmão...
- Oh desculpa Heather- disse Hermione e em seguida acrescentou- És um cobarde Ronald...
- Assim já gosto mais...- disse Heather com um sorriso maldoso.
- NÃO sou cobarde... – disse Ronald rapidamente- é que a casa fica vazia... Sei lá...
- Então fica aqui!- disse Christopher- eu não me importo e o pai de certeza que também não se importa e assim nenhum de nós fica sozinho...
- Miau...- miou Alvorecer magoado.
- Bom... sem companhia humana...- disse Christopher passando a mão demoradamente pela cabeça de Alvorecer para pedir desculpa, que ele pelo ronronar pareceu aceitar.
As gémeas olharam uma para a outra e assentiram dizendo:
- Muito bem...
- Como temos de ir trocar de roupa avisamos a Winky!- disse Heather- para que o caso "Desaparecido em Combate" não se repita...
- Estranho...- disse Hermione mesmo antes de desaparecer com Heather pela porta da frente- ia jurar que esse filme tinha parte um e parte dois...
Por fim Ronald e Christopher ficaram sozinhos na cozinha.
- Bom que vamos fazer??- perguntou Ronald- há alguma coisa mágica nesta casa...
Christopher olhou em redor, realmente a Fénix Renascida lembrava mais uma casa muggle do que uma mágica, descontando as fotos a mexerem-se, o fogo que nunca se extinguia na lareira da sala, Alvorecer e alguns artefactos mais esquisitos, ninguém diria que era uma casa mágica. Christopher já estivera na de Ronald e sabia do que estava a falar.
- Hum... eu estava a dar uma vista de olhos aos livros lá em cima... pode ser que encontremos algo interessante...
- Oh sim...- disse Ronald sarcasticamente – talvez encontremos "Hogwarts, uma história sem restrições ou selecção de factos" por Hermione Granger- Weasley... os meus avós devem ter três cópias desse livro...
Christopher sorriu e disse:
- Não sejas parvo... maior parte dos livros eram meus quando tinha uns 7 meses, são contos... eu e o pai estávamos a pensar doa-los para um orfanato onde trabalha uma tal Kayla que o pai que me vai apresentar porque pelo que percebi é a afilhada dele e da mãe...
- OH! Desculpa- disse Ronald ainda sarcasticamente - Ainda melhor trabalho humanitário...
- Vá lá Ronald é natal... temos de ter espírito natalício...
Depois de barafustar um pouco Ronald acabou por ceder, ele não tinha nada contra caridade, na realidade todos os anos juntamente com as irmãs e a mãe mandava um enorme caixote para a caridade mas é claro que sendo rapaz e principalmente um rapaz adolescente que tentava passar por rapaz fixe, admitir isso seria pena de morte para a "fixesa".
Os rapazes subiram as escadas até ao sótão, seguidos por Alvorecer que para não se dar ao trabalho de saltar degraus seguida a correr pelo corrimão. Depois de meia hora a empacotar alguns livros, Christopher quis guardar o da história da Rainha- Anjo, os rapazes decidiram descansar. Intrigado Christopher exclamou:
- Hum acho que me falta um livro...
- Qual??- perguntou Ronald curioso.
Christopher olhou de novo para a prateleira e disse:
- Não sei... mas tenho essa sensação...
- Será que o mudaste de sítio???
Christopher voltou-se para Ronald e questionou:
- E ia pô-lo onde? Não tenho mais prateleiras e na minha mesinha de cabeceira não está...
Ronald olhou para a mesinha de cabeceira e assentiu, realmente lá o livro não estava e como a mesinha não tinha gavetas era improvável estar dentro de uma.
- Realmente... onde o terás posto?? Não o terás usado para fazer de pé a algum móvel?!?
- Não!- disse Christopher- disso tenho a certeza...
- Mas de que fala esse livro?- perguntou Ronald, atirando-se para cima da cama e ficando deitado de barriga para cima.
- O mais curioso é isso...- disse Christopher olhando de lado para o amigo antes de prosseguir- não faço ideia! Tinha uma capa toda roxa e não tinha o título, quer na lombada quer na capa, por isso me chamou a atenção... peguei nele... mas depois o meu pai chamou-me e eu...
Christopher parou de falar e Ronald curioso perguntou:
- E tu???
- Pois... não me lembro… acho que o atirei… mas para onde…
Ronald sorriu e disse:
- Se eu tivesse atirado com um livro a minha mãe matava-me... para ela os livros são os nossos melhores amigos... acho que a maior decisão da vida dela deve ter sido casar com o meu pai e não com a Biblioteca de Hogwarts....
Christopher riu e Ronald fez coro com ele, enquanto imitava uma voz grave:
- Sr.ª Hermione Granger, aceita a Biblioteca de Hogwarts como seu futuro esposo... espera não dá Biblioteca é feminino...
Christopher assentiu e disse:
- Se o que dizes é verdade então o teu pai deve ter sido um grande homem para ter persuadido a tua mãe...
Ronald sorriu tristemente e disse:
- É... acho que sim... sabes o que me parte todo... é saber que ele queria tanto um rapaz e que nunca me chegou a ver...
Christopher quase pode sentir a aura do amigo ficar negra, e sentiu-se a ficar um pouco triste também. Ele podia não ter já a mãe, mas tinha tido, claro que Ronald também tinha tido pai, a sua mãe não era a Virgem para o ter feito sozinha, mas o pai de Ronald nunca lhe pegara ao colo, ou lhe contara histórias sobre o seu tempo em Hogwarts, nunca estivera com ele.
Christopher suspirou antes de dizer:
- Eu tenho a certeza que ele te viu Ronald e que ainda te vê....
Ronald sorriu tristemente antes de dizer:
- É, acho que sim... achas...
Parou de falar subitamente, Christopher piscou os olhos curioso, mas Ronald acabou a frase sozinho:
- Achas que ele tem orgulho em mim...
Christopher sorriu antes de afirmar com uma voz confiante:
- Tenho a certeza que sim...
Ronald sorriu e disse numa voz carregada de esperança:
- Espero bem que sim...
~ * ~
- Achas que ele tem orgulho em mim...
Ron sorriu para o filho e disse:
- Ninguém tem mais orgulho em ti do que eu Ronald... porque eu estou sempre contigo, eu vejo as tuas vitórias e os teus fracassos, vejo como te ergues e como nunca desistes, como tratas da tua mãe e das tuas irmãs...
Jane sorriu e levantou-se da sua cadeira de baloiço, caminhando até ao pé de Christopher e segredando-lhe algo ao ouvido.
- Tenho a certeza que sim...
Ron sorriu para Jane num agradecimento silencioso e esta perguntou:
- Quando vais falar com a Herm??
- Esta noite...- disse Ron- começa a rezar para que ela me oiça...
Jane assentiu, sorriu e disse:
- Ela vai ouvir-te Ron...
- Espero bem que sim...- disse Ronald.
Os anjos não puderam impedir o riso, era tão comum aquilo acontecer, principalmente com Ronald, por vezes parecia mesmo que ele os ouvia. Ron deu um leve muro no ombro direito do filho e disse:
- Espero bem que estejas certo filhote...
Fim do capítulo
N.A: Espero que tenham gostado!! Feliz Natal e, se não actualizar até lá, Próspero Ano Novo!! Bjinhos CACL
Para: A Fransoah, que FINALMENTE, aparece na história!! ^.^
"A Morte é cruel, separa-nos de quem amamos e tira-nos alegrias... E a vida?? Já pensaram que se calhar quando nascemos deixamos quem amava-mos?" Adaptação da Propaganda de "Harry Potter e a Árvore da Vida" por Sir Prongs, em breve disponível no 3V!
Capítulo Doze
"Agradecimentos em Silêncio"
-------- Flahsback--------
Patrick, com Christopher ao colo, corria que nem louco pelos corredores de St. Mungos ao lado de um Curador, que o tentava levar até ao piso certo para lá ser atendido. Quando finalmente chegou ao piso, correu até à recepção onde duas enfermeiras estavam a resolver palavras cruzadas e disse:
- Por favor... o meu filho está com mais de 40º de febre... e....
- Piso inferior...- disse uma das mulheres mecanicamente- fala com o Curador Simon!!!
- Margerite! Eu estou aqui!!- disse o Curador.
Margerite e a sua companheira olharam para cima. O seu rosto tronou-se branco. O Curador começou a preencher a ficha de atendimento a toda a velocidade.
- Nenhuma poção ou feitiço funciona!!!!- explicou rapidamente- Tem de ser levado para a Unidade de Cuidados Intensivos e ligado a uma máquina de sobrevivência... sim Margerite, eu sei que é uma coisa Muggle mas neste momento pode ser a única coisa que pode salvar a vida desta criança...
Patrick apertou Christopher com força, o seu filho estava mais quente que uma botija de água a ferver. E se ele morresse??? Jane tinha morrido... se Christopher morresse ele ficaria sozinho... a sua família, toda morta... Claro que continuaria a ter Bryan mas...
O Curador Simon acordou-o dos seus pensamentos e disse:
- Vamos dar o nosso melhor, Sr. Bleue... pelo estado as situação, perdoe-me o que lhe vou dizer, mas o melhor que tem a fazer é rezar... rezar e esperar que os Anjos o ouçam e levem as suas orações ao Senhor...
Patrick assentiu e deu um beijo na testa de Christopher murmurando uma pequena oração...
-----Fim do Flashback-----
~ * ~
Harry gritou mais uma vez o nome de Ronald, que ecoou pela casa e voltou sem resposta. Raios, maldita intuição feminina. Harry já chamara Ginny para o ajudar mas a única boa maneira de encontrarem Ronald era se as gémeas estivessem em casa, para fazerem o feitiço de irmãos, mas elas não estavam e o cinema só acabava dali a uma boa meia hora. Que se teria passado? Porque teria Ronald saído de casa sem dar satisfações a ninguém? Ele nunca saia sem pelo menos dizer a Winky para onde ia!!! [N.A: Já viram k rapazinho tão bem educado!! ^.~]
Hermione apareceu vinda das traseiras da casa com uma cara preocupada.
- Ele também não está lá...
Hermione começou a tremer, o seu maior medo podia estar prestes a realizar-se. Ginny chegou-se ao pé dela, abraçou-a e disse:
- Não vamos desistir... de certeza que está tudo bem...
Harry assentiu. Quer dizer quais eram as hipóteses de Ronald estar ferido?? De súbito algo no seu ser respondeu, "E quais eram as hipóteses de Ron ter sido assassinado?". [N.A: Para vossa curiosidade e para interromper a história um pouco, as probabilidades de uma pessoa normal, com uma saúde normal de morrer assassinada é de 1/100!!! Isto não é muito alto, mas o Ronald não é uma pessoa normal, é?? ^.^]Harry parou e suspirou... realmente...
De súbito um grito cortou o ar. Um grito de Ronald...
~ * ~
Heather, Hermione, Jaqueline e Priscila saíram do cinema. E piscaram os olhos, estava bastante luz no exterior e elas tinham passado as últimas três horas às escuras. Tinham ido ver um filme de acção e suspence, daqueles mesmo de nos fazer colar à cadeira e disparar o coração. Fred e George Weasley, padrinhos das gémeas apareceram e contaram-lhes do desaparecimento do irmão, as gémeas partiram super preocupadas e deixaram Jaqueline e Priscila apreensivas.
- Espero que o encontrem...- disse Jack.
- Também eu...- disse Priscila.
De súbito uma rapariga de cabelos castanhos, olhos castanho, vestida com umas calças de ganga, e um pulóver aproximou-se de Jack e Priscila. Jack reconheceu-a imediatamente:
- Fransoah!!!!
Fransoah sorriu e disse:
- Olá Jack! Então o cinema já acabou???
- Sim!!!- quase cantou Jack.
Priscila sorriu e desejou uma boa tarde a Fransoah que respondeu ao seu cumprimento. Jack sorriu e disse apressadamente:
- Mas que mal educada... Fransoah esta é a Priscila... Priscila esta é a minha prima Fransoah!
- Já nos tinha apresentado Jack...- disse Priscila.
- Sério??- disse Fransoah admirada e a seguir acrescentou piscando o olho e deitando a língua de fora enquanto sorria- já não me lembrava...
Depois dum breve riso, Fransoah disse:
- Bem Jack, vamos???
Jaqueline voltou-se para Priscila e disse:
- Bem, encontramo-nos noutro dia??
- Mas é claro!- disse Priscila- quando quiseres... Estou sempre à disposição...
- AH! Então se o Roger Twooei te convidar saís com ele??- perguntou uma voz vinda de trás de Priscila.
Jaqueline viu a face de Priscila tomar contornos sérios e percebeu que ela sabia quem se tinha metido com ela. Sorrindo, disse adeus com a mão e comentou:
- Bem... adorava ficar... mas temos de ir não é Fransoah??
- Bem...- disse Fransoah, observando a pessoa atrás de Priscila- ... sim...
- Óptimo!- disse Jack- VAMOS!!!!
Com isto Jack e Fransoah, Jack levando Fransoah pelo braço, desapareceram de vista. Priscila voltou-se para trás e encarou Thomas.
- Mas olha quem é ele...- disse ironicamente- o Perfeito Imperfeito Thomas Sweet, que de Doce não tem nada...
Thomas sorriu e comentou:
- Pensei que era Tom para ti...
Priscila piscou os olhos e Thomas arrependeu-se de ter falado. A face de Priscila tomou contornos sérios e ela perguntou a medo:
- O que queres dizer com isso?
Jack suspirou ao virar da esquina e largou Fransoah, que ainda estava meio abananada pela corrida que fizeram, bem mais pelo voo, que Jack tinha-a levado a voar pela rua duma maneira incrível. Fransoah seguiu Jack durante alguns minutos antes de perguntar curiosa:
- Bem Jack... que me querias...
Sem se voltar para trás Jack respondeu:
- Preciso de saber uma coisa Fransoah...
- Sim??- perguntou Fransoah.
- Bem... tu andas em Hogwarts, é esquisito pensar... não nos vemos muito...
- É normal... principalmente agora que tenho aquelas aulas todas marradas por causa dos NEWTS!
Jack assentiu e continuou:
- Diz-me Fransoah... conheces a história do Romeu e da Julieta não conheces??
- Do Shakespeare?? Sim, conheço...- disse Fransoah pondo as mãos nos bolsos das calças, estava a ficar um vento frio, embora só devessem ser umas cinco e meia da tarde.
- Então sabes como foi estúpida a maneira como eles morreram... tudo por causa duma rivalidade que ninguém sabia onde e quando tinha começado...
Fransoah assentiu e disse:
- Meu! Por vezes a meio do livro dava-me uma vontade de abanar certas personagens que nem te conto... mas Jack onde queres chegar com toda esta falinha mansa...
Jack suspirou e disse.
- O meu namorado Fransoah...
- Sim?- perguntou Fransoah- que tem ele? Não gosta de Shakesp...
Fransoah parou de súbito de falar. Foi como se um trovão a tivesse atingindo e a colado ao chão, impedido de falar e muito mais, porque de súbito ela percebeu onde Jack queria chegar.
- AH não!- disse rapidamente.
- Fransoah...- começou Jack.
- AH não!- tronou Fransoah- tu não me digas... Jack por favor diz-me que ele NÃO é um Slytherin! Por favor Jack!! Pelas barbas de Merlim que Morgana deve ter puxado tu diz-me que estás a gozar comigo...
Jack fez uma cara séria e serrado os pulsos, abanou a cabeça dizendo:
- Não! Não estou a brincar... o meu namorado É um Slytherin!! E é com ele que vamos ter agora... eu quero que o conheças Fransoah, ele é diferente! Ele não é como os outros... o Adam é especial... é único...
Fransoah ia para retaliar mas aí viu a face de Jack, ela estava tão séria, tão convicta, os olhos dela brilhavam. Fosse esse Adam quem fosse uma coisa era certa, Jack amava-o e muito. Fransoah lembrou-se de Romeu e Julieta e pensou como a vida deles teria sido diferente se eles tivessem tido o apoio de alguém, mesmo que fosse duma prima em segundo grau. Jack continuava a olhar para ela com os olhos repletos de esperança.
- Bem...- disse Fransoah sorrindo levemente- com esse nome é bom que seja...
Jack sorriu e deu um grande abraço à sua prima, que acrescentou rapidamente:
- Só espero que ele não jogue Quidditch!!!
Jack riu e respondeu:
- Não, não joga...
~ * ~
Hermione estava a andar dum lado para o outro da cozinha. Ronald sentando à sua frente, esperava pacientemente pela raiva da mãe, como uma gazela encurralada espera que o tigre salte na sua direcção. O pior eram aqueles minutos em que a mãe andava silenciosamente para trás e para a frente, depois assim que ela começasse a gritar acabaria por parar e de qualquer das maneiras, ela devia estar a começar... agora...
- COMO É QUE TU FOSTE CAPAZ DE FAZER ISTO RONALD ARTHUR GRANGER- WEASLEY!!!!!!!!!!!! TU FAZES ALGUMA IDEIA DA PREOCUPAÇÃO EM QUE EU E OS TEUS TIOS FICÁMOS!!!!!!!!! TIVEMOS DE IR MANDAR BUSCAR AS TUAS IRMÃS!!!!!! CORREMOS CASA ACIMA, CASA ABAIXO!!!!!!!!!! GRITAMOS POR TI UMAS BOAS MIL VEZES E TU NADA!!!!!!!!!!!!!!!! NÃO SABES QUE É PERIGOSO ANDAR ASSIM.... SAIR SEM SE DIZER PARA ONDE VAI!!!!!!!!!! PODIAS TER SIDO ATROPELADO, RAPTADO, TORTURADO.... MORTO!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Mas mãe...- murmurou Ronald.
- MAS MÃE NADA!!!!!!!!!!!!!!!!!! TU FAZES ALGUMA IDEIA DO QUE EU PASSEI ESTAS ÚLTIMAS HORAS RONALD ARTHUR GRANGER- WEASLEY!!!!!!!!!! TU FAZES ALGUMA IDEIA??????????
- Mãe....
- ESTÁ CALADO ENQUANTO FALO CONTIGO!!!!!!!!!!!!!! ÉS TAL E QUAL O TEU PAI! FAZEM AQUILO QUE VOS DÁ NA GANA E EU QUE ME PREOCUPE, EU QUE ME MATE DE PREOCUPAÇÃO!! EU QUE FIQUE HORAS E HORAS A PÉ À VOSSA ESPERA...
Por esta altura Ronald já desistira de protestar e prestava atenção à sua mãe, que agora parecia estar a desabafar onze anos de raiva contida.
- ... AINDA ÀS DE ARRANJAR MANEIRA DE TE MATARES!!!!!!!!- finalizou Hermione.
O silêncio instaurou-se na cozinha e antes que pudesse sequer pensar no que ia a dizer Ronald ouviu a sua voz:
- Como o Pai?? Vou arranjar maneira de me matar como o Pai???
O silêncio tronou a envadir a cozinha e era de tal modo grosso, que na sala Christopher achava que o poderia cortar à facada. Harry suspirou e olhou em redor, a Fénix Renascida...
Como fora estúpido!!! Claro que mais tarde ou mais cedo Ronald e Christopher acabariam por descobrir que eram vizinhos. Aliás era o sítio mais lógico para Ronald estar. O grito de Ronald devera-se ao facto dele ter caído da vassoura enquanto tentava mostrar a Christopher uma manobra, a queda não fora muito alta, de uns quatro, cinco metros no máximo. Tal como Ronald tinha dito, tinha sido mais o susto que outra coisa mas Hermione depois de ter a certeza que o filho estava bem, bom era o que se estava a passar agora... Mas donde raio teria vindo aquele silêncio...
Hermione fintou Ronald de frente, e este olhou para ela e disse:
- Eu sei... eu sei que o pai foi morto!!!!
A face de Hermione tomou contornos que Ronald nunca antes tinha visto.
- Quem te contou isso???
- Quem contou ao homem como fazer fogo???- perguntou Ronald.
Hermione não respondeu, sentou-se em frente ao seu filho e começou a falar claramente:
- Ronald eu...
- Sim mãe??- perguntou Ronald olhando para ela, nos olhos reparando que ela estava prestes a chorar.
- Ronald eu tenho muito medo que tu te magoes... tenta compreender... eu já perdi o teu pai, não te quero perder a ti também... por favor promete-me que não voltas a fazer nada do género...
Ronald queria dizer que não, que não prometeria nada disso mas o olhar da mãe, a sua voz. Ela estava a falar tão sinceramente com ele, coisa que não fazia desde que... desde que lhe explicara pela primeira vez onde o seu pai estava. Suspirou e disse que sim com a cabeça, passado algum tempo sentiu a sua mãe a levantá-lo e a abraça-lo.
- És o meu bebé Ronald- disse Hermione passando a mão pelos cabelos do filho- se alguma coisa te acontecer eu não sei o que faço...
Ronald sorriu e abraçou a mãe, dizendo naquela maneira silenciosa que os rapazes tem de expressar os seus sentimentos um "eu também te amo mãe".
~ * ~
Kristine estava sentada na sua secretária. Uma caixa de música que representava dois patinadores estava em cima dela e tocava uma melodia calma e triste. Kristine estava a escrever uma carta ao Pai Natal, William estava ao pé dela e ditava-lhe o que queria. William não era muito diferente de Kristine, tendo em conta o facto de que era um rapaz. Tinha o mesmo cabelo negro, mas cortado à tigela, os mesmos olhos negros céu nocturno, mas era mais moreno que a irmã. Sentado com uma bola de futebol no colo continuou a ditar a sua carta:
- E também quero... quero... ser um feiticeiro como a Kristine...
Kristine sorriu e escreveu o que William lhe tinha ditado na carta, como quem escreve "e que quero uma pista de carros ultra sónicos" ou algo banal. Quando acabou a carta Kristine deu-a ao irmão que todo satisfeito saiu a correr, William já podia escrever a sua carta sozinho, mas era uma tradição ser Kristine a escrevê-la por isso mais uma vez Kristine tinha escrito a carta.
A música parou e Kristine fechou a caixa, voltou-a e deu corda. Assim que acabou colocou a caixa na mesa de novo, e por cima do vidro colocou o casal de patinadores, que começaram imediatamente a sua dança interminável. Era uma caixa já bastante antiga, mas a sua música sempre a tinha confortado. Kristine olhou para o seu quarto. Era pequeno mas acolhedor, os cortinados eram roxos claros e chegavam até ao chão, eram tão leves que qualquer brisa, por mais pequena que fosse, os fazia dançar. A sua cama também era antiga, era bastante parecida com a sua cama de Hogwarts mas não tinha dossel, era apenas grande, velha e trabalhada. A sua colcha era aos quadrados cinzentos claros e cremes, e ao longo dele tinha a mesma frase escrita várias vezes, acompanhada pelo desenho de alguma flores roxas... "The heart opens like a flower/ open the heart slowly"… Várias luzes de presença completavam o cenário, o quarto de Kristine quase podia lembrar um quarto duma pessoa alérgica ao sol, bastante escuro mas ao mesmo tempo bastante claro. Uma mistura...
Assim como ela... a sua mãe apareceu na porta e sorriu-lhe, Kristine sorriu de volta, à muito tempo que a sua mãe não lhe sorria. A sua mãe era bonita, pelo menos ela sempre o achara, tinha o seu cabelo negro, longo como o dela, mas que agora só lhe devia ir um palmo abaixo dos ombros, os seus olhos eram azuis escuros, a sua pele suave, era muito meiga, muito feliz, até que...
A cara de Kristine tomou contornos sérios, a sua mãe suspirou e entrou no quarto, sentou-se na cama da filha e voltou-se para ela dizendo:
- Kristine... ouve... a mãe sabe que não foi por mal...
- Choraste tanto... por minha causa...- disse Kristine começando a sentir os seus olhos cheios de lágrimas.
- Sim bem... e também disse muitas coisas que não devia...
- O pai ainda não me perdoou! Nenhuma das tias... elas nunca gostaram muito de mim... foi o protesto ideal...
Samantha Rosalind Shakespeare, levantou-se e passou um braço em redor da filha que enterrou a cara no seu peito, enquanto tentava engolir as lágrimas, e acalmar os soluços. Nessa altura Theodore Amadeus Shakespeare apareceu na porta e não pode deixar de se sentir um pouco culpado, caminhou para dentro do quarto e disse sentando-se na cama:
- Kristy...
Kristine olhou para o pai admirada de o ver chamá-la assim e perguntou a medo:
- Sim pai...
Theodore sorriu ternamente e disse, num tom que pedia desculpa:
- Foi um acidente... não tiveste nada a ver com isso...
Kristine sorriu entre lágrimas e deu um grande abraço ao seu pai, que a abraçou de volta e disse:
- Agora acabou tudo...
Kristine assentiu enquanto pensava para si própria que ao fim de um ano, o seu inferno tinha por fim acabado...
~ * ~
Quando Patrick chegou a casa a sensação que teve foi a de que Jane estava viva e tinha convidado "a malta do costume" para tomar chá, e como de costume se tinha esquecido do avisar. Harry levantou-se rapidamente mas Patrick disse-lhe num gesto para se sentar, Christopher apareceu vindo da casa de banho e perguntou ao seu pai como tudo tinha corrido:
- Bom... eles querem tirar a campa da tua mãe do cemitério...
- O QUÊ????- disse Harry levantando-se rapidamente.
- Mas porquê??- perguntou Ginny mais calmamente.
Patrick encolheu os ombros e disse:
- Não faço a mais pequena ideia... nova legislação dizem eles... Acho que a Hermione deve estar com o mesmo problema em relação ao Ron, não??
O silêncio tomou conta da sala e de súbito o rosto de Christopher iluminou-se e ele disse:
- Bem já que estamos aqui todos eu vou fazer um chá! Alguém quer???
Christopher viu as faces de todos os presentes na sala, voltarem-se para ele como se ele tivesse virado um fantasma de repente. Depois de alguns minutos de silêncio Patrick começou a rir de repente e assentindo com a cabeça disse:
- Eu quero... Pode ser de limão... ou alguém não gosta...
- Na realidade meu caro- disse Ginny- se bem me lembro o Chá de Limão era o único do qual todos gostávamos...
Harry sorriu e assentiu dizendo:
- E se as gémeas e os padrinhos delas estiverem a chegar ainda mais...
Christopher sorriu e disse:
- Bom, agora é só os Granger Weasley desimpedirem a cozinha e eu vou fazer o chá...
- Chá?- perguntou uma voz vinda da cozinha- eu posso fazer...
- NÃO!!!!!!!!- gritaram todos os adultos que estavam na sala, que juntando as gémeas e aos seus padrinhos que vinham a entrar nesse momento fez um total de oito vozes, na cozinha Ronald também tinha gritado.
Foi uma Hermione bastante chateada que apareceu à porta da cozinha e perguntou:
- Porquê???
O silencio tronou a invadir a sala, ninguém sabia o que dizer, Christopher ia para argumentar porque tinha sido ele a sugerir quando Patrick disse:
- É que bem... sabes Herm... esse era o trabalho da Jane e bem.... eu sinto- me na obrigação do fazer...
Hermione assentiu e saiu da cozinha seguida por Ronald, que tinha a cabeça baixa, mas que lançou um sorriso furtivo à sua família, antes de tronar a baixar a cabeça, para que quando a sua mãe se voltasse ele parecesse miserável. Fred e George sorriram um para o outro e sentaram-se no sofá enquanto esperavam pelo chá. Heather e Hermione olhavam para tudo fascinadas, sempre se tinham interrogado quem seriam os seus vizinhos e como era a sua casa por dentro, agora estavam a ver tudo em primeira mão e queriam aproveitar ao máximo.
Christopher aproveitou a desculpa de faltarem cadeiras para ir à cozinha buscar alguns bancos, quando lá entrou viu o seu pai a fazer chá à maneira muggle, sorriu e aproximou-se dele dizendo:
- Sabes pai... há um feitiço para isso...
Patrick sorriu para o filho e disse:
- Eu sei, a tua avó faz questão de me lembrar... mas era a maneira como a tua mãe o fazia e além do mais o sabor não é o mesmo se for feito com magia ou à mão... como diria a tua mãe, à mão fica com sentimento... sabe melhor...
Christopher assentiu e olhou em redor, ainda não tinha prestado muita atenção à sua cozinha, mas a verdade é que assim que a viu com olhos de ver a catalogou de "uma típica cozinha inglesa", e era mesmo isso que aquela cozinha era.
Na sala o silêncio quebrou-se assim que Christopher saiu para a cozinha.
- Esta casa é bem bonita...- disse Heather sorrindo.
- É verdade...- concordou Hermione- olha, um espanta espíritos em forma de gato preto...
As gémeas rodearam o espanta espíritos, que realmente tinha a forma dum gato preto, que estava a arranhar algo no ar, ou como que a meio do salto para um colo. Ronald comentou sem pensar muito:
- Parece o Alvorecer...
- Tem uma coleira...- disse Heather, rodando-a.
- Diz.... – disse Hermione antes de começar a ler- "Em memória de Meia-Noite 13, minha eterna amiga", assinado Jane Bleue...
Ronald piscou os olhos e Harry desejou poder ter um Girador de Tempo, ou poder fazer um feitiço de memória a Ronald. Nesse momento Harry sentiu algo suave a roçar-lhe na cara e um breve "miau" perto dum dos seus ouvidos. Voltou-se e viu Alvorecer a lamber a pata sentado em cima do sofá, de onde ele tinha vindo, só ele o sabia. Ronald sorriu e disse:
- Por falar no Diabo... Anda cá Alvorecer...
Alvorecer olhou para Ronald pelo canto do olho e assim que acabou de lamber a pata e a passar pela orelha, deu um salto e foi sentar-se pacatamente ao pé de Ronald, como uma visita que muda de lugar numa sala. Christopher apareceu pouco tempo depois com alguns bancos, atrás dele veio Patrick com uma bandeja cheia de chávenas, bolos, um jarro de leite e um bule a fumegar. Todos se aproximaram-se da pequena mesa de centro para pegar numa chávena, quando chegou a vez de Christopher ele pegou no jarro de leite e colocando o seu pires no chão encheu-o de leite, que Alvorecer não tardou a beber mas não sem antes se roçar nas pernas do dono e miar suavemente como que a agradecer a atenção.
~ * ~
Diagon-Al estava toda enfeitada, o natal estava à porta e com ele o espírito natalício. Christopher e o seu pai patrulhavam as ruas em busca de presentes. O problema era que estava tudo cheio, e as lojas muggle não deviam estar melhores, mas Christopher sabia que havia duas coisas que ele só podia conseguir ali, e era ali que ele as iria comprar. As prendas eram para Ronald e Kristine, ele tinha algo grande em mente, eles eram os seus primeiros amigos e ele estava a contar estraga-los com "mimos", principalmente Ronald que fazia anos dia 31 de Dezembro para ele tinha arranjado um grande dois em um, que o seu pai aprovara e estava pronto a contribuir com algo.
Finalmente Christopher chegou à loja onde tinha visto aquilo que catalogara como a prenda ideal para Kristine. Colocou as mãos no vidro e sorriu dizendo:
- É aquela pai... que achas???
Patrick aproximou-se e viu a prenda. Era uma bela caixa de música, mas não era uma caixa de música vulgar, não fosse o facto de se estar na Diagon-Al, a caixa era de madeira negra toda trabalha com luas e estrelas, o fecho era banhado a prata e sobressaia duma maneira admirável. A caixa continha lá dentro nada... a caixa era especial por isso, reproduzia a imagem da pessoa a quem era oferecia e a música era cantada pela personagem em miniatura enquanto ela executava uma pequena dança, só ou acompanhada. O fundo podia ser alterado entre as quatro estações, e diversos locais, e se o letreiro ao pé da caixa estava correcto, aquela era a última.
Sorrindo Patrick disse:
- Não sei... o Ronald é capaz de não gostar...
- Pai!- disse Christopher severamente- é para a Kristine...
- AH! Então está bem... por segundos duvidei de ti Christopher…
Christopher ergueu os punhos e na brincadeira tentou bater no seu pai, mas este colocou uma mão sobre a sua cabeça e segurou-o dizendo:
- Então não vale a pena ficarmos violentos...
Em seguida soltou Christopher que correu ainda um pouco antes de voltar para trás rindo. Era incrível a mudança que se tinha operado, ele e o pai tinham passado de completos estranhos a melhores amigos. Como tudo se tinha passado Christopher não sabia e nem queria saber desde que tudo se mantivesse como estava. Patrick abriu a porta e entrou com Christopher na loja, Christopher correu para o balcão e disse:
- Boa tarde... eu gostaria de comprar aquela caixa de música que tem na montra...
O velho senhor olhou para ele admirado e Christopher fez um sorriso antes de acrescentar:
- É para oferecer...
O velho viu Patrick a aproximar-se lentamente de Christopher e sorrindo perguntou:
- É para a tua mãe???
Christopher piscou os olhos, não tinha pensado nisso, tinha de arranjar qualquer coisa para a sua mãe, olhou em redor mas não viu nada. Fez uma cara meio triste e disse:
- Não... é para uma amiga...
O velho assentiu e foi buscar a caixa. Colocou-a em cima do balcão e disse:
- Vou embrulhá-la bem mas rapaz aconselho-te a dá-la na mão e não por correio... qualquer batuque poderá ser fatal, o que para uma obra prima destas seria uma pena...
Christopher assentiu, agora que tinham de novo a "lareira a funcionar", seria só falar com o seu pai e escapulir-se alguns minutos de casa para ir dar a caixa a Kristine. O velho teve de ir ao interior da loja buscar um laço para o papel azul escuro no exacto momento em que Patrick alcançou o seu filho. Christopher voltou-se para o pai e perguntou:
- Pai?
- Sim?- perguntou Patrick curioso.
- Esquecemo-nos de algo bastante importante...- disse Christopher seriamente.
Patrick piscou os olhos, antes de comentar:
- O quê?? Já temos a prenda da tua avó, do teu avó, uma lembrança para os Malfoy...
- Para QUEM?????- perguntou Christopher espantado e ao mesmo tempo assustado, devia sem dúvida estar a ficar surdo ou então com uma imaginação hiper activa.
Patrick teria batido com a mão na boca se o velho tivesse demorado mais tempo no interior. Mas ele já tinha voltado e por isso Patrick apressou-se a explicar:
- É que bem...- explicou Patrick- a tua avó decidiu convidar o afilhado dela... e bem... não podia convidar o afilhado e deixar os pais em casa não era....
- Isto não me está a acontecer...- choramingou Christopher- eu estou a ter um pesadelo... vou ter de aturar o Lucius no natal... oh Deus que mal é que eu te fiz...
- Mas- disse Patrick tentando desviar a conversa- de que nos esquecemos
mesmo??
- Mãe!- disse Christopher olhando de tal modo seriamente para Patrick que por segundos este pensou que Jane se tinha materializado atrás de si- não comprámos prenda para ela... e eu acho que ela ia gostar....
Patrick sorriu ternamente e disse:
- Sim... acho que ia... ideias???
- Podíamos dar-lhe um colar de prata...- disse Christopher que em seguida explicou o porquê- para compensar pelos últimos 10anos...
Patrick tronou a sorrir e disse:
- Boa ideia... e como pingente um Floco de Neve... que era a alcunha dela...
Christopher sorriu e assentiu. Entretanto Alvorecer que se tinha aninhado no capuz do casaco de Christopher e dormia, voltou-se e miou, fazendo que como sempre a sua palavra fosse a última.
~ * ~
O natal estava cada vez mais perto e Christopher ficou feliz quando uma tarde a neve atingiu o ponto exacto de espessura para uma boa batalha de bolas de neve. Os Granger- Weasley apareceram lá no seu quintal e planearam uma enorme batalha, bom tão grande quanto quatro pessoas a podem fazer e vejamos 3 Weasley' s faziam parte do grupo o que era dizer muito. Depois duma breve discussão ficou decidido que fariam uma guerra rapazes contra raparigas, visto que as gémeas recusavam serem separadas e Christopher não ter dois irmãos para ser uma batalha entre famílias.
Quando Patrick Bleue pôs a cabeça de fora da janela teve presença de espírito suficiente para se arrepender a tempo e fechá-la antes de apanhar com uma grande bola de neve que Ronald tinha falhado. A guerra continuou durante uma boa hora até que Patrick chamou as crianças, que já eram adolescentes, para dentro, estava na hora do lanche.
Depois de ter deixado todos entrarem Patrick saiu, o natal estava a chegar mas ele ainda tinha de trabalhar e quando todos estavam de férias era quando o ringue onde ele trabalhava tinha mais clientes o que era equivalente a mais trabalho. As gémeas sorriam ao ver Patrick partir e pensaram exactamente ao mesmo tempo como ele era parecido com o seu pai.
O lanche foi rápido e as gémeas, que para grande insatisfação do orgulho masculino de Christopher e Ronald (principalmente de Ronald) tinham ganho a guerra de bolas de neve, tiveram de sair para mais uma vez irem dar umas voltas com Jack e Priscila.
- Outra vez...- disse Ronald- Ah... saíram com elas à três dias... odeio ficar sozinho em casa...
- Porquê tens medo maninho???- perguntou Hermione.
- Hermione- disse Heather fingindo estar muito ofendida- vê lá como falas com o Ronald ele também é meu irmão...
- Oh desculpa Heather- disse Hermione e em seguida acrescentou- És um cobarde Ronald...
- Assim já gosto mais...- disse Heather com um sorriso maldoso.
- NÃO sou cobarde... – disse Ronald rapidamente- é que a casa fica vazia... Sei lá...
- Então fica aqui!- disse Christopher- eu não me importo e o pai de certeza que também não se importa e assim nenhum de nós fica sozinho...
- Miau...- miou Alvorecer magoado.
- Bom... sem companhia humana...- disse Christopher passando a mão demoradamente pela cabeça de Alvorecer para pedir desculpa, que ele pelo ronronar pareceu aceitar.
As gémeas olharam uma para a outra e assentiram dizendo:
- Muito bem...
- Como temos de ir trocar de roupa avisamos a Winky!- disse Heather- para que o caso "Desaparecido em Combate" não se repita...
- Estranho...- disse Hermione mesmo antes de desaparecer com Heather pela porta da frente- ia jurar que esse filme tinha parte um e parte dois...
Por fim Ronald e Christopher ficaram sozinhos na cozinha.
- Bom que vamos fazer??- perguntou Ronald- há alguma coisa mágica nesta casa...
Christopher olhou em redor, realmente a Fénix Renascida lembrava mais uma casa muggle do que uma mágica, descontando as fotos a mexerem-se, o fogo que nunca se extinguia na lareira da sala, Alvorecer e alguns artefactos mais esquisitos, ninguém diria que era uma casa mágica. Christopher já estivera na de Ronald e sabia do que estava a falar.
- Hum... eu estava a dar uma vista de olhos aos livros lá em cima... pode ser que encontremos algo interessante...
- Oh sim...- disse Ronald sarcasticamente – talvez encontremos "Hogwarts, uma história sem restrições ou selecção de factos" por Hermione Granger- Weasley... os meus avós devem ter três cópias desse livro...
Christopher sorriu e disse:
- Não sejas parvo... maior parte dos livros eram meus quando tinha uns 7 meses, são contos... eu e o pai estávamos a pensar doa-los para um orfanato onde trabalha uma tal Kayla que o pai que me vai apresentar porque pelo que percebi é a afilhada dele e da mãe...
- OH! Desculpa- disse Ronald ainda sarcasticamente - Ainda melhor trabalho humanitário...
- Vá lá Ronald é natal... temos de ter espírito natalício...
Depois de barafustar um pouco Ronald acabou por ceder, ele não tinha nada contra caridade, na realidade todos os anos juntamente com as irmãs e a mãe mandava um enorme caixote para a caridade mas é claro que sendo rapaz e principalmente um rapaz adolescente que tentava passar por rapaz fixe, admitir isso seria pena de morte para a "fixesa".
Os rapazes subiram as escadas até ao sótão, seguidos por Alvorecer que para não se dar ao trabalho de saltar degraus seguida a correr pelo corrimão. Depois de meia hora a empacotar alguns livros, Christopher quis guardar o da história da Rainha- Anjo, os rapazes decidiram descansar. Intrigado Christopher exclamou:
- Hum acho que me falta um livro...
- Qual??- perguntou Ronald curioso.
Christopher olhou de novo para a prateleira e disse:
- Não sei... mas tenho essa sensação...
- Será que o mudaste de sítio???
Christopher voltou-se para Ronald e questionou:
- E ia pô-lo onde? Não tenho mais prateleiras e na minha mesinha de cabeceira não está...
Ronald olhou para a mesinha de cabeceira e assentiu, realmente lá o livro não estava e como a mesinha não tinha gavetas era improvável estar dentro de uma.
- Realmente... onde o terás posto?? Não o terás usado para fazer de pé a algum móvel?!?
- Não!- disse Christopher- disso tenho a certeza...
- Mas de que fala esse livro?- perguntou Ronald, atirando-se para cima da cama e ficando deitado de barriga para cima.
- O mais curioso é isso...- disse Christopher olhando de lado para o amigo antes de prosseguir- não faço ideia! Tinha uma capa toda roxa e não tinha o título, quer na lombada quer na capa, por isso me chamou a atenção... peguei nele... mas depois o meu pai chamou-me e eu...
Christopher parou de falar e Ronald curioso perguntou:
- E tu???
- Pois... não me lembro… acho que o atirei… mas para onde…
Ronald sorriu e disse:
- Se eu tivesse atirado com um livro a minha mãe matava-me... para ela os livros são os nossos melhores amigos... acho que a maior decisão da vida dela deve ter sido casar com o meu pai e não com a Biblioteca de Hogwarts....
Christopher riu e Ronald fez coro com ele, enquanto imitava uma voz grave:
- Sr.ª Hermione Granger, aceita a Biblioteca de Hogwarts como seu futuro esposo... espera não dá Biblioteca é feminino...
Christopher assentiu e disse:
- Se o que dizes é verdade então o teu pai deve ter sido um grande homem para ter persuadido a tua mãe...
Ronald sorriu tristemente e disse:
- É... acho que sim... sabes o que me parte todo... é saber que ele queria tanto um rapaz e que nunca me chegou a ver...
Christopher quase pode sentir a aura do amigo ficar negra, e sentiu-se a ficar um pouco triste também. Ele podia não ter já a mãe, mas tinha tido, claro que Ronald também tinha tido pai, a sua mãe não era a Virgem para o ter feito sozinha, mas o pai de Ronald nunca lhe pegara ao colo, ou lhe contara histórias sobre o seu tempo em Hogwarts, nunca estivera com ele.
Christopher suspirou antes de dizer:
- Eu tenho a certeza que ele te viu Ronald e que ainda te vê....
Ronald sorriu tristemente antes de dizer:
- É, acho que sim... achas...
Parou de falar subitamente, Christopher piscou os olhos curioso, mas Ronald acabou a frase sozinho:
- Achas que ele tem orgulho em mim...
Christopher sorriu antes de afirmar com uma voz confiante:
- Tenho a certeza que sim...
Ronald sorriu e disse numa voz carregada de esperança:
- Espero bem que sim...
~ * ~
- Achas que ele tem orgulho em mim...
Ron sorriu para o filho e disse:
- Ninguém tem mais orgulho em ti do que eu Ronald... porque eu estou sempre contigo, eu vejo as tuas vitórias e os teus fracassos, vejo como te ergues e como nunca desistes, como tratas da tua mãe e das tuas irmãs...
Jane sorriu e levantou-se da sua cadeira de baloiço, caminhando até ao pé de Christopher e segredando-lhe algo ao ouvido.
- Tenho a certeza que sim...
Ron sorriu para Jane num agradecimento silencioso e esta perguntou:
- Quando vais falar com a Herm??
- Esta noite...- disse Ron- começa a rezar para que ela me oiça...
Jane assentiu, sorriu e disse:
- Ela vai ouvir-te Ron...
- Espero bem que sim...- disse Ronald.
Os anjos não puderam impedir o riso, era tão comum aquilo acontecer, principalmente com Ronald, por vezes parecia mesmo que ele os ouvia. Ron deu um leve muro no ombro direito do filho e disse:
- Espero bem que estejas certo filhote...
Fim do capítulo
N.A: Espero que tenham gostado!! Feliz Natal e, se não actualizar até lá, Próspero Ano Novo!! Bjinhos CACL
