Quanto ao resto não há muito a dizer, o meu blog também está meio às moscas mas vou ver se trato disso. Provavelmente vai ser lá que notícias sobre o Chris serão publicadas. :o)
Disc. A frase que a Jack diz sobre a divisão da escola, li-a numa em inglês, infelizmente nunca mais a conseguia encontrar. Só queria deixar aqui claro que não é minha.
Dedicatória : Este capítulo é dedicado, maliciosamente, à Anita, porque ela é HH eh eh! E também porque andou o ano todo a resmungar para eu andar com a fic! É também dedicado à OwlEyes, por me ter ameaçado de morte caso não publicasse um novo capítulo rápido (ela foi mtyo convincente:op)
"Children, sleeping.
Snow is softly falling.
Dreams are calling,
Like bells in the distance.
We were dreamers,
Not so long ago.
But one by one, we All had to grow up.
When it seems the magic slipped away.
We find it all again on Christmas Day.
Believe in what your heart is saying,
Hear the melody that's playing.
There's no time to waste,
There so much to celebrate.
Believe in what you feel inside,
Give your dreams the wings to fly.
You have everything you need, if you just believe"
(Crianças, dormindo /Neve caíndo levemente.
Os sonhos estão a chamar /Como sinos distantes.
Fomos sonhadores não há muito tempo.
Mas um a um,
Todos tivemos que crescer.
Quando parece que a magia despareceu /Encontramo-la outra vez no dia de Natal.
Acredita no que o teu coração diz,
Ouvia a melodia que está a tocar.
Não há tempo a perder,
Há tanto para celebrar.
Acredita no que sentes cá dentro,
E dá aos teus sonhos asas para voarem.
Tens tudo o que precisas. se apenas acreditares)
Believe, JOSH GROBAN
Capítulo XV
"Os Granger-Weasley"
Por fim Christopher lembrou-se de que talvez fosse uma boa altura para dar as suas prendas. Foi até debaixo da enorme árvore da Mansão e tirou as prendas que tinha comprado. Além de Kristine também tinha contemplado Ronald com uma prenda especial que era anos e natal junto, às Gémeas, nada de especial mas elas tinham-lhe salvo a vida na Floresta Proibida e Christopher achava que as devia "recompensar", e o seu pai era o último da lista.
Gostava de ter arranjado alguma coisa para o Prof. Potter, por ter "invadido" o seu natal e pela foto da sua mãe, mas tinha-se esquecido completamente. Hmmmm talvez lha pudesse dar mais tarde, de certeza que ele não se importaria.
Os Weasley tinham-se dispersado pela casa e só Ronald e as Gémeas estavam ao pé dele quando começou a dar as prendas. As gémeas olharam admiradas para a caixa que Christopher lhes estendeu. Depois de corarem um pouco e murmurarem mais de cinquenta vezes "Não devias" e "Não temos nada para ti...", abriram a caixa. Lá dentro estava um peluche de tamanho médio dum leão vestido com o cascole de Gryffindor e com as letras HH abraçadas. As gémeas deram dois gritos, um cada uma, e abraçaram o leão ao mesmo tempo murmurando coisas como "Que fofo!", "Que amoroso!", "Obrigada! Obrigada! Obrigada.
Christopher sorria ao ver as gémeas tão alegres e Ronald abanava a cabeça comentando:
-Tss! Tss! Tanta coisa por causa dum peluche!
Christopher tirou então a prenda de Ronald. Vinha dentro dum enorme canudo. Ronald olhou para ela admirado. Christopher sorriu e comentou:
-É de Natal e Anos!
Ronald sorriu e assentiu. Abriu o papel, mas nada o tinha preparado para o que ia lá dentro. As gémeas pararam de falar quando viram o que era e Ronald susteu a respiração. Christopher começou a pensar que tinha feito asneira. Ronald passou as mãos suavemente pela sua prenda como se ela fosse um sonho ou se pudesse partir a qualquer instante.
Era uma vassoura. Último modelo na realidade. Uma Trovão de Prata. Ronald sabia tudo sobre aquela vassoura. TUDO! Queria pedi-la nos anos mas as probabilidades de a receber eram tão elevadas como a dum Slytherine libertar um Elfo Doméstico. A sua mãe não o deixava aproximar-se de vassouras, tinha proibido toda a sua família de lhe dar uma vassoura, só voava com os primos ou os tios e com Christopher de vez em quando, mas era sempre em vassouras velhas. Nunca numa Trovão de Prata.
Christopher olhava para o amigo assustado, Merlin, teria ele feito algo errado? Viu o Prof. Potter olhar para a vassoura e piscar os olhos de espanto, viu a Prof. Granger deixar cair a bandeja com os aperitivos também ao ver a vassoura e viu Ronald a montar a vassoura e a dar voltas perto do tecto... Agora que Christopher olhava para cima... A sala era tão larga como alta... Quase parecia uma igreja.
Ronald deu um berro de felicidade e as gémeas abanaram a cabeça comentando:
-Tss! Tss! Tanta coisa só por causa duma vassoura!
Ronald desceu pouco tempo depois com os seus cabelos ainda mais despenteados que o normal e o maior sorriso que Christopher já lhe tinha visto. Abraçou-o e comentou:
-Meu... És o maior!
Christopher sorriu. Pelo menos Ronald estava feliz. Hermione aproximou-se do filho, Christopher abriu a boca mas, Harry puxou-o com força dizendo:
-Com licença.
Christopher olhou curioso para o Prof. Potter que só o soltou perto do seu pai. Patrick curioso perguntou: -Ofendemos alguém? O Ron gostava tanto de Quiddicth e o Chris disse-me que ele não tinha nenhuma vassoura decente que pensamos ser uma boa aprenda.
Harry abanou a cabeça e comentou:
-O Ronald sem dúvida que adorou... Já não posso dizer o mesmo da Herm! – suspiro - Ela parece querer evitar a todo o custo que o Ronald se magoe! Ela viu jogos de Quiddich em Hogwarts bem doridos! Acho que ela tem mesmo muito medo que o Ronald siga as pegadas do pai... Coisa para a qual ele parece naturalmente talhado.
Patrick assentiu e Christopher assentiu num gesto de cabeça. Ronald tinha a sua vassoura atrás das costas e parecia estar a resmungar algo como "Sempre me tinham dito que recusar um presente era uma falta de educação..." e Hermione parecia dizer "Para de usar as minhas frases contra mim Ronald Arthur Granger-Weasley! Sei bem o que te ensinei!". A discussão continuou ainda durante algum tempo até que por fim Hermione deu-se por vencida e deixou Ronald ficar com a vassoura com a condição dele ter boas notas, senão acabavam-se os voos.
Ronald tinha sorrido, dado um grande abraço à mãe e corrido para ao pé do seu Tio Harry que pediu para examinar a vassoura de perto. Por fim sorriu e concluiu:
-Excelente vassoura... -A melhor que está no mercado!- disse Ronald com orgulho.
-Pelo menos vejo que o vendedor não me aldrabou...- comentou Christopher.
-Não, não...- disse Ronald rapidamente.
Tronando a sentar-se o grupo continuou a falar de vassouras pela noite a dentro.
Ronald olhou para a sua vassoura nova e sorriu. Este ano não teria de se preocupar se os seus tios dariam pela falta da vassoura ou não. Montou e voou pela varanda em direcção ao céu azul. Fazia-o todos os natais, sempre que a lua estava cheia e o céu limpo. "Pedia emprestada" uma das vassouras dos seus tios e voava pelo céu. Fazia-o porque uma vez a sua avó lhe tinha dito que os mortos olhavam para a terra nas noites de lua cheia e céu limpo, olhavam e viam os vivos. Nesse ano, ele devia ter uns quatro anos, tinha roubado a vassoura do seu tio Harry e voando pelo céu tinha acenado, acenado todo o caminho para que o seu pai o visse, para ele saber que rapaz que acenava era o filho dele, que ele nunca se esqueceria dele e que ele seria para sempre o pai dele.
Desde esse ano fazia-o todos os anos... E este ano não seria diferente. Olhou para a lua, cheia, redonda e acinzentada na escuridão e infinito do espaço, rodeada de pequenas estrelas, não havia nuvens no céu... Sorrindo Ronald acenou...
Os anos de Ronald vieram e foram. Christopher nunca tinha visto uma festa tão grande. Como Ronald fazia anos no dia 31 de Dezembro a festa começava de manhã e só acabava na manhã do dia seguinte, pela manhã a dentro com todos felizes por terem começado um novo ano.
A escola começaria em breve mas agora não era uma boa altura para se pensar nisso. Até porque Christopher estava na festa de anos de Ronald, novamente rodeado de Weasleys por todos os lado e pelo Prof. Potter. O seu pai teve de ir trabalhar de novo, mas prometeu chegar por volta das 17h para comer um pouco de bolo e estar presente para a grande festa de Ano Novo. Harry olhou admirado para Christopher que tinha vestida a sua camisola Weasley e perguntou:
-Não me digas que gostaste assim tanto da camisola, Christopher!
Christopher sorriu e disse:
-Amei! Faz-me sentir integrado! Quer dizer, se é uma camisola Weasley é uma coisa que só os Weasleys têm! E estou numa festa rodeado de Weasleys! De que outra maneira poderia vir.
Harry riu e batendo com a mão no ombro de Christopher comentou:
-Ora aí está meu rapaz! Tens toda a razão.
Em seguida olhando em redor comentou:
-Este é o meu milagre.
Christopher olhou admirado para Harry que continuou a falar:
-Sabes Christopher... Não tive uma infância fácil! Os meus pais morreram eu tinha um ano e meio no máximo... Os meus tios "odiavam-me" e juntamente com o meu primo faziam de tudo para que a minha vida fosse um autêntico inferno! Depois um dia...- suspiro- Aquela carta amarelada com letras verde esmeralda mudou toda a minha vida.
Christopher assentiu e comentou:
-Sei o que isso é... Comigo foi a mesma coisa.
Harry olhou admirado para Christopher e perguntou:
-Mas pensei que tu e o teu pai se davam bem?
-OH! Dá-mos! Dá-mos!- disse rapidamente Christopher- Estou a falar mais do facto de ter amigos... Os meus colegas muggles achavam-me estranho... Só tinha jeito para ginástica... Ia e vinha do Vídeo Clube sozinho, acedia à Internet sozinho, programava o vídeo... Acho que eles me viam como um adulto preso num corpo de criança...- suspiro- E depois havia uma ou outra coisa meio maluca... Calças rotas que se coziam misteriosamente do nada, feridas que fechavam instantaneamente... Acho que a determinada a altura me devem ter achado um Alien!
Harry assentiu. Também sabia o que isso era. Christopher olhou em redor sorridente e disse:
-Mas... Para o Professor... Isto deve ter sido um milagre porque estava sozinho... "Não" tinha família e um dia... BANG! Mais pessoas do que aquelas cujos nomes consegue decorar.
Harry tronou a rir e segredou a Christopher:
-Não contes a ninguém mas isso é verdade... Não devo saber o nome dumas dez pessoas que aqui estão.
Christopher sorriu e comentou:
-Mas que sorte a sua... Eu só sei o nome da família do Ronald.
E de súbito como se fosse atingido por um raio Christopher comentou:
-Já viu que interessante Professor... A minha mãe era amiga do pai do Ronald e eu sou amigo do Ronald...- torceu o nariz- Outra coisa já não tão interessante é o facto de ambos os nossos pais terem sido assassinados.
Harry assentiu e sem saber bem porquê passou a mão pelos cabelos de Christopher dizendo:
-Não te preocupes com isso... Nada de mal te vai acontecer! Eu estou aqui para manter um olho em ti.
Uma senhora loira, muito bela e com um sotaque que mais parecia francês chegou-se ao pé de Harry e comentou:
-Harrrry... Que bom verrrr-te... Este é o Arrrrthurrrr?
Antes que Christopher ou Harry pudessem responder já Fleur sorria e dizia:
-É girrrro verrrr como funciona a genética... É igualzzzzzinho a ti quanto tinhas esta idade... Ou pelo menos errrrrrra o que comentavam os gémeos.
Bill chamou Fleur e esta desapareceu no meio da multidão. Christopher ouviu Harry a aclarar a garganta mas Harry não disse nada. Passaram cinco minutos e nenhum dos dois falara quando Christopher intrigado perguntou:
-Sou assim tão parecido consigo Professor? Quer dizer... Ao ponto de me confundirem com o Arthur?
Harry tossiu e murmurou um "Pois" meio inaudível. Nesse momento apareceu Ronald tinha uma camisola dos Chudley Cannos muito velha e que sem dúvida para o ano já não lhe serviria, visto que ele parecia crescer duma maneira alucinante e se quando Christopher o conheceram eles deviam ser da mesma altura, agora sem dúvida que Ronald era dois dedos mais alto que ele.
Vinha coberto de fitas de prendas, numa das mãos trazia a sua vassoura, que com medo que a mãe a confiscasse assim que voltasse costas levava para todo o lado, e na outra mão trazia um Cromo dos Sapos de Chocolate. Vinha radiante.
-CHRIS! CHRIS! Tu nem vais acreditar! O Agrippa! Eu TENHO o Agrippa! Acabei a colecção que o pai começou! Eu ACABEI-A!
Harry sorriu e perdeu-se em memórias. Lembrou-se da primeira vez que fora com Ron no Expresso de Hogwarts e como Ron lhe tinha apresentado o Mundo dos Doces Mágicos. O que é que Ron dissera mesmo:
-"Só me falta o Agrippa ou o Plomety"
E agora Ronald tinha acabado a colecção! Mais de vinte e cinco anos depois Ronald a ter começado, tinha completado a colecção que o seu pai iniciara em criança. Christopher sorriu e disse:
-Finalmente! Nem os cromos do Bollycao são tão difíceis de coleccionar!
-Bolly quê?- perguntou Ronald curioso.
-Esquece!- disse Christopher.
Hermione que trazia uma bandeja na mão aproximou-se e perguntou curiosa:
-Que se passa?
-Mãe! Mãe! Mãe!- disse Ronald dando-lhe um grande abraço que teria feito a bandeja cair se Harry num golpe rápido não a tivesse agarrado- Eu acabei-a! Acabei a Colecção de Cromos de Bruxas e Feiticeiros Famosos... Acabei a colecção antiga... A Colecção do pai.
Hermione sorriu tristemente e passando um braço em redor da cintura do filho e outro pelos cabelos deste comentou:
-Mas isso é óptimo, meu anjo.
-Não é?- perguntou Ronald que mordia o lábio para não chorar- Achas que o pai gostaria?
Hermione riu e comentou:
-O teu pai ficaria orgulhoso.
Ronald sorriu.
-Isto não é justo!- disse Ron andando em redor de Hermione e Ronald - Não é nada justo! Eu é que a devia ter acabado.
Ron cruzou os braços tentando parecer chateado, mas o sorriso parvo que tinha no rosto denunciava-o. Ele realmente estava feliz por ter sido o filho a acabar a colecção que ele começara com tanto fervor e dedicação. Jane sorriu e beijou Christopher suavemente nos cabelos. Quando se afastou passou a mão pelos cabelos do filho e comentou:
-É verdade... És tão parecido com Harry.
-Porque não haveria?- perguntou Ron que continuava a olhar para o abraço que Hermione e Ronald trocava e que agora se alargara às gémeas.
Jane encolheu os ombros e comentou:
-Não sei... Talvez porque.
Jane parou ao ver Ron abraçar a sua família. Sorriu. Nunca havia uma câmara quando era precisa. Aquela imagem não tinha preço. Todos os Granger-Weasleys abraços uns aos outros com os mais puros sorrisos de felicidade estampados no rosto, unidos para o que desse e viesse.
E muito haveria de vir... Muito mesmo.
Algumas horas antes, noutra parte de Inglaterra, tocaram à campainha. Mariana Noriel, piscou os olhos e levantou-se da frente do seu computador, onde passava um trabalho extra para um emprego muggle em part-time. Aproximou-se da porta e perguntou:
-Quem é?
-Dona Noriel? Sou eu... O Thomas.
Dona Mariana sorriu e abriu a porta deixando Thomas entrar:
-Sê muito bem vindo Thomas... Há muito tempo que não te via!
-Sabe como é Dona Noriel...- disse Thomas entrando- O tempo! O tempo!
Dona Mariana sorriu e comentou enquanto agarrava o casaco e as luvas de Thomas:
-Ouvi dizer que foste nomeado Perfeito! Que orgulho para os teus pais.
-É mesmo!- disse Thomas sorrindo- Mas a Priscila.
Dona Mariana riu.
-OH! Eu nunca tive ilusões dela ser Perfeita!É demasiado cabeça nas nuvens.
Thomas sorriu e comentou:
-Eu queria saber dela!
-OH!- disse Dona Mariana rapidamente- Está a dormir... Podes ir acordá-la!
-Dormir?- perguntou Thomas incrédulo à medida que Dona Mariana voltava para o seu computador- Mas é meio-dia! E é Véspera de Ano Novo!
Dona Mariana encolheu os ombros num gesto que dizia "Bem sei! Mas que queres que eu faça?". Thomas suspirou e subiu as escadas até ao quarto de Priscila. A porta estava encostada, Thomas espreitou. As portadas já tinha sido abertas e o vento fazia os cortinados ondularem suavemente. A luz banhava levemente o quarto. Priscila estava deitada na sua cama a um canto do quarto. A sua cama era de corpo e meio e tinha um belo edredõn com personagens dos vários contos de fadas. Thomas conseguiu distinguir a Branca de Neve, a Bela Adormecida, a Cinderella, os Três Porquinhos... Sorrindo aproximou-se da cama. Priscila estava debaixo do grande edredõn e ressonava baixinho. Tinha um pé meio de fora, os cabelos embaralhados numa bola e um livro caído em cima da cara. Thomas tirou-lhe o livro, ("Não a acordem... Ela está Morta!", um policial de Rodrigo Tinyfeather) e rapidamente Priscila agarrou-lhe o braço. Thomas teve que se conter para não começar a gaguejar desculpas, Priscila ainda dormia, o agarrar-lhe o braço não tinha sido mais que um reflexo. Thomas sorriu e soltou a mão de Priscila do seu braço. Em seguida pousou o livro na mesinha de cabeceira e começou a chamar por ela.
-Pris... Pris.
Priscila abriu os olhos lentamente. Thomas sorriu mas por pouco tempo.
-COMO TE ATREVES! EU ESTAVA A DORMIR!
-Mas...- começou Thomas recuando.
-DESAPARECE!
Priscila agarrou no copo de água que tinha em cima da mesa-de-cabeceira e mandou-o para cima de Thomas. Em seguida antes que Thomas pudesse reagir vinte almofadas atingiram-no em vários pontos sensíveis fazendo-o cair no chão.
-Aí Noriel!- disse assustado- Eu vim em PAZ!- declarou fazendo o sinal em "V" com os dedos.
-A PARTIR DO MOMENTO EM QUE TE ATREVES A ACORDAR-me É GUERRA!- disse Priscila começando a atirar livros a Thomas- DESAPARECE! NÃO QUERO ACORDAR ANTES DO MEIO- DIA!
Como um cãozinho com o rabo entre as pernas, Thomas saiu de gatas do quarto fechando a porta. Dona Mariana que estava num dos lados riu e Thomas olhou para ela, magoado, e disse:
-Ela é louca.
-E tu também!- disse Dona Mariana ajudando Thomas a levantar-se – Nunca te disseram que não se acorda a Priscila... Eu estava a brincar! Nunca pensei que realmente a fosses tentar acordar!
A porta do quarto abriu-se de rompante e Priscila apareceu à porta. O seu cabelo ainda todo embaranhado, o seu robe vestido à pressa e a sua cara... Bom, digamos que vocês não querem saber como a cara dela estava furiosa.
Dona Mariana sorriu e abrindo os braços disse:
-Filha... Estás linda hoje.
-Só se for para competir com o Frankenstine!- disse Thomas levantando-se.
Um riso irónico surgiu na boca de Priscila e Dona Mariana murmurou para Thomas:
-Querido... Tu tens um desejo de morte, não tens?
-Porque pergunta?- perguntou Thomas admirado.
-Tu já vais ver!- disse Dona Mariana que sorrindo para a filha disse- Bom querida a mãe vai lá para baixo... ERGH! Trata bem do teu amigo.
-"Podi" deixar mãe!- disse Priscila com um sorriso macabro.
Thomas engoliu em seco.
Jaqueline e Fransoah estavam sentadas na mesa da cozinha de Fransoah e discutiam os últimos preparativos para a festa. Adam olhava para as duas com aquele sorriso que os homens fazem quando vêem as mulheres divertirem-se.
-E depois o retoque final!- disse Fransoah- Uma bola de espelhos! Imagina Jack! As luzes a baterem e espalharem-se pela sala... AH! A Priscila nem sabe o que perde por não ser Muggle.
Jack sorriu e Adam apertou-lhe a mão debaixo da mesa. Jack encostou-se mais a ele e Fransoah completamente alheia a tudo continuou a falar. A conversa ainda durou algum tempo, isto até o pai de Jaqueline aparecer com uma caixa cheia de bolos. Olhou para Adam que praticamente tinha Jack ao colo e corando de raiva.
-JAQUELINE DE MATOS! O QUE RAIO É QUE TU ESTÁS A FAZER AO COLO DESSE RAPAZ?
Fransoah, Jack e Adam deram um salto. Jack aterrou ainda mais sentada no colo de Adam do que antes. Passou os braços me redor do pescoço de Adam assustada e começou a gaguejar: -Pa... Pai... O... Que... É... Que... Estás... Aqui... A ... Fazer?
O pai de Jack fungou:
-Supressa Jack! A mãe da Fransoah e eu somos irmãos! E eu vim ajudar a trazer os bolos... Lembras-te?
Jack começou a abrir e a fechar a boca como um peixe fora dum aquário. O seu pai, Pedro de Matos, fez um som de desaprovação e comentou:
-Pelos vistos não.
Em seguida o olhar do Sr. Pedro caiu em cima de Adam. Adam viu os olhos do Sr. Pedro a olharem-no de cima a baixo e por segundos acreditou que ele conseguia ver através dele. Fransoah não dizia nada e Jack estava cada vez mais corada.
-Quem és tu rapaz?- perguntou o Sr. Pedro.
-Adam... – começou Adam- Adam Apllegate, Senhor!
O Sr. Pedro pareceu pensar durante um longo tempo e depois comentou:
-Dos Apllegate de Portobelo Road? -Exactamente!- disse Adam.
-Vocês não são todos Slytherines?- perguntou o Senhor Pedro num tom azedo.
-Sim, senhor! E com orgulho, senhor!- disse Adam mais por hábito que por sentir.
Jack entrou a sua cabeça no pescoço de Adam murmurando:
-Agora fizeste-a bonita!
-A MINHA FILHA ANDA A NAMORAR UM SLYTHERIN!
Adam tentou falar, mas não conseguiu dizer nada, era verdade, não havia nada a argumentar! Fransoah tossiu levemente e disse aproximando-se do tio:
-Tio! Tio! Tio! Isso é tão... Século passado! Hoje em dia já não há dessas coisas! Além disso o Adam é um bom rapaz!
Sr. Pedro olhou para Fransoah e comentou furioso:
-E TU! Tu sabias!
-ERGH!- começou Fransoah assustada e recuando sob a ira do Sr. Pedro- Não confirmo nem desminto!
Adam tentou falar mais uma vez mas não conseguiu visto que subitamente Jack levantou-se e caminhando até ao pé do pai disse:
-Sim! Eu estou a namorar o Adam! E sim ele é um Slytherine! Há algum problema com isso!
-HÁ!- disse o Sr. Pedro passando os bolos para as mãos de Fransoah que quase caiu sob o seu peso devido à rapidez com que o seu tio os passara para o seu colo - Posso não ser mágico, mas sei muito bem que todos os Slytherines são podres! São todos Devoradores da Morte!
Enquanto falava o Sr. Pedro ia olhando para Adam que se ia sentido cada vez mais sujo, como se fosse uma nódoa aos olhos imaculados daquele homem. Jack começou a sentir o seu sangue ferver:
-ISSO NÃO É VERDADE! TU NEM SEQUER CONHECES O ADAM! NEM TODOS OS SLYTHERINES SÃO MAUS!
-AH isso é que são!- disse o Sr. Pedro.
-ONDE LESTE ISSO?- perguntou Jack- ALÉM DISSO TU ACHAS QUE UMA ESCOLA DIVIDIRA OS SEUS ALUNOS POR CORAGEM, SABEDORIA, LEALDADE E MALDADE? MALDADE?
O Sr. Pedro ficou sem argumentos contra a lógica da filha que estava mais vermelha que um tomate. Ainda arfando de fúria Jack pegou na mão de Adam e puxando-o disse:
-Anda Adam! Falam de racismo entre raças, mas eu já estou a ver que nesta casa à racismo entre equipas também.
E antes que Adam pudesse responder Jack tinha-o levado porta fora.
Ronald piscou os olhos ao ver um flash. Quando olhou para a frente viu a sua Tia Ginny com uma câmara fotográfica na mão. Ginny sorrindo comentou:
-É! Eu sabia que todos aqueles anos a ouvir o Colin a falar sobre máquinas fotográficas iam pagar!
Harry sorriu, passou um braço em redor da cintura da sua esposa e comentou:
-Tu és perfeita amor!
Ginny sorriu e beijou Harry. Arthur deitou a língua de fora como se estivesse enojado e comentou:
-Parem com isso!
Christopher, Ronald e as gémeas riram. Nesse momento tocaram à campainha. Os adultos começaram a olhar discretamente para a porta e as "crianças" começaram a dispersar-se pela casa. Ronald sorrindo disse a Christopher para o seguir. Ia ao quarto colocar o cromo no seu álbum. Christopher seguiu calmamente, com as mãos nos bolsos e observando a casa de Ronald com atenção. Era tão diferente da sua... Mas também... Não haviam duas casas iguais.
Chegados ao quarto, Ronald soltou Pig, que assim que o tinha visto tinha começando a voar em círculos dentro da gaiola. Christopher puxou a cadeira da secretária e sentou-se com os braços em roda das costas e com as pernas uma de cada lado.
Ronald aproximou-se da estante que tinha no quarto e tirou um belo livro com uma encadernação em pele vermelho escuro, com cantos de ferro banhados a ouro e letras dourados. Sentou-se no meio do quarto mesmo em frente a Christopher e com um sorriso de vitória abriu a caderneta no lugar exacto em que o cromo faltava. Depois endireitando as costas disse:
-Hoje, 31 de Dezembro, eu, Ronald Arthur Granger-Weasley, acabo a colecção de Cromos de Bruxas e Feiticeiros Famosos iniciada pelo meu pai, Ron (Ronald) Arthur Benjamin Weasley .
(N.A: Na altura, a JK ainda não tinha dito o nome completo do Ron, tanto que dei asas à minha imaginação)
Ronald colocou o cromo no sítio e Christopher bateu palmas. Pig doida como sempre começou a piar e enterrou-se no meio dos cabelos de Ronald bicando a sua cabeça de vez em quando. Ronald fechou a caderneta com um sorriso de vitória e levantando-se disse:
-Acabei-a .
Christopher reparou que o amigo estava a começar a ficar triste e perguntou assim que Ronald acabou de colocar a caderneta na estante:
-Que se passa companheiro?
Ronald voltou-se para Christopher e disse:
-Não sei... É como se me tivesse livrado de parte dele...- os olhos de Ronald escureceram- Não quero isso.
Christopher sorriu compreensivamente. Pig aninhou-se ainda mais nos cabelos de Ronald e piou baixinho. Ronald abanou a cabeça dizendo numa voz zangada:
-Coruja doida!
O resultado não foi muito favorável para Ronald, visto que Pig se agarrou aos seus cabelos e se recusou a largá-lo, fazendo com que Ronald ficasse com uma grande dor de cabeça.
Christopher riu e perguntou:
-Quem foi que ta deu?
-Herdei-a!- respondeu Ronald- Ou pelo menos é o que a minha mãe diz... Era do meu pai.
Ronald pegou na coruja e fez-lhe uma festa. Pig piou de novo e aninhou-se na mão de Ronald, piando de alegria. Ronald sorriu e disse:
-Quando o meu pai morreu ela passou por uma fase muito má... A minha mãe diz que chegou a falar para o Centro de Criaturas Mágicas para perguntar como a abater sem dor.
Christopher piscou os olhos e Ronald continuou a falar:
-Acho que a Pig gostava mesmo muito do meu pai... Quando ele se foi deve ter ficado doente de saudades... A mãe diz que ela não comia, não bebia, não voava, não piava... Simplesmente ficava ali na gaiola quieta, como morta.
Christopher olhou para a coruja que sempre conhecera como irrequieta. Era quase impossível imaginá-la quieta sem ser quando transformava os cabelos de Ronald num ninho. Ronald suspirou e continuou a falar:
-Aí um dia... Eu já devia ter uns 3anos... Empoleire-me numa cadeira para a conseguir ver... Nunca a conseguia ver! Sempre que a mãe me pegava ao colo para a ver, ela estava a dormir no meio da sua almofada branca... Bom, empoleirei-me... Mas caí!
Christopher sorriu.
-O barulho deve-a ter acordado... Ela chegou-se à beira da gaiola e quando me viu desatou a piar que nem doida... Começou a voar em rodas da gaiola... A minha mãe veio a correr, ajudou-me a levantar... Pedi-lhe para soltar a Pig! A minha mãe muito admirada deixou a Pig sair e foi aí pela primeira vez que ela fez um ninho na minha cabeça.
Christopher riu. Ronald sorriu e comentou:
-Os Tios Fred e George gozaram comigo dizendo que a Pig pensou que eu era o pai e que tinha caído do céu...- piscar de olhos- E eu pergunto-me se não terá?
Christopher encolheu os ombros e comentou:
-Quem sabe o que se passa na cabeça dela?
Ronald assentiu. Olhou para o relógio. Já eram quatro e meia. Um portão a ranger informou Christopher que o seu pai estava a passar do seu quintal para o dos Granger-Weasley. Juntos os amigos desceram para o rés-do-chão para soprarem as velas do bolo...
Fim do Capítulo XV
N.A: O próximo capítulo está quase pronto. A história vai começar a acelarar. Acho que já dei detalhes que cheguem para se começar a desnovelar o novelo. :op Bjs e até ao próximo capítulo. Não se esqueçam de comentar. :oD
